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@study.sarahs 1 Resumão para o OSCE – Semiologia 1ª estação: Sons cardíacos (B1, B2, B3, B4, taquicardia, estenose aórtica, insuficiência mitral) Foco pulmonar possui grande relevância para a análise dos desdobramentos de B2, tanto fisiológicos quanto patológicos. Foco mitral se localiza no local correspondente ao ictus cordis. foco tricúspide se localiza no local correspondendo à base do apêndice xifoide, ligeiramente para esquerda. B1 A qual define a duração da sístole. É mais grave e tem duração um pouco maior que a 2ª bulha. O som pode ser representado por “TUM”. B2 A qual define a duração da diástole. Durante a expiração as duas valvas fecham dando origem ao som representado por “TA”. Na inspiração pode ocorrer um desdobramento e auscultar-se “TLA” B3 Secundária à desaceleração rápida da coluna de sangue contra a parede ventricular. Quando B3 é auscultada em idosos (fenômeno denominado como galope por B3), geralmente é um indicativo de alteração patológica quanto a uma sobrecarga de volume. Pode ser representada por “TU” B4 Quando é auscultada, precede B1 do batimento cardíaco seguinte. (Ou seja: temos uma contração atrial em direção a um ventrículo rígido, podendo ocorrer em casos de estenose aórtica, hipertensão arterial, miocardiopatia hipertrófica e doença arterial coronariana). - B3 e B4 são melhor auscultadas com a campânula do estetoscópio. < 60 batimentos por minuto: bradicardia > 100 bpm: taquicardia Estenose aórtica Ausculta com sopro sistólico na borda esternal direita que irradia para o pescoço. Tem como característica se encerrar antes da segunda bulha, o que ajuda a diferenciar do sopro sistólico regurgitativo da insuficiência mitral. Insuficiência mitral O sopro da IM é tipicamente holossistólico regurgitativo, ou seja, de intensidade contínua do início ao fim. Ocorre borramento da segunda bulha. @study.sarahs 2 Sons pulmonares (Cheyne-Stokes, vesicular, bradipneia, taquipneia, roncos, crepitantes e sibilos) Respiração de Cheyne-Stokes: aumento gradativo da profundidade até um certo limite, seguindo-se com um período de apneia. O murmúrio vesicular é auscultado na periferia pulmonar. Nesse tipo de som, ouve-se mais a inspiração do que a expiração. Bradipneia: respiração mais profunda e com pausas maiores. Taquipneia: respiração rápida e superficial. Roncos: são sons graves e contínuos que sugerem secreção nas vias aéreas. Crepitantes: Ocorrem tanto na expiração como inspiração. Indicam conteúdo dentro do alvéolo e doenças intersticiais no alvéolo e grosseiros. Sibilos: decorrem do estreitamento das vias respiratórias, sendo mais agudos e contínuos. É comum em pessoas com asma e indicam estreitamento de vias aéreas pequenas. 2ª estação: Antropometria/Sinais vitais As principais medidas antropométricas utilizadas nos serviços de saúde são: • peso, IMC normal entre 18,5-24,9 • altura, • circunferência abdominal • circunferência cefálica. Os sinais vitais compreendem: • Temperatura; axilar normal de 35,5 a 37ºC • Frequência respiratória; • Frequência cardíaca; • Pressão arterial. Ótima 120/80mmHg maior que 140/90mmHg hipertensão Citar, explicar e diagnosticar o caso clínico (linfonodos, tireoide, pulmonar, abdômen [incluindo urinário]). Linfonodos Os principais sinais e sintomas das afecções dos linfáticos são: edema, linfangite e adenomegalias. Inspeção: Buscar sinais flogísticos e adenomegalia importante. Feita inicialmente com o paciente em pé, estando o examinador postado a cerca de 2m, procurando identificar assimetrias no corpo, principalmente aumento do volume, lesões na pele como hiperqueratose, hiperpigmentação, úlceras, vesículas, micoses superficiais e eritema. Palpação: É realizada com as