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1 Universidade Federal do Espírito Santo Cálculo I – Prof. Antônio Rosa Material de Estudos Extra ________________________ Taxas Relacionadas __________________________ Em um problema de taxas relacionadas, a ideia é computar a taxa de variação de uma grandeza em termos da taxa de variação da outra (que pode ser mediada mais facilmente). O procedimento é achar uma equação que relacione as duas grandezas e então usar a Regra da Cadeia para diferenciar ambos os lados da equação em relação ao tempo. Exemplo 1: Está sendo bombeado ar para dentro de um balão esférico e seu volume cresce a uma taxa de 100 𝑐𝑚3 𝑠⁄ . Quão rápido o raio de balão está crescendo quando o diâmetro é 50 𝑐𝑚. Solução: Temos: Hipótese: Taxa de crescimento do volume do ar é 100 𝑐𝑚3 𝑠⁄ . Tese: Taxa de crescimento do raio quando o diâmetro é 50 𝑐𝑚. Seja 𝑉 o volume do balão e 𝑟 e seu raio. Temos que as grandezas 𝑉 e 𝑟 são ambas funções do tempo 𝑡. A taxa de crescimento do volume em relação ao tempo é a derivada 𝑑𝑉 𝑑𝑡⁄ , e a taxa de crescimento do raio é 𝑑𝑟 𝑑𝑡⁄ . Podemos portanto reapresentar o que foi dado e pedido como a seguir: Hipótese: 𝑑𝑉 𝑑𝑡 = 100 𝑐𝑚3 𝑠⁄ . Tese: 𝑑𝑟 𝑑𝑡 quando 𝑟 = 25 𝑐𝑚. Temos que a fórmula para o volume de uma esfera é dada por 𝑉 = 4 3 𝜋 𝑟3 e relaciona 𝑉 e 𝑟. Assim, 𝑉 = 4 3 𝜋 𝑟3 ⟹ 𝑑𝑉 𝑑𝑡 = 𝑑𝑉 𝑑𝑡 𝑑𝑟 𝑑𝑡 = 4 3 𝜋 𝑑(𝑟3) 𝑑𝑡 = 4 3 𝜋 (3 𝑟2) 𝑑𝑟 𝑑𝑡 = 4 𝜋𝑟2 𝑑𝑟 𝑑𝑡 Logo, 𝑑𝑟 𝑑𝑡 = 1 4 𝜋𝑟2 𝑑𝑉 𝑑𝑡 Agora, substituindo 𝑟 = 25 e 𝑑𝑉 𝑑𝑡 = 100, obtemos, 𝑑𝑟 𝑑𝑡 = 1 4 𝜋 (25)2 . 100 ⟹ 𝑑𝑟 𝑑𝑡 = 1 25 𝜋 . Portanto, o raio do balão está crescendo a uma taxa de 1 25 𝜋 𝑐𝑚 𝑠⁄ . Exemplo 2: Uma escada com 10 metros de comprimento está apoiada em uma parede vertical. Se a base da escada desliza, afastando-se da parede a uma taxa de 2 1 𝑚 𝑠⁄ , quão rápido o topo da escada está escorregando para baixo na parede quando a base da escada está a 6 𝑚 da parede? Solução: Seja 𝑥 em metros a distância da base da escada à parede e 𝑦 em metros a distância do topo da escada ao solo. Note que ambos 𝑥 e 𝑦 são funções de 𝑡 (tempo). Hipótese: 𝑑𝑥 𝑑𝑡 = 1 𝑚 𝑠⁄ parede parede Tese: 𝑑𝑦 𝑑𝑡 quando 𝑥 = 6𝑚. 𝑦 10 ⟹ 𝑦 10 𝑥 solo 𝑥 solo Pelo Teorema de Pitágoras segue que: 𝑥2 + 𝑦2 = 102. Daí, diferenciando (em relação a 𝑡) temos: 2 𝑥 𝑑𝑥 𝑑𝑡 + 2 𝑦 𝑑𝑦 𝑑𝑡 = 0 e disto, 𝑑𝑦 𝑑𝑡 = − 𝑥 𝑦 𝑑𝑥 𝑑𝑡 . Quando 𝑥 = 6 𝑚, o Teorema de Pitágoras nos dá 𝑦 = 8 𝑚. Logo, substituindo esses valores e 𝑑𝑦 𝑑𝑡 = 1, temos: 𝑑𝑦 𝑑𝑡 = − 6 8 (1) = − 3 4 𝑚 𝑠⁄ . Obs.: O fato de 𝑑𝑦 𝑑𝑥⁄ ser negativa significa que a distância do topo da escada ao solo está decrescendo a uma taxa de 3 4 𝑚 𝑠⁄ . Em outras palavras, o topo da escada está deslizando para baixo a uma taxa de 3 4 𝑚 𝑠⁄ . Exemplo 3 (Exercício 1, página 223 - 7ª Edição): Se 𝑉 for o volume de um cubo de comprimento 𝑥 e, à medida que o tempo passa o cubo se expandir, encontre 𝑑𝑉 𝑑𝑡⁄ em termos de 𝑑𝑥 𝑑𝑡⁄ . Solução: Hipótese: dado 𝑑𝑥 𝑑𝑡 . Tese: 𝑑𝑉 𝑑𝑡 =? em função de 𝑑𝑥 𝑑𝑡 . Temos que o volume 𝑉 de um cubo cujo comprimento de seu lado é 𝑥 é dado pela fórmula, 𝑉 = 𝑥3 . Desta forma, temos 3 𝑑 𝑑𝑡 (𝑉) = 𝑑 𝑑𝑡 (𝑥3) ⟹ 𝑑𝑉 𝑑𝑥 = 3 𝑥2 𝑑𝑥 𝑑𝑡 Resposta: 𝑑𝑉 𝑑𝑡⁄ = 3 𝑥2 𝑑𝑥 𝑑𝑡⁄ . Exemplo 4 (Exercício 5, página 223 - 7ª Edição): Um tanque cilíndrico com raio de 5 𝑚 está sendo cheio com água a uma taxa de 3 𝑚3 𝑚𝑖𝑛⁄ . Quão rápido a altura da água está aumentando? Solução: Temos: Hipótese: 𝑑𝑉 𝑑𝑥 = 3 𝑚3 𝑚𝑖𝑛⁄ Tese: 𝑑ℎ 𝑑𝑡 quando 𝑟 = 5 𝑚. ℎ 𝑟 Temos que a fórmula que relaciona as grandezas volume e altura de um cilindro é dada por: 𝑉 = 𝜋 𝑟2 ℎ Observamos aqui que a fórmula acima envolve três grandezas, a saber, volume, altura e raio. Mas observamos que o raio 𝑟 é constante ao longo do tempo. Isto é, 𝑟 não é uma função do tempo e, portanto 𝑑𝑟 𝑑𝑡⁄ = 0. Daí temos, 𝑉 = 𝜋 𝑟2 ℎ ⟹ 𝑑 𝑑𝑡 (𝑉) = 𝑑 𝑑𝑡 (𝜋 𝑟2 ℎ) ⟹ 𝑑𝑉 𝑑𝑥 = 𝜋 𝑟2 𝑑ℎ 𝑑𝑡 ⟹ 𝑑ℎ 𝑑𝑡 = 1 𝜋 𝑟2 𝑑𝑉 𝑑𝑥 Substituindo os valores dados obtemos, 𝑑ℎ 𝑑𝑡 = 1 𝜋 52 ∙ 3 ⟹ 𝑑ℎ 𝑑𝑡 = 3 25 𝜋 𝑚 𝑚𝑖𝑛⁄ . Resposta: A altura da água está aumentando a uma taxa de 3 25 𝜋 𝑚 𝑚𝑖𝑛⁄ . Exemplo 5 (Exercício 11, página 224 - 7ª Edição): Um avião voa horizontalmente a uma altitude de 2 km, a 800 km/h, e passa diretamente sobre uma estação de radar. Encontre a taxa segundo a qual a distância entre o avião e a estação aumenta quando ele está a 3 km além da estação. (a) Quais são as quantidades dadas no problema? (b) Qual é a incógnita? (c) Faça um desenho da situação para qualquer instante t. (d) Escreva uma equação que relacione as quantidades. (e) Termine a resolução do problema. Solução: Temos: (a) Dados: a altitude do avião é de 2 km e sua velocidade é de 800 km. (b) Pede-se: a taxa na qual a distância entre o avião e a estação aumenta quando ele está a 3km além da estação. 4 (c) Figura: x 2 y (d) 𝑦2 = 𝑥2 + 4. (e) Temos: 𝑦2 = 𝑥2 + 4 ⟹ 2 𝑦 𝑑𝑦 𝑑𝑡 = 2 𝑥 𝑑𝑥 𝑑𝑡 ⟹ 𝑑𝑦 𝑑𝑡 = 𝑥 𝑦 𝑑𝑥 𝑑𝑡 Substituindo os valores dados temos: 𝑦 = 3 ⟹ 32 = 𝑥2 + 4 ⟹ 𝑥2 = 5 ⟹ 𝑥 = √5. Daí, 𝑑𝑦 𝑑𝑡 = 𝑥 𝑦 𝑑𝑥 𝑑𝑡 ⟹ 𝑑𝑦 𝑑𝑡 = √5 3 ∙ 800 ⟹ 𝑑𝑦 𝑑𝑡 = 800 √5 3 𝑘𝑚/ℎ Exemplo 6 (Exercício 29, página 225 - 7ª Edição): Dois lados de um triângulo têm 4 m e 5 m, e o ângulo entre eles está crescendo a uma taxa de 0,06 rad/s. Encontre a taxa segundo a qual a área está crescendo quando o ângulo entre os lados de comprimento fixo for 𝜋 3⁄ . Solução: Temos que dois lados possuem comprimentos fixos, a saber, 4 m e 5 m. O terceiro lado, oposto ao ângulo em questão é variável conforme a variação deste ângulo. Temos a figura: 4 h x 𝛼 5 Sabemos que a área do triângulo é dada por: A= (base x altura)/2. Assim, visto que: 𝑠𝑒𝑛 𝛼 = ℎ 4 ⟹ ℎ = 4 𝑠𝑒𝑛 𝛼 temos que: 𝐴 = 5 ∙ ℎ 2 ⟹ 𝐴 = 5 ∙ 4 𝑠𝑒𝑛 𝛼 2 ⟹ 𝐴 = 10 𝑠𝑒𝑛 𝛼. Daí, 𝑑𝐴 𝑑𝑡 = 10 cos 𝛼 𝑑𝛼 𝑑𝑡 . Substituindo os valores dados temos: 𝑑𝐴 𝑑𝑡 = 10 cos 𝜋 3 ∙ 0,06 ⟹ 𝑑𝐴 𝑑𝑡 = 10 ∙ 1 2 ∙ 0,06 ⟹ 𝑑𝐴 𝑑𝑡 = 0,3 𝑚2 𝑠⁄ . 5 Exemplo 7 (Exercício 35, página 225 - 7ª Edição): Se dois resistores com resistências R1 e R2 estão conectados em paralelo, como na figura,então a resistência total R, medida em ohms (Ω), é dada por 1 𝑅 = 1 𝑅1 + 1 𝑅2 . Se 𝑅1 e 𝑅2 estão aumentando a taxas de 0,3 Ω/s e 0,2 Ω/s, respectivamente, quão rápido R está variando quando 𝑅1 = 80 Ω e 𝑅2 = 100 Ω? R1 R2 Solução: Hipótese: 𝑑𝑅1 𝑑𝑡 = 0,3 Ω/s e 𝑑𝑅2 𝑑𝑡 = 0,2 Ω/s. Tese: 𝑑𝑅 𝑑𝑡 =? quando 𝑅1 = 80 Ω e 𝑅2 = 100 Ω. Temos: 1 𝑅 = 1 𝑅1 + 1 𝑅2 ⟹ − 1 𝑅2 𝑑𝑅 𝑑𝑡 = − 1 𝑅1 2 𝑑𝑅1 𝑑𝑡 − 1 𝑅2 2 𝑑𝑅2 𝑑𝑡 ⟹ 𝑑𝑅 𝑑𝑡 = 𝑅2 ( 1 𝑅1 2 𝑑𝑅1 𝑑𝑡 + 1 𝑅2 2 𝑑𝑅2 𝑑𝑡 ) Substituindo os valores dados temos: 1 𝑅 = 1 𝑅1 + 1 𝑅2 ⟹ 1 𝑅 = 1 80 + 1 100 ⟹ 1 𝑅 = 9 400 ⟹ 𝑅 = 400 9 E então, 𝑑𝑅 𝑑𝑡 = 𝑅2 ( 1 𝑅1 2 𝑑𝑅1 𝑑𝑡 + 1 𝑅2 2 𝑑𝑅2 𝑑𝑡 ) ⟹ 𝑑𝑅 𝑑𝑡 = ( 400 9 ) 2 ( 1 802 0,3 + 1 1002 0,2) ⟹ 𝑑𝑅 𝑑𝑡 = ( 400 9 ∙ 80 ) 2 0,3 + ( 400 9 ∙ 100 ) 2 0,2 ⟹ 𝑑𝑅 𝑑𝑡 = 25 81 ∙ 0,3 + 16 81 ∙ 0,2 ⟹ 𝑑𝑅 𝑑𝑡 = 7,5 81 + 3,2 81 ⟹ 𝑑𝑅 𝑑𝑡 = 10,7 81 ⟹ 𝑑𝑅 𝑑𝑡 ≅ 0,132 Ω/s