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letra e livranca-Amelia jaime

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Universidade São Tomás de Moçambique
Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais.
Curso de Licenciatura em Gestão Financeira e Bancária.
.
Tema: Letra e Livrança
Discente: Amélia Jaime
Maputo, Janeiro de 2021
Índice
Introdução	3
Metodologia	3
Letra	4
A letra e o seu regime jurídico	4
Intervenientes na letra	5
Requisitos da letra	5
Formas de transmissão da letra	6
Formas de Endosso:	7
Época de pagamento da letra	7
Ordem de pagamento	9
Formas de emissão	9
Protesto da letra	10
Livrança	11
Intervenientes da livrança	13
Preenchimento da Livrança	13
Requisitos da livrança	14
Existem dois tipos fundamentais de livranças	14
Desconto da livrança	15
Forma de emissão	16
Verificação da letra e livrança	16
A letra, a livrança, diferenças e semelhanças	16
Conclusão	18
Bibliografia	19
Introdução 
No presente trabalho, tendo como tema a abordar Letra e Livrança, este tema é relativamente aos títulos de crédito que são: a letra, livrança e o cheque, mas em especial abordarei sobre a letra e a livrança. Pois é a partir dos mesmos que traz uma ideia geral, a confiança no cumprimento das obrigações, o que facilita nas transacções comerciais. Desta forma, para a melhor percepção do tema abordarei conteúdos relativamente aos conceitos da letra e livrando, o historial pois devemos saber como surgiu a letra e a livrança, intervenientes, requisitos, formas de emissão, verificação, tipologias, entre outros subtemas.	
Metodologia
O presente trabalho científico, consiste na revisão bibliográfica, na leitura de livros e artigos, proposta com auxílio ao dicionário para decifrar algumas palavras-chave contidas no livro.
Palavras-chave: letra; livrança.
Letra e livrança
Letra
A letra é um título de crédito à ordem, sujeito a formalidades, através das quais uma pessoa sacador – ordem à outra, que lhe pague a si ou a terceiro – tomador – uma certa importância em determinada data.
A letra e o seu regime jurídico
 A Lei Uniforme sobre Letras e Livranças foi aprovada pela Convenção de genebra de 7 de Junho de 1930, assinada por vinte e seis países e tendo como propósito “evitar dificuldades originadas pela diversidade de legislação nos vários países em que as letras circulam e aumentaram assim a segurança e rapidez das relações do comércio internacional”.
Foram ainda aprovadas outras Convenções, sobre imposto de selo e conflitos de leis, mas estas com menos interesse para a matéria que agora nos ocupa. No espírito das partes contratantes das referidas Convenções, esteve desde início a preocupação de criar um regime uniforme nestas matérias, de modo a facilitar as transacções internacionais. 
Apesar deste espírito, a uniformidade conseguida foi, de certa forma, limitada, ficando o âmbito dessas Convenções aquém do domínio próprio do direito cambiário nos anteriores ordenamentos jurídicos dos países signatários das mesmas; e, nas matérias incluídas nesse âmbito, muitas há em relação às quais foram admitidas reservas.
Nas letras, existe tipicamente uma relação creditória do género daquela que se viu a respeito do direito de saque. Em especial, a provisão da letra pode resultar: 
1. De uma relação de crédito entre sacador e sacado; ou 
2. Da entrega ou de uma promessa de entrega, pelo sacador ao sacado, dos meios indispensáveis para efectuar o pagamento.
Intervenientes na letra	
Os intervenientes na letra são:
Sacador: pessoa que dá a ordem de pagamento e portanto, emite o saque (credor).
Sacado: pessoa a quem é dada a ordem de pagamento (devedor).
Aceitante: o sacado após ter concordado com o saque e ter assinado a letra.
Tomador ou beneficiário: pessoa a favor de quem ou á ordem de quem é dada ordem de pagamento.
Endossante: aquele que transfere os direitos constantes da letra para outra pessoa, através do endosso.
