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Alfabetização no transtorno do espectro autista

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ALFABETIZAÇÃO NO 
TRANSTORNO DO ESPECTRO 
AUTISTA
Professora: Lucimara C. Castro
Como se dá a 
alfabetização do 
aluno com TEA?
ESTILOS DE APRENDIZAGEM
Cada sujeito tem diferentes estratégias para solucionar
problemas, elaborar conclusões e assimilar conteúdos. Estas
estratégias são também chamadas de Estilos de
Aprendizagem, as quais, de acordo com CERQUEIRA, (2000,
p. 36) é:
“O estilo que um indivíduo manifesta quando se confronta com
uma tarefa de aprendizagem específica. (...) uma predisposição
do aluno em adotar uma estratégia particular de aprendizagem,
independentemente das exigências especificas das tarefas”.
E quais são os Estilos de Aprendizagem?
• Na literatura, os estilos de aprendizagem são apresentados de
diferentes formas e classificações. Dentre estas formas destaca-se o
método VAC (VISUAL, AUDITIVO e CINESTÉSICO) que é baseado nos
sentidos e responde com eficiência as expectativas e exigências da
escola.
• Esta teoria VAC, foi desenvolvida por Fernald e Keller e Orton-
Gilingham e pressupõe que a aprendizagem ocorre por meio dos
sentidos visual, auditivo e tátil.
Autistas, muitas vezes, focalizam 
apenas um desses métodos, em certos 
casos, com a completa exclusão dos 
outros dois. 
Uma criança autista pode ficar nervosa 
e vagando pela sala de aula durante 
uma palestra, porque ela não entende 
que a palestra é a lição. 
É importante não apenas identificar os 
comportamentos, mas entender as 
causas deles e empregar técnicas de 
ensino bem-sucedidas.
Cada criança com TEA 
responde ao ambiente 
de maneira diferente. 
Isso irá requerer 
experimentos e 
observação cuidadosos 
para ver qual 
metodologia será mais 
eficaz para alfabetizá-la.
Estudo de caso
Aos 8 anos, Roberto estava no segundo ano da escola. Os seus
professores do ano anterior relatavam que sentiram dificuldades
para abordá-lo pedagogicamente. Era um menino muito quieto e
arredio. Em sala de aula, ficava em silêncio, observando os
colegas e fazendo rabiscos. Em grupo, passava o tempo todo
sentado, não interagia e não solicitava nenhum dos materiais
sobre a mesa (papéis, lápis coloridos, canetas, livros, revistas,
gibis e alguns jogos). Apesar dos convites feitos pelos colegas e
pela professora, o garoto se restringia a participar.
REFLETINDO...
• Como você se sentiria se Roberto estivesse em sala de aula e
você fosse o(a) professor(a)?
• Quais estratégias você traçaria para trabalhar com Roberto no
grupo da escrita?
• Quais os principais desafios diante desse trabalho?
• Como agir em sala para que Roberto seja alfabetizado
respeitando suas peculiaridades, sem excluí-lo?
É comum que uma criança autista 
seja incapaz de processar 
múltiplas entradas sensoriais ao 
mesmo tempo. Por exemplo, 
pode ser impossível para ela 
processar tanto a visual quanto a 
auditiva simultaneamente. Neste 
caso, separe o ensino em 
"canais" e focalize apenas um 
sentido de cada vez.
Colocando-se no lugar 
do aluno com TEA...
• 1. Relembre alguma situação de
aprendizagem em que os estímulos não se
adaptaram ao seu estilo de aprendizagem
(do tempo em que você estava aluno).
• 2, Descreva a situação: A partir da situação
recordada, proponha uma nova dinâmica
da situação de aprendizagem, usando
como embasamento a aprendizagem
sobre os diferentes estilos.
• 3. Agora socialize com seus pares a
situação vivenciada.
Para iniciar o processo de alfabetização, isto 
é, a apreensão do sistema de leitura e 
escrita, é necessário partir do ponto que o 
aluno já se sente seguro. Muitas vezes isso 
se dá por meio da oralidade.
