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BIOSSEGURANÇA
RESUMO
Este trabalho visa demonstrar os conceitos e ações de Biossegurança que são
aplicadas no ambiente de trabalho para proporcionar segurança ao profissional
eliminando ou minimizando os riscos dos quais estão expostos.
Através do conhecimento e da prática das medidas de Biossegurança,
busca-se conscientizar não só o individuo, mas também a coletividade sobre a sua
importância, e que as normas e protocolos estabelecidos não existem para dificultar
o trabalho, mas sim para garantir a sua segurança e bem-estar.
Palavras-chave: Biossegurança, Riscos Ocupacionais, Síndrome de Burnout,
Prevenção em saúde.
ABSTRACT
This work aims to demonstrate the concepts and biosecurity actions that are
applied in the work environment to provide security for the professional to eliminate
or minimize the risks to which they are exposed. Through knowledge and practice of
the biosecurity measures aim to increase awareness not only the individual, but also
the collectivity on its importance, and that the standards and protocols established
there to hamper the work, but rather to ensure their safety and well-being.
Keywords: Biosafety, occupational risks, burnout syndrome, in health
prevention.
Sumário
1 INTRODUÇÃO 6
2 DESENVOLVIMENTO 7
2.1 Conceito de Biossegurança 7
2.2 Tipos de Riscos 8
2.2.1 Mapa de Risco 9
2.2.2 Classificação dos Riscos 11
2.2.3 Simbologia de Risco 12
2.2.4 Atos e condições inseguras 13
2.3 Organismos Geneticamente Modificados 14
2.4 Bioterrorismo 15
2.5 Níveis de Biossegurança 15
2.6 Prevenção 17
2.6.1 Equipamento de Proteção Individual 18
2.6.2 Equipamento de Proteção Coletiva 20
2.6.3 Medidas de Precaução 20
2.6.4 Boas Práticas Laboratoriais 22
2.6.5 Higienização das mãos com água e sabão 23
2.6.6 Higienização das mãos com fórmula à base de álcool 25
2.6.7 Descarte Adequado dos Resíduos 25
2.7 Rotina em Caso de Acidentes 26
2.8 Síndrome de Burnout 27
2.9 Biossegurança Aplicada a Fisioterapia 28
3 CONCLUSÃO 31
4 REFERÊNCIAS 32
6
1 INTRODUÇÃO
A Biossegurança no trabalho tem gerado grande repercussão, uma vez que
novas tecnologias têm oferecido riscos ao individuo e à coletividade no ambiente
ocupacional levando a necessidade, ao longo do tempo, de uma prática segura que
dê melhor atenção a essa problemática existente no setor hospitalar, ambulatorial,
empresarial, industrial e entre outras áreas insalubres.
Levando isto em consideração, encontra-se a necessidade de alcançar o
conhecimento sobre a Biossegurança, os equipamentos de proteção individual (EPI)
e coletiva (EPC), a classificação dos tipos de riscos e prováveis acidentes, os
problemas ocasionados no ambiente de trabalho, as medidas preventivas que
devem ser aplicadas para assegurar a saúde dos profissionais e qual a relação da
biossegurança com a Fisioterapia.
7
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 Conceito de Biossegurança
A Biossegurança é o conjunto de ações, técnicas, medidas e procedimentos
voltados para a prevenção e proteção do trabalhador com objetivo de eliminar,
minimizar ou controlar os riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção,
ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de saúde, visando o bem-estar do
homem, dos animais e a preservação do meio ambiente (TEIXEIRA, 1996).
No que diz respeito à saúde, as medidas de Biossegurança devem ser
aplicadas nas clínicas, ambulatórios, hospitais e em laboratórios para a conservação
e manipulação adequada de micro-organismos garantindo a segurança e integridade
dos funcionários além de diminuir a exposição a riscos químicos, físicos,
ergonômicos e de acidentes (CHAVES, 2016).
Devido às situações potenciais de acidentes existentes nas áreas
ocupacionais, é imprescindível a conscientização dos profissionais para que as
normas vigentes sejam aplicadas e atinjam o grau de eficiência esperado. E apesar
de muitos profissionais considerarem a Biossegurança como normas que dificultam
a execução de seu trabalho, são essas regras que garantem a saúde do trabalhador
de maneira individual e coletiva. O não cumprimento das normas básicas podem
acarretar problemas ambientais, transmissão de doenças e até epidemias (CHAVES,
2016).
A Biossegurança está formatada legalmente para os processos envolvendo
organismos geneticamente modificados (OGM) e questões relativas a pesquisas
científicas com células-tronco embrionárias, de acordo com a Lei de Biossegurança
nº 11.105, 24 de Março de 2005.