Endossado: aquele a quem os direitos são transmitidos.
Avalista: pessoa que se responsabiliza pelo pagamento da letra no todo ou em parte.
Requisitos da letra
A letra contém:
· A palavra «letra» inserta no próprio texto do título e expressa na língua emprega para a redacção desse título;
· O mandato puro e simples de pagar uma quantia determinada;
· O nome daquele que deve pagar (sacado);
· A época de pagamento;
· A indicação do lugar em que se deve efectuar o pagamento;
· O nome da pessoa a quem ou á ordem de quem deve ser paga;
· A indicação da data em que e o lugar onde a letra é passada;
· A assinatura de quem passa a letra (sacador).
Formas de transmissão da letra
A letra mesmo que não contenha expressamente a cláusula “à ordem” é transmissível por meio de endosso.
Quando o sacador tiver inserido na letra as palavras não á ordem, ou uma expressão equivalente, a letra não pode ser endossada, sendo apenas transmissível pela forma e com os efeitos de uma cessão ordinária de créditos.
As formas de transmissão são:
Saque: ordem de pagamento em que a letra essencialmente consiste, ou seja, promessa implícita de que o sacado assumira a obrigação cambiária principal (pelo aceite) e pagará a divida no vencimento.
O saque pode ocorrer numa de três modalidades (artigo 3.º): 
a) À ordem do próprio sacador;
b) Contra o próprio sacador; 
c) Por ordem e conta de terceiro.
· Saque à ordem do sacador (arts. 1º, n. 6º, e 3º da LULL); – neste caso o sacador é o primeiro titular da letra, que a pode transmitir, designadamente por endosso (entrega do título com uma declaração de transmissão a favor de um endossado). 
· Saque para o tomador ou à ordem deste (art.º 1º, n. 6º); – neste caso, o sacador não fica titular da letra, porque o primeiro titular é o tomador; tornando-se o saque, em regra, eficaz, enquanto negócio jurídico a favor de terceiro, com a entrega do título a este, ou seja, com a sua emissão. Emissão é, grosso modo, o acto pelo qual o criador de um título voluntariamente o coloca no tráfico, fora da sua esfera jurídica. No caso das letras e cheques, implica em regra a entrega voluntária do título ao tomador, sendo o saque a favor deste ou à sua ordem, ou a um primeiro endossado do sacador, se o saque for à ordem deste.
O ressaque é a possibilidade do portador que tenha direito de acção sacar uma letra à vista sobre um dos co-obrigados, pagável no domicílio visto no - artigo 52.º, I. Habitualmente, o saque pressuporá uma relação subjacente, pela qual o sacador seja credor do sacado, mas, entre nós, não é forçoso que tal suceda, em virtude de se admitirem as chamadas “letras de favor”, em que alguém acorda em subscrever uma letra a fim de facilitar a sua negociação ao favorecido, mas não sendo obrigado em face deste por virtude de qualquer relação jurídica subjacente.
Aceite: Acto pelo qual o sacado opõe a sua assinatura na letra, tornando-se responsável pelo seu pagamento na data designada.
O aceite é escrito em qualquer parte do título e exprime-se pela palavra “aceite” ou equivalente, podendo consistir a simples assinatura do sacado aposta na face anterior da letra. O aceite, no regime da Lei Uniforme, apenas pode ser dado na própria letra, mas não deve esquecer-se a previsão do artigo 29.º, II.
 Com o aceite, o sacado constitui-se obrigado cambiário, isto é, obriga-se a pagar a letra a quem a apresentar a pagamento (artº 28º da LULL). Na sua essência, a letra aceita continua a ser uma ordem de pagamento legalmente garantida – agora confirmada pelo seu destinatário. Ser a letra legalmente garantida significa que o sacador, ao emitir ou mobilizar o título, é garante do seu pagamento pontual, sendo responsável pelo seu eventual não pagamento; e isto por força da lei, não da sua vontade.