Com crianças com TEA nem sempre a 
oralidade é um aspecto já desenvolvido, 
principalmente pelos desafios que a 
linguagem representa para elas, em muitos 
casos.
Assim, pode-se partir da oralidade, mas é 
importante associá-la a outros elementos, 
visuais e cinestésicos.
Antes de iniciar efetivamente a alfabetização é preciso criar um
ambiente alfabético.
Exemplos:
Algumas atividades para preparar 
crianças com TEA para a alfabetização
• Conduzir o olhar da criança da esquerda para a direita,
utilizando uma lanterna.
• Estimular que o aluno olhe para um objeto indicado.
• Produzir pelo menos o reconhecimento de dez objetos e
nomeá-los, ainda que seja indicando, caso a criança não seja
verbal.
• Construir uma “teia” com linha ou lã colorida para que o aluno
compartilhe a atenção.
• Jogar bola para para o aluno agarrar (quantas vezes forem
necessárias). Caso ele não corresponda, colocar um cesto ou
um balde perto dele e acertar a bola neste objeto, para
despertar o interesse.
• Levar o dedo indicador da criança até uma gravura ou
fotografia, nomeando.
• Imitar as ações da criança, em frente ao espelho.
• Imitar as ações da criança, de frente para ela.
• Ouvir músicas que possuam rima, fazendo gestos motores
quando a rima ocorrer.
• Nomear objetos prolongando o som inicial.
• Classificar blocos de madeira por cores e tamanho.
• Estimular a criança a colar o próprio nome abaixo da sua
fotografia.
• Estimular a criança a colar o nome dos colegas abaixo das
fotografias dos mesmos.
• Escrever/desenhar na gelatina (com consistência dura),
utilizando um pilot de quadro branco.
• Escrever / desenhar no espelho
• Escrever em balões de borracha tipo enfeite de aniversário).
• Manter a atenção da criança na boca de quem pronuncia sons
ou palavras.
• Encontrar objetos escondidos.
• Ensinar conceitos opostos como pequeno grande; grosso/fino;
vazio/cheio etc.
• Cobrir com tinta letras bastão em formato não pontilhado.
• Escrever ou desenhar em planos diversos (vertical, inclinado e
horizontal).
• Montar quebra cabeça de letras.
• Reconhecer o som de imagens, sem a presença de letras ou
palavras.
• Completar desenhos não pontilhados, mas com partes
faltantes.
• Trocar símbolos por ações, tais como um triângulo representar a
hora de desenhar, um círculo a hora de brincar.
• Seguir rotinas feitas com imagens.
• Compreender sentimentos em fisionomias apresentados em
vídeos, fotografias e desenhos.
• Escrever o próprio nome.
• Escrever os nomes dos familiares e colegas.
• Relacionar nomes com fotografias dos familiares.
DESENVOLVIMENTO
DA 
CONSCIÊNCIA 
FONOLÓGICA
A consciência fonológica pode ser entendida como um conjunto
de habilidades que vão desde a simples percepção global do
tamanho da palavra e de semelhanças fonológicas entre as
palavras até a segmentação e manipulação de sílabas e fonemas
(Bryant &Bradley, 1985).
Assim, a consciência fonológica refere-se tanto à consciência de
que a fala pode ser segmentada quanto à habilidade de
manipular tais segmentos, e se desenvolve gradualmente à
medida que a criança vai tomando consciência do sistema sonoro
da língua, ou seja, de palavras, sílabas e fonemas como
unidades identificáveis (Capovilla &Capovilla, 2000b).
ESCRITA FALA
A escrita não corresponde à transcrição 
da fala
Embora o desenvolvimento da consciência fonológica esteja 
relacionada à oralidade, na alfabetização do aluno com TEA isso 
pode se tornar algo muito abstrato para sua compreensão. 
Assim, é importante sempre utilizar de recursos concretos 
associados à oralidade, para que a criança desenvolva a 
consciência fonológica.
VAMOS SOCIALIZAR?
Em grupos, vamos pensar nas atividades de alfabetização que
podem contribuir para desenvolver a consciência fonológica do
aluno com TEA.
Construa uma planilha em cartolina contendo essas atividades.