polpas digitais e a face ventral dos dedos médio, indicador e anular. Deverá ser avaliada a localização dos linfonodos, o tamanho/volume, a consistência, a mobilidade, a sensibilidade, se existe alguma alteração na pele no local do linfonodo e a temperatura. É necessário palpar os pulsos arteriais, embora, nos membros com linfedema crônico, em virtude da fibrose da pele e do tecido subcutâneo, a palpação da artéria se torne difícil ou mesmo impossível. Devem ser palpados e analisados quanto o tamanho, consistência, mobilidade e sensibilidade. Na região da cabeça e do pescoço, os grupos ganglionares avaliados são: • Linfonodos occipitais e auriculares posteriores, que recebem a linfa do couro cabeludo, pavilhão da orelha e orelha interna; • Linfonodos submaxilares, amigdalianos e submentonianos, que recebem a linfa da orofaringe, língua, lábios, dentes e glândulas salivares; • Linfonodos cervicais profundos e supraclaviculares, que recebem a linfa dos órgãos intratorácicos e intra-abdominais. @study.sarahs 3 Tireoide Inspeção: Olhar o paciente e ver se já não apresenta características de um hipotireoidismo descompensado • cabelo seco e fraco • Madarose (perda das sobrancelhas) • Edema periorbitário (ou na face como um todo) OU hipertireoidismo de excesso de hormônio • Exoftalmia/proptose • Piscar os olhos frequente • Pele úmida (mais suado, mãos tremulas) Pescoço, onde achar a tireoide. 1. Achar o ponto mais proeminente na região cervical 2. “pomo de adão” cartilagem tireóidea 3. Sente uma “borrachinha” 4. Abaixo encontra-se a traqueia Algumas alterações SOMENTE NA INSPEÇÃO • Abaulamento/nodulação • Bócio tireoidiano (qualquer aumento da tireoide chama-se de bócio) • Hiperemia (tireoidite aguda infecciosa) Técnicas de palpação: Técnica anterior: Examina-se cada lobo de uma vez, pode-se afastar a traqueia para palpar a tireoide Avaliar lateralmente e inferior Técnica posterior: Paciente sentado, examinador atras. Afasta a traqueia e palpa a tireoide. Linfonodos pós- auriculares Linfonodos pré-auriculares Linfonodos submandibulares Linfonodos submentuais Linf. submandibular posterior Linfonodos parotídeos Linf. occipital Linf. Superficial cervical Linf. supraclavicular Linf. Posterior cervical Linf. axilares Linf. paraesternais Linf. inguinais Linf. poplíteos @study.sarahs 4 Avaliação dinâmica (deglutir) • Mobilidade • Aderência (aderido – malignidade) Alterações que pode encontrar: • Tamanho, em média 1 polpa digital, acima disto pode esta aumentada • Nódulo, grande e com presença de abaulamentos • Superfície heterogênea (Hashimoto) • Consistência (mais endurecida) o Normal: consistência fibrelástico o Tireoidite de Riedel: NÃO consegue nem se quer fazer uma punção de tao rígida • Dor (se dói, está alterado) Linfonodos na região do pescoço: • Trígono submandibular • 1/3 superior da veia jugular interna • 1/3 médio da veia jugular interna • 1/3 inferior da veia jugular interna • Trígono cervical posterior • Trígono cervical anterior Ausculta: Não se ouve nada!!! MAS em casos de tireotoxicose pode auscultar um sopro Manobra de Pemberton: Solicita que o paciente eleve as mãos; Em casos de bócio a tireoide irá comprimir os vasos que levam o sangue para região caudal do corpo; Em casos positivos, a face do paciente irá ficar vermelha (congestão facial, sangue fica na face) Descrição do exame: Exame normal: • Tireoide não visível a inspeção • Tamanho: 01 polpa digital cada lobo (3-5cm vertical/istmo 0,5cm) • Superfície regular • Consistência fibroelastica (borracha) • Indolor a palpação • Mobilidade preservada • Sem linfodenopatia associada Pulmonar @study.sarahs 5 Inspeção: Estática: Avalia-se a presença de cicatrizes, lesões, abaulamentos, retrações e assimetrias. Também é