 Os restantes subscritores, com excepção do aceitante, se houver aceite, são, em princípio, igualmente garantes perante o portador. No entanto, isto não é um mecanismo obrigacional: o sacador nem promete o pagamento da letra, nem assume qualquer obrigação de a fazer pagar pelo sacado. O que ele faz é dar uma ordem de pagamento a este. Só se constituindo obrigado de regresso, por força da garantia que a lei lhe impõe, na eventualidade de o pagamento da letra não ser feito pontualmente, no vencimento;ou, não estando a letra aceite, se este vier a ser recusado.
Outros aspectos relativos ao aceite:
· Nas letras a certo termo de vista, a data do vencimento determina-se pela contagem do termo a partir da data do aceite (o aceite deve ser datado) ou do protesto por falta deste;
· No caso, se o aceite for dado mas não datado, o portador deve lavrar protesto por falta de data de aceite, sob pena de perder os seus direitos de acção contra o sacador e demais obrigados de regresso;
· O aceite deve ser puro e simples: qualquer condição equivale a recusa de aceite;
· Deve ser dado pela totalidade da dívida: embora o aceite parcial seja válido, em relação à parte restante tem os efeitos da recusa de aceite; 
· Se for introduzida qualquer outra modificação na letra pelo aceite, equivale a uma recusa de aceite, mas o “aceitante” fica obrigado nos termos do aceite dado.
Aval: Garantia dada a favor de um interveniente na letra de que o seu pagamento total ou parcial será efectuado.
O aval pode revestir duas formas que são:
a) Aval completo: Constituído pela assinatura do avalista precedida das seguintes fórmulas, “bom para aval”, “por garantia”, ou outro que claramente exprimam a mesma intenção de garantir o pagamento da letra.
b) Aval incompleto: Constituído pela simples assinatura do avalista aposta na fase anterior da letra, desde que tal assinatura não seja do sacador nem do aceitante.
Endosso
Endossar uma letra significa transferir para outrem, todos os direitos delas emergentes.
Formas de Endosso:
Completo: Consiste em designar em qualquer parte da letra, ou numa folha em anexo o nome do novo proprietário da letra (o endossado) sobre a forma de “pague-se ao Sr. X, ou à sua ordem”, seguido da data e assinatura do endossante.
Incompleto ou em branco: Para ser válido terá que conter no verso da letra ou numa folha em anexo a assinatura do endossante.
Época de pagamento da letra
Vencimento e pagamento:
À vista: A letra é pagável à apresentação e deve ser apresentada a pagamento dentro do prazo de um ano, a contar da sua data.
A termo de vista: Vencimento a termo de vista, a letra vence-se no prazo nela indicado, contando-se este a partir do aceite ou da data do protesto por falta de aceite.
Termo de data: A letra vence-se decorrida o prazo nela estabelecido, que se calcula a partir da data do saque.
Em dia fixo: A letra vence-se no dia estipulado.
Aspectos relativos ao pagamento:
a) Antes do vencimento, o portador não é obrigado a receber o pagamento (art.40.º, I) e o sacado que a pagar – antes do vencimento – fá-lo-á de sua responsabilidade (art.40.º, II). 
b) Logo que vencida a letra (ou dentro dos limites dos prazos previstos, se for à vista) cabe ao portador “apresentar a pagamento” (art.38.º, I). 
c) Se a apresentação a pagamento não for feita, o aceitante, o avalista (e, segundo parece, o sacado não aceitante), podem proceder à consignação em depósito da importância da letra; consignação à custa do portador e sob responsabilidade deste (art.42.º). 
d) A apresentação deve ser feita ao sacado (art.28.º, I) ou ao avalista (art.32.º, I), ainda que o portador possa exercer o seu direito de acção contra os demais co-obrigados (art.43.º). 
e) A apresentação a uma câmara de compensação equivale a apresentação a pagamento (art.38.º, II). 
f) A apresentação deve ser feita no dia em que a letra se vence ou num dos dois dias úteis seguintes (art.38.º, I). 
