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Resumão para exame físico, linfonodos, abdominal, tireoide, bulhas cardíacas e sons respiratórios

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@study.sarahs 
 
1 
Resumão para o OSCE – Semiologia 
1ª estação: 
Sons cardíacos (B1, B2, B3, B4, 
taquicardia, estenose aórtica, insuficiência 
mitral) 
 
 
Foco pulmonar possui grande relevância para a 
análise dos desdobramentos de B2, tanto fisiológicos 
quanto patológicos. 
Foco mitral se localiza no local correspondente ao 
ictus cordis. 
foco tricúspide se localiza no local correspondendo à 
base do apêndice xifoide, ligeiramente para esquerda. 
B1 
A qual define a duração da sístole. É mais grave e tem 
duração um pouco maior que a 2ª bulha. O som pode 
ser representado por “TUM”. 
B2 
A qual define a duração da diástole. Durante a 
expiração as duas valvas fecham dando origem ao 
som representado por “TA”. Na inspiração pode 
ocorrer um desdobramento e auscultar-se “TLA” 
B3 
Secundária à desaceleração rápida da coluna de 
sangue contra a parede ventricular. Quando B3 é 
auscultada em idosos (fenômeno denominado como 
galope por B3), geralmente é um indicativo de 
alteração patológica quanto a uma sobrecarga de 
volume. Pode ser representada por “TU” 
B4 
Quando é auscultada, precede B1 do batimento 
cardíaco seguinte. (Ou seja: temos uma contração 
atrial em direção a um ventrículo rígido, podendo 
ocorrer em casos de estenose aórtica, hipertensão 
arterial, miocardiopatia hipertrófica e doença arterial 
coronariana). 
- B3 e B4 são melhor auscultadas com a campânula do estetoscópio. 
< 60 batimentos por minuto: bradicardia 
> 100 bpm: taquicardia 
Estenose aórtica 
Ausculta com sopro sistólico na borda esternal direita 
que irradia para o pescoço. Tem como característica 
se encerrar antes da segunda bulha, o que ajuda a 
diferenciar do sopro sistólico regurgitativo da 
insuficiência mitral. 
 
Insuficiência mitral 
O sopro da IM é tipicamente holossistólico 
regurgitativo, ou seja, de intensidade contínua do 
início ao fim. Ocorre borramento da segunda bulha. 
 
 
 
@study.sarahs 
 
2 
Sons pulmonares (Cheyne-Stokes, 
vesicular, bradipneia, taquipneia, roncos, 
crepitantes e sibilos) 
Respiração de Cheyne-Stokes: aumento gradativo da 
profundidade até um certo limite, seguindo-se com 
um período de apneia. 
O murmúrio vesicular é auscultado na periferia 
pulmonar. Nesse tipo de som, ouve-se mais a 
inspiração do que a expiração. 
Bradipneia: respiração mais profunda e com pausas 
maiores. 
Taquipneia: respiração rápida e superficial. 
Roncos: são sons graves e contínuos que sugerem 
secreção nas vias aéreas. 
Crepitantes: Ocorrem tanto na expiração como 
inspiração. Indicam conteúdo dentro do alvéolo e 
doenças intersticiais no alvéolo e grosseiros. 
Sibilos: decorrem do estreitamento das vias 
respiratórias, sendo mais agudos e contínuos. É 
comum em pessoas com asma e indicam 
estreitamento de vias aéreas pequenas. 
2ª estação: 
Antropometria/Sinais vitais 
As principais medidas antropométricas utilizadas nos 
serviços de saúde são: 
• peso, IMC normal entre 18,5-24,9 
• altura, 
• circunferência abdominal 
• circunferência cefálica. 
Os sinais vitais compreendem: 
• Temperatura; axilar normal de 35,5 a 37ºC 
• Frequência respiratória; 
• Frequência cardíaca; 
• Pressão arterial. Ótima 120/80mmHg maior 
que 140/90mmHg hipertensão 
Citar, explicar e diagnosticar o caso clínico 
(linfonodos, tireoide, pulmonar, abdômen [incluindo 
urinário]). 
Linfonodos 
Os principais sinais e sintomas das afecções dos 
linfáticos são: edema, linfangite e adenomegalias. 
Inspeção: 
Buscar sinais flogísticos e adenomegalia importante. 
Feita inicialmente com o paciente em pé, estando o 
examinador postado a cerca de 2m, procurando 
identificar assimetrias no corpo, principalmente 
aumento do volume, lesões na pele como 
hiperqueratose, hiperpigmentação, úlceras, vesículas, 
micoses superficiais e eritema. 
Palpação: 
É realizada com as polpas digitais e a face ventral dos 
dedos médio, indicador e anular. 
Deverá ser avaliada a localização dos linfonodos, o 
tamanho/volume, a consistência, a mobilidade, a 
sensibilidade, se existe alguma alteração na pele no 
local do linfonodo e a temperatura. 
É necessário palpar os pulsos arteriais, embora, nos 
membros com linfedema crônico, em virtude da 
fibrose da pele e do tecido subcutâneo, a palpação da 
artéria se torne difícil ou mesmo impossível. 
Devem ser palpados e analisados quanto o tamanho, 
consistência, mobilidade e sensibilidade. 
 