O foco de atenção da Lei nº 11.105 regulamentada pela Comissão Técnica
Nacional de Biossegurança são os riscos relativos às técnicas de manipulação de
OGM, sendo integrada por profissionais de diversos ministérios e indústrias
8
biotecnológicas levantando discussões, por exemplo, sobre alimentos transgênicos e
demais produtos da engenharia genética.
A Norma Regulamentadora (NR6) dispõe sobre a Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes (CIPA) que tem como objetivo a prevenção de acidentes e
doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o
trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador
(MINISTÉRIO DO TRABALHO E PREVIDÊNCIA SOCIAL, 2015).
A Biossegurança também pode ser entendida como métodos que dizem
respeito à prevenção e a segurança da vida, na qual se inclui procedimentos de
armazenamento, esterilização, proteção individual, coletiva e normas para evitar
acidentes (CHAVES, 2016).
Todas essas Normas são relacionadas e destinadas à saúde e segurança do
trabalho sendo obrigatório a sua prática pelas empresas privadas e públicas,
estando sujeito a penalidades aquele que não a cumprir (MINISTÉRIO DO
TRABALHO E PREVIDÊNCIA SOCIAL, 2015).
2.2 Tipos de Riscos
A Biossegurança através de análise expõe os tipos de riscos que os
profissionais de saúde e de laboratórios estão constantemente expostos em suas
atividades ocupacionais (PENNA et al, 2010). Sendo classificados de acordo com a
Portaria nº 3.214 do Ministério do Trabalho (1978) em cinco tipos:
Riscos Físicos: São consideradas as diversas formas de energia a que possam
estar expostos os trabalhadores, tais como: calor, frio, pressão, umidade, radiações
ionizantes e não ionizantes, vibração, ruído, etc. No laboratório esses riscos podem
ser apresentados através do Nitrogênio liquigo -196ºc, radiografia, autoclave, estufa,
câmera hiperbárica entre outros (CHAVES, 2016).
9
Riscos Químicos: São as substâncias, compostos e produtos que possam
penetrar no organismo do trabalhador pela via respiratória ou absorvido pelo
organismo através da pele ou ingestão, tais como: poeiras, fumos, gases, neblinas,
névoas, vapores, etc. Esses riscos podem ser oferecidos nos laboratórios através de
oxidantes, ácidos e inflamáveis (CHAVES, 2016).
Riscos Biológicos: É considerado qualquer contato com material biológico
contendo bactérias, vírus, fungos, parasitas, entre outros. Esse risco está presente
em quase todas as situações, seja no laboratório através da manipulação de
micro-organismos ou em clínicas, ambulatórios e hospitais através do contato com
pacientes e suas secreções corpóreas, sendo elas: suor, urina, fezes, sangue, etc.
(CHAVES, 2016).
Riscos Ergonômicos: É qualquer fator que possa interferir nas características
psicofisiológicas do trabalhador, causando desconforto ou afetando sua saúde. São
considerados exemplos o levantamento de peso, monotonia, repetitividade, má
postura, ritmo excessivo de trabalho entre outros (CHAVES, 2016).
A Ergonomia é uma ciência que estuda a relação entre o homem, o seu
ambiente de trabalho e as atividades que executa. Tem por objetivo aumentar a
eficiência organizacional, a segurança, a saúde e o conforto do trabalhador (GAIA,
2012).
Riscos de Acidentes: É considerado qualquer fator que exponha o trabalhador
a uma situação vulnerável e que possa afetar sua integridade, seu bem-estar físico e
psíquico. Por exemplo, estrutura física deficiente, máquinas e equipamentos sem
proteção, ferramentas inadequadas ou defeituosas, estado elétrico,condições
favoráveis a incêndio ou explosão, presença de animais peçonhentos etc
(MENEZES, 2001).
Em um laboratório, o profissional está exporto a riscos de diversos tipos, sendo
alguns deles a intoxicação e queimaduras por produtos químicos, choque elétrico,
incêndios, explosões, radioativos e principalmente a contaminação por agentes
10
biológicos, por isso a importância de estabelecer ações de minimização dos riscos e
constante vigilância dos processos de trabalho (VIEIRA et al, 2008).
2.2.1 Mapa de Risco
O mapa é uma representação gráfica de um conjunto de fatores presentes no
ambiente de trabalho, capazes de acarretar prejuízos à saúde dos profissionais. E a
partir desse conhecimento, a CIPA se responsabiliza pela inspeção de segurança e
através disso é realizado um levantamento dos pontos de risco dos diferentes
setores das empresas para identificar situações e locais potencialmente perigosos
(UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE).
Essa analise ocorre por etapas, onde a primeira é conhecer os setores da
empresa, depois é feito um fluxograma de todo a estrutura e das atividades
realizadas em cada setor, o terceiro passo lista todas as matérias-primas e demais
insumos envolvidos no processo e o último passo lista os riscos existentes
(UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE).