g) Há casos especiais, porém, em que a apresentação deve ser antecipada (art.43.º, IV): se houver recusa total ou parcial de aceite; se houver falência do sacado (aceitante ou não), suspensão de pagamentos ou execução sobre os seus bens; se houver falência do sacador, no caso de ser uma letra “não aceitável”.
h) A apresentação a pagamento deve ser realizada no lugar de pagamento (cf., supra).
i) O sacado ou o avalista que pague a letra pode exigível que esta lhe seja entregue com a pertinente quitação (art.39.º, I); se essa entrega lhe não for feita, poderá legitimamente recusar o pagamento.
j) Antes de efectuar o pagamento, é obrigado a verificar a regularidade dos endossos, mas já não a das assinaturas dos endossantes (art.40.º, III).
k) Dentro de certos condicionalismos, é permitido o pagamento por intervenção – 59.º, I – que habitualmente tem em vista evitar a acção recursória de que o portador poderá lançar mão, em face do não pagamento do obrigado directo, poupando despesas e o descrédito do obrigado de regresso. Este pagamento tem de ser da totalidade da importância e até ao dia seguinte ao último em que é permitido fazer o protesto por falta de pagamento (art.59.º, II e III), podendo ser interveniente um terceiro, o sacado ou alguém já obrigado (art.55.º, III).
l) O pagamento por intervenção documenta-se por um recibo do portador, exarado na letra. O recibo deve mencionar a pessoa em favor de quem se interveio e, na falta dessa indicação, presume-se que o pagamento foi feito pelo sacador (art.62.º, I).
Ordem de pagamento 
Na letra de câmbio, o seu criador (sacador) dá uma ordem para que o sacado efectue o pagamento ao beneficiário. Assim sendo, é óbvio que esta ordem de pagamento deve constar do teor literal do documento. 
O texto do artigo 1.° da LUG afirma que o requisito seria “o mandato puro e simples de pagar uma quantia determinada”, o que representa mais um equívoco de tradução. Não há que se falar em mandato, uma vez que não se está cogitando de uma representação, mas sim de mandado, de ordem incondicional de pagar determinada quantia. 
Além do aspecto imperativo que deve constar do título, é fundamental que se indique a quantia a ser paga, por extenso ou em algarismos, na medida em que não existe qualquer determinação legal.
 Havendo uma divergência entre o valor numérico e o valor por extenso, prevalece o valor por extenso. Havendo divergência entre dois valores escritos por extenso ou entre dois valores escritos em algarismos, prevalecerá o menor valor.
Formas de emissão	
· Sacador: que dá a ordem de pagamento e portanto, emite o saque (credor).
Data de emissão 
Também deve constar de uma letra a data na qual ela foi sacada. Tal marco temporal é importante para aferir, por exemplo, a capacidade de o sacador se obrigar no momento em que emitiu o título. Além disso, tal data pode servir de referência para o vencimento do título, ou mesmo como marco da contagem de certos prazos referentes à letra, como o prazo de um ano para apresentação ao sacado da letra emitida à vista.
Protesto da letra
1. Protesto por falta de aceite – quando o sacado se recusa a aceitar a letra. Deve ser efectuado até ao dia do vencimento.
2. Protesto por falta de pagamento – Quando o aceitante não paga a letra. Deve ser efectuado nos dois dias úteis seguintes ao vencimento.
A letra em branco
 A letra em branco é uma espécie de contrato-promessa, melhor dito, serve no direito cartular os mesmos fins que este negócio jurídico desempenha no direito comum; é frequente, com efeito, que os sujeitos originários não queiram estabelecer, desde logo, todos os elementos da obrigação cambiária, mas desejem, ainda assim, estabelecer o mínimo necessário à emissão futura – e completa – de uma letra de câmbio. 
A letra em branco é a letra que não está completamente preenchida. A lei expressamente prevê a possibilidade da letra ser sacada incompleta ou, dito de outro modo, a lei (Lei Uniforme, entenda-se) não exige que no momento da criação do título devam estar cumpridos todos os requisitos indicados no artigo 1.º. 