avaliado o tipo de tóraxdo paciente. Dinâmica: Avalia-se a ventilação do paciente por meio do padrão respiratório, observando de onde vem o esforço ventilatório (se torácico, abdominal ou misto). O padrão predominante e considerado normal é o torácico quando o paciente está de pé ou sentado, mas em decúbito dorsal, tende a ser abdominal. Verifica-se a musculatura utilizada para a respiração. Palpação: Verifica-se também se há alguma região com hipersensibilidade, avalia-se a expansibilidade torácica e o frêmito tóraco-vocal. Palpa-se com a mão espalmada e com leveza, tentando delimitar a área, buscando por elevações ou depressões. A expansibilidade torácica é avaliada por meio da amplitude e principalmente da simetria da expansão torácica. Deve-se envolver posteriormente as bases pulmonares, realizando uma prega cutânea de cada lado, com tracionamento mediano das mãos medialmente. Solicite que o paciente faça uma inspiração profunda a fim de avaliar a expansão látero-lateral conforme as pregas se desfazem, de modo que se houver assimetria na expansibilidade, ela se tornará facilmente perceptível. Para avaliar os ápices pulmonares, posicionam-se as mãos espalmadas, envolvendo o trapézio e clavícula do paciente, com os polegares se encontram na linha vertebral. O distanciamento dos dedos será utilizado para avaliar a expansão apical. Frêmito tóraco-vocal, o tórax é dividido em quatro regiões que devem ser comparadas simetricamente o frêmito em cada uma. Para isso, solicita-se ao paciente repita palavras. Normalmente, é pedido ao paciente que fale “trinta e três”, enquanto se pesquisa com uma mão de cada vez, ou bilateralmente de forma simultânea, a percepção vibratória. Procura-se fazer o contato somente com os dedos e articulações metacarpofalangeanas. A pesquisa também pode ser feita na face anterior do tórax. Quando existe algo na pleura (cavidade pleural, fora do parênquima pulmonar), como derrame pleural ou pneumotórax, o contato do pulmão com a parede torácica estará diminuído, de modo que o frêmito tóraco-vocal encontrar-se-á reduzido ou ausente. MEIO LÍQUIDO, melhor propagação. Pacientes com consolidações, líquido etc. no parênquima pulmonar se apresentarão com o frêmito tóraco-vocal aumentado. Percussão: Percussão do tórax, qual deve ser realizada com o paciente abraçando o próprio corpo, a fim de afastar as escápulas e gerar um espaço maior para a percussão. São utilizados os dedos médios, sendo que um fica isolado na região a se percutida (espaços intercostais @study.sarahs 6 na face anterior ou posterior), enquanto o outro realiza com a ponta da polpa, dois golpes rápidos, com a flexão do punho, sobre a articulação entre as falanges distal e média. E percussão deve ser realizada em um esquema de zigue-zague. A fim de propiciar a comparação em alturas distintas no mesmo hemitórax, bem como em comparação ao hemitórax contralateral na mesma altura. Pulmões normais geram o som claro pulmonar; enquanto se houver algum preenchimento, haverá algum nível de macicez. AR = som timpânico (pneumotórax) LÍQUIDO = som maciço (consolidação (pneumonia), derrame pleural) Ausculta: Ruídos adventícios: Descontínuos – estertores (grosseiros e finos) Contínuos – roncos e sibilos Abdômen Inspeção: É feito à direita do paciente, que deve estar em decúbito dorsal e com braços ao lado do corpo. Deve se iniciar observando a pele da região, à procura de manchas, lesões e cicatrizes, especialmente cicatrizes cirúrgicas – a cicatriz umbilical também deve ser descrita, indicando se é centralizada ou descentralizada e protrusa ou intrusa. Observar a conformação do abdome, identificando se ele é plano, escavado ou globoso. Abdome escavado normalmente é sinal de desnutrição, enquanto o