Na região da cabeça e do pescoço, os grupos 
ganglionares avaliados são: 
• Linfonodos occipitais e auriculares 
posteriores, que recebem a linfa do couro 
cabeludo, pavilhão da orelha e orelha 
interna; 
• Linfonodos submaxilares, amigdalianos e 
submentonianos, que recebem a linfa da 
orofaringe, língua, lábios, dentes e glândulas 
salivares; 
• Linfonodos cervicais profundos e 
supraclaviculares, que recebem a linfa dos 
órgãos intratorácicos e intra-abdominais. 
@study.sarahs 
 
3 
 
 
 
Tireoide 
Inspeção: 
Olhar o paciente e ver se já não apresenta 
características de um hipotireoidismo descompensado 
• cabelo seco e fraco 
• Madarose (perda das sobrancelhas) 
• Edema periorbitário (ou na face como um 
todo) 
OU hipertireoidismo de excesso de hormônio 
• Exoftalmia/proptose 
• Piscar os olhos frequente 
• Pele úmida (mais suado, mãos tremulas) 
Pescoço, onde achar a tireoide. 
1. Achar o ponto mais proeminente na região 
cervical 
2. “pomo de adão” cartilagem tireóidea 
3. Sente uma “borrachinha” 
4. Abaixo encontra-se a traqueia 
Algumas alterações SOMENTE NA INSPEÇÃO 
• Abaulamento/nodulação 
• Bócio tireoidiano (qualquer aumento da 
tireoide chama-se de bócio) 
• Hiperemia (tireoidite aguda infecciosa) 
Técnicas de palpação: 
Técnica anterior: 
Examina-se cada lobo de uma vez, pode-se afastar a 
traqueia para palpar a tireoide 
Avaliar lateralmente e inferior 
Técnica posterior: 
Paciente sentado, examinador atras. Afasta a traqueia 
e palpa a tireoide. 
 
Linfonodos pós-
auriculares Linfonodos pré-auriculares 
Linfonodos 
submandibulares 
Linfonodos submentuais 
Linf. submandibular 
posterior 
Linfonodos parotídeos Linf. occipital 
Linf. Superficial cervical 
Linf. supraclavicular 
Linf. Posterior 
cervical 
Linf. axilares 
Linf. paraesternais 
Linf. inguinais 
Linf. poplíteos 
@study.sarahs 
 
4 
Avaliação dinâmica (deglutir) 
• Mobilidade 
• Aderência (aderido – malignidade) 
Alterações que pode encontrar: 
• Tamanho, em média 1 polpa digital, acima 
disto pode esta aumentada 
• Nódulo, grande e com presença de 
abaulamentos 
• Superfície heterogênea (Hashimoto) 
• Consistência (mais endurecida) 
o Normal: consistência fibrelástico 
o Tireoidite de Riedel: NÃO consegue 
nem se quer fazer uma punção de tao 
rígida 
• Dor (se dói, está alterado) 
Linfonodos na região do pescoço: 
• Trígono submandibular 
• 1/3 superior da veia jugular interna 
• 1/3 médio da veia jugular interna 
• 1/3 inferior da veia jugular interna 
• Trígono cervical posterior 
• Trígono cervical anterior 
 
Ausculta: 
Não se ouve nada!!! 
MAS em casos de tireotoxicose pode auscultar um 
sopro 
Manobra de Pemberton: 
Solicita que o paciente eleve as mãos; 
Em casos de bócio a tireoide irá comprimir os vasos 
que levam o sangue para região caudal do corpo; 
Em casos positivos, a face do paciente irá ficar 
vermelha (congestão facial, sangue fica na face) 
 
Descrição do exame: 
Exame normal: 
• Tireoide não visível a inspeção 
• Tamanho: 01 polpa digital cada lobo (3-5cm 
vertical/istmo 0,5cm) 
• Superfície regular 
• Consistência fibroelastica (borracha) 
• Indolor a palpação 
• Mobilidade preservada 
• Sem linfodenopatia associada 
 
 
Pulmonar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
@study.sarahs 
 
5 
Inspeção: 
Estática: Avalia-se a presença de cicatrizes, lesões, 
abaulamentos, retrações e assimetrias. Também é 
avaliado o tipo de tóraxdo paciente. 
 