A letra em branco, mormente aquela em que haja acordo para a criação do documento sem estarem preenchidos todos os requisitos, surge num clima de confiança entre os envolvidos. Com efeito, coloca o obrigado numa posição muito delicada face a um eventual preenchimento abusivo. Note-se que a excepção do preenchimento abusivo, se pode ser aposta ao subscritor que foi parte na convenção extra-cartular, não pode sê-lo ao portador mediato, excepto se este adquiriu com má fé ou culpa grave (parte final do artigo 10.º) e independentemente de ter recebido a letra já completadaou de ele mesmo a ter completado de acordo com as informações que lhe foram transmitidas pelo seu endossante. A letra em branco exige, como mínimo, que o documento tenha a virtualidade, segundo a prática negocial, para incorporar obrigações cambiárias e isso pressupõe que contenha a palavra “letra” e uma assinatura feita com a intenção de assumir uma obrigação cambiária.
A estipulação de juros
 O artigo 5.º da LULL permite que, nos casos das letras pagáveis à vista ou a certo termo de vista, o sacador estipule o vencimento de juros. Só nesse tipo de letras. A taxa tem de ser indicada na letra e os juros contam-se, se outra não for a data indicada, desde a data da letra.
Nas letras a certo termo de data e nas pagáveis num dia fixado não é admissível a estipulação de juros, o que, à primeira vista, parecerá incompreensível. 
Mas não, nestas, o sacador sabe de antemão qual o período exacto que medeia entre a ordem, o saque, e o pagamento e, assim, tem á sua mão fixar o montante da letra já com a inclusão dos interesses correspondentes, basta-lhe fazer as contas.
· Os juros
 Já se viu anteriormente que o sacador pode estipular juros em certos tipos de letras. Esclareceu-se que se trata de juros remuneratórios. O artigo 48.º, n.º 2, fala de outros juros: “desde a data do vencimento”. Agora, trata-se de juros moratórios e o preceito diz que o portador os pode reclamar (contra quem exercer o seu direito de acção) à taxa de 6%.
Livrança
A Livrança é um documento através do qual o subscritor ou signatário se compromete a pagar a um beneficiário ou à ordem deste um determinado valor (valor nominal da livrança) numa determinada data (data de vencimento). 
A livrança é regulamentada pela Lei Uniforme Relativa as Letras e Livrança (Dec. Lei 26/556, de 30 de Abril de 1936).
A livrança, também regulada na LULL, apresenta uma estrutura diferente: tem inscrita – não uma ordem – mas uma promessa de pagamento (logo, uma obrigação de pagar), subscrita pelo respectivo criador-emitente. Daí a designação de «promissória», por que também é conhecida. Se, por exemplo, uma empresa (mais correctamente, uma «entidade empresarial») contrai um empréstimo bancário, é corrente emitir-se uma livrança. Neste caso, a empresa mutuária subscreverá um documento a favor do mutuante – o banco - ou à sua ordem, que ele poderá eventualmente movimentar através de endosso, por exemplo, redescontando-o. Mas, entre nós, hoje em dia, este tipo de documento, embora seja formalmente um título circulante, é mais utilizado para facilitar ao credor beneficiário da promessa de pagamento nele inscrita a obtenção rápida do valor de que é credor. Na respectiva configuração legal supletiva, quando o título é emitido, o subscritor obriga-se a pagar determinada quantia ao portador nele indicado ou à sua ordem. O correspondente direito de crédito, tal como a lei o caracteriza e regula, é insusceptível de ser criado sem o título. Este não representa, pois, nenhuma realidade pré-existente, ainda que tenha na base, como tipicamente acontece, uma correspondente relação creditória.
Livrança em branco
A livrança em branco, ou livrança caução, é um título pelo qual as entidades garantem o pagamento de uma divida contraída perante elas, sendo avalizada por terceiros e subscrita pelo beneficiário (o principal devedor).
