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Posicionamento do paciente na cadeira odontológica (PNE)

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P�icionament� d� pacient� n�
cadeir� odontológic�
Ter conhecimento sobre as técnicas e os
recursos especiais para o posicionamento
do paciente na cadeira odontológica é
fundamental. Esses pacientes devem ser
posicionados de maneira confortável e
segura, permitindo estabilização, boa
visibilidade para o dentista e segurança
para a transferência dos instrumentais
pelo auxiliar.
Dois conceitos básicos importantes :
Contenção: é o conjunto de meios
empregados para se manter em, na
posição apropriada, os órgãos que
tendem a abandonar se ou a separar-se
nas fraturas.
Estabilização: significa equilíbrio, firmeza
e segurança.
Desse modo o conceito de contenção
refere-se a uma parte do corpo e que a
estabilização refere-se ao corpo
todo.Crianças até os três anos de idade
podem ser atendidas no colo da mãe, ou
seja, com a mãe deitada na cadeira
odontológica e a criança posicionada
deitada sobre o seu tórax.Também pode
ser adotada a posição joelho a joelho, fora
da cadeira odontológica .
O atendimento de bebês, até 2 anos de
idade, também pode ser realizado em
macas especialmente projetadas para
esse fim, denominadas de “macris”.
Crianças a partir dos 3 anos já podem ser
posicionadas sozinhas na cadeira
odontológicas.
P�icionament� d� paciente� co�
distúrbi� neuromotore�
Em alguns pacientes com distúrbios
neuromotores, é comum a persistência de
reflexos primitivos, como os posturais e
tônicos, que interferem no posicionamento
desses na cadeira odontológica. Para
pacientes com paralisia cerebral é
importante inclinar um pouco a cadeira
para trás, o que oferece mais apoio,
sensação de segurança e reduz a
dificuldade de deglutição.
Pacientes com dificuldade de deglutição
com risco de aspiração, posicionar
corretamente a cadeira, fazer uso de
sugador de saliva e cuidado com o uso da
seringa tríplice. Deve-se inclinar
levemente a cadeira, posicionando-o em
decúbito lateral, se possível, para melhor
controle dos líquidos na cavidade bucal,
facilitando o uso do sugador.
A cabeça do paciente deve ser
adequadamente estabilizada durante
todas as fases do tratamento. Os
membros não devem ficar em posições
forçadas. Os estímulos intrabucais devem
ser introduzidos lentamente para evitar o
reflexo de sobressalto/susto ou tornar
esses reflexos menos severos. O tempo
sobre a cadeira deve ser mínimo, a fim de
diminuir a fadiga. Se o atendimento for
longo, mudar o paciente de posição para
evitar incômodos.
Geralmente utiliza-se métodos de
contenção dos membros para controle
das espasticidades e maior segurança,
sendo feito com lençol e fita crepe, ou em
faixas confeccionadas especialmente para
a contenção.
Gestos bruscos, falar em voz alta,
barulhos excessivos ou qualquer estímulo
visual, tátil ou sonoro, pode gerar
espasmos e prejudicar o procedimento.
Por isso, o ambiente deve ser silencioso e
deve atender o paciente sempre de frente,
para melhor visualização do paciente para
o que está acontecendo ao seu redor.
Em qualquer tentativa que o profissional
fizer para mudar o paciente de posição,
além de exacerbar os movimento
musculares, poderão ocorrer torções,
estiramentos musculares, ou até mesmo,
ruptura de ligamentos. Por isso, deve-se
tocar o paciente de forma suave e este
adotar a sua própria posição.
Também é importante ressaltar, o cuidado
em manusear pacientes com fragilidades
ósseas, devendo-se considerar a
fragilidade de maxila e mandíbula em
procedimentos que exijam maior força de
pressão.
P�icionament� d� paciente� co�
Síndrom� d� Dow�
Estes pacientes podem apresentam
instabilidade da articulação atlantoaxial na
coluna cervical. Por isso, deve-se ter
cautela ao manipular a cabeça e pescoço,
evitando hiperextensão.
