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prática médica American Heart Organization → Há 4 faixas etárias: segundo a American Heart Association: 1. momento que nasce até antes de 28 dias: recém- nascido 2. 28 dias até antes de completar 1 ano: lactente ou bebê. 3. 1 ano até antes do aparecimento de caracteres pré-puberes: criança 4. aparecimento dos caracteres pré-puberes: adulto. Introdução → Principais causas de morte no mundo: Doenças cardiovasculares. Neoplasias. Trauma. Doenças respiratórias. → Morte súbita cardíaca Brasil -> 160.000 mortes súbitas por ano, causa de morte mais frequentes depois dos 40. EUA -> 330.000 pessoas por ano, 2 a 5% sobrevivem (sem DEA) → Objetivos do atendimento de emergência Salvar vidas. Diminuir a intensidade e a consequência do agravo sofrido. Preparar a vítima par o tratamento definitivo. → Importância do atendimento pré-hospitalar: 85% dos casos atendidos de morte súbita ocorrem em ambiente pré-hospitalar com ritmos FV e TV sem pulso (tratamento: choque) Taxa de sobrevivência a uma PCR por FV declina de 7% a 10% por minuto de atraso entre colapso e primeira desfibrilação (tempo é músculo). PCR e SBV → A parada cardiorespiratória (PCR) é um evento que antecede a morte biológica, podendo ocorrer de forma súbita ou progressiva. Caracteriza-se por uma cessação da circulação espontânea e da respiração, comprometendo o suprimento de O2 para os tecidos levando ao sofrimento tecidual rápido e definitivo. Culmina-se me óbito ou sequelas graves em poucos minutos. → O Suporte Básico de Vida (SBV) abrange cuidados iniciais com vias aéreas, respiração e suporte cardiorrespiratório – reanimação cardiopulmonar (RCP). Tais cuidados visam reestabelecer a circulação espontânea e respiração. Utiliza-se basicamente dispositivos de proteção e o Desfibrilador Externo Automático (DEA). Pode ser apresentado para leigos. 2 órgãos importantes para elaboração do protocolo: Guidelines (american heart association) + ILCOR. Ritmos de parada cardíaca → Há 4 ritmos de parada (2 chocáveis e 2 não chocáveis). 1. Fibrilação ventricular (FV): Ritmo chocável que consiste em ondulações irregulares com frequência maior de 320 e sem discernimento dos complexos. Várias curvas com largura e estatura diferentes, coração treme e perde a capacidade de ejetar sangue. Tratamento chocável (choque, eletroterapia) é possível. 2. Taquicardia ventricular (TV): Manifesta-se como complexos organizados com QRS largo e frequência elevada. Bruna Reis A. Rocha 2020.1 Primeira coisa a fazer-> tem pulso? se não, é taquicardia. Ritmo chocável, logo o choque é um tipo de tratamento. *3 e 4 são ritmos não chocaveis, se usar o choque -> voce tira a possibilidade de sobrevivência 3. Atividade Elétrica sem pulso (AESP): considerada qualquer ritmo que não seja FV ou TV, paciente não tem pulso. Ritmo não chocável, logo, se usar o choque é retirada a possibilidade de sobrevivência. 4. Assistolia: é um ritmo isoelétrico, apresentando-se como uma linha no ECG. Todos os ritmos citados tendem a evoluir para a assistolia. Ritmo não chocável, logo, se usar o choque é retirada a possibilidade de sobrevivência. → Quanto mais rápido chocar o paciente, melhores as chances de retornar sem sequelas. O que é preciso para respirar? → Ter uma via aérea prévia. → Ter uma ventilação efetiva. → Ter sangue circulante. Quanto tempo para começar a RCP? → Quando o coração para, há um problema seríssimo para 2 órgãos principais cérebro e coração (órgãos nobres dependentes de O2). → Após 4 minutos sem que nada seja feito em um paciente que evolui para PCR começa-se a ter lesões de células cerebrais. → Após 10 minutos morte cerebral estabelecida. → Então o tempo dever ser menor que 4 minutos. → Num ritmo chocável: o choque é mais importante do que as manobras, num não chocável as manobras são as mais importantes. Cadeia de sobrevivência ADULTO → 1 elo: reconhecimento e acesso imediato. → 2 elo: RCP precoce. → 3 elo: desfibrilação rápida. → 4 elo: suporte avançado de vida (precisa do médico). → 5 elo: cuidados pós-PCR (antes do coração parar, outros órgãos já pararam e assim também os vasos)> CRIANÇA → 1 elo: prevenção. → 2 elo: RCP precoce. → 3 elo: serviço médico de emergência. → 4 elo: suporte avançado de vida. → 5 elo: cuidados pós-PCR. Taxa de sobrevivência a uma PCR por FV declina de 7% a 10% por minuto de atraso entre colapso e primeira desfibrilação (tempo é músculo). FUNDAMEN- TAIS Compressões torácicas 1. Coloque a região hipotênar de uma mão no centro do tórax, na metade inferior do esterno e o da outra mão sobre a primeira. 2. Estique os braços e posicione seus ombros diretamente sobre as mãos. 3. O movimento: travar os membros superiores retos e comprimir o tórax para baixo deprimindo no mínimo 5cm e no máximo6 cm, num adulto permitindo retorno total do gradil costal. Quando contrai gera a sístole. Quando solta gera a diástole. → As compressões torácicas devem ser realizadas na proporção 30 compressões para 2 ventilações. (1 socorrista). Se possível, troque de lugar com alguém a cada 5 ciclos ou 2 minutos. → Frequência mínima de 100 compressões por minuto. → Frequência máxima de 120 compressões por minuto. → Minimizar as interrupções das compressões torácicas tentando limitá-las a menos de 10seg. | Se a vítima por uma criança: 1. Usa-se 1 ou 2 mãos a depender da criança. Com frequência mínima de 100 compressões a 120, rebaixando em torno de 5cm. → Se tiver 1 socorrista a relação é de 30:2 e se 2 socorristas a relação é de 15:2 (apenas na CRIANÇA). 