Citar em qual estágio essa atividade se enquadra no
desenvolvimento da consciência fonológica.
Socialize apresentando aos demais grupos suas ideias!
Vamos cantar?
Estava caminhando, para a escola
Quando eu avistei uma VACA
Eu olhei para ela, ela olhou para mim
E quando eu percebi, ela dançava assim
Aaaaaa,aaaa,aaa (4x)
Uma vez, outra vez, uma vez ,outra vez, uma vez
Estava caminhando, para a escola
Quando eu avistei um JACARÉ
Eu olhei para ele, ele olhou para mim
E quando eu percebi, ele dançava assimEeeeee,eeeeee,eeeee (4x)
Uma vez, outra vez, uma vez ,outra vez, 
uma vez
Estava caminhando, para a escola
Quando eu avistei um SIRI
Eu olhei para ela, ela olhou para mim
E quando eu percebi, ela dançava assim
Iiiiiiii,iiiiiiii,iiiiiiii (4x)
Uma vez, outra vez, uma vez ,outra vez, uma vez
Estava caminhando, para a escola
Quando eu avistei um MACACO
Eu olhei para ele, ele olhou para mim
E quando eu percebi, ele dançava assim
Ooooooo,ooooo,oooo (4x)
Uma vez, outra vez, uma vez ,outra vez, 
uma vez
Estava caminhando, para a escola
Quando eu avistei um URUBU
Eu olhei para ela, ela olhou para mim
E quando eu percebi, ela dançava assim
Uuuuuuu, uuuuu, uuuuu (4x)
Uma vez, outra vez, uma vez ,outra vez, uma vez
Algumas sugestões...
• Transcrever a música em papel craft ou cartolina;
• Destacar o nome dos animais e apresentar imagem de cada 
um deles. Questionar as características dos animais;
• Imitar o som de cada animal segundo a música;
• Transcrever os sons com as vogais;
• Emitir o som das vogais na frente do espelho;
• Emitir o som das vogais em dupla, frente a frente, observando 
o movimento de lábios, língua, dentes...
• Transcrever as vogais e juntamente emitir o som de cada uma 
delas.
Trabalhando os fonemas /S/ e /Z/
Motivar os alunos contando a história:
Era uma vez uma abelha e uma cobra que viviam na floresta e
que tinham ido às compras. Tudo o que as duas compraram
foram embaladas em uma mesma sacola. Todas as coisas
compradas pela abelha tinham o som de /S/ (onomatopeico) E
todas as coisas compradas pela cobra tinha o som de /Z/
(onomatopeico).
Agora, precisamos ajudá-las a separar essas compras!
Cada aluno receberá encartes com 
imagens da abelha, da cobra e das 
compras. Devem recortá-las e organizá-
las conforme o som.
O professor pode levar os alunos a 
perceber que um fonema é surdo e outro 
sonoro, pela vibração sentida pela mão 
colocada no pescoço.
Trabalhar 
rimas com 
auxílio de 
material 
gráfico.
Retirar, acrescentar ou trocar a ordem de
fonemas numa palavra, originando
palavras novas (Manipulação fonêmica)
“(…) Chegou ao quarto, olhou-se ao espelho e viu que estava
toda despenteada: - “Ai, estou tão feia, maldita ramona!!! Mas
vou é escovar os meus CAMELOS que estão tão
embaraçados!”.
Oh pessoal, CAMELOS embaraçados?? O que é que a princesa
queria dizer?? CABELOS! Muito bem, ela trocou o som “M” pelo
som “B” (…)”
DAS VOGAIS À PRODUÇÃO DE TEXTOS
DA ORALIDADE PARA A ESCRITA....
O aluno com TEA está inserido em uma língua: a Língua
Portuguesa. Muitas vezes ele ainda não domina totalmente a
oralidade, mas é por meio de experiências sociais que a
linguagem é produzida e ele se comunica. Assim, alfabetizar o
aluno que apresenta TEA não significa negar a sua língua, mas
ampliar seu universo linguístico.