Esta livrança não é preenchida mas é acompanhada de um pacto de autorização de preenchimento, onde são determinados os limites e as situações de incumprimento que, a registarem-se, permitem a instituição bancária preenche-la e planear acção executiva.
Prescrição
O prazo de prescrição ocorre desde o dia do vencimento nela aposto pelo portador, desde que não se infrinja o pacto de preenchimento.
Livrança avalizada
Numa abertura de crédito, a subscrição de uma livrança de caução representa a subscrição, pelo beneficiário do crédito, de uma garantia (o aval) a favor da entidade bancária, sendo a livrança avalizada por um terceiro, que virá a satisfazer o pagamento da quantia avalizada, caso o beneficiário não cumpra as suas obrigações.
Assim, uma pessoa (avalista) garante a outra (avalizado) o pagamento total ou parcial da respectiva divida subjacente a livrança.
Prescrição 
O prazo de prescrição de uma livrança é de 3 anos, visto a serem aplicadas a livrança as mesmas disposições legais da letra (art.70 da Lei Uniforme Relativa as Letras e livranças).
Como se constata, observando o artigo 1.º e pensando, comparando – as letras, os requisitos enunciados são comuns a ambos os títulos, com duas excepções (além de uma outra, óbvia: enquanto a livrança tem de conter a palavra “livrança”, a letra terá de conter a palavra “letra”): 
1. Na livrança uma promessa de pagamento; 
2. Na letra uma ordem de pagamento; 
3. O nome do sacado, exigido na letra, não tem correspondência na livrança. 
O escrito em que faltar alguns dos requisitos antes apontados (cf. artigo 76.º) não produz efeitos de livrança, ressalvando as seguintes excepções: 
a) Sempre que se não indique a época de pagamento, a livrança considera-se pagável à vista; 
b) Quando não se indique o local de pagamento, considera-se como tal o lugar onde o escrito foi passado e este considera-se igualmente o lugar do domicílio do subscritor da livrança; 
c) Quando se não indique o local onde a livrança foi passada, considera-se como tal o lugar designado ao lado do nome do subscritor.
Intervenientes da livrança
Emitente: a pessoa que emite o título e se obriga a paga-lo mediante a sua assinatura.
Beneficiário: aquele a quem, ou a ordem de quem, o titulo é pagável.
Avalista: pessoa que intervém com garantia num empréstimo e que assume as responsabilidades de pagamento no caso de o cliente não pagar a divida.
Preenchimento da Livrança
· Nome e morada do sacador;
· Local de pagamento/domicílio;
· Local e data de emissão;
· Valor por extenso;
· Importância (indicação da importância em algarismos;
· Vencimento;
· Ordem de pagamento;
· Assinatura do subscritor;
· Nome e morada do subscritor;
· Número de identificação bancária;
· Número da Livrança;
· Imposto selo.
Requisitos da livrança 
A livrança contém: 
· A palavra “livrança” inserta no próprio texto do título e expressa na língua empregada para a redacção desse título; 
· A promessa pura e simples de pagar uma quantia determinada; 
· A época de pagamento; 
· A indicação de lugar em que se deve efectuar o pagamento; 
· O nome da pessoa a quem ou à ordem de quem deve ser paga; 
· A indicação da data em que e do lugar onde a livrança é passada; 
· A assinatura de quem passa a livrança (subscritor).
Efeitos da falta de requisites 
· O escrito em que faltar algum dos requisitos indicados no artigo anterior não produz efeito como livrança, salvo nos casos determinados nos números seguintes. 
· A livrança em que se não indique a época do pagamento é considerada pagável à vista. 
· Na falta de indicação especial, o lugar onde o escrito foi passado considera-se como sendo o lugar do pagamento e, ao mesmo tempo, o lugar do domicílio do subscritor da livrança.	
Existem dois tipos fundamentais de livranças:
1. Comerciais
As livranças comerciais titulam créditos originados por operações comerciais efectuadas entre dois agentes económicos.