Dinâmica: Avalia-se a ventilação do paciente por meio 
do padrão respiratório, observando de onde vem o 
esforço ventilatório (se torácico, abdominal ou misto). 
O padrão predominante e considerado normal é o 
torácico quando o paciente está de pé ou sentado, 
mas em decúbito dorsal, tende a ser abdominal. 
Verifica-se a musculatura utilizada para a respiração. 
 
Palpação: 
Verifica-se também se há alguma região com 
hipersensibilidade, avalia-se a expansibilidade torácica 
e o frêmito tóraco-vocal. 
Palpa-se com a mão espalmada e com leveza, 
tentando delimitar a área, buscando por elevações ou 
depressões. 
A expansibilidade torácica é avaliada por meio da 
amplitude e principalmente da simetria da expansão 
torácica. 
Deve-se envolver posteriormente as bases 
pulmonares, realizando uma prega cutânea de cada 
lado, com tracionamento mediano das mãos 
medialmente. Solicite que o paciente faça uma 
inspiração profunda a fim de avaliar a expansão 
látero-lateral conforme as pregas se desfazem, de 
modo que se houver assimetria na expansibilidade, 
ela se tornará facilmente perceptível. 
 
Para avaliar os ápices pulmonares, posicionam-se as 
mãos espalmadas, envolvendo o trapézio e clavícula 
do paciente, com os polegares se encontram na linha 
vertebral. O distanciamento dos dedos será utilizado 
para avaliar a expansão apical. 
 
Frêmito tóraco-vocal, o tórax é dividido em quatro 
regiões que devem ser comparadas simetricamente o 
frêmito em cada uma. 
Para isso, solicita-se ao paciente repita palavras. 
Normalmente, é pedido ao paciente que fale “trinta e 
três”, enquanto se pesquisa com uma mão de cada 
vez, ou bilateralmente de forma simultânea, a 
percepção vibratória. 
Procura-se fazer o contato somente com os dedos e 
articulações metacarpofalangeanas. A pesquisa 
também pode ser feita na face anterior do tórax. 
Quando existe algo na pleura (cavidade pleural, fora 
do parênquima pulmonar), como derrame pleural ou 
pneumotórax, o contato do pulmão com a parede 
torácica estará diminuído, de modo que o frêmito 
tóraco-vocal encontrar-se-á reduzido ou ausente. 
MEIO LÍQUIDO, melhor propagação. 
Pacientes com consolidações, líquido etc. no 
parênquima pulmonar se apresentarão com o frêmito 
tóraco-vocal aumentado. 
 
Percussão: 
Percussão do tórax, qual deve ser realizada com o 
paciente abraçando o próprio corpo, a fim de afastar 
as escápulas e gerar um espaço maior para a 
percussão. 
São utilizados os dedos médios, sendo que um fica 
isolado na região a se percutida (espaços intercostais 
@study.sarahs 
 
6 
na face anterior ou posterior), enquanto o outro 
realiza com a ponta da polpa, dois golpes rápidos, 
com a flexão do punho, sobre a articulação entre as 
falanges distal e média. 
 
E percussão deve ser realizada em um esquema de 
zigue-zague. A fim de propiciar a comparação em 
alturas distintas no mesmo hemitórax, bem como em 
comparação ao hemitórax contralateral na mesma 
altura. 
 