A partir de todas essas informações cria-se uma planta baixa de cada sessão
com os tipos de riscos classificados por cor (verde, vermelho, marrom, amarelo e
azul) onde cada um remete ao tipo de agente e por grau de perigo (pequeno, médio
e grande) (UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE).
Este mapa deve ser colocado em local visível e de acesso para alertar os
trabalhadores sobre os perigos existentes naquele ambiente (UNIVERSIDADE
FEDERAL FLUMINENSE).
11
Figura 1 - Simbologia das Cores
Figura 2 - Planta baixa dos riscos
2.2.2 Classificação dos Riscos
12
Os agentes biológicos que afetam o homem, os animais e as plantas são
distribuídos da seguinte forma:
Classe de Risco 1: inclui agentes biológicos com baixa probabilidade de
causarem doenças, oferecem baixo risco individual e coletivo. Exemplo:
Lactobacillus (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006).
Classe de Risco 2: inclui agentes biológicos que podem provocar infecções no
homem ou nos animais, oferecem moderado risco individual, limitado para a
comunidade, disseminação no meio ambiente limitado e possui medidas
terapêuticas e profiláticas eficazes. Exemplo: Schistosoma mansoni (MINISTÉRIO
DA SAÚDE, 2006).
Classe de Risco 3: inclui agentes biológicos que podem provocar infecções
graves tanto nos homens quanto nos animais, são potencialmente letais, oferecem
alto risco individual e moderado risco para a comunidade, são transmitidos por via
respiratória, disseminados na comunidade e no meio ambiente, podendo se
propagar de pessoa para pessoa, mas existem medidas de tratamento e prevenção.
Exemplo: Mycobacterium tuberculosis (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006).
Classe de Risco 4: inclui os agentes biológicos com grande poder de
transmissibilidade, causam doenças de alta gravidade, com alta capacidade de
disseminação na comunidade e no meio ambiente, oferecem alto risco individual e
para a comunidade e até o momento não há medidas terapêuticas ou profiláticas
eficazes. Exemplo: Virus Ebola (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006).
2.2.3 Simbologia de Risco
No transporte de produtos perigosos há placas que simbolizam o risco que
determinado produto oferece. São definidos nas seguintes classes (ANTT, 2011):
Classe 1: Explosivos.
13
Classe 2: Gases inflamáveis, não-inflamáveis, não-tóxicos e tóxicos.
Classe 3: Líquidos inflamáveis.
Classe 4: Sólidos inflamáveis, substâncias sujeitas a combustão espontânea e
substâncias que em contato com a água emitem gases inflamáveis.
Classe 5: Substâncias oxidantes e peróxidos orgânicos.
Classe 6: Substâncias tóxicas (venenosas) e substâncias infectantes.
Classe 7: Materiais radioativos.
Classe 8: Corrosivos.
Classe 9: Substâncias perigosas diversas.
Figura 3 - Rótulos de Risco
Além disso, as substâncias possuem suas propriedades que são classificadas
em: Inflamáveis (cetonas, éteres, hidrocarbonetos), Tóxicos (organoclorados,
cianetos, sais de mercúrio), Corrosivos (ácidos, bases), Oxidantes (peróxido de
hidrogênio, permanganato de potássio), Nocivos (acetonitrila, isopropanol), Irritantes
(ácido benzoico, cloreto de cálcio, detergentes), Explosivos (ácido pícrico sólido,
14
nitroglicerina) e Nocivos para o meio ambiente (benzeno, cianeto de potássio)
(UNIFESP).
2.2.4 Atos e condições inseguras
Atos e condições inseguras estão presentes o tempo todo, mas nem sempre
são reconhecidas pelo trabalhador e estes são as causas principais de acidentes
ocupacionais (UNESP, 2014).
O ato inseguro é o não cumprimento das normas de segurança estabelecidas
no ambiente de trabalho, e isso pode ocorrer consciente ou inconscientemente,
sendo o responsável por 80% dos casos de acidentes, segundo pesquisa (UNESP,
2014).
Os atos inseguros mais conhecidos são o uso de máquinas sem habilitação ou
permissão; lubrificar, ajustar ou limpar máquinas em movimento; o uso de roupas
inadequadas; a não utilização de EPIs; fumar em lugar proibido; manipulação
inadequada de produtos químicos; consumo de drogas ou bebidas alcoólicas
durante a jornada de trabalho entre outras (UNESP, 2014).
Já a condição insegura é uma deficiência ou irregularidade técnica existente no
local, ou seja, é um ambiente de trabalho que não oferece condição favorável e
segura ao profissional para a execução de seu trabalho. E essa carência, que pode
ser observada através da falta de equipamento de proteção individual, nível de ruído
elevado, falta de organização ou limpeza, iluminação inadequada, piso danificado,
entre outros, podem oferecer risco ocupacional (UNESP, 2014).