Exemplo 8 (Exercício 17, página 224 - 7ª Edição): Um homem começa a andar para o norte a 1,2 𝑚 𝑠⁄ a partir de um ponto P. Cinco minutos depois uma mulher começa a andar para o sul a 1,6 𝑚 𝑠⁄ de um ponto 200 𝑚 a leste de P. A que taxa as pessoas estão se distanciando 15 𝑚𝑖𝑛 após a mulher começar a andar? Solução: Temos: H= homem M= mulher Hipótese: 𝑑𝐇 𝑑𝑡 = 1,2 𝑚 𝑠⁄ e 𝑑𝐌 𝑑𝑡 = 1,2 𝑚 𝑠⁄ H Tese: 𝑑𝑧 𝑑𝑡 = ? quando 𝑡 = 15 𝑚𝑖𝑛 200 m P M figura 1 6 Observe que a mulher começa a andar 5 𝑚𝑖𝑛 após o homem já ter iniciado tua caminhada. Se a velocidade do homem é de 1,2 𝑚 𝑠⁄ então em 5 𝑚𝑖𝑛 = 300 𝑠 o homem já estará a 360 𝑚 de distância a norte do ponto P. Desta forma, teremos a seguinte condição inicial (figura 3) da caminhada da mulher: H z y z 360 m 200 m P 200 m M figura 2 figura 3 Agora, observamos que quando a mulher tiver andado 15 𝑚𝑖𝑛 = 900 𝑠, o homem terá andado (5 + 15) 𝑚𝑖𝑛 = 20 𝑚𝑖𝑛 = 1200 𝑠 . Traduzindo isto em distância percorrida temos 1440 𝑚 para a mulher e 1440 𝑚 para o homem. H H y1 y1=1440 m z y P R S y P M y2 y2=1440 m M M x 200 m figura 5 figura 6 Pelo Teorema de Pitágoras, figura 5, temos a seguinte relação entre as distâncias em questão: 𝑧2 = 𝑥2 + 𝑦2 Considerando os dados obtemos, 𝑧2 = 𝑥2 + 𝑦2 ⟹ 𝑧2 = 2002 + 28802 ⟹ 𝑧 = √8334400 Considerando que 𝑦 = 𝑦1 + 𝑦2 e que 𝑥 = 200 é fixo, então temos a seguinte relação entre as taxas: 𝑧2 = 2002 + (𝑦1 + 𝑦2) 2 ⟹ 𝑑 𝑑𝑡 (𝑧2) = 𝑑 𝑑𝑡 (2002 + 𝑦1 2 + 2 𝑦1𝑦2 + 𝑦2 2) ⟹ 2 𝑧 𝑑𝑧 𝑑𝑡 = 2 𝑦1 𝑑𝑦1 𝑑𝑡 + 2 (𝑦2 𝑑𝑦1 𝑑𝑡 + 𝑦1 𝑑𝑦2 𝑑𝑡 ) + 2 𝑦2 𝑑𝑦2 𝑑𝑡 ⟹ 𝑑𝑧 𝑑𝑡 = 1 𝑧 [(𝑦1 + 𝑦2) 𝑑𝑦1 𝑑𝑡 + (𝑦1 + 𝑦2) 𝑑𝑦2 𝑑𝑡 ] ⟹ 𝑑𝑧 𝑑𝑡 = 1 𝑧 (𝑦1 + 𝑦2) ( 𝑑𝑦1 𝑑𝑡 + 𝑑𝑦2 𝑑𝑡 ) ⟹ 𝑑𝑧 𝑑𝑡 = 𝑦 𝑧 ( 𝑑𝑦1 𝑑𝑡 + 𝑑𝑦2 𝑑𝑡 ) Agora, substituindo os valores dados e obtidos temos, 7 𝑑𝑧 𝑑𝑡 = 𝑦 𝑧 ( 𝑑𝑦1 𝑑𝑡 + 𝑑𝑦2 𝑑𝑡 ) ⟹ 𝑑𝑧 𝑑𝑡 = 2880 √8334400 (1,2 + 1,6) ⟹ 𝑑𝑧 𝑑𝑡 = 8064 √8334400 ≅ 2,79 𝑚 𝑠⁄ . Portanto, a taxa na qual o homem e a mulher estão se afastando após 15 min em que a mulher começou a andar é de 2,79 m/s. Exemplo 9 (Exercício 19, página 224 - 7ª Edição): A altura de um triângulo está aumentando a uma taxa de 1 cm/min enquanto a área do triângulo está aumentando a uma taxa de 2 cm2/min. A que taxa a base do triângulo está variando quando a altura for 10 cm e a área for 100 cm2? Solução: Sejam 𝐴, a área do triângulo, ℎ, a altura do triângulo e 𝑏, a base do triâgulo. Temos: Hipótese: 𝑑ℎ 𝑑𝑡 = 1 𝑐𝑚/𝑚𝑖𝑛 e 𝑑𝐴 𝑑𝑡 = 2 𝑐𝑚2 𝑚𝑖𝑛⁄ . Tese: 𝑑𝑏 𝑑𝑡 =? quando ℎ = 10 𝑐𝑚 e 𝐴 = 100 𝑐𝑚2. h h b b Sabemos que as quantidades se relacionam conforme a equação: 𝐴 = 1 2 𝑏 ∙ ℎ Portanto, as taxas se relacionam por: 𝑑 𝑑𝑡 𝐴 = 𝑑 𝑑𝑡 ( 1 2 𝑏 ∙ ℎ) ⟹ 𝑑𝐴 𝑑𝑡 = 1 2 𝑑 𝑑𝑡 ( 𝑏 ∙ ℎ) ⟹ 𝑑𝐴 𝑑𝑡 = 1 2 ( 𝑑𝑏 𝑑𝑡 ∙ ℎ + 𝑏 ∙ 𝑑ℎ 𝑑𝑡 ) Quando ℎ = 10 𝑐𝑚 e 𝐴 = 100 𝑐𝑚2, temos que 𝑏 = 2 𝐴 ℎ ⟹ 𝑏 = 2 ∙ 100 10 ⟹ 𝑏 = 20 𝑐𝑚 Daí, 𝑑𝑏 𝑑𝑡 = 1 ℎ (2 ∙𝑑𝐴 𝑑𝑡 − 𝑏 ∙ 𝑑ℎ 𝑑𝑡 ) ⟹ 𝑑𝑏 𝑑𝑡 = 1 10 (2 ∙ 2 − 20 ∙ 1) ⟹ 𝑑𝑏 𝑑𝑡 = −1,6 𝑐𝑚/𝑚𝑖𝑛 Portanto, a taxa de variação da base do triângulo quando a altura for 10 cm e a área for 100 cm2 é de -1,6 cm/min. O fato de 𝑑𝑏 𝑑𝑡⁄ ser negativo indica que a base do triângulo está decrescendo a uma taxa de 1,6 cm/min. _______________________ Diferenciação Implícita _________________________ Exercício: (a) Se 𝑥2 + 𝑦2 = 25, encontre 𝑑𝑦 𝑑𝑥 . (b) Encontre uma equação tangente ao círculo 𝑥2 + 𝑦2 = 25 no ponto (3, 4). Solução: (a) 𝑥2 + 𝑦2 = 25 ⇒ 𝑑 𝑑𝑥 (𝑥2 + 𝑦2) = 𝑑 𝑑𝑥 (25) ⇒ 𝑑 𝑑𝑥 (𝑥2) + 𝑑 𝑑𝑥 (𝑦2) = 𝑑 𝑑𝑥 (25) 8 ⇒ 2 𝑥 + 2 𝑦 𝑦′ = 0 ⇒ 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = 𝑦′ = − 𝑥 𝑦 . (b) No ponto (3, 4), temos 𝑥 = 3 e 𝑦 = 4. Logo, 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = 𝑦′ = − 3 4 Uma equação da Reta Tangente ao círculo 𝑥2 + 𝑦2 = 25 no ponto (3, 4) é portanto, 𝑦 − 4 = − 3 4 (𝑥 − 3) ou 3 𝑥 + 4 𝑦 = 25 . Vimos em sala de aula que: 1. 