2. Financeiras
As livranças financeiras, mais comuns em Portugal, destinam-se basicamente a sustentar operações bancárias de concessão de crédito.
Desconto da livrança
Não é necessário o tomador da livrança esperar pela data do seu vencimento, para receber a importância nele estipulado, podendo negociar com o banco o seu desconto, sendo obrigado a pagar os respectivos juros que incidem sobre os dias que faltam até à data de vencimento inscrito na livrança.
Vencimento e pagamento o vencimento pode ser:
· À vista;
· A termo de vista;
· A termo de data;
· Em dia fixo.
Sem requeremos ser repetitivos, voltamos a dizer, para finalizar, que o regime da livrança é desenhado sobre o regime da letra. O artigo 77.º faz a enumeração das disposições aplicáveis, expressamente declarando que o são as que versam sobre: 
a. Endosso;
b. Vencimento;c. Pagamento; 
d. Direito de acção por falta de pagamento; 
e. Pagamento por intervenção; 
f. Cópias; 
g. Alterações; 
h. Prescrições; 
i. Dias feriados;
j. Contagem de prazos;
k. Interdição de dias de prisão. Essas são todas as disposições para onde se remete são (apenas) aplicáveis “na parte em que não sejam contrárias à natureza deste título”. Esta circunstância obriga-nos a indagar, disposição por disposição, se ele se apresenta ou não conforme com a natureza da livrança.
Efeito de pagamento de uma das vias
· A letra pode ser sacada por várias vias.
· Essas vias devem ser numeradas no próprio texto, na falta do que, cada via será considerada como uma letra distinta.
· O portador de uma letra que não contenha a indicação de ter sido sacada numa única via, pode exigir a sua custa a entrega de várias vias.
· Para este efeito o portador deve dirigir-se ao seu endossante imediato, para que este o auxilie a proceder contra o seu próprio endossante e assim sucessivamente ate chegar ao sacador. Os endossantes são obrigados a reproduzir os endossos nas novas vias.
Forma de emissão
· Subscritor.
Verificação da letra e livrança
Quando se verifica uma situação de incumprimento, são accionados os respectivos títulos de crédito, que servem de base ao processo executivo, e que servem como forma de pagamento nomeadamente através de diligências de penhora. Assim, quando se quer intentar a acção executiva contra o devedor basta estar o requerimento executivo acompanhado do respectivo titulo e este considera-se suficiente para a admissibilidade da referida acção, prosseguindo sem mais, sem que se torne necessário efectuar qualquer indagação prévia sobre a real existência do direito a que se refere. Todavia, os títulos de credito estão sujeitas a um prazo de prescrição, sendo assim verificado este prazo é concedida a faculdade do beneficiário recusar o cumprimento da prestação ou de se opor ao exercício do direito prescrito, ou seja, no fundo da verificação deste prazo traduz-se numa forma de extinção do próprio titulo.
O referido prazo, para efeitos do direito de acção, encontra-se ultrapassado quando desde a data de vencimento aposta no titulo ate a data da instauração do processo de execução decorreram mais de:
Letras: 1 ano contra os endossantes e o sacador e 3 anos contra o aceitante e os avalistas (porque se entende que o avalista responde na mesma medida do subscritor).
Livranças: 3 anos contra o aceitante e os avalistas (no mesmo sentido por se entender que avalista responde na mesma medida do subscritor).
Estes prazos levam, erradamente, a admitir que estando o título que prescrito nada mais haverá a fazer; podem ser validos como título executivo.
A letra, a livrança, diferenças e semelhanças 
O Código Comercial, que ainda vigora – ainda que não nesta parte – tratava conjuntamente as três realidades, facto que não deixa de evidenciar a existência de diversos elementos comuns entre elas. Igualmente a LU respeita às letras e às livranças. Vejamos, então, algumas semelhanças e outras diferenças. 
Entre a letra e a livrança as semelhanças são muitas. Têm semelhanças de natureza económica e do ponto de vista jurídico. A diferença, a grande diferença, é que na livrança, contrariamente ao que sucede na letra, não há uma ordem a outra pessoa para pagar. 
