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CLÍNICA MÉDICA Abordagem inicial ao paciente grave Prof.ª Enfª Marina Bonas marina.bonas@unp.br Objetivos de Aprendizagem: Identificar instabilidade Hemodinâmica em Pacientes potencialmente Graves; Entender a importância da avaliação dos parâmetros vitais como marcadores das condições fisiológicas do paciente; SINAIS VITAIS Os sinais vitais são indicadores das funções vitais. Podem orientar o diagnóstico inicial e o acompanhamento da evolução do quadro clínico da vítima. Indicam mudanças no estado geral do paciente. Uma mudança nos sinais vitais pode indicar alteração na saúde. Cabe à enfermagem o controle ou monitoração dos dados referentes aos sinais vitais, de modo que as alterações sejam comunicadas para realização das intervenções necessárias. 31/08/2022 3 SINAIS VITAIS Frequência respiratória (Respiração); Frequência cardíaca (Pulso); Pressão arterial (P.A); Temperatura. Dor RESPIRAÇÃO O processo de respiração é dividido em dois movimentos: Inspiração: promove a entrada de ar dentro do organismo. O ar inspirado contém cerca de 20% de oxigênio e apenas 0,04% de gás carbônico. Expiração: promove a saída de ar dos pulmões. O ar expirado contém 16% de oxigênio e 4,6 % de gás carbônico. ALTERAÇÕES NOS PADRÕES RESPIRATÓRIOS Apnéia (ausência de movimentos respiratórios); Bradipnéia (diminuição da FR), ex: uso de drogas depressoras, danos cerebrais; Taquipnéia (aumento da FR), ex: dor intensa, pneumonia, edema pulmonar; Dispnéia (alteração no ato de respirar, dificuldade/desconforto respiratório, pode incluir aumento da amplitude da movimentação do tórax) . 31/08/2022 6 INCURSÕES RESPIRÁTORIAS POR MINUTO - PRESSÃO ARTERIAL É a força exercida pelo sangue no interior das artérias; PA Sistólica (máxima); é a fase de contração do coração. PA Diastólica (mínima); é a fase de relaxamento. Artéria braquial TEMPERATURA Intervenções no controle da temperatura Verificar temperatura; Analisar sinais agregados: Confusão mental FR aumentada FC aumentada Coloração da pele Administração de medicamentos conforme prescrição médica; Acompanhamento e monitorização na Realização de exames diagnósticos; DISPNEIA TOSSE DOR TORACICA SIBILOS Pneumotórax Obstrução respiratória aguda Reação alérgica IAM Presença X ausência de tosse Pode estar associada a doença pulmonar ou cardíaca. Broncoconstrição ou estreitamento das vias respiratórias. Pneumotórax é o acúmulo anormal de ar entre o pulmão e a pleura (membrana que reveste internamente a parede torácica). A broncoconstrição é o estado no qual o músculo liso presente na parede brônquica se contrai levando a uma redução na passagem de ar pelas vias aéreas. Alterações na função respiratória Hemoptise Expectoração de sangue do trato respiratório, podendo estar presente em distúrbios tanto pulmonares quanto cardíacos. Importante determinar a fonte do sangramento: Escarro sanguinolento: nariz e nasofaringe Vermelho vivo, espumoso e misturado com escarro: pulmão Causas mais comuns: Infecção pulmonar Carcinoma do pulmão Anormalidades do coração ou dos vasos sanguíneos Anormalidades da artéria ou veia pulmonar Embolia/infarto pulmonar Avaliação do sistema respiratório Observar: Baqueteamento digital (Plaquetas se acumulariam nas extremidades dos membros em algumas situações ligadas à hipóxia crônica) Cianose (ocorre devido a má oxigenação do sangue arterial.) Realização de exame físico Avaliação diagnóstica Broncospia Toracoscopia Toracocentese A toracoscopia é o exame visual das superfícies do pulmão e do espaço pleural através de um tubo para visualização (um toracoscópio). Toracocentese é aspiração por agulha de líquidos de um derrame pleural. Pode ser feita para diagnóstico ou terapia. FUNÇÃO CARDÍACA Alterações na função cardíaca Dor ou desconforto torácico Dispneia Edema periférico, ganho de peso, distensão abdominal (aumento do baço, fígado ou ascite) Palpitações Fadiga Tonturas ou alterações no nível de consciência Alterações na função cardíaca Dor torácica Pode ser provocada por problema cardíaco ou não Importante identificar a intensidade da dor com uso de escala numérica e pedir ao paciente para descrever a natureza ou qualidade da dor ou desconforto e sua localização. Determinar se existe irradiação Verificar presença de sudorese e náuseas Identificar fatores que desencadeiam a dor, duração, atenuantes e agravantes PRESSÃO ARTERIAL Crises hipertensivas Emergência hipertensiva: situação em que a PA está extremamente elevada (acima de 180x120 mmHg) e deve ser reduzida imediatamente (mas não necessariamente para menos de 140x90 mmHg) para interromper ou evitar a lesão de órgãos alvo. Condições associadas a emergência hipertensiva: HAS na gravidez, IAM, aneurisma da aorta e hemorragia intracraniana. O tratamento consiste na redução gradual da pressão com uso de medicamentos de efeito imediato: vasodilatadores intravenosos. Crises hipertensivas Urgência hipertensiva: situação em que a pressão arterial está muito elevada, porém não há evidências de lesão iminente ou progressiva dos órgãos alvo. PA elevadas associadas a cefaleia intensa, sangramento nasal ou ansiedade são classificadas como urgência. Tratamento consiste na diminuição da PA dentro de 24 a 48h e se utiliza de hipotensores orais de ação rápida: bloqueadores beta-adrenérgicos, inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA), (captopril sublingual). PRESSÃO ARTERIAL CONVERGENTE X DIVERGENTE CONVERGENTE : QUANDO OS VALORES SISTÓLICOS E DIASTÓLICOS SE APROXIMAM: EX: _________________________ DIVERGENTE : QUANDO OS VALORES SISTÓLICOS E DIASTÓLICOS SE AFASTAM: EX: : _________________________ DOR Intervenções para o tratamento da dor Avaliar e classificar a dor Intensidade Momento Localização Qualidade Fatores agravantes e atenuantes Uso de escala Intervenções para o tratamento da dor Intervenções farmacológicas Uso de medicamentos de acordo com a prescrição médica Intervenções não farmacológicas Massagem Terapias térmicas Técnicas de relaxamento Musicoterapia Referências PRADO, Marta Lenise; GELBCKE, Francine Lima. Fundamentos de enfermagem. Florianópolis: Cidade Futura, 2002. 368 p. SMELTZER, Suzanne C.; BARE Brenda G.; et. Al. Tratado de Enfermagem Médico Cirúrgica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014. JNC. The Seventh Report of the Joint National Committee on Prevention, Detection, Evaluation, and Treatment of High Blood Pressure: the JNC 7 report, 2003. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12748199. APS. American Pain Society. 2003. Disponível em: http://americanpainsociety.org/search-results?q=concept%20pain . BONS ESTUDOS “Acredite no seu valor e prove a você mesmo que todos os sonhos podem ser alcançados.”
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