𝑦 = 𝑎𝑟𝑐 𝑠𝑒𝑛 𝑥 = 𝑠𝑒𝑛−1𝑥 ⇒ 𝑦′ = 1 √ 1− 𝑥2 2. 𝑦 = 𝑎𝑟𝑐 𝑐𝑜𝑠 𝑥 = 𝑐𝑜𝑠−1𝑥 ⇒ 𝑦′ = − 1 √ 1− 𝑥2 Vejamos agora 𝑦′ para 𝑦 = 𝑎𝑟𝑐 𝑡𝑔 𝑥 = 𝑡𝑔−1𝑥. Temos; 𝑦 = 𝑎𝑟𝑐 𝑡𝑔 𝑥 = 𝑡𝑔−1𝑥 ⟺ 𝑡𝑔 𝑦 = 𝑥. Derivemos implicitamente a equação: 𝑡𝑔 𝑦 = 𝑥. 𝑡𝑔 𝑦 = 𝑥 ⇒ (𝑡𝑔 𝑦)′ = (𝑥)′ ⇒ (𝑠𝑒𝑐2 𝑦) 𝑦′ = 1 ⇒ 𝑦′ = 1 𝑠𝑒𝑐2 𝑦 ⇒ 𝑦′ = 1 1 + 𝑡𝑔2𝑦 . Visto que, 𝑡𝑔 𝑦 = 𝑥, então segue que: 3. 𝑦 = 𝑎𝑟𝑐 𝑡𝑔 𝑥 = 𝑡𝑔−1𝑥 ⇒ 𝑦′ = 1 1+𝑥2 . Temos ainda: 4. 𝑦 = 𝑎𝑟𝑐 𝑠𝑒𝑐 𝑥 = 𝑠𝑒𝑐−1𝑥 ⇒ 𝑦′ = 1 𝑥 √𝑥2−1 . 5. 𝑦 = 𝑎𝑟𝑐 𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐 𝑥 = 𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐−1𝑥 ⇒ 𝑦′ = − 1 𝑥 √𝑥2−1 . 6. 𝑦 = 𝑎𝑟𝑐 𝑐𝑜𝑡𝑔 𝑥 = 𝑐𝑜𝑡𝑔−1𝑥 ⇒ 𝑦′ = − 1 1+𝑥2 . Exemplos: Diferencie: a) 𝑦 = 1 𝑠𝑒𝑛−1𝑥 . b) 𝑓(𝑥) = 𝑥 𝑎𝑟𝑐 𝑡𝑔 √𝑥. c) 𝑦 = 𝑐𝑜𝑠−1 (𝑒2 𝑥). d) ℎ(𝑥) = √ 1 − 𝑥2 𝑎𝑟𝑐 𝑠𝑒𝑛 𝑥. e) 𝑦 = 𝑐𝑜𝑡𝑔−1 (𝑡) + 𝑐𝑜𝑡𝑔−1 (1 𝑡⁄ ). Solução: a) 𝑦 = 1 𝑠𝑒𝑛−1𝑥 ⇒ 𝑦 = (𝑠𝑒𝑛−1𝑥)−1. Logo, 𝑦 = (𝑠𝑒𝑛−1𝑥)−1 ⇒ 𝑦′ = (−1)(𝑠𝑒𝑛−1𝑥)−2 (𝑠𝑒𝑛−1𝑥)′ ⇒ ⇒ 𝑦′ = − 1 (𝑠𝑒𝑛−1𝑥)2 1 √ 1 − 𝑥2 ⇒ 𝑦′ = − 1 (𝑠𝑒𝑛−1𝑥)2√ 1 − 𝑥2 . 9 b) 𝑓(𝑥) = 𝑥 𝑎𝑟𝑐 𝑡𝑔 √𝑥. Aplicando a Regra da Cadeia temos: 𝑓(𝑥) = 𝑥 𝑎𝑟𝑐 𝑡𝑔 √𝑥 ⇒ 𝑓′(𝑥) = (𝑥)′ 𝑎𝑟𝑐 𝑡𝑔 √𝑥 + 𝑥 (𝑎𝑟𝑐 𝑡𝑔 √𝑥)′ ⇒ ⇒ 𝑓′(𝑥) = (1) 𝑎𝑟𝑐 𝑡𝑔 √𝑥 + 𝑥 1 1 + (√𝑥) 2 (√𝑥) ′ ⇒ ⇒ 𝑓′(𝑥) = 𝑎𝑟𝑐 𝑡𝑔 √𝑥 + 𝑥 2√𝑥 (1 + 𝑥) ⇒ 𝑓′(𝑥) = 𝑎𝑟𝑐 𝑡𝑔 √𝑥 + √𝑥 2 (1 + 𝑥) . c) 𝑦 = 𝑐𝑜𝑠−1 (𝑒2 𝑥) Aplicando a Regra da Cadeia temos: 𝑦 = 𝑐𝑜𝑠−1 (𝑒2 𝑥) ⇒ 𝑦′ = − 1 √ 1 − (𝑒2 𝑥)2 (𝑒2 𝑥)′ ⇒ 𝑦′ = − 𝑒2 𝑥 √ 1 − 𝑒4 𝑥 (2 𝑥)′ ⇒ ⇒ 𝑦′ = − 2 𝑒2 𝑥 √ 1 − 𝑒4 𝑥 . d) ℎ(𝑥) = √ 1 − 𝑥2 𝑎𝑟𝑐 𝑠𝑒𝑛 𝑥. Aplicando a Regra da Cadeia temos: ℎ(𝑥) = √ 1 − 𝑥2 𝑎𝑟𝑐 𝑠𝑒𝑛 𝑥 ⇒ ℎ′(𝑥) = (√ 1 − 𝑥2) ′ 𝑎𝑟𝑐 𝑠𝑒𝑛 𝑥 + √ 1 − 𝑥2 (𝑎𝑟𝑐 𝑠𝑒𝑛 𝑥)′ ⇒ ℎ′(𝑥) = 1 2 √ 1 − 𝑥2 (1 − 𝑥2)′𝑎𝑟𝑐 𝑠𝑒𝑛 𝑥 + √ 1 − 𝑥2 1 √ 1 − 𝑥2 ⇒ ℎ′(𝑥) = 1 − 2 𝑥 2 √ 1 − 𝑥2 𝑎𝑟𝑐 𝑠𝑒𝑛 𝑥 . e) 𝑦 = 𝑐𝑜𝑡𝑔−1 (𝑡) + 𝑐𝑜𝑡𝑔−1 (1 𝑡⁄ ) Aplicando a Regra da Cadeia temos: 𝑦 = 𝑐𝑜𝑡𝑔−1 (𝑡) + 𝑐𝑜𝑡𝑔−1 (1 𝑡⁄ ) ⇒ 𝑦′ = − 1 1 + 𝑡2 + (− 1 1 + (1 𝑡⁄ )2 ) ⇒ ⇒ 𝑦′ = − 1 1 + 𝑡2 − 𝑡2 1 + 𝑡2 ⇒ 𝑦′ = − 1 + 𝑡2 1 + 𝑡2 ⇒ 𝑦′ = − 1 . _____________________ Diferenciação Logarítmica ________________________ Dada a função diferenciável 𝑦 = 𝑓(𝑥), um método de obtenção da derivada 𝑦′ = 𝑓′(𝑥) apresentado aqui é a Diferenciação Logarítmica. Este método consiste em fazermos a derivação implícita aplicando-a a equação obtida da aplicação de logaritmo 𝑙𝑛 a ambos os membros da equação 𝑦 = 𝑓(𝑥). Assim, derivamos implicitamente a equação ln 𝑦 = ln 𝑓(𝑥) , sendo que para tanto, aplicamos as propriedades de logaritmo para simplificar tal equação. Relembrando: 1. ln(𝑎. 𝑏) = ln 𝑎 + ln 𝑏; 2. ln ( 𝑎 𝑏 ) = ln 𝑎 − ln 𝑏; 3. ln 𝑎𝑏 = 𝑏 ln 𝑎. Passos: 1. Tome 𝑙𝑛 em ambos membros da equação 𝑦 = 𝑓(𝑥) e use as propriedades dos logaritmos para simplificar; 10 2. Diferencie implicitamente em relação a 𝑥; 3. Resolva a equação resultante para 𝑦′. Exemplos: 1. Dada a função, 𝒚 = [𝒇(𝒙)]𝒈(𝒙), mostre que 𝒚′ = [𝒇(𝒙)]𝒈(𝒙). 𝐥𝐧 𝒇(𝒙) . 𝒈′(𝒙) + 𝒈(𝒙). [𝒇(𝒙)]𝒈(𝒙)−𝟏. 𝒇′(𝒙). Solução: Considere a função 𝑦 = [𝑓(𝑥)]𝑔(𝑥). Usemos a Derivação Logarítmica: Aplicando logaritmo em ambos os membros da equação acima temos: 𝑦 = [𝑓(𝑥)]𝑔(𝑥) ⟹ ln 𝑦 = ln[𝑓(𝑥)]𝑔(𝑥) ⟹ ln 𝑦 = 𝑔(𝑥). ln 𝑓(𝑥). Em seguida, derivamos implicitamente: 𝑑 𝑑𝑥 ln 𝑦 = 𝑑 𝑑𝑥 (𝑔(𝑥). ln 𝑓(𝑥)) ⟹ 1 𝑦 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = 𝑑𝑔(𝑥) 𝑑𝑥 . ln 𝑓(𝑥) + 𝑔(𝑥). 