2.3 Organismos Geneticamente Modificados
Os OGMs foram desenvolvidos a partir do avanço da engenharia genética
através da técnica de DNA recombinante possibilitando o cruzamento entre diversas
15
espécies de organismos. O resultado é chamado de transgênico e este assunto
abriu discussões científicas, éticas, econômicas e políticas (PENNA et al, 2010).
A técnica de transgenia pode contribuir de forma significativa para o
melhoramento genético de plantas, visando à produção de alimentos, fármacos e
outros produtos industriais, porém, é necessário fazer uma análise dos riscos sem
deixar de levar em consideração os benefícios obtidos na agricultura com o aumento
da produtividade, da qualidade nutricional e a redução dos custos de produção
(PENNA et al, 2010).
Os OGMs são classificados em Grupo I e Grupo II, sendo determinadas as
seguintes características:
Grupo I: Organismo receptor ou parental, vetor/inseto e micro-organismo
geneticamente modificado. São aqueles que não apresentam risco para o meio
ambiente, não são patogênicos e com histórico de utilização segura (PENNA et al,
2010).
Grupo II: São os OGM resultantes de organismos receptor ou parental
classificado como patogênico para o homem e animais, como agentes incluídos nas
classes de risco 2, 3 ou 4 (PENNA et al, 2010).
E para que haja a liberação no ambiente de um organismo geneticamente
modificado é necessário que se cumpram as exigências preconizadas pela CTNBio,
como um questionário técnico, a origem do DNA, dados de estabilidade,
informações sobre o mapa genético e sobre plantas e micro-organismos que vivam
associados a este OGM. Somente após a análise de todas essas informações que é
decidido se haverá ou não a liberação do mesmo no ambiente (BRASIL, 2000).
2.4 Bioterrorismo
Bioterrorismo são ações que utilizam agentes biológicos capazes de promover
grandes epidemias e sobrecarga nos sistemas de qualquer cidade, estado ou país.
16
Ocorre através da disseminação deliberada de bactérias, vírus ou outros
micro-organismos utilizados para causar doença ou morte em populações, animais
ou plantas (CARDOSO, 2011).
Este é um elemento surpresa que causa medo, pânico, ansiedade e
insegurançana população, provocando a perda de confiança nas autoridades
governamentais e prejuízos econômicos (CARDOSO, 2011).
Essa ferramenta tem sido utilizada em operações de guerra biológica como
também em eventos de terrorismo. A saúde pública passa a estar envolvida com
este assunto que antes era de interesse apenas militar, porém, esse fato é
aparentemente inesperado (CARDOSO, 2011).
2.5 Níveis de Biossegurança
O nível de segurança biológica depende de uma avaliação profissional basead
numa estimação dos riscos oferecidos em determinado local. Existem quatro níveis
de Biossegurança (NB-1, NB-2, NB-3 e NB-4) e são designados de acordo com o
risco atribuído ao patogênico e ao grau de proteção proporcionado ao indivíduo
(SICHERO, 2014).
NB-1: É determinado ao trabalho que envolva agentes da Classe de Risco I
(não são patogênicos). Neste caso, o laboratório não precisa estar separado das
demais dependências, o trabalho é conduzido em bancada e equipamentos de
contenção específicos não são exigidos. É requerido boas práticas laboratoriais e o
uso de equipamentos de proteção individual. Exemplo: Laboratório de Ensino básico
ou técnico (SICHERO, 2014).
NB-2: É adequado ao trabalho que envolva agentes da Classe de Risco II,
onde se manipula micro-organismos patogênicos, mas que oferecem risco
moderado individual e limitado para a comunidade. É necessário, além dos
requerimentos descritos na NB-1, que os indivíduos que trabalhem neste laboratório
17
recebam treinamento técnico específico para o manejo de agentes patológicos,
acesso limitado ao local, precaução com objetos perfuro-cortantes e contenção
física. Exemplo: Laboratórios clínicos ou hospitalares de nível primário de
diagnóstico (SICHERO, 2014).
NB-3: É aplicado aos locais onde forem desenvolvidos trabalhos de
manipulação com OGM da Classe de Risco III ou grande volume de organismos da
Classe de Risco II que podem causar doenças sérias e potencialmente letais, como
resultado de exposição por inalação. Os profissionais que atuam neste local
necessitam de treinamento específico, supervisão e controle rígido da operação,
cabines de segurança/contenção física, equipamentos de proteção individual e
manutenção das instalações e equipamentos. Exemplo: Laboratórios de diagnóstico,
de ensino, de pesquisa ou de produção de OGM (SICHERO, 2014).