P�icionament� d� paciente� id��
Pacientes com doença de Parkinson: não
inclinar a cadeira mais que 45 graus, risco
de pneumonia por aspiração de saliva. O
ajuste da cadeira deve ser feito com o
paciente sentado de maneira confortável
e depois começar a incliná-la lentamente
para evitar risco de hipotensão postural.
Pode-se usar recursos como almofadas
ou rolos para apoio de braços e cabeça.
A hipotensão ortostática é possível causa
de desequilíbrio e queda frequente de
idosos. Para evitá-la é importante retornar
devagar a cadeira e instruir o paciente a
permanecer na posição sentada por
alguns segundos antes de levantar. É
importante acompanhar o paciente da
sala de espera até a cadeira odontológica
e desta até a porta de saída.
P�icionament� d� paciente� qu�
util�a� cadeir� d� roda�
A transferência do paciente da cadeira de
rodas para a cadeira odontológica é difícil.
Porém pode-se fazer o atendimento na
própria cadeira de rodas, posicionando o
paciente sentado na sua cadeira de rodas
e de costas para a cadeira odontológica,
usando o encosto de cabeça da cadeira
odontológica voltando a parte almofada
para fora, para que o paciente encoste a
cabeça ali. Outros pacientes conseguem
se transferir sozinhos para a cadeira
odontológica, mas outros precisam de
ajuda e assim a equipe deve transferir
essa pessoa, usando o método de duas
pessoas, segurando as extremidades dos
membros, para o transporte do paciente.
Estabil�açã� físic� � sedaçã�
O manejo do comportamento é um
desafio para o atendimento às pessoas
com deficiência. Dessa forma, em
algumas situações a estabilização física
se faz necessária, porém, quando esta
não é suficiente usa-se métodos de
sedação consciente associados ou não à
estabilização física.
Estabil�açã� físic�
Auxiliam na imobilização do paciente
durante o atendimento odontológico. Os
métodos devem ser realizados de maneira
segura, por tempo limitado e de forma não
punitiva, mas como forma de proteger o
paciente e a equipe.
A estabilização física é indispensável em
bebês e crianças, independente de
deficiência. Nos pacientes acima de 4
anos, sua utilização é recomendada
quando os procedimentos de abordagem
verbal falharem.
Terapia do abraço: indicada para
crianças, consiste na estabilização física
do paciente pelos braços ou pelo abraço
dos pais ou responsáveis.
Posição joelho a joelho: técnica
destinada a crianças de 1 a 3 anos, o
pai/responsável juntamente com o
cirurgião-dentista se encontram sentados
frente a frente em uma cadeira comum de
mesma altura, com os joelhos em contato,
nesta posição a criança permanece
deitada com a cabeça no colo do
profissional e em direção aos
pais/responsável, que imobiliza levemente
com o apoio dos cotovelos as pernas do
paciente.
Auxiliar contendo a cabeça do
paciente: técnica utilizada tanto em
crianças, quanto em adultos. Na
explicação feita pelo artigo “ Atenção e
cuidado da saúde bucal da pessoa com
deficiência” estabelece que “O paciente é
posicionado na cadeira odontológica, e o
auxiliar, em posição de 12 horas em
relação à cadeira odontológica, segura a
cabeça do paciente com suas mãos
cruzadas sobre a testa do paciente,
mantendo-a sobre o encosto da cadeira
ou segurando a cabeça do paciente
lateralmente”
Uso de faixas de tecido ou de courvin:
são faixas de estabilização sob medida
junto à cadeira. As faixas imobilizam os
membros superiores e inferiores .
Sistema de imobilização MR Godoy ou
 Estabilizador Godoy : kit de imobilização
desenvolvido por Marcos Rogério Godoy,
composto por assento com faixas de
velcro, triângulo, colar cervical, blusas
(superior e inferior) e dedeiras. Todo esse
equipamento tem o objetivo de inibir
flexão e extensão de joelhos e quadril,
inibir movimentos dos membros
superiores e inferiores, controle de
contraturas musculares, controle de
movimentos da cabeça, além disso
proporcionam estabilidade durante o
atendimento.
Autora: Taynara Rodrigues Gomes
Referência:BRASIL. Ministério da Saúde.
Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Guia
de Atenção à Saúde Bucal da Pessoa com
Deficiência. Brasília: Ministério da Saúde,
2019.

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