Isso implica mais do que preparar uma aula. Implica em preparar-
se para a aula: ampliar o próprio repertório linguístico, o próprio
universo cultural, abrir-se ao mundo e ser empático, isto é,
colocar-se sempre no lugar do aluno com TEA.
Independente do método escolhido para 
iniciar a alfabetização –Sintético ou 
Analítico – deve-se partir de experiências 
vividas pelos alunos com TEA. Para isso, 
o contato com a família é fundamental.
Dentro do mundo das pesquisas 
científicas, há muitos escritos sobre o 
método fônico como uma excelente 
alternativa voltada para a alfabetização 
dos pequenos com TEA. Dentre eles, 
destaca-se as investigações do Dr. 
Fernando Capovilla, um dos nomes mais 
celebrados neste meio.
Vídeo:
Métodos de Alfabetização para crianças com Autismo
https://www.youtube.com/watch?v=GaBoPTeayFQ
Após o vídeo, abrir para discussões a partir da seguinte indagação:
Existem algumas particularidades na metodologia fônica?
https://www.youtube.com/watch?v=GaBoPTeayFQ
Produzindo experiências e registros…
Experiências vividas: trabalhando a partir da identidade - meu
nome, os nomes da minha família, o lugar onde moro, minha
escola, etc.
Experiências com o corpo: observação do próprio corpo,
expressão: dança, teatro, mímica, sombras etc; Jogos (e
experiências) com os sentidos: nomes de frutas, expressão de
cheiros, gostos, sons
Produzindo experiências e registros…
Experiências de observação da natureza: minhocário, aquário,
estufa, vasinhos de plantas (temperos são ótimos!), histórias dos
nossos animais de estimação, filmes etc. Registro “escrito”
(considerando-se escritas: logográficas, ideográficas,
alfabéticas) de tudo que fazemos e observamos.
VALE LEMBRAR...
A criança com TEA apresenta dificuldades na comunicação
verbal e não verbal, tornando-se necessário o emprego de frases
simples e diretas para facilitar o seu entendimento.
O uso de instruções verbais em excesso e de figuras de
linguagem, como as metáforas ou ironias, tornam a recepção da
informação pouco clara.
VALE LEMBRAR...
Vale observar, também, que o professor pode se valer de uma
entonação e volume de voz mais acentuados para facilitar o
contato, sempre, é claro, pedindo o contato visual e se
abaixando na altura em que a criança está para facilitar a
interação.
Outra estratégia diz respeito a 
ensinar o conteúdo previsto em 
pequenos passos e de forma 
mais direta. 
A adaptação do material de 
ensino nem sempre precisa ser 
complicada e pode ajudar muito 
o aluno. Muitas informações na 
mesma folha, instruções longas 
e pedidos variados no mesmo 
exercício tendem a confundir 
essa criança e devem ser 
evitados, sempre que possível.
Tomemos como exemplo uma folha comum utilizada para ensinar 
uma criança em processo de alfabetização:
Uma forma de ensinar o mesmo conteúdo em passos menores seria:
Outras possibilidades...
Outras possibilidades...
Aprendizagem sem erro
Uma estratégia que pode diminuir a ocorrência de
comportamentos disruptivos durante a alfabetização, tais como
comportamentos agressivos, acessos de birra e apatia, bem
como, evitar que crianças com TEA aprendam uma habilidade de
forma incorreta e tenham que ser ensinadas novamente é a
estratégia de aprendizagem sem erro.
O professor pensa no que quer ensinar, avalia o que o aluno
sabe e, a partir disso, programa o repertório almejado, sem que
o aluno passe por um processo de aprendizagem por tentativa e
erro.
Uma das formas utilizadas para ajudar a criança por meio dessas
estratégias é o uso de dicas. Trata‐se de uma ajuda ou
assistência que encoraja a resposta que queremos que o
estudante dê.
No caso do treino com dicas, utiliza‐se um sistema que, em
geral, vai da ajuda máxima para a ajuda mínima, chamada
hierarquia de dicas. Ou seja, começa‐se com a dica mais
intrusiva possível e, gradualmente, se esvanece o seu uso até
retirá‐la completamente.