NB-4: É aplicado aos locais que manipulam agentes da Classe de Risco IV,
usado sempre quando o trabalho envolve OGM resultante de organismo com
potencial patogênico desconhecido. Somente pessoas autorizadas tem acesso ao
local, a estrutura geográfica é independente de outras áreas e recomenda-se o
controle direto das autoridades sanitárias, treinamento específico e completo para as
equipes que manipulam agentes infecciosos extremamente perigosos, protocolos
para situações de emergência e o uso do chuveiro e troca de roupa tanto na entrada
quanto na saída (SICHERO, 2014).
Devido aos inúmeros riscos ocupacionais que o profissional está exposto,
recomenda-se atenção às normas e protocolos, principalmente quando há dúvidas
em como manipular ou executar qualquer técnica, diminuindo os riscos de causar
acidente (SICHERO, 2014).
2.6 Prevenção
18
A Biossegurança, por ter como objetivo principal minimizar riscos ocupacionais,
proteger e promover a saúde do profissional e da população em geral, estabelece
algumas ações preventivas (MENDES et al, 2008).
Segundo a ANVISA, o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI),
técnicas assépticas, barreiras físicas designadas como isolamento de
contato/respiratório e a lavagem das mãos se enquadram em Precauções-padrão,
ou seja, medidas básicas de Biossegurança.
Contudo, existem outras medidas destinadas à prevenção de riscos
ocupacionais relacionados à área da Saúde:
● O uso de luvas em todos os procedimentos realizados, principalmente
aqueles onde possa ocorrer exposição a material biológico, e a sua
retirada logo após o uso (PIMENTEL et al, 2015).
● A lavagem das mãos seguindo a técnica correta, sendo aplicada antes e
depois de qualquer procedimento, inclusive do uso e retirada das luvas
(FILHO, 2012).
● O uso de álcool gel não substitui a lavagem das mãos, mas
completamente a higienização (FILHO, 2012).
● A retirada de adornos (anéis, pulseiras, relógio, colar) antes de prestar
assistência ao paciente, pois a presença destes impede a limpeza
adequada das mãos e são veículos para a transmissão de patógenos
(FILHO, 2012).
● O uso do jaleco com mangas longas e roupas brancas (CHAVES, 2016).
● Manter os cabelos bem presos, pois são fontes de bactérias (CHAVES,
2016).
● Manter unhas aparadas e bem cuidadas, preferencialmente sem
esmaltes, pois o seu desgaste acaba acumulando sujidade (CHAVES,
2016).
Outras medidas que visam diminuir ou eliminar os riscos inerentes são o
descarte adequado de material perfuro-cortantes (descarpak) e biológicos (lixo
branco, lixo vermelho); a organização do ambiente de trabalho (para evitar erros de
19
conduta e riscos de acidente); a disponibilização e manutenção de extintores de
incêndio, chuveiro de segurança e lava-olhos (MENDES et al, 2008).
2.6.1 Equipamento de Proteção Individual
Equipamentos de proteção individual (EPI) são barreiras primárias que
protegem a integridade física e a saúde do profissional no ambiente em que atua. A
legislação trabalhista prevê que é obrigatório o trabalhador usar e conservar os
EPI’s. Ao contrário, o funcionário será responsabilizado junto com o empregador,
podendo ser multado pelo Ministério do Trabalho e até responder na área criminal ou
civil (CHAVES, 2016).
A Norma Regulamentadora que dispõe dos equipamentos de proteção é a NR6
Portaria SIT nº194, de 07 de dezembro de 2010.
Os equipamentos de uso individual são:
Protetores faciais: Indicado para a proteção das vias respiratórias e da mucosa
oral durante a realização de procedimentos com produtos químicos (poeiras,
líquidos, vapores) e agentes patógenos presentes no sangue ou fluidos corporais
(bactérias, vírus) em situações em que haja possibilidade de respingos ou aspiração
(CHAVES, 2016). Exemplo: Máscara de procedimento ou TNT, Máscara N95, N99,
N100. A escolha pela máscara adequada deve ser avaliada conforme o nível de
risco oferecido (PIMENTEL et al, 2015).
Protetores oculares: São indicados em atividades que possam produzir
respingos e/ou aerossóis, projeção de estilhaços, procedimentos que utilizem fontes
luminosas intensas e eletromagnéticas que envolvam risco químico, físico ou
biológico (PIMENTEL et al, 2015). Recomenda-se que sejam de qualidade
comprovada para proporcionar visão transparente e após o uso devem ser lavados
com água, sabão e solução desinfetante (CHAVES, 2016). Exemplo: Óculos Nitro de
Segurança (PIMENTEL et al, 2015).
20
Protetores auditivos: São utilizados para prevenir a perda auditiva provocada
pelos agentes físicos, sendo indicado para situações onde a longa exposição à
ruídos seja considerada prejudicial ou nociva (CHAVES, 2016).
