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O pâncreas produz a insulina de forma basal para absorção de glicose produzida pelo fígado e de forma pós-prandial com picos após a alimentação devido ao aumento da glicose do organismo. Insulinoterapia na DM1: Na DM1 os anticorpos atacam as células beta pancreáticas e deixam de produzir insulina, sendo necessário a aplicação de insulina rápida prandial nesses indivíduos e também é necessário uma insulina mais lenta para cobrir a secreção basal de glicose pela gliconeogênese. A dose inicia de insulina é de 0,4-0,8 UI/kg, sendo metade dessa insulina pós prandial e metade basal. Quando o menor pico de ação, menor o risco de hipoglicemia. Insulinas basais Intermediárias (NPH) Lentas Ultralentas Início de ação 2-4 horas 2-4 horas 2-4 horas Pico 4-10 horas Determir: 6-8 horas Glargina: não possui pico de ação Não possuem pico Duração do efeito terapêutico 10-16 horas Determir: 20-24 horas Glargina: 24 horas Glargina U-300: 36 horas Degludeca > 42 horas Insulinas prandiais Rápida (regular) Ultrarrápida Início de ação 30 min < 15 min Pico 2-4 horas 1 hora Duração do efeito terapêutico 5-8 horas 4 horas Insulinas ultrarrápidas: Lispro, Glulisina, Asparte. A distribuição das doses da insulina basal depende do tipo da insulina. Se ela for uma insulina basal de longa ação/ultralonga a dosagem pode ser feita de forma única. Se for NPH, pode-se distribuir 2/3 pela manhã e 1/3 a noite ou 3x ao dia. Já as insulinas prandiais devem ser administradas três vezes ao dia, sempre antes das refeições respeitando o tempo de início de ação de cada uma das doses. Quando usar dois tipos de insulina no mesmo horário (basal +bolus) podem ser misturados na mesma seringa apenas se a basal for a NPH. Quando houver associação de insulina de ação rápida ou ultrarrápida com intermediária, a de ação rápida deve ser aspirada primeiro. Locais de aplicação: ambulatorialmente são aplicadas no tecido subcutâneo e se deve fazer a prega antes da aplicação, com exceção de canetas com agulha de 4mm que dispensam a necessidade de prega. Após a injeção, a agulha deve permanecer de 5-10 segundos no subcutâneo. Monitorização: pré-pandial todos os dias, 2 horas pós refeição e as 3 horas da madrugada a cada 7-14 dias. Efeito colateral da insulinoterapia: O principal efeito colateral da insulinização é a hipoglicemia, podendo ser leve, moderada ou severa. Na forma leve (69-50 md/dL) os sintomas são mal estar, bom nível de consciência e pode ser tratado ofertando 1 colher de sopa de açúcar com água ou 1 corpo de refrigerante comum. Na forma moderada (50 md/dL) estão presentes tremores, suor frio, taquicardia e confusão mental, podendo ser tratado com 2 colheres de sopa de açúcar ou 2 copos de refrigerante comum. A forma severa (menor que 30 mg/dL) inclui perda de consciência e convulsões, sendo o tratamento o socorro médico imediato e verificar a necessidade do uso de glucagon (aumenta produção de glicose). Após 15 minutos da correção da hipoglicemia, deve- se medir a glicemia e pensar nos fatores desencadeantes como erro alimentar, erro de dose e horário da insulina, insuficiência renal ou insuficiência hepática. A insulina deve ser estocada em um frasco fechado na geladeira a 4ºC e se congelar, deve-se desprezar o recipiente. Após aberta pode ser armazenada a temperatura ambiente ou em ambiente refrigerado. Deve-se evitar reutilizar a agulha muitas vezes pelo risco de lipohipertrofia, podendo ser evitada com rodízio dos locais de aplicação a pouca reutilização. Insulinização do DM2: indicado para pacientes com hiperglicemia (glicemia de jejum > 250 md/dL ou acaso > 300mg/dL ou HbA1c > 10%) ou sintomas de hiperglicemia, presença de cetonuria e/ou cetonemia ou estado catabólico. Em complicações agudas como estado hiperglicêmico hiperosmolar e situações de estresse como infarto agudo do miocárdio, infecções, cirurgias, etc está indicado o uso da insulina, além de também ser indicada na gravidez. Os pacientes com DM2 podem ter sua glicemia descompensada relacionada com o fenômeno do alvorecer (aumento do GH início da manhã) e efeito somogyi (rebote após hipoglicemia - madrugada). Para isso utiliza- se insulina basal 0,2 UI/kg ou 10UI SC a noite. Aumenta-se a dose se a glicemia estivar > 130 md/dL e reduz se ela for < 90 mg/dL, mantendo-se a dose com a glicemia entre 90-130 mg/dL. Se A HbA1c estiver acima do alvo (7%) se recomenda fazer glicemia ré e 2h pós prandiais. Se a insulina for basal não há problema em manter antidiabéticos, mas se ela for em bolus se suspende secretagogos e inibidores da DPP-4
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