Alguns dos tipos de dicas utilizados são:
Ajuda Física (AF): pegar a mão da criança e fazer todo o
movimento com ela. Por exemplo, segurar a caneta com o aluno,
ajudando-o em todo o percurso do movimento de escrita ou
desenho.
• Ajuda Leve (AL): tocar na mão/braço da criança,
redirecionando o movimento. Por exemplo, dar um toque no
braço em direção à caneta, ao invés de segurá-la junto com o
aluno.
• Ajuda Gestual (AG): apontar para o que ele deve fazer. Por
exemplo, apontar para a caneta que queremos que o aluno
pegue.
• Independente (I): faz sozinho a ação. Nesse caso, o aluno pega 
a caneta quando o professor solicita verbalmente. 
Socializando na prática
Vídeo: 10 DICAS DE ALFABETIZAÇÃO NO AUTISMO
https://www.youtube.com/watch?v=oe_AZ_i1gx4
Apresentação e execução em grupos de atividades, jogos e
brincadeiras que podem ser utilizadas na alfabetização do aluno
com TEA, desde a apresentação das vogais, palavras, frases à
produção de textos mais complexos.
https://www.youtube.com/watch?v=oe_AZ_i1gx4
Relações entre alfabetização e matemática 
para o aluno com TEA
Como alfabetizar uma criança que não se interessa pela leitura e pela 
escrita e só tem interesse em matemática?
https://diversa.org.br/tag/matematica
O aluno com TEA, na maioria 
dos casos, apresenta maior 
facilidadepara a aprendizagem 
matemática, pela maneira com 
que o cérebro se organiza.
Assim, uma estratégia para 
esse aluno se interesse pela 
alfabetização, é utilizar da 
matemática para que ele 
aprenda ler e escrever.
Algumas estratégias...
Registrar a contagem com algarismo e com o nome do algarismo: 3
TRÊS.
Elaborar situações problemas simples na oralidade, usando de
figuras, registrando o nome das figuras.
Explorar o registro das respostas de situações problemas.
Utilizar de brincadeiras matemáticas para produzir palavras, frases e
pequenos textos.
COMO AVALIAR A LEITURA E A 
ESCRITA DO ALUNO COM TEA?
Tradicionalmente, as nossas 
experiências em avaliação nos 
remetem a uma concepção que 
coloca as aprendizagens como 
certas ou erradas, classificando-
as. Assim, acaba por selecionar 
como bons estudantes aqueles 
que aprenderam os conteúdos 
programados para a série/ciclo. 
Essa perspectiva de avaliação 
classificatória e seletiva, muitas 
vezes, torna-se um fator de 
exclusão escolar.
Entretanto, é possível 
concebermos uma perspectiva 
de avaliação cuja vivência seja 
marcada pela lógica da 
inclusão, do diálogo, da 
construção da autonomia, da 
mediação, da participação, da 
construção da 
responsabilidade com o 
coletivo (FERNANDES, 2007, 
p. 20). 
Avaliar a leitura e a escrita 
de alunos com TEA exige 
sensibilidade por parte do 
professor que deverá 
oferecer-lhe as adaptações 
curriculares necessárias para 
promover a equidade e não 
a igualdade.
Estratégias...
Ao invés de elaborar uma avaliação diferenciada dos demais
alunos da sala, estabeleça critérios diferentes de correção.
Utilize questões com modelos variados nas avaliações.
Insira imagens nas avaliações.
Cuidado para não poluir a avaliação com muitas informações.
Estratégias...
Fracione a avaliação em partes menores.
Utilize de palavras chave na atividade avaliativa.
Seja claro no comando da questão.
Na leitura, inicie por palavras curtas que o aluno já saiba.
Parabenize-o quando acertar como reforço.
Estratégias...
Explique ao aluno como será a avaliação, um passo de cada
vez.
Para avaliar a leitura, explore ainda recursos orais e visuais para
que o aluno se sinta mais seguro no momento em que lê.
Da formação de palavras à construção 
de textos para o aluno com TEA
Pensar a produção textual na 
alfabetização requer considerar a 
função sócio comunicativa de um 
texto.