abdome pode ser globoso às custas de panículo adiposo, ascite, gases, tumores, etc. Sinalizar se o abdome é simétrico ou não e se apresenta deformidades, utilizando as regiões e quadrantes para descrever a localização das anormalidades. Deve se observar a presença de circulação colateral, peristalse e pulsações visíveis. Também é preciso avaliar a presença de hérnias. Manobra de Valsalva solicitar ao paciente que sopre o punho fechado. Com isso, aumenta-se a pressão intra-abdominal, forçando o aparecimento das hérnias que podem estar presentes. Hipocôndrio direito Hipocôndrio esquerdo Hipocôndrio direito Epigástrio Flanco direito Flanco esquerdo Umbilical Fossa ilíaca direita Fossa ilíaca esquerda Púbica / hipogástrio @study.sarahs 7 Ausculta: Visa identificar dois principais sinais: ruídos hidroaéreos (RHA) e sopro nas artérias abdominais – aorta, artérias renais e artérias ilíacas. A ausência de sopros pode ser confirmada quando não se ouve nenhum ruído nos pontos abaixo. Para ouvir os RHA basta posicionar o estetoscópio em áreas difusas do abdome, permanecendo por cerca de 2 minutos – ouvir um ruído já exclui a possibilidade de íleo paralítico. Íleo paralítico é uma doença causada por defeitos ou ausência da motilidade intestinal (peristalse). Percussão: Durante a percussão, especialmente naqueles pacientes que referirem dor, é necessário que o profissional pesquise sinais de desconforto na expressão do paciente. A percussão é usada para fazer a hepatimetria, ou seja, mensuração do tamanho do fígado, percussão do espaço de Traube, a fim de identificar visceromegalia (VCM) e percussão geral para identificar se o som é timpânico (normal) ou maciço, indicando que há massas sólidas anormais na cavidade abdominal. Hepatimetria é feita utilizando os dedos como medida. Começando na região abaixo do umbigo, deve-se percurtir em direção ao fígado até que o som mude de timpânico (abdominal normal) para maciço, indicando a margem inferior do fígado. Após isso, deve-se percurtir da região hemiclavicular direita na altura dos pulmões em direção ao fígado, até o som mude de som claro pulmonar (atimpânico) para maciço, indicando o início do fígado. Hepatimetria normal de 4 a 8cm da linha média esternal. 6 a 12cm da linha hemiclavicular. O espaço de Traube fica entre a área de atimpanismo pulmonar e o rebordo costal abaixo, e ao percurtir esse espaço, deve-se ouvir som timpânico, indicando que não há visceromegalia, ou seja, que o espaço de Traube está livre. Para verificar o sinal de percussão esplênica, deve percurtir o espaço intercostal mais abaixo da linha axilar anterior esquerda, região que costuma ser timpânica. Quando o tamanho do baço está normal, o som timpânico à percussão se mantém mesmo com a respiração funda. O baço cresce em direção ao umbigo (sentido anterior, inferior e medial), e muitas vezes substitui o timpanismo do estomago e do cólon pela macicez de órgão, que é sólido (assim como o fígado). Palpação: palpação superficial e palpação profunda. Na palpação superficial, deve-se palpar todos os quadrantes, com apenas uma mão, sem excluir as regiões laterais, buscando áreas sensíveis e/ou alteração de consistência durante a palpação. Na palpação profunda são palpados as mesmas regiões, também buscando áreas sensíveis e alterações de consistência, mas nessa manobra devem se usar as duas mãos, uma apoiada sob a outra, pesquisando a presença de massas. A palpação do fígado pode ser feita utilizando duas técnicas. Na técnica habitual, deve-se posicionar a mão por debaixo do paciente, paralela às 11ª e 12ª costelas, apoiando-as. Com isso, faz-se a compressão da mão esquerda para frente, palpando o fígado com a outra @study.sarahs 8 mão. Deve-se posicionar a mão direita à