Pulmões normais geram o som claro pulmonar; 
enquanto se houver algum preenchimento, haverá 
algum nível de macicez. 
AR = som timpânico (pneumotórax) 
LÍQUIDO = som maciço (consolidação (pneumonia), 
derrame pleural) 
 
Ausculta: 
Ruídos adventícios: 
Descontínuos – estertores (grosseiros e finos) 
Contínuos – roncos e sibilos 
 
 
 
 
Abdômen 
 
 
Inspeção: 
É feito à direita do paciente, que deve estar em 
decúbito dorsal e com braços ao lado do corpo. 
Deve se iniciar observando a pele da região, à 
procura de manchas, lesões e cicatrizes, 
especialmente cicatrizes cirúrgicas – a cicatriz 
umbilical também deve ser descrita, indicando se é 
centralizada ou descentralizada e protrusa ou intrusa. 
Observar a conformação do abdome, identificando se 
ele é plano, escavado ou globoso. 
Abdome escavado normalmente é sinal de 
desnutrição, enquanto o abdome pode ser globoso às 
custas de panículo adiposo, ascite, gases, tumores, 
etc. 
Sinalizar se o abdome é simétrico ou não e se 
apresenta deformidades, utilizando as regiões e 
quadrantes para descrever a localização das 
anormalidades. 
Deve se observar a presença de circulação colateral, 
peristalse e pulsações visíveis. 
Também é preciso avaliar a presença de hérnias. 
Manobra de Valsalva solicitar ao paciente que sopre 
o punho fechado. Com isso, aumenta-se a pressão 
intra-abdominal, forçando o aparecimento das hérnias 
que podem estar presentes. 
Hipocôndrio 
direito 
Hipocôndrio 
esquerdo
 
 Hipocôndrio 
direito 
Epigástrio 
Flanco direito Flanco esquerdo 
Umbilical 
Fossa ilíaca 
direita 
Fossa ilíaca 
esquerda 
Púbica / 
hipogástrio 
@study.sarahs 
 
7 
 
 
Ausculta: 
Visa identificar dois principais sinais: ruídos 
hidroaéreos (RHA) e sopro nas artérias abdominais – 
aorta, artérias renais e artérias ilíacas. 
 
A ausência de sopros pode ser confirmada quando 
não se ouve nenhum ruído nos pontos abaixo. 
Para ouvir os RHA basta posicionar o estetoscópio em 
áreas difusas do abdome, permanecendo por cerca de 
2 minutos – ouvir um ruído já exclui a possibilidade de 
íleo paralítico. 
Íleo paralítico é uma doença causada por defeitos ou 
ausência da motilidade intestinal (peristalse). 
Percussão: 
Durante a percussão, especialmente naqueles 
pacientes que referirem dor, é necessário que o 
profissional pesquise sinais de desconforto na 
expressão do paciente. 
A percussão é usada para fazer a hepatimetria, ou 
seja, mensuração do tamanho do fígado, percussão do 
espaço de Traube, a fim de identificar visceromegalia 
(VCM) e percussão geral para identificar se o som é 
timpânico (normal) ou maciço, indicando que há 
massas sólidas anormais na cavidade abdominal. 
Hepatimetria é feita utilizando os dedos como 
medida. Começando na região abaixo do umbigo, 
deve-se percurtir em direção ao fígado até que o som 
mude de timpânico (abdominal normal) para maciço, 
indicando a margem inferior do fígado. Após isso, 
deve-se percurtir da região hemiclavicular direita na 
altura dos pulmões em direção ao fígado, até o som 
mude de som claro pulmonar (atimpânico) para 
maciço, indicando o início do fígado. 
Hepatimetria normal de 4 a 8cm da linha média 
esternal. 6 a 12cm da linha hemiclavicular. 
O espaço de Traube fica entre a área de atimpanismo 
pulmonar e o rebordo costal abaixo, e ao percurtir 
esse espaço, deve-se ouvir som timpânico, indicando 
que não há visceromegalia, ou seja, que o espaço de 
Traube está livre. 
Para verificar o sinal de percussão esplênica, deve 
percurtir o espaço intercostal mais abaixo da linha 
axilar anterior esquerda, região que costuma ser 
timpânica. Quando o tamanho do baço está normal, o 
som timpânico à percussão se mantém mesmo com a 
respiração funda. O baço cresce em direção ao 
umbigo (sentido anterior, inferior e medial), e muitas 
vezes substitui o timpanismo do estomago e do cólon 
pela macicez de órgão, que é sólido (assim como o 
fígado). 
Palpação: 
palpação superficial e palpação profunda. 
Na palpação superficial, deve-se palpar todos os 
quadrantes, com apenas uma mão, sem excluir as 
regiões laterais, buscando áreas sensíveis e/ou 
alteração de consistência durante a palpação. 
Na palpação profunda são palpados as mesmas 
regiões, também buscando áreas sensíveis e 
alterações de consistência, mas nessa manobra 
devem se usar as duas mãos, uma apoiada sob a 
outra, pesquisando a presença de massas. 
A palpação do fígado pode ser feita utilizando duas 
técnicas. 
Na técnica habitual, deve-se posicionar a mão por 
debaixo do paciente, paralela às 11ª e 12ª costelas, 
apoiando-as. Com isso, faz-se a compressão da mão 
esquerda para frente, palpando o fígado com a outra 
@study.sarahs 
 