A teoria dos gêneros textuais são 
fundamentais para o 
desenvolvimento da linguagem na 
produção dos mais variados textos. 
Afinal, a escrita só cumpre com seu 
papel social quando usada para 
que os sujeitos se comuniquem 
interagindo entre si.
Gêneros textuais
Abrange um conjunto aberto e 
praticamente ilimitado de 
designações concretas 
determinadas pelo canal, estilo, 
conteúdo, composição e função.
Exemplos de gêneros: gif, 
vídeo, post, blog, 
comentário, e-mail, sermão, 
carta comercial, carta 
pessoal, romance, bilhete, 
aula expositiva, reunião de 
condomínio, horóscopo, 
receita culinária, lista de 
compras, cardápio, 
instruções de uso, outdoor, 
resenha, inquérito policial, 
conferência, bate-papo 
virtual, etc.
PRODUÇÃO DE TEXTO
“Veio da escola a lição de casa para compor um texto
sobre as pessoas da família. Pensando nas dificuldades do
Pedro em se organizar para se comunicar, porém com o
pensamento mais focado nas habilidades dele se dado o devido
suporte, quebramos essa produção de texto em etapas.
Primeiro eu cortei vários papéis e escrevi
"Papai, Mamãe, Irmão e Eu", em outra cor, escrevi nos papéis
várias coisas que temos na casa, gata, cachorra, alguns
brinquedos, computador, telefone, escova de dentes, etc.
Com o auxílio desse visual, pedi que o Pedro relacionasse
uma coisa para cada pessoa da família. Ele colocou a gata para
ele, Lego para o irmão, telefone para o papai e várias coisas
embaixo da mamãe. Com isso compus frases, cada palavra em
um papelzinho q ele teve que ordenar. Daí ele foi escolhendo a
ordem das frases. E transcrevendo frase por frase no caderno.
No momento de escrever sobre o irmão que ele tinha
relacionado com Legos, o irmão ficou dizendo do lado que
também gosta de jogar wii, então o Pedro completou com essa
informação”.
Fonte: Uma voz para o Autismo. Disponível em:
http://umavozparaoautismo.blogspot.com/2012/03/producao-de-texto.html Acesso
em: 02 Fev. 2020.
PRODUÇÃO DE TEXTO
http://umavozparaoautismo.blogspot.com/2012/03/producao-de-texto.html
De onde partir?
Estímulo imagético: um grande passo
A criança com autismo aprende melhor por meio de figuras e
desenhos; e por meio de estimulação visual. É muito importante
trabalhar palavras, letras e vocabulário por meio de figuras
expressando ações, momentos, situações do cotidiano. Isso
ajuda a desenvolver um vocabulário mais amplo para a produção
de textos.
https://neurosaber.com.br/letra-cursiva-ou-letra-bastao-qual-a-melhor-letra-para-se-comecar-o-processo-de-alfabetizacao/
Palavras que exprimam familiaridade
Outra dica é usar palavras que remetam a objetos, pessoas e
locais que a criança com autismo tenha interesse. É importante
que tais expressões sejam associadas a esses meios de
interesse e, com isso, o professor faça a ligação dessas palavras
que estejam direta ou indiretamente relacionadas. Tudo no
passo a passo, sem pressa.
Utilize referências que trabalhem o 
contexto do aluno
Que tal trabalhar o vocabulário dentro do contexto dessa
criança? Contudo, a intenção é ampliar esse vocabulário. Outra
dica é passear com a criança no parquinho e em ambientes
diversos: padaria, supermercado, festas; lugares que estimulam
a brincadeira e a interação social. Com isso ela vai memorizando
essas palavras novas, enriquecendo o repertório dela.
Memorizando regras ortográficas
Incentivem, na prática, formas de memorizar as regras
ortográficas, usando rotas repetitivas para que a criança com
autismo tenha essa sequência criada na mente delas. Com
essas rotas você pode trabalhar com cores e figuras, utilizando
jogos ou tablets (as crianças com autismo se dão muito bem
com esses estímulos visuais).
Importante saber
• Para crianças que não fazem o traçado das letras, o tablet
pode ser uma ferramenta fundamental para alfabetizar e
desenvolver a escrita. O próprio aparelho oferece formas de
escrita manual.