direita do abdome do paciente, lateralmente ao músculo reto, com as pontas dos dedos bem abaixo da borda inferiorhepática. Nessa parte, deve-se fazer uma compressão suave para dentro e para fora, solicitar ao paciente que respire fundo, e na expiração deve sentir a borda do fígado, quando ela descer ao encontro dos dedos. Nesse momento, deve-se diminuir a pressão na mão que está palpando e deslizar a ponta dos dedos para palpar a superfície anterior do fígado. É importante observar a presença de alguma hipersensibilidade ao toque e tentar delimitar as bordas medial e lateral do fígado. A outra técnica para palpar o fígado é a mão em garra, que é muito útil em pacientes obesos. Deve-se posicionar as duas mãos, lado a lado, do lado direito do abdome, logo abaixo da borda do fígado. Em seguida, faz-se uma pressão com os dedos, para dentro e para cima, em direção ao rebordo costal, e nesse momento solicita-se ao paciente que respire fundo. Quando palpado, a borda do fígado saudável é mole, nítida e regular, e a superfície é lisa. Quando o baço está aumentado, ele começa a ser palpado abaixo do rebordo costal. O baço fiCa acoplado no diafragma, na altura da 9ª, 10ª e 11ª costelas, ocupando grande parte da região posterior à linha axilar média esquerda. Porém, em alguns adultos é possível palpar a ponta do baço normal abaixo do rebordo costal esquerdo. técnica para palpar o baço: deve segurar o paciente com a mão esquerda, apoiando e comprimindo para frente a região inferior da caixa torácica e dos tecidos moles adjacentes; com a mão direita, por baixo do rebordo costal esquerdo, faz-se pressão para dentro, na direção do baço. Em um nível baixo suficiente que consiga detectar um possível aumento. Solicitar ao paciente que inspire profundamente, quando o baço descer de encontro aos dedos, deve palpar a margem ou a ponta do baço, observar sensibilidade ao toque, contorno esplênico e a distância entre o ponto mais baixo do baço e o rebordo costal esquerdo. Após isso, deve-se repetir a mesma manobra com o paciente em decúbito lateral direito, pois nessa posição, a gravidade desloca o baço para um local mais acessível para palpação. Essa posição também é chamada de posição de Schust. Técnicas de palpação/percussão que auxiliam na pesquisa de ascite. Técnicas de macicez móvel, semi-círculo de skoda e pesquisa do sinal de piparote. Descrição do exame físico NORMAL Abdome plano, simétrico, ausência de lesões, cicatrizes, circulação colateral, peristalse e pulsações visíveis; cicatriz umbilical intrusa. RHA presentes, ausência de sopros. Predomínio de som timpânico à percussão geral, hepatimetria 9 cm na linha média clavicular (LMC) e 4 cm na linha médio esternal (LME = nível do apêndice xifoide), espaço de Traube livre. Indolor à palpação superficial e profunda, ausência de VCM, Giordano negativo (em alguns casos é importante negar outros sinais). @study.sarahs 9 Urinário Os rins normalmente não são palpados. Para palpar o rim direito, o médico deve posicionar a mão esquerda atrás do paciente, logo abaixo e paralela à 12ª costela, com as pontas dos dedos no ângulo costovertebral. Com isso, deve-se elevar a mão tentando deslocar o rim para a frente, e colocar a mão direita para devagar no quadrante superior direito, lateral e paralelamente ao músculo reto. Nesse momento, é solicitado ao paciente que respire fundo, e no pico da inspiração, comprime-se a mão direita profundamente ao quadrante superior direito, abaixo do rebordo costal, tentando capturar o rim entre as mãos. Nesse momento, o paciente deve expirar e ficar em apneia em curto período, com isso, o médico deve liberar lentamente a compressão exercida pela mão direita simultaneamente, tentando sentir o deslizamento do rim e seu retorno à posição que estava durante da expiração. Caso seja possível palpar o rim, é importante que se descreva seu tamanho, contorno e presença de sensibilidade ao toque. MANOBRAS/SINAIS abdominais 1. Sinal de Cullen corresponde à coloração azulada ao redor do umbigo, sugestivo de hemorragia retroperitoneal. 