1 𝑓(𝑥) 𝑑𝑓(𝑥) 𝑑𝑥 ⟹ ⟹ 𝑦′ = 𝑦. (𝑔′(𝑥). ln 𝑓(𝑥) + 𝑔(𝑥). 𝑓′(𝑥) 𝑓(𝑥) ). Mas, como 𝑦 = [𝑓(𝑥)]𝑔(𝑥), obtemos então que: 𝑦′ = [𝑓(𝑥)]𝑔(𝑥). (𝑔′(𝑥). ln 𝑓(𝑥) + 𝑔(𝑥). 𝑓′(𝑥) 𝑓(𝑥) ) ⟹ 𝑦′ = [𝑓(𝑥)]𝑔(𝑥). ln 𝑓(𝑥) . 𝑔′(𝑥) + 𝑔(𝑥). [𝑓(𝑥)]𝑔(𝑥)−1. 𝑓′(𝑥) Portanto, concluímos que: 𝑦 = [𝑓(𝑥)]𝑔(𝑥) ⟹ 𝑦′ = [𝑓(𝑥)]𝑔(𝑥). ln 𝑓(𝑥) . 𝑔′(𝑥) + 𝑔(𝑥). [𝑓(𝑥)]𝑔(𝑥)−1. 𝑓′(𝑥) 2. Obtenha 𝒚′ se 𝒚 = (𝒆𝒙 𝟐 ) 𝐜𝐨𝐬 𝒙𝟐 . Solução: (i) Usando a expressão obtida no Exemplo 1 acima, temos: 𝑦 = (𝑒𝑥 2 ) cos2 𝑥 ⟹ 𝑦′ = (𝑒𝑥 2 ) cos2 𝑥 . ln 𝑒𝑥 2 . (cos2 𝑥)′ + cos2 𝑥 . (𝑒𝑥 2 ) cos2 𝑥−1 . (𝑒𝑥 2 )′ ⟹ 𝑦′ = (𝑒𝑥 2 ) cos2 𝑥 . 𝑥2 ln 𝑒 . (−2 cos 𝑥 . 𝑠𝑒𝑛𝑥) + cos2 𝑥 . (𝑒𝑥 2 ) cos2 𝑥−1 . (𝑒𝑥 2 . 2 𝑥) ⟹ 𝑦′ = −2 𝑥2 cos 𝑥 . 𝑠𝑒𝑛𝑥. 𝑒𝑥 2 cos2 𝑥 + 2 𝑥 cos2 𝑥 . 𝑒𝑥 2 cos2 𝑥 ⟹ 𝑦′ = 2𝑥 𝑒𝑥 2 cos2 𝑥 cos 𝑥 (cos 𝑥 − 𝑥 𝑠𝑒𝑛 𝑥) . (ii) Usando a derivação logarítmica: 𝑦 = (𝑒𝑥 2 ) cos2 𝑥 ⟹ ln 𝑦 = ln(𝑒𝑥 2 ) cos2 𝑥 ⟹ (ln 𝑦)′ = [cos2 𝑥 . ln(𝑒𝑥 2 )]′ ⟹ (ln 𝑦)′ = [cos2 𝑥 . 𝑥2. ln 𝑒]′ ⟹ (ln 𝑦)′ = (𝑥2. cos2 𝑥)′ ⟹ 𝑦′ 𝑦 = (𝑥2)′. cos2 𝑥 + 𝑥2. (cos2 𝑥)′ ⟹ 𝑦′ = 𝑦. (2 𝑥. cos2 𝑥 − 2 𝑥2. cos 𝑥 sen 𝑥) ⟹ 𝑦′ = 2 𝑥 𝑒𝑥 2 cos2 𝑥 cos 𝑥 (cos 𝑥 − 𝑥 sen 𝑥) 3. Obtenha 𝒚′ se 𝒚 = 𝒙√𝒙. Solução: (i) Usando a expressão obtida no Exemplo 1 acima, temos: 𝑦 = 𝑥√𝑥 ⟹ 𝑦′ = 𝑥√𝑥. ln 𝑥 . (√𝑥) ′ + √𝑥 . 𝑥√𝑥−1. (𝑥)′ 11 ⟹ 𝑦′ = 𝑥√𝑥. ln 𝑥 . 1 2 √𝑥 + √𝑥 . 𝑥√𝑥−1. 1 ⟹ 𝑦′ = 𝑥√𝑥. ( ln 𝑥 2√𝑥 + 1 √𝑥 ) (ii) Usando a derivação logarítmica: 𝑦 = 𝑥√𝑥 ⟹ ln 𝑦 = ln 𝑥√𝑥 ⟹ ln 𝑦 = √𝑥 . ln 𝑥 Derivando implicitamente, (ln 𝑦)′ = (√𝑥 . ln 𝑥) ′ ⟹ 𝑦′ 𝑦 = (√𝑥) ′ . ln 𝑥 + √𝑥 . ( ln 𝑥)′ ⟹ 𝑦′ 𝑦 = 1 2√𝑥 . ln 𝑥 + √𝑥 . 1 𝑥 ⟹ 𝑦′ = 𝑦. ( ln 𝑥 2√𝑥 + 1 √𝑥 ) ⟹ 𝑦′ = 𝑥√𝑥. ( ln 𝑥 2√𝑥 + 1 √𝑥 ) (iii) Usando derivação na exponencial: Sabemos que: 𝑥√𝑥 = (𝑒ln 𝑥) √𝑥 . Daí, 𝑑 𝑑𝑥 (𝑥√𝑥) = 𝑑 𝑑𝑥 (𝑒ln 𝑥) √𝑥 ⟹ 𝑑 𝑑𝑥 (𝑥√𝑥) = 𝑒√𝑥 ln 𝑥 𝑑 𝑑𝑥 (√𝑥 ln 𝑥) ⟹ 𝑑 𝑑𝑥 (𝑥√𝑥) = 𝑒 ln 𝑥 √𝑥 𝑑 𝑑𝑥 (√𝑥 ) . ln 𝑥 + √𝑥 . 𝑑 𝑑𝑥 (ln 𝑥 ) ⟹ 𝑑 𝑑𝑥 (𝑥√𝑥) = 𝑒ln 𝑥 √𝑥 1 2 √𝑥 ln 𝑥 + √𝑥 . 1 𝑥 ⟹ 𝑑 𝑑𝑥 (𝑥√𝑥) = 𝑥√𝑥. ( ln 𝑥 2√𝑥 + 1 √𝑥 ) ___________________ Esboço de Gráficos de Funções _____________________ Roteiro para Esboçar o Gráfico de uma Curva y=f(x).: 1. Determinar o domínio 𝐷(𝑓) da função 𝑦 = 𝑓(𝑥); 2. Determinar as interseções da curva 𝑦 = 𝑓(𝑥) com os eixos coordenados: Interseção com o eixo 𝑦: (0, 𝑓(0)); Interseção com o eixo 𝑥: (𝑥, 0) onde 0 = 𝑓(𝑥). 3. Simetria: (i) 𝑓(−𝑥) = 𝑓(𝑥) ⟹ 𝑓 é par (simetria em relação ao eixo 𝑦); (ii) 𝑓(−𝑥) = −𝑓(𝑥) ⟹ 𝑓 é impar (simetria em relação ao eixo 𝑥); (iii) 𝑓(𝑥 + 𝑝) = 𝑓(𝑥), ∀ 𝑥 ∈ 𝐷(𝑓) ⟹ 𝑓 é periódica (simetria nos intervalos (𝑥𝑖 , 𝑥𝑖 + 𝑝), ∀ 𝑥𝑖 ∈ 𝐷(𝑓)). 4. Assíntotas: (i) Horizontais: Se lim 𝑥→∞ 𝑓(𝑥) = 𝐿 ou lim 𝑥→−∞ 𝑓(𝑥) = 𝐿 ⟹ a reta 𝑦 = 𝐿 é uma assíntota horizontal (obs.: o máximo de assíntotas horizontais é duas). (ii) Verticais:lim 𝑥→𝑎+ 𝑓(𝑥) = ∞ ; lim 𝑥→𝑎− 𝑓(𝑥) = ∞ lim 𝑥→𝑎+ 𝑓(𝑥) = −∞ ; lim 𝑥→𝑎− 𝑓(𝑥) = −∞ } ⟹ a reta 𝑥 = 𝑎 é uma assíntota vertical (obs.: basta ocorrer um dos limites acima). (iii) Oblíquas: (serão vistas na próxima seção). 12 5. Intervalos de Crescimento e Decrescimento: Se 𝑓′(𝑥) > 0, ∀ 𝑥 ∈ 𝐼 ⊂ 𝐷(𝑓), então 𝑓 é crescente no intervalo 𝐼; Se 𝑓′(𝑥) < 0, ∀ 𝑥 ∈ 𝐼 ⊂ 𝐷(𝑓), então 𝑓 é decrescente no intervalo 𝐼. 6. Valores Máximos e Mínimos da Função: Encontrar 𝑐 ∈ 𝐷(𝑓) tal que 𝑓′(𝑐) = 0 ou que ∄ 𝑓′(𝑐) . (tais pontos são ditos pontos críticos de 𝑓). Se 𝑓′(𝑐) = 0 ou ∄ 𝑓′(𝑐), temos: Se 𝑓′(𝑥) > 0, ∀ 𝑥 ∈ (𝑐 − 𝛿, 𝑐) e 𝑓′(𝑥) < 0, ∀ 𝑥 ∈ (𝑐, 𝑐 + 𝛿) então 𝑓(𝑐) é um máximo local; Se 𝑓′(𝑥) < 0, ∀ 𝑥 ∈ (𝑐 − 𝛿, 𝑐) e 𝑓′(𝑥) > 0, ∀ 𝑥 ∈ (𝑐, 𝑐 + 𝛿) então 𝑓(𝑐) é um mínimo local. Ou, se 𝑓′(𝑐) = 0 e 𝑓′′(𝑐) ≠ 0, temos: Se 𝑓′′(𝑐) < 0 então 𝑓(𝑐) é um máximo local; Se 𝑓′′(𝑐) > 0 então 𝑓(𝑐) é um mínimo local. 