É o subscritor que se ele mesmo, obrigado ao pagamento; ao pagamento da quantia titulada ao tomador ou à ordem deste. Na letra, como se intui, a ordem é dada pelo sacador ao sacado para que este último pague ao tomador ou à sua ordem. Mas, tal como a letra, a livrança é um título à ordem (onde o emitente ou sacador se obriga para com o tomador e sucessivos portadores ao pagamento no vencimento); tal como a letra circula. Pode dizer-se que a livrança é – necessariamente – um saque sobre si próprio.
 Na letra a obrigação é de fazer pagar, na livrança é de pagar. Na letra o sacador diz: “pagará”, na livrança o subscritor diz: “pagarei”. 
No início da livrança só aparecem duas pessoas: subscritor e tomador; na letra (ressalvado o saque à ordem do sacador) logo de início figuram três: sacador, sacado e tomador. Na origem, a letra tem mais uma assinatura que a livrança. 
Numa perspectiva económica, letra e livrança têm as mesmas finalidades: funcionam como instrumentos de crédito e diminuem a circulação de numerário, permitindo pagamentos em praças diferentes sem o seu transporte. 
Enquadramento 
A livrança tem assumindo, cada vez mais, uma grande relevância na Banca, quer em virtude do financiamento directo aos clientes, quer na vertente da utilização da livrança caução associada a outros créditos.
Como o crédito em mora tem um peso significativo nos resultados das instituições de credito, é importante que as mesmas salvaguardem, fazendo operações que tem por base títulos mais rapidamente executáveis, como é caso das livranças e letras.
O desconto comercial e o desconto financeiro assumem-se como operações bastante interessantes, tendo em conta o binómio rentabilidade ou risco, pelo que é fundamentar conhecer a forma como devem ser concretamente utilizados estes títulos.
Alem disso, devem ser do conhecimento geral de qualquer bancário algumas regras a seguir em caso de incumprimento por parte dos intervenientes, por forma a que sejam assegurados todos os direitos da instituição financeira, enquanto credora.
	Conceito 
	Letra 
	Livrança 
	Contem uma
	Ordem de pagamento
	Promessa de pagamento
	Emitida pelo
	Sacador 
	Subscritor 
	Principal devedor
	Aceitante 
	Subscritor 
	Credor 
	Sacador 
	Tomador 
	Aval incompleto é a favor de...
	Sacador 
	Subscritor 
	Titula uma…
	Transacção comercial 
	Operação de financiamento
Conclusão 
Após o término do trabalho aprimorei vário conhecimento relativamente ao tema, pois foi muito importante saber a respeito do tema sendo que é usado no nosso dia-a-dia e usarei também nas gerações futuras.
 Pelos conceitos apresentados, pude perceber claramente que os títulos de crédito (a letra e a livrança) tem como função provar a existência da obrigação e, eventualmente, serve até para constituir a obrigação em si. A letra e a livrança as semelhanças são muitas, mas também diferem de algumas funcionalidades e devem cumprir todas as obrigações e prazos estipulados de pagamentos.
Bibliografia 
ALMEIDA, José Eusébio, GOMES, Manuel Tomé, GERALDES António, O direito dos negócios e societário, 2007.
TOMAZETTE, Marlon, Curso de direito empresarial: Títulos de crédito 2, 8ª. ed. rev. atual.-São Paulo: Atlas, 2017.
ANTUNES, José A. Engrácia, Os Títulos de Credito: Uma Introdução, Coimbra Editora, 2009.
http://www.csmj.cv/images/sampledata/fruitshop/MANUAL---E.compressed.pdf
https://www.google.com/search?q=verificacao+da+letra+e+livranca&oq=verificacao+da+letra+e+livranca&aqs=chrome..69i57.9726j1j15&sourceid=chrome&ie=UTF-8
Lei Uniforme das Letras e Livranças.
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