2 minutos 10 ciclos 30:2 mais de um socorrista. | Compressão em bebês: → Usa-se 1 mão ou 2 dedos a depender da estatura da criança. Com frequência min 100/min a 120 min, rebaixa em torno de 4cm. → A relação é de 30:2 com 1 socorrista e 15:2 com 2 socorristas. → Cabeça do bebê em posição neutra. | Recém-nascido → Em decúbito dorsal. → Compressão com o uso de 2 dedos (1 socorristas) Ou envolve-se o tórax da vítima com as mãos (2 socorristas), põe os dois polegares abaixo da linha mamilar acima do esterno. → 3:1 para manter 90 compressões por minuto e 30 ventilações. → Dicas para compressões de qualidade: RCP - Avaliação inicial → Na suspeita de uma PCR, ao ver uma pessoa caída. Antes de tudo, lembrar que na urgência e emergência a saúde do socorrista está em primeiro lugar, logo, deve-se observar se as condições estão seguras. → O primeiro passo é: Testar a responsividade (chamar o paciente), para saber se está consciente 1. Falar: "senhor, senhor, você está bem?" 2 vezes em tom alto. Pegando nos ombros do paciente dos dois lados (para evitar agressões). → Se o paciente tiver consciente: 2. Procura saber o que foi. 3. Pede socorro. 4. Avalia os sinais vitais: Colocar ele em posição lateral de segurança para evitar que o paciente broncoaspire e regurgite. → Se o paciente estiver inconsciente: 2. Pede ajuda, ligar 192 (especificar à alguém a função) e pedir um DEA. Designar uma pessoa e falar: “Ei, você, ligue para 192 e peça um DEA”. | SE O PACIENTE ESTIVER PARADO REALIZAR ESTE PROTOCOLO 3. C – CIRCULATION: checar pulso a 05 a 10 segundos. Carotídeo: em adultos e crianças. Braquial: em crianças < 1 ano. Olhar para o peito do paciente para ver se sobe ou desce(respira) e ao mesmo tempo chega o pulso (checa o pulso carotídeo do lado que você estiver, mais próximo do coração. Se pulso ausente, fazer 30 compressões torácicas trocando o compressor a cada 2 minutos. 4. A – AIRWAY: “abrir vias aéreas” Realizar a Manobra de Head Tilt + Chin Lift: inclinação da cabeça + elevação do queixo (pacientessem história de trauma). 5. B – BOA RESPIRAÇÃO: observando: o padrão ventilatório, a simetria da expansão torácica, a frequência respiratória e, se necessário, considere a administração de O2. → 2 ventilações de resgate: Dispositivo de barreira. Boca – a – boca. Boca – a – boca – nariz. Vent. Bolsa – Valva – Máscaras (AMBU) • Faz o “C” com as mãos, pressionando contra a face da vítima a fim de vedá-la o melhor possível. • Os outros três dedos devem estar na mandíbula (fazendo uma letra “E”) para estabilizá-la e abrir a via aérea da vítima. • Com 1 socorrista (1 C e 1 E). • Com 2 socorristas (2C e 2 E). 6. D – DESFIBRILATION: Uso do DEA. Capaz de aplicar uma corrente elétrica no coração. Cessa o ritmo anormal e reestabelece as funções normais. 1º passo: Liga no botão ON/OFF 2º passo: Coloca as pás no peito do paciente, abaixo da clavícula e a outra na linha anterior axilar, coração no meio das pás e as conecta ao dispositivo. Eletrodo do lado direito do paciente: precisa ser colado abaixo da clavícula, na linha hemiclavicular. Eletrodo do lado esquerdo do paciente: deve ser posicionado nas últimas costelas, na linha hemiaxilar (abaixo do mamilo esquerdo). 3º. DEA faz análise do ritmo, falar: “Ninguém se aproxima do paciente”. No tempo da análise, você comprime o peito o max de vezes possíveis. 4º Se for chocável, ele carrega e é necessário se certificar de que todos se afastaram antes de apertar o botão e dispara o choque. 5º Acaba o choque faz-se as compressões, reinicie imediatamente a RCP por 2 minutos. → Quando parar? Quando o paciente reanima. Suporte avançado chega. O ambiente torna-se de risco. Mudança de prioridade para o uso do DEA. → Casos especiais para o uso do DEA: Peito com excesso de pelos: Os eletrodos colam nos pelos e não na pele, por isso, o aparelho não tem uma aderência suficiente para fazer a análise do ritmo e o choque não é deflagrado. É necessário realizar tricotomia (retirada dos pelos). Pessoas com marca-passo: O eletrodo em cima do marca-passo pode interferir a ação do DEA. Deve-se colocar o eletrodo abaixo dele (visualizado através de uma protuberância visível) de 2-3 dedos. Patch medicamentoso: Não é recomendado colocar os eletrodos em cima de medicamentos adesivos, como os de nicotina ou anticoncepcional. É preciso retirá-los para então seguir com o procedimento. Paciente submerso ou molhado: Se o paciente estiver com o tórax molhado, é preciso secar a área em que será colocado o eletrodo. Caso esteja submerso, o posicionamento do aparelho só é permitido após a retirada do paciente do local. Na água o choque irá dissipar, não indo para as fibras cardíacas. → Quando não reanimar: Carbonização. Degolla. Rigor mortis. Decomposição. Evisceração extensa de cérebro ou coração.
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