7. Concavidade e Pontos de Inflexão: Se 𝑓′′(𝑥) > 0, ∀ 𝑥 ∈ 𝐼 ⊂ 𝐷(𝑓), então 𝑓 é côncava para cima no intervalo 𝐼; Se 𝑓′′(𝑥) < 0, ∀ 𝑥 ∈ 𝐼 ⊂ 𝐷(𝑓), então 𝑓 é côncava para baixo no intervalo 𝐼. Temos que 𝑐 ∈ 𝐷(𝑓) é dito ser um ponto de inflexão (ponto onde muda a concavidade da curva) se ocorrer uma das seguintes condições: 𝑓′′(𝑐) = 0 com 𝑓′′(𝑥) > 0, ∀ 𝑥 ∈ (𝑐 − 𝛿, 𝑐) e 𝑓′′(𝑥) < 0, ∀ 𝑥 ∈ (𝑐, 𝑐 + 𝛿); 𝑓′′(𝑐) = 0 com 𝑓′′(𝑥) < 0, ∀ 𝑥 ∈ (𝑐 − 𝛿, 𝑐) e 𝑓′′(𝑥) > 0, ∀ 𝑥 ∈ (𝑐, 𝑐 + 𝛿). Ou, também, 𝑐 ∈ 𝐷(𝑓) é dito ser um ponto de inflexão se ocorrer uma das seguintes condições: 𝑓′(𝑐) = 0 e 𝑓′(𝑥) > 0, ∀ 𝑥 ∈ (𝑐 − 𝛿, 𝑐) ∪ (𝑐, 𝑐 + 𝛿); 𝑓′(𝑐) = 0 e 𝑓′(𝑥) < 0, ∀ 𝑥 ∈ (𝑐 − 𝛿, 𝑐) ∪ (𝑐, 𝑐 + 𝛿). 8. Esboçar o Gráfico: Exemplo 1: Esboce o gráfico de 𝒇(𝒙) = − 𝟏 𝟒 𝒙𝟒 + 𝟓 𝟑 𝒙𝟑 − 𝟐 𝒙𝟐. (Encontre 𝑫(𝒇) ; pontos de interseções com os eixos, caso existam; pontos críticos, caso existam; intervalos de crescimento e decrescimento de 𝒇(𝒙); máximos e mínimos relativos, caso existam; concavidade e pontos de inflexão de 𝒇(𝒙), caso existam; assíntotas horizontais e verticais, caso existam). (b) Exiba a equação da reta tangente ao gráfico no ponto (𝟏, 𝒇(𝟏)). Faça um esboço da reta junto com o gráfico de 𝒇. Solução: (a) 1) Domínio de 𝑓: 𝐷(𝑓) = ℝ 2) Interseções com os eixos: 𝑥 = 0 ⟹ 𝑦 = 𝑓(0) = 0 𝑦 = 0 ⟹ 𝑥 = 0, 𝑥 = 10−2 √7 3 ≅ 1,57 e 𝑥 = 10+2 √7 3 ≅ 5,1. Logo, 13 (0, 0) é a interseção da curva com o eixo 𝑂𝑥 (0, 0), ( 10−2 √7 3 , 0) e ( 10−2 √7 3 , 0) são as interseções da curva com o eixo 𝑂𝑦 3) 𝑓(𝑥) = − 1 4 𝑥4 + 5 3 𝑥3 − 2 𝑥2 ⟹ 𝑓′(𝑥) = −𝑥3 + 5𝑥2 − 4 𝑥 Daí, 𝑓′(𝑥) = 0 ⟹ − (𝑥3 − 5𝑥2 + 4 𝑥) = 0 ⟹ (− 𝑥) ∙ (𝑥2 − 5𝑥 + 4) = 0 ⟹ ⟹ (− 𝑥) ∙ (𝑥 − 1) ∙ (𝑥 − 4) = 0 ⟹ 𝑥 = 0, 𝑥 = 1, 𝑥 = 4. Assim, 𝑥 = 0, 𝑥 = 1 e 𝑥 = 4 são pontos críticos de 𝑓. 4) Intervalos de Crescimento e Decrescimento: Intervalo − 𝑥 (𝑥 − 1) (𝑥 − 4) 𝑓′(𝑥) 𝑓(𝑥) 𝑥 < 0 + - - + Crescente 0 < 𝑥 < 1 - - - - Decrescente 1 < 𝑥 < 4 - + - + Crescente 𝑥 > 4 - + + - Decrescente 5) Máximos e mínimos relativos: Observando a tabela acima e sabendo-se que 𝑓 é contínua, pois é um polinômio, concluímos que 𝑥 = 0 e 𝑥 = 4 são pontos de máximos locais sendo que como 𝑓(0) = 0 e 𝑓(4) = 32 3 = 10,1, então 𝑥 = 4 é ponto de máximo absoluto. Já, 𝑥 = 1 é ponto de mínimo relativo. 𝑓(1) = − 7 12 ≅ −0,6. Outra forma de concluirmos sobre os pontos de máximos e mínimos relativos: 𝑓′(𝑥) = −𝑥3 + 5𝑥2 − 4 𝑥 ⟹ 𝑓′′(𝑥) = −3 𝑥2 + 10 𝑥 − 4 Assim vemos que: 𝑓′′(0) = −4 < 0 ⟹ 𝑥 = 0 é ponto de máximo local 𝑓′′(1) = 3 > 0 ⟹ 𝑥 = 1 é ponto de mínimo local 𝑓′′(4) = −12 < 0 ⟹ 𝑥 = 4 é ponto de máximo local 6) Concavidade e pontos de inflexão de 𝑓(𝑥): 𝑓′′(𝑥) = 0 ⟹ −3 𝑥2 + 10 𝑥 − 4 = 0 ⟹ ⟹ (𝑥 − 5 − √13 3 ) ∙ (𝑥 − 5 + √13 3 ) = 0 ⟹ 𝑥 = 5 − √13 3 , 𝑥 = 5 + √13 3 . Temos: 𝑥 = 5−√13 3 ≅ 0,5 e 𝑥 = 5+√13 3 ≅ 2,9. Intervalo − (𝑥 − 5 − √13 3 ) 𝑥 − 5 + √13 3 𝑓′′(𝑥) 𝑓(𝑥) 𝑥 < 5 − √13 3 + - - Conc. p/ baixo 14 5 − √13 3 < 𝑥 < 5 + √13 3 - - + Conc. p/ cima 𝑥 > 5 + √13 3 - + - Conc. p/ baixo Os pontos de abscissa 𝑥 = 5−√13 3 ≅ 0,5 e 𝑥 = 5+√13 3 ≅ 2,9 são pontos de inflexão. 