• Por meio de fotos da família, a criança pode fazer relações
sociais com as fotografias. Existem métodos de photovoice
(utilizar fotos familiares para trabalhar capacidade e
competência social). Por meio das fotos ela começa a ter
noção de história social e pode trabalhar o som de letra
também.
Para finalizar...
O professor, sempre 
que por planejar alguma 
estratégia para 
alfabetizar o aluno com 
TEA, deve se perguntar:
1. O professor tem a atenção do aluno antes de serem dadas as
instruções?
2. A linguagem verbal utilizada é específica para o nível de
compreensão dos alunos?
3. Os gestos estão acompanhados de instruções verbais para
ajudar o aluno a entender quando ele está com dificuldade de
compreensão?
4. O aluno recebe informação suficiente para ser capaz de
completar uma tarefa o mais independente possível?
5. A disposição e organização dos materiais ajuda a transmitir
instruções para os alunos?
6. Os materiais são apresentados de maneira organizada?
7. Há excesso de materiais apresentados em determinada hora?
8. O aluno está recebendo a ajuda que precisa para completar a
tarefa com sucesso?
9. As dicas escolhidas são específicas ao estilo e nível de
aprendizado do aluno?
10. As dicas são dadas antes que o aluno responda incorretamente?
11. O posicionamento do professor foi estruturado de forma que o
aluno não perceba dicas não intencionais?
12. O aluno está recebendo “feedback” claro sobre as respostas
ou sobre seu comportamento (conduta) adequado ou incorreto?
13. As consequências e reforços são tornados claros para o
aluno? Elas seguem de imediato o comportamento trabalhado?
14. O reforço é dado com a necessária frequência?
15.os reforços são baseados no nível de compreensão e
motivação do aluno?
Para ensinar eficazmente alunos autistas, o professor deve
proporcionar uma organização do método de trabalho, incluindo a
sala de aula, de maneira que os alunos entendam onde ficar, o
que fazer e como fazê-lo, de forma mais independente possível.
AVALIAÇÃO
Em trio, em uma folha de sulfite, construa um mapa semântico 
contendo palavras chaves interligadas ao tema central de nossa 
aula:
ALFABETIZAÇÃO DO ALUNO COM TEA
A criança com TEA é totalmente passível ao aprendizado, 
desde que seja mediada de maneira adequada com um 
acompanhamento especializado e com a utilização de todos os 
recursos que forem necessários para melhor aprimorar o 
desenvolvimento do educando.
REFERÊNCIAS
BRYANT, P. E. &BRADLEY, L. Bryant and Bradley Reply. Nature, 1985.
CAPOVILLA &CAPOVILLA (1997). Treino de Consciência Fonológica e seu impacto em habilidades
fonológica, de leitura e ditado de pré 3 a 2ª série. Ciência Cognitiva: Teoria, Pesquisa e Aplicação,
1(2), 1997, 461-532.
CAPOVILLA, A. G. S. &CAPOVILLA, F. C. Efeitos do treino de consciência fonológica em crianças com
baixo nível socioeconômico. Psicologia Reflexão e Critica. 2000a 7-24.
CAPOVILLA, A; CAPOVILLA, F. Problemas de Leitura e Escrita: como identificar, previnir e
remediar, numa abordagem fonológica. São Paulo, SP: Memnon.2000b
CERQUEIRA, T. C. S. Estilos de aprendizagem em universitários. Tese (Doutorado em Educação) –
Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Campinas. Campinas, 2000.
FERREIRA, Vivianne Cristinne Marinho Freitas et al. Avaliação escolar de alunos autistas: um
estudo sobre a relação escola-família em uma instituição pública de ensino do município de Belém-
Pará. 2015.
SERRA, D.; Alfabetização de Alunos com TEA - Da teoria à prática. Conautismo. Disponível em:
https://neurosaber.com.br/alfabetizacao-com-tea/ Acesso em: 19 de Jan. de 2020.
https://neurosaber.com.br/alfabetizacao-com-tea/
OBRIGADA!

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