2. Sinal de Grey Turner é referente à equimoses não traumáticas nos flancos, que pode indicar pancreatite hemorrágica, estrangulamento intestinal ou abcessos com extravasamento de sangue. 3. Sinal de Murphy corresponde à dor profunda à palpação da área subcostal direita, que sugere colecistite. DESCRIÇÃO: o examinador, à direita do paciente em decúbito dorsal, traça uma linha imaginária da Espinha Ilíaca anterossuperior Esquerda até o Rebordo Costal Direito que passe pelo umbigo, encontrando o ponto de cruzamento com a Linha Hemiclavicular Direita; coloca sua mão esquerda de modo que o polegar se insinue sob o rebordo costal direito ao nível da borda interna do músculo reto anterior - sobre o ponto imaginário anteriormente descrito, enquanto a face palmar da mão direita apoia- se sobre o flanco afetado. Sem afrouxar a pressão exercida pela mão palpadora, manda- se o paciente inspirar profundamente. Em caso de dor, o paciente interrompe o movimento respiratório, ao mesmo tempo em que reclama da palpação dolorosa. 4. Sinal de Blumberg é referente à dor à compressão e principalmente à descompressão súbita da fossa ilíaca direita, no ponto de McBurney (ponto apendicular), sugestivo de apendicite aguda. Essa manobra também pode identificar peritonite, que também pode ser pesquisada pinçando e puxando uma parte do abdome, e @study.sarahs 10 caso o paciente sinta dor quando soltar rapidamente a pinça, é sugestivo de peritonite. 5. Sinal de Rovsing refere-se à dor no quadrante inferior direito quando há compressão do quadrante inferior esquerdo, e esta manobra é utilizada para identificar apendicite. DESCRIÇÃO: paciente em decúbito dorsal realiza-se uma pressão na fossa ilíaca esquerda. observa se relata dor. 6. Sinal do Psoas é positivo quando o indivíduo sente dor ao realizar o movimento de extensão do quadril, sendo um indicativo de apendicite. DESCRIÇÃO: Posiciona-se o paciente em decúbito lateral esquerdo, e o examinador deve realizar a hiperextensão passiva de membro inferior direito (ou flexão ativa contra resistência). 7. Sinal do Obturador também é investigado para diagnóstico de apendicite e consiste na elevação da perna direita, flexionando-a até 90º. O sinal é positivo quando o indivíduo sente dor ao realizar esse movimento, visto que o músculo obturador fica próximo ao apêndice cecal. 8. Sinal de Giordano é positivo quando se tem dor à punho percussão das lojas renais, o que sugere pielonefrite. DESCRIÇÃO: Uma súbita punho-percussão, com a borda ulnar da mão, na região da fossa lombar do paciente, mais especificamente, na altura da loja renal (flancos). 9. Sinal de piparote é um sinal médico indicativo de ascite. Piparote positivo ocorre quando fazemos uma percussão no abdome do paciente e notamos a propagação de uma onda do líquido ali acumulado. A percussão deve ser feita em região de flanco para observar a propagação da coluna de líquido para o lado oposto. 10. Sinal de Trousseau consiste na observação de uma contração generalizada dos músculos do antebraço com flexão do punho, ou sinal de mão de parteiro, após a aplicação do esfigmomanômetro de pressão cerca de 20 mmHg acima da pressão sistólica por 3 minutos. Sua constatação sugere a presença de hipocalcemia. 11. Sinal de Kussmaul consiste em uma pulsação jugular visualizada na região do pescoço quando o paciente realiza inspiração respiratória.
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