7) Assíntotas horizontais e verticais: Temos: lim 𝑥→𝑎 𝑓(𝑥) = 𝑓(𝑎), ∀ 𝑎 ∈ ℝ pois a função 𝑓 é contínua em toda reta. Assim, não existe assíntota vertical para 𝑓. Também, lim 𝑥→±∞ 𝑓(𝑥) = −∞ e lim 𝑥→±∞ 𝑓(𝑥) = −∞ e disto, afirmamos que não existe assíntota horizontal para 𝑓. 8) Esboço do gráfico: y 10,1 0 1 1,57 4 5,1 -0,6 𝑦 = − 7 12 Reta tangente à curva em (1, 𝑓(1)) (b) Observe que 𝑓′(1) = 0 e com isto, a reta tangente à curva no ponto (1, 𝑓(1)) será uma reta paralela ao eixo 𝑂𝑥 tendo por equação: 𝑦 = −𝑓(1) = − 7 12 ≅ −0,6 O esboço da reta se encontra no gráfico acima. _____________ Formas Indeterminadas e Regra de L’Hospital _______________ São Formas Indeterminadas as seguintes: 15 0 0 ; ∞ ∞ ; 0 ∙ ∞; ∞ − ∞; 00; ∞0; 1∞ Exemplo: lim 𝑥→1 ln 𝑥 𝑥−1 Temos que lim 𝑥→1 ln 𝑥 = 0 e lim 𝑥→1 (𝑥 − 1) = 0. Portanto, lim 𝑥→1 ln 𝑥 𝑥−1 é do tipo 0 0 . Então, lim 𝑥→1 ln 𝑥 𝑥−1 =? Em geral, se tivermos lim 𝑥→𝑎 𝑓(𝑥) 𝑔(𝑥) onde 𝑓(𝑥) → 0 𝑔(𝑥) → 0 quando 𝑥 → 𝑎 , então este limite pode ou não existir. Por exemplo, temos: lim 𝑥→1 𝑥2 − 1 𝑥 − 1 = lim 𝑥→1 (𝑥 + 1) ∙ (𝑥 − 1) 𝑥 − 1 = lim 𝑥→1 (𝑥 + 1) = 2; lim 𝑥→1 𝑥2 − 2 𝑥 + 1 𝑥 − 1 = lim 𝑥→1 (𝑥 − 1)2 𝑥 − 1 = lim 𝑥→1 1 𝑥 − 1 (∄); lim 𝑥→0 2 𝑥 𝑥 = lim 𝑥→0 𝑥 = 0. Veja que todos os exemplos acima são limites do tipo 0 0 e, no entanto, vemos que tais limites existem em alguns casos e não existem em outros. Analogamente, lim 𝑥→∞ ln 𝑥 𝑥−1 é do tipo ∞ ∞ pois lim 𝑥→∞ ln 𝑥 = ∞ e lim 𝑥→∞ (𝑥 − 1) = ∞. Em geral, se tivermos lim 𝑥→𝑎 𝑓(𝑥) 𝑔(𝑥) onde 𝑓(𝑥) → ∞(𝑜𝑢 − ∞) e 𝑔(𝑥) → ∞(𝑜𝑢 − ∞) quando 𝑥 → 𝑎, então este limite pode ou não existir. Por exemplo, temos: lim 𝑥→∞ 𝑥2 − 1 𝑥 − 1 = lim 𝑥→∞ (𝑥 + 1) ∙ (𝑥 − 1) 𝑥 − 1 = lim 𝑥→∞ (𝑥 + 1) = ∞; lim 𝑥→∞ 𝑥2 − 2 𝑥 + 1 𝑥 − 1 = lim 𝑥→∞ (𝑥 − 1)2 𝑥 − 1 = lim 𝑥→∞ 1 𝑥 − 1 = 0. Regra de L’Hospital: Suponha que 𝒇 e 𝒈 sejam diferenciáveis e 𝒈′(𝒙) ≠ 𝟎 próximo a 𝒂 (exceto possivelmente em 𝒂). Suponha que 𝐥𝐢𝐦 𝒙→𝒂 𝒇(𝒙) = 𝟎 e 𝐥𝐢𝐦 𝒙→𝒂 𝒈(𝒙) = 𝟎 ou que 𝐥𝐢𝐦 𝒙→𝒂 𝒇(𝒙) = ±∞ e 𝐥𝐢𝐦 𝒙→𝒂 𝒈(𝒙) = ±∞. (Isto é, temos uma forma indeterminada do tipo 𝟎 𝟎 ou ∞ ∞ ). Então, 𝐥𝐢𝐦 𝒙→𝒂 𝒇(𝒙) 𝒈(𝒙) = 𝐥𝐢𝐦 𝒙→𝒂 𝒇′(𝒙) 𝒈′(𝒙) se o limite do lado direito existir (ou é ∞ ou −∞). Observações: (1) A Regra de L’Hospital é também válida quando “𝑥 → 𝑎” for substituído por: 𝑥 → 𝑎+, 𝑥 → 𝑎−, 𝑥 → ∞ ou 𝑥 → −∞. (2) Caso Especial: 𝑓(𝑎) = 𝑔(𝑎) = 0 , 𝑓′ e 𝑔′ contínuas e 𝑔′(𝑎) ≠ 0 , a Regra de L’Hospital é verdadeira. 16 De fato: lim 𝑥→𝑎 𝑓′(𝑥) 𝑔′(𝑥) = 𝑓′(𝑎) 𝑔′(𝑎) = lim 𝑥→𝑎 𝑓(𝑥) − 𝑓(𝑎) 𝑥 − 𝑎 lim 𝑥→𝑎 𝑔(𝑥) − 𝑔(𝑎) 𝑥 − 𝑎 = lim 𝑥→𝑎 𝑓(𝑥) − 𝑓(𝑎) 𝑥 − 𝑎 𝑔(𝑥) − 𝑔(𝑎) 𝑥 − 𝑎 = = lim 𝑥→𝑎 𝑓(𝑥) − 𝑓(𝑎)𝑔(𝑥) − 𝑔(𝑎) = lim 𝑥→𝑎 𝑓(𝑥) 𝑔(𝑥) . Exercício 23 (pág. 278 – 7ª Edição): Encontre o limite, lim 𝑥→0 √1 + 2 𝑥 − √1 − 4 𝑥 𝑥 . Solução: Temos que lim 𝑥→0 (√1 + 2 𝑥 − √1 − 4 𝑥) = 0 e lim 𝑥→0 𝑥 = 0 e então, o limite lim 𝑥→0 √1+2 𝑥 −√1−4 𝑥 𝑥 é do tipo 0 0 . Cálculo do limite usando a Regra de L’Hospital: lim 𝑥→0 √1 + 2 𝑥 − √1 − 4 𝑥 𝑥 =⏟ 𝐿′𝐻 lim 𝑥→0 1 √1 + 2 𝑥 + 2 √1 − 4 𝑥 1 = 1 √1 + 2 ∙ 0 + 2 √1 − 4 ∙ 0 1 = 3. Cálculo do limte usando um método elementar: lim 𝑥→0 √1 + 2 𝑥 − √1 − 4 𝑥 𝑥 = lim 𝑥→0 ( √1 + 2 𝑥 − √1 − 4 𝑥 𝑥 ∙ √1 + 2 𝑥 + √1 − 4 𝑥 √1 + 2 𝑥 + √1 − 4 𝑥 ) = = lim 𝑥→0 1 + 2 𝑥 − (1 − 4 𝑥) 𝑥 ∙ (√1 + 2 𝑥 + √1 − 4 𝑥) = lim 𝑥→0 1 + 2 𝑥 − 1 + 4 𝑥 𝑥 ∙ (√1 + 2 𝑥 + √1 − 4 𝑥) = lim 𝑥→0 6 √1 + 2 𝑥 + √1 − 4 𝑥 = 6 √1 + 2 ∙ 0 + √1 − 4 ∙ 0 = 6 2 = 3. Exercício 45 (pág. 278 – 7ª Edição): Encontre o limite, lim 𝑥→∞ 𝑥3𝑒−𝑥 2 . Solução: Temos que lim 𝑥→∞ 𝑥3 = ∞ e lim 𝑥→∞ 𝑒−𝑥 2 = 0 e então, o limite lim 𝑥→∞ 𝑥3𝑒−𝑥 2 é do tipo 0 ∙ ∞. Daí, temos que lim 𝑥→∞ 𝑥3 𝑒𝑥 2 é do tipo ∞ ∞ e que lim 𝑥→∞ 𝑒−𝑥 2 𝑥−3 é do tipo 0 0 . Cálculo do limite usando a Regra de L’Hospital: lim 𝑥→∞ 𝑥3𝑒−𝑥 2 = lim 𝑥→∞ 𝑥3 𝑒𝑥 2 =⏟ 𝐿′𝐻 lim 𝑥→∞ 3 𝑥2 2 𝑥 𝑒𝑥 2 = lim 𝑥→∞ 3 𝑥 2 𝑒𝑥 2 =⏟ 𝐿′𝐻 lim 𝑥→∞ 3 4 𝑥 𝑒𝑥 2 = 0. Exercício 61 (pág. 278 – 7ª Edição): Encontre o limite, lim 𝑥→∞ 𝑥1 𝑥⁄ . Solução: Temos que lim 𝑥→∞ 𝑥 = ∞ e lim 𝑥→∞ 1 𝑥 = 0 e então, o limite lim 𝑥→∞ 𝑥1 𝑥⁄ é do tipo ∞0. Seja então lim 𝑥→∞ 𝑥1 𝑥⁄ = 𝐿. Daí, ln 𝐿 = ln ( lim 𝑥→∞ 𝑥1 𝑥⁄ ) ⟹ ln 𝐿 = lim 𝑥→∞ (ln 𝑥1 𝑥⁄ ) ⟹ ln 𝐿 = lim 𝑥→∞ ln 𝑥 𝑥 17 Agora, como lim 𝑥→∞ ln 𝑥 = ∞ e lim 𝑥→∞ 𝑥 = ∞ então, lim 𝑥→∞ ln 𝑥 𝑥 é do tipo ∞ ∞ e podemos aplicar a Regra de L’Hospital. Cálculo do limite usando a Regra de L’Hospital: ln 𝐿 = lim 𝑥→∞ ln 𝑥 𝑥 =⏟ 𝐿′𝐻 lim 𝑥→∞ 1 𝑥⁄ 1 = lim 𝑥→∞ 1 𝑥 = 0. Assim, ln 𝐿 = 0 ⟹ 𝑒ln 𝐿 = 𝑒0 ⟹ 𝐿 = 𝑒0 = 1. Portanto, lim 𝑥→∞ 𝑥1 𝑥⁄ = 1 . Exercício 65 (pág. 279 – 7ª Edição): Encontre o limite, lim 𝑥→0+ (cos 𝑥)1 𝑥 2⁄ . Solução: Temos que lim 𝑥→0+ cos 𝑥 = 1 e lim 𝑥→0+ 1 𝑥2 = ∞ e então, o limite lim 𝑥→0+ (cos 𝑥)1 𝑥 2⁄ é do tipo 1∞. Seja então lim 𝑥→0+ (cos 𝑥)1 𝑥 2⁄ = 𝐿. Daí, ln 𝐿 = ln ( lim 𝑥→0+ (cos 𝑥)1 𝑥 2⁄ ) ⟹ ln 𝐿 = lim 𝑥→0+ (ln(cos 𝑥)1 𝑥 2⁄ ) ⟹ ln 𝐿 = lim 𝑥→0+ ln(cos 𝑥) 𝑥2 Agora, como lim 𝑥→0+ ln(cos 𝑥) = 0 e lim 𝑥→0+ 𝑥2 = 0 então, lim 𝑥→0+ ln(cos 𝑥) 𝑥2 é do tipo 0 0 e podemos aplicar a Regra de L’Hospital. Cálculo do limite usando a Regra de L’Hospital: ln 𝐿 = lim 𝑥→0+ ln(cos 𝑥) 𝑥2 =⏟ 𝐿′𝐻 lim 𝑥→0+ − 𝑠𝑒𝑛 𝑥 cos 𝑥⁄ 2 𝑥 = − 1 2 lim 𝑥→0+ 𝑠𝑒𝑛 𝑥 𝑥 ∙ 1 cos 𝑥 = = − 1 2 ∙ lim 𝑥→0+ 𝑠𝑒𝑛 𝑥 𝑥 ∙ lim 𝑥→0+ 1 cos 𝑥 = − 1 2 ∙ 1 ∙ 1 = − 1 2 . Assim, ln 𝐿 = − 1 2 ⟹ 𝑒ln 𝐿 = 𝑒− 1 2 ⟹ 𝐿 = 1 √𝑒 . Portanto, lim 𝑥→0+ (cos 𝑥)1 𝑥 2⁄ = 1 √𝑒 . Exercício 51 (pág. 278 – 7ª Edição): Encontre o limite, lim 𝑥→0+ ( 1 𝑥 − 1 𝑒𝑥 − 1 ). Solução: Temos que lim 𝑥→0+ ( 1 𝑥 ) = ∞ e lim 𝑥→0+ ( 1 𝑒𝑥−1 ) = ∞ e então, o limite lim 𝑥→0+ ( 1 𝑥 − 1 𝑒𝑥−1 ) é do tipo ∞ − ∞. Daí, temos que lim 𝑥→0+ ( 1 𝑥 − 1 𝑒𝑥−1 ) = lim 𝑥→0+ 𝑒𝑥−1−𝑥 𝑥∙(𝑒𝑥−1) e este último é um limite do tipo 0 0 . Cálculo do limite usando a Regra de L’Hospital: 18 lim 𝑥→0+ ( 1 𝑥 − 1 𝑒𝑥 − 1 ) = lim 𝑥→0+ 𝑒𝑥 − 1 − 𝑥 𝑥 ∙ (𝑒𝑥 − 1) =⏟ 𝐿′𝐻 lim 𝑥→0+ 𝑒𝑥 − 1 𝑒𝑥 − 1 + 𝑥 𝑒𝑥 =⏟ 𝐿′𝐻 lim 𝑥→0+ 𝑒𝑥 𝑒𝑥 + 𝑒𝑥 + 𝑥 𝑒𝑥 = lim 𝑥→0+ 𝑒𝑥 𝑒𝑥(2 + 𝑥) = lim 𝑥→0+ 1 2 + 𝑥 = 1 2 . Exercício 31 (pág. 278 – 7ª Edição): Encontre o limite, lim 𝑥→0 𝑥 3𝑥 3𝑥 − 1 . Solução: Temos que lim 𝑥→0 𝑥 3𝑥 = 0 e lim 𝑥→0 (3𝑥 − 1) = 0 e então, o limite lim 𝑥→0 𝑥 3𝑥 3𝑥−1 é do tipo 0 0 . Cálculo do limite usando a Regra de L’Hospital: lim 𝑥→0 𝑥 3𝑥 3𝑥 − 1 =⏟ 𝐿′𝐻 lim 𝑥→0 3𝑥 + 𝑥 3𝑥 ln 3 3𝑥 ln 3 = lim 𝑥→0 3𝑥 (1 + 𝑥 ln 3) 3𝑥 ln 3 = lim 𝑥→0 1 + 𝑥 ln 3 ln 3 = 1 ln 3 . Exercício 87 (pág. 280 – 7ª Edição): Se 𝑓′ for contínua, use a Regra de L’Hospital para mostrar que lim ℎ→0 𝑓(𝑥 + ℎ) − 𝑓(𝑥 − ℎ) 2 ℎ = 𝑓′(𝑥) Solução: Temos que lim ℎ→0 2 ℎ = 0 e lim ℎ→0 [𝑓(𝑥 + ℎ) − 𝑓(𝑥 − ℎ)] = 0 e então, o limite lim ℎ→0 𝑓(𝑥+ℎ)−𝑓(𝑥−ℎ) 2 ℎ é do tipo 0 0 . Cálculo do limite usando a Regra de L’Hospital: lim ℎ→0 𝑓(𝑥 + ℎ) − 𝑓(𝑥 − ℎ) 2 ℎ =⏟ 𝐿′𝐻 lim ℎ→0 𝑑 𝑑ℎ [ 𝑓(𝑥 + ℎ) − 𝑓(𝑥 − ℎ)] 𝑑 𝑑ℎ [ 2 ℎ] = lim ℎ→0 𝑓′(𝑥 + ℎ) ∙ 𝑑 𝑑ℎ (𝑥 + ℎ) − 𝑓′(𝑥 − ℎ) ∙ 𝑑 𝑑ℎ (𝑥 − ℎ) 2 = lim ℎ→0 𝑓′(𝑥 + ℎ) ∙ (1) + 𝑓′(𝑥 − ℎ) ∙ (1) 2 = 𝑓′(𝑥 + 0) + 𝑓′(𝑥 − 0) 2 = 2 𝑓′(𝑥) 2 = 𝑓′(𝑥). y x-h x x+h x
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