Gorro: É indicado para proteger o profissional contra respingos, aerossóis e
inclusive, evitar contaminações através da queda de algum fio de cabelo. Por isso,
os cabelos devem estar presos e o gorro deve cobrir até as orelhas. Exemplo: Gorro
descartável sanfonado (PIMENTEL et al, 2015).
Luvas: São usadas para prevenir o profissional de possíveis contaminações na
pele ao manipular material biológico potencialmente patogênico e produtos
químicos. Seu uso não elimina a necessidade de lavar as mãos e deve-se
descarta-la após o uso (CHAVES, 2016). Exemplo: Luvas de procedimento ou látex,
luvas de látex estéril, luvas de vinil, luvas de borrada nitrílica, luvas de malha de aço,
luvas térmicas de nylon (PIMENTEL et al, 2015).
Jalecos: É indicado para todos os profissionais que trabalham em laboratórios
ou ambiente hospitalar. Seu uso é obrigatório devido à manipulação de
micro-organismos patogênicos e produtos químicos. O jaleco necessita ter mangas
compridas, colarinho alto e o usode roupas brancas não substituem o seu uso
(CHAVES, 2016). Exemplo: Jaleco de algodão ou material sintético, jaleco de TNT
ou descartável (PIMENTEL et al, 2015).
Avental: É utilizado pelos profissionais responsáveis pela limpeza e
desinfecção de materiais e no atendimento de animais de grande porte. Exemplo:
Avental plástico (PIMENTEL et al, 2015).
Calçados de segurança: São destinados à proteção dos pés contra umidade,
respingos, derramamentos e impactos de objetos diversos, incluindo
perfuro-cortantes. É recomendado o uso de sapatos fechados, preferencialmente
sem cadarço para evitar quedas ou acumulo de sujidade e fica proibido o uso de
tamancos, chinelos ou sandálias em dependências laboratoriais (CHAVES, 2016).
Exemplo: Sapato impermeável, sapato com ponta bico de aço, botas, sapato
21
antiderrapante. Pode-se ainda acrescentar o Pro Pé em TNT nos ambientes
cirúrgicos e no Centro de Material Esterilizado (PIMENTEL et al, 2015).
2.6.2 Equipamento de Proteção Coletiva
Os EPC têm o objetivo de proteger o ambiente e a saúde dos laboratórios,
inclusive, a integridade dos mesmos. São eles as cabines de segurança biológicas,
capelas de exaustão química, extintores de incêndio, chuveiro de emergência e
lava-olhos (PIMENTEL et al, 2015).
2.6.3 Medidas de Precaução
Figura 4 - Precaução Padrão
22
Figura 5 - Precaução de Contato
Figura 6 - Precaução para Gotículas
23
Figura 7 - Precaução para Aerossóis
2.6.4 Boas Práticas Laboratoriais
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), as boas
práticas em laboratórios têm como objetivo avaliar o potencial de riscos e o nível de
toxidade dos produtos visando a promoção a saúde e eliminação ou diminuição dos
riscos iminentes. Com isso, é disponibilizado um instrumento chamado
Procedimentos Operacionais Padrão (POP) que visa padronizar e minimizar a
ocorrência de desvios na execução das atividades e procedimentos, garantindo
qualidade ao serviço prestado (MOLINARO, 2009).
Também é recomendado pelo Ministério da Saúde que as simbologias de risco
sejam colocadas na entrada dos laboratórios, principalmente naqueles onde
manipulam micro-organismos que oferecem risco biológico e que todos os
trabalhadores estejam cientes dos riscos pertinentes as atividades exercidas e ter
conhecimentos das atividades e protocolos que visam reduzir os riscos de
contaminação (CHAVES, 2016).
24
2.6.5 Higienização das mãos com água e sabão
Figura 8 - Técnica de Higienização das Mãos – Parte I
25
Figura 9 - Técnica de Higienização das Mãos - Parte II
Medidas sugeridas:
1. Molhe as mãos com água.
2. Aplique sabão.
3. Esfregue as palmas das mãos.
4. Esfregue a palma da mão sobre o dorso da mão oposta com os dedos
entrelaçados.
26
5. Esfregue as palmas das mãos com os dedos entrelaçados.
6. Esfregue o dorso dos dedos virados para a palma da mão oposta.
7. Envolva o polegar esquerdo com a palma e os dedos da mão direita, realize
movimentos circulares e vice-versa.
8. Esfregue as polpas digitais e unhas contra a palma da mão oposta, com
movimentos circulares.
9. Friccione os punhos com movimentos circulares.
10.Enxágue com água.
11. Segue as mãos com papel-toalha descartável e use o papel para fechar a
torneira (ANVISA).
2.6.6 Higienização das mãos com fórmula à base de álcool
Medidas sugeridas:
1. Posicione a mão em forma de concha e coloque o produto, em seguida
espalhe-o por toda a superfície das mãos.