8 
mão. Deve-se posicionar a mão direita à direita do 
abdome do paciente, lateralmente ao músculo reto, 
com as pontas dos dedos bem abaixo da borda 
inferiorhepática. Nessa parte, deve-se fazer uma 
compressão suave para dentro e para fora, solicitar ao 
paciente que respire fundo, e na expiração deve sentir 
a borda do fígado, quando ela descer ao encontro dos 
dedos. Nesse momento, deve-se diminuir a pressão 
na mão que está palpando e deslizar a ponta dos 
dedos para palpar a superfície anterior do fígado. É 
importante observar a presença de alguma 
hipersensibilidade ao toque e tentar delimitar as 
bordas medial e lateral do fígado. 
 
A outra técnica para palpar o fígado é a mão em garra, 
que é muito útil em pacientes obesos. Deve-se 
posicionar as duas mãos, lado a lado, do lado direito 
do abdome, logo abaixo da borda do fígado. Em 
seguida, faz-se uma pressão com os dedos, para 
dentro e para cima, em direção ao rebordo costal, e 
nesse momento solicita-se ao paciente que respire 
fundo. Quando palpado, a borda do fígado saudável é 
mole, nítida e regular, e a superfície é lisa. 
 
Quando o baço está aumentado, ele começa a ser 
palpado abaixo do rebordo costal. O baço fiCa 
acoplado no diafragma, na altura da 9ª, 10ª e 11ª 
costelas, ocupando grande parte da região posterior à 
linha axilar média esquerda. Porém, em alguns 
adultos é possível palpar a ponta do baço normal 
abaixo do rebordo costal esquerdo. 
técnica para palpar o baço: deve segurar o paciente 
com a mão esquerda, apoiando e comprimindo para 
frente a região inferior da caixa torácica e dos tecidos 
moles adjacentes; com a mão direita, por baixo do 
rebordo costal esquerdo, faz-se pressão para dentro, 
na direção do baço. Em um nível baixo suficiente que 
consiga detectar um possível aumento. Solicitar ao 
paciente que inspire profundamente, quando o baço 
descer de encontro aos dedos, deve palpar a margem 
ou a ponta do baço, observar sensibilidade ao toque, 
contorno esplênico e a distância entre o ponto mais 
baixo do baço e o rebordo costal esquerdo. 
Após isso, deve-se repetir a mesma manobra com o 
paciente em decúbito lateral direito, pois nessa 
posição, a gravidade desloca o baço para um local 
mais acessível para palpação. Essa posição também é 
chamada de posição de Schust. 
Técnicas de palpação/percussão que auxiliam na 
pesquisa de ascite. 
Técnicas de macicez móvel, semi-círculo de skoda e 
pesquisa do sinal de piparote. 
 
 
Descrição do exame físico NORMAL 
Abdome plano, simétrico, ausência de lesões, 
cicatrizes, circulação colateral, peristalse e pulsações 
visíveis; cicatriz umbilical intrusa. RHA presentes, 
ausência de sopros. Predomínio de som timpânico à 
percussão geral, hepatimetria 9 cm na linha média 
clavicular (LMC) e 4 cm na linha médio esternal (LME = 
nível do apêndice xifoide), espaço de Traube livre. 
Indolor à palpação superficial e profunda, ausência de 
VCM, Giordano negativo (em alguns casos é 
importante negar outros sinais). 
@study.sarahs 
 
9 
Urinário 
Os rins normalmente não são palpados. 
Para palpar o rim direito, o médico deve posicionar a 
mão esquerda atrás do paciente, logo abaixo e 
paralela à 12ª costela, com as pontas dos dedos no 
ângulo costovertebral. 
Com isso, deve-se elevar a mão tentando deslocar o 
rim para a frente, e colocar a mão direita para devagar 
no quadrante superior direito, lateral e paralelamente 
ao músculo reto. Nesse momento, é solicitado ao 
paciente que respire fundo, e no pico da inspiração, 
comprime-se a mão direita profundamente ao 
quadrante superior direito, abaixo do rebordo costal, 
tentando capturar o rim entre as mãos. Nesse 
momento, o paciente deve expirar e ficar em apneia 
em curto período, com isso, o médico deve liberar 
lentamente a compressão exercida pela mão direita 
simultaneamente, tentando sentir o deslizamento do 
rim e seu retorno à posição que estava durante da 
expiração. Caso seja possível palpar o rim, é 
importante que se descreva seu tamanho, contorno e 
presença de sensibilidade ao toque. 
 