2. Esfregue as palmas das mãos.
3. Esfregue a palma da mão sobre o dorso da mão oposta com os dedos
entrelaçados.
4. Esfregue as palmas das mãos com os dedos entrelaçados.
5. Esfregue o dorso dos dedos virados para a palma da mão oposta.
6. Envolva o polegar esquerdo com a palma e os dedos da mão direita, realize
movimentos circulares e vice-versa.
7. Esfregue as polpas digitais e unhas contra a palma da mão oposta, com
movimentos circulares.
8. Friccione os punhos com movimentos circulares.
9. Espera que o produto seque naturalmente. Não utilize papel-toalha
(ANVISA).
27
2.6.7 Descarte Adequado dos Resíduos
A ANVISA estabeleceu regras nacionais sobre acondicionamento e tratamento
do lixo hospitalar que atingem hospitais, clínicas, consultórios, laboratórios,
necrotérios e outros estabelecimentos de saúde. De acordo com a Resolução RDC
nº 33/03, os resíduos são classificados como:
Grupo A (potencialmente infectantes): São resíduos que possuem presença de
agentes biológicos que apresentam risco de infecção. Exemplo: Bolsas de sangue
contaminado, vacinas de micro-organismos vivos, produto de fecundação sem sinais
vitais. Estes poderão ser acondicionados em saco branco ou vermelho, com destino
a incineração (ANVISA, 2004).
Grupo B (químicos): Que contenham substâncias químicas capazes de causar
risco à saúde ou ao meio ambiente, independente de suas características. Exemplo:
Quimioterápicos, reagentes para laboratório e substâncias para revelação de filmes
de Raio-X. Eles devem ser mantidos na embalagem original ou dentro de recipiente
inquebrável para ser devolvido ao fabricante (ANVISA, 2004).
Grupo C (rejeitos radioativos): Materiais que contem carga radioativa acima do
padrão e que não possam ser reutilizados. Exemplo: Exames de medicina nuclear.
Estes devem ser acondicionados em recipientes blindados para evitar vazamento
radioativo e são destinados para a Comissão Nacional de Energia Nuclear (ANVISA,
2004).
Grupo D (resíduos comuns): Qualquer lixo que não tenha sido contaminado ou
que possa provocar acidentes. Exemplo: Luvas, gazes, papéis, sobras de alimentos.
Devem ser separados e acondicionados de acordo com o material. Eles poderão ser
destinados à reciclagem, ser reutilizados ou descartados de forma correta (ANVISA,
2004).
Grupo E (perfuro-cortantes): Objetos e instrumentos que possam furar ou
cortar. Exemplo: Agulhas, bisturis, ampolas de vidro. Devem ser acomodados em
28
recipientes rígidos como caixas, para evitar cortes ou perfurações e serão
destinados a incineração (ANVISA, 2004).
2.7 Rotina em Caso de Acidentes
Em caso de acidente, primeiramente, deve-se avaliar o fato através de uma
adequada anamnese, caracterização do paciente fonte, análise do risco, notificação
do acidente e orientação de manejo e medidas de cuidado com o local exposto
(PIMENTEL et al, 2015).
Após exposição em pele íntegra, é recomendado lavar o local com água e
sabão ou solução antisséptica com detergente abundantemente. Nas exposições de
mucosas, deve-se lavar exaustivamente com água ou solução salina fisiológica e se
for um acidente percutâneo, lavar imediatamente o local com água e sabão ou
solução antisséptica com detergente. Não fazer espremedura do local ferido para
evitar que a área lesionada aumente (PIMENTEL et al, 2015).
A exposição a material biológico deve ser avaliada quanto ao potencial de
transmissão de HIV, HBV e HCV com base nos seguintes critérios: Tipos de
exposição, tipo e quantidade de fluido e tecido, situação sorológica da fonte,
situação sorológica do acidentado e susceptibilidade do profissional exposto. Diante
da situação encontrada são estabelecidas as medidas de profilaxia adequadas ao
profissional acidentado (PIMENTEL et al, 2015).
2.8 Síndrome de Burnout
A Síndrome de Burnout ou também conhecida como a doença do esgotamento
profissional, é uma condição de sofrimento psíquico relacionado ao trabalho. É uma
das consequências do ritmo atual de competitividade causando um estado de tensão
emocional e estresse crônico devido às condições desgastantes oferecidas (VIEIRA
et al, 2006).
29
Essa síndrome ocasiona alterações fisiológicas decorrentes do estresse
proporcionando maior risco de infecções para o indivíduo, alterações
neuroendócrinas, riscos cardiovasculares; abuso de álcool; risco de suicídio,
transtornos de ansiedade e/ou depressão, fora a implicação socioeconômica
(VIEIRA et al, 2006).
O esgotamento profissional ocorre porque o trabalho tem sido encarado como
um esforço penoso e rotineiro, onde a buscapela riqueza e pelo poder acaba
aumentando a exigência de qualidade e produtividade, trazendo insegurança e
ansiedade para a maioria dos trabalhadores. Outras situações que favorecem o
esgotamento estão relacionadas a incertezas, frustrações e medos provocados por
diversos fatores, inclusive as dificuldades no exercício profissional. E a pressão
provocada a partir disso, gera estresse psíquico que compromete a qualidade de
vida (MASLACH, 1999).
As principais características da Síndrome de Burnout são a exaustão
profissional, despersonalização e a reduzida realização profissional. (PEREIRA,
2002). Enquanto que os sintomas apresentados podem ser divididos em quatro
categorias:
Físicos: Fadiga constante, distúrbios do sono, dores musculares, perturbações
gastrointestinais, baixa resistência imunológica, cefaleias, transtornos
cardiovasculares.
Psíquicos: Diminuição da memória e da capacidade de tomar decisões, falta de
concentração, ideias fantasiosas ou delírios de perseguição, sentimento de
impotência, impaciência.
Emocionais: Desânimo, ansiedade, depressão, irritação, pessimismo, baixo alto
estima.
Comportamentais: Isolamento, perda de interesse pelo trabalho ou lazer,
lentidão no desempenho das funções, absenteísmo, fumo, aumento do consumo de
álcool e até mesmo agressividade (MASLACH, 1999).
30
Diante de tantas alterações físicas e psíquicas e de todas as consequências
que pode implicar tanto para a empresa como para a vida social (PEREIRA, 2002), é
importante promover o bem-estar e a saúde dos trabalhadores para minimizar ou
eliminar os possíveis riscos de desencadear a Síndrome (KANAANE, 1994).
2.9 Biossegurança Aplicada a Fisioterapia
Segundo o Decreto-Lei nº 938, a Fisioterapia é uma ciência que estuda,
diagnostica, previne e recupera pacientes com distúrbios cinéticos funcionais.
Através do objetivo de preservar, manter, desenvolver ou restaurar a integridade de
órgãos, sistemas ou funções utiliza diversos recursos terapêuticos nas condições
psico-físico-social para promover melhoria de qualidade de vida obtendo assim o
resultado esperado (1969).
Devido às atividades dessa profissão, o fisioterapeuta estabelece grande
contato com o paciente, o que o expõe a alguns riscos ocupacionais. Por esse
motivo, algumas medidas preventivas devem ser seguidas para evitar acidentes de
trabalho (PIMENTEL et al, 2015):
● Retirada de adornos durante o atendimento (anel, pulseira, relógio, colar
e brincos grandes) e manter o cabelo preso;
● Uso do branco completo (roupa e jaleco de manga comprida);
● Deve-se realizar limpeza e desinfecção adequada dos instrumentos,
materiais e estrutura;
● Retirar o jaleco fora das dependências da clinica/hospital;
● Realizar a lavagem das mãos antes e após cada atendimento ou
procedimento do paciente;
● Realizar a limpeza do tatame e macas com álcool a 70% após o
atendimento;
● Proibido o uso de celulares dentro das salas de atendimento e o
consumo de alimentos e bebidas nos setores da clínica;
31
● Usar luva de procedimento no manuseio dos eletrodos, sondas, cones
vaginais, exame físico (vaginal e das mamas) e em casos de alterações
dérmicas suspeitas;
● Utilizar máscaras e luvas durante a realização da conduta terapêutica ou
manuseio de fluidos orgânicos em caso de fisioterapia respiratória;
● Agendar manutenção preventiva e periódica de materiais e
equipamentos;
● Estar com a carteira de vacinação em dia;
● E ter sempre os equipamentos de segurança de uso pessoal
(PIMENTEL el al, 2015).
O uso adequado em conjunto com a manutenção preventiva e periódica dos
equipamentos contribui para um local seguro. Vale sempre ressaltar a importância
do conhecimento do profissional de Fisioterapia em relação a Biossegurança para
que possa aplicar no seu dia a dia de forma eficaz minimizando ou eliminando os
riscos inerentes (PIMENTEL et al, 2015).
32
3 CONCLUSÃO
Observa-se através da revisão de literatura e do conteúdo visto em sala, a
importância da Biossegurança aplicada nas atividades ocupacionais levando em
consideração os diversos riscos inerentes dos quais os profissionais estão expostos.
E também da necessidade da conscientização e conhecimento de cada individuo em
relação a pratica da Biossegurança.
Contudo, conclui-se que seguir as normas de Biossegurança estabelecidas é a
maneira mais efetiva e eficaz de reduzir, minimizar e eliminar os riscos ocupacionais,
diminuindo o número de acidentes.
33
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