MANOBRAS/SINAIS abdominais 
1. Sinal de Cullen corresponde à coloração 
azulada ao redor do umbigo, sugestivo de 
hemorragia retroperitoneal. 
 
 
2. Sinal de Grey Turner é referente à equimoses 
não traumáticas nos flancos, que pode indicar 
pancreatite hemorrágica, estrangulamento 
intestinal ou abcessos com extravasamento 
de sangue. 
 
 
3. Sinal de Murphy corresponde à dor profunda 
à palpação da área subcostal direita, que 
sugere colecistite. DESCRIÇÃO: o examinador, 
à direita do paciente em decúbito dorsal, 
traça uma linha imaginária da Espinha Ilíaca 
anterossuperior Esquerda até o Rebordo 
Costal Direito que passe pelo umbigo, 
encontrando o ponto de cruzamento com a 
Linha Hemiclavicular Direita; coloca sua mão 
esquerda de modo que o polegar se insinue 
sob o rebordo costal direito ao nível da borda 
interna do músculo reto anterior - sobre o 
ponto imaginário anteriormente descrito, 
enquanto a face palmar da mão direita apoia-
se sobre o flanco afetado. Sem afrouxar a 
pressão exercida pela mão palpadora, manda-
se o paciente inspirar profundamente. Em 
caso de dor, o paciente interrompe o 
movimento respiratório, ao mesmo tempo em 
que reclama da palpação dolorosa. 
 
 
4. Sinal de Blumberg é referente à dor à 
compressão e principalmente à 
descompressão súbita da fossa ilíaca direita, 
no ponto de McBurney (ponto apendicular), 
sugestivo de apendicite aguda. 
Essa manobra também pode identificar 
peritonite, que também pode ser pesquisada 
pinçando e puxando uma parte do abdome, e 
@study.sarahs 
 
10 
caso o paciente sinta dor quando soltar 
rapidamente a pinça, é sugestivo de 
peritonite. 
 
 
 
 
5. Sinal de Rovsing refere-se à dor no quadrante 
inferior direito quando há compressão do 
quadrante inferior esquerdo, e esta manobra 
é utilizada para identificar apendicite. 
DESCRIÇÃO: paciente em decúbito dorsal 
realiza-se uma pressão na fossa ilíaca 
esquerda. observa se relata dor. 
 
6. Sinal do Psoas é positivo quando o indivíduo 
sente dor ao realizar o movimento de 
extensão do quadril, sendo um indicativo de 
apendicite. 
DESCRIÇÃO: Posiciona-se o paciente em 
decúbito lateral esquerdo, e o examinador 
deve realizar a hiperextensão passiva de 
membro inferior direito (ou flexão ativa 
contra resistência). 
 
 
7. Sinal do Obturador também é investigado 
para diagnóstico de apendicite e consiste na 
elevação da perna direita, flexionando-a até 
90º. O sinal é positivo quando o indivíduo 
sente dor ao realizar esse movimento, visto 
que o músculo obturador fica próximo ao 
apêndice cecal. 
 
 
8. Sinal de Giordano é positivo quando se tem 
dor à punho percussão das lojas renais, o que 
sugere pielonefrite. DESCRIÇÃO: Uma súbita 
punho-percussão, com a borda ulnar da mão, 
na região da fossa lombar do paciente, mais 
especificamente, na altura da loja renal 
(flancos). 
 
 
9. Sinal de piparote é um sinal médico indicativo 
de ascite. Piparote positivo ocorre quando 
fazemos uma percussão no abdome do 
paciente e notamos a propagação de uma 
onda do líquido ali acumulado. A percussão 
deve ser feita em região de flanco para 
observar a propagação da coluna de líquido 
para o lado oposto. 
 
10. Sinal de Trousseau consiste na observação de 
uma contração generalizada dos músculos do 
antebraço com flexão do punho, ou sinal de 
mão de parteiro, após a aplicação do 
esfigmomanômetro de pressão cerca de 20 
mmHg acima da pressão sistólica por 3 
minutos. Sua constatação sugere a presença 
de hipocalcemia. 
 
11. Sinal de Kussmaul consiste em uma pulsação 
jugular visualizada na região do pescoço 
quando o paciente realiza inspiração 
respiratória.

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