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→ solidificação do sangue no interior dos vasos ou do coração de um individuo vivo. Etiopatogenia → Pilares da patogenia - tríade de Virchow Lesão endotelial → Morfológica: o endotélio é arrancado ou destruído. Quando se tem um fluxo sanguíneo turbulento ele pode gerar forças diagonais sobre o endotélio, o que pode gerar o arranchamento desse endotélio. Outro exemplo de arrancar o endotélio e por um traumatismo por meio de um cateterismo (utiliza sonda). Microrganismos e leucócitos podem destruir o endotélio. Todos esses exemplos geram lesão epitelial do tipo morfológica, fazendo com que o sangue entre em contato com o tecido conjuntivo subjacente ao endotélio. Toda vez que o sangue entra em contato com o colágeno ocorre à ativação da via intrínseca da coagulação, tendo a formação de um trombo, pois há solidificação do sangue no interior dos vasos ou do coração de um individuo vivo. →Funcional: o endotélio não é arrancado nem destruído, mas deixa de cumprir suas funções (produção de substancias anticoagulante). Há vários fatores que podem gerar a lesão funcional, os mais importantes são a hipóxia e o tabagismo. O endotélio passa a não funcionar tão bem, diminuindo a síntese de substancias e fatores anticoagulante (como as prostaciclinas). Com isso a balança tende para os pro- coagulantes (plaquetas produzem), aumentando o risco da trombose. @relatosdavet_ Alterações no fluxo sanguíneo → Fluxo sanguíneo turbulento: pode gerar trombose. Tem-se esse fluxo em aneurismas (dilatações da parede da artéria) e em bifurcações arteriais (estruturas anatômicas). Esse fluxo turbulento pode arrancar o endotélio, gerando uma lesão endotelial morfológica (pois gera uma força diagonal). Além disso, esse fluxo turbulento gera aumento do contato das plaquetas com o endotélio, o que pode predispor a ativação plaquetária, o que leva ao surgimento da trombose. → Diminuição do fluxo sanguíneo: pode gerar trombose. A diminuição do fluxo esta associada a situações de hiperemia passiva (quando há diminuição da drenagem venosa). Essa diminuição do fluxo sanguíneo aumenta o contato entre a plaqueta e o endotélio (porque o fluxo laminar se desfaz), aumenta a concentração de pro-coagulantes (plaquetas ativadas) e hipóxia endotelial (sangue esta parado, não leva O2). Estado de hipercoagulabilidade → Existem situações genéticas ou adquiridas que podem gerar esse estado. Uma situação adquirida muito relevante são situações que se tem politraumatismos, grandes queimaduras ou grandes cirurgias. Nessas situações, há lesão tecidual extensa, o que leva a uma grande liberação de tromboplastina (fator tecidual que ativa a via extrínseca da coagulação). Essa tromboplastina, liberada pelas células lesadas, gera um estado de hipercoagulabilidade que ativa a via extrínseca da coagulação, o que predispõe a trombose. @relatosdavet_ Obs: deve-se ter um equilíbrio entre a produção de anticoagulantes (feito pelo endotélio) e de pro- coagulantes (feito pelas plaquetas). Anatomia patológica → Macroscópica: - Trombo recente: é aderido a parede do vaso, é opaco (sem brilho), é seco e friável (quebradiço). Fragmento de uma artéria com um trombo que oclui parcialmente essa artéria. Coração com dilatação (aneurisma) e um trombo – achado de necropsia. → Microscópica: Trombo antigo e trombo recente (com quadrado verde). O trombo pode obstruir totalmente, ou parcialmente a artéria. @relatosdavet_ Há vaso com trombo em seu interior, há presença de uma massa de hemácias, plaquetas e fibrinas no interior do vaso e aderida à parede do mesmo. - Trombo antigo: quando a massa de hemácias é substituída por tecido conjuntivo fibroso. Em alguns casos, pode ocorre formação de grandes vasos que podem revascularizar o trombo. Evolução → Pode sofrer lise quando é dissolvido, isso ocorre em função do processo de fibrinólise. → Pode crescer adquirindo alguns centímetros → Pode passar por uma organização quando a massa de hemácias foi substituída por tecido conjuntivo fibroso → Pode sofrer embolização se o trombo deixa de estar aderida a parede do vaso, o trombo pode ganhar circulação e caminhar por ela, obstruindo outro vaso (trombo embolia). Consequências → Trombose arterial: gera a diminuição da chegada de sangue aos tecidos, ou seja, uma isquemia. @relatosdavet_ → Trombose venosa: diminui a drenagem venosa, o sangue chega, mas não sai. Gera uma hiperemia passiva Obs: a hiperemia passiva pode gerar trombose venosa, e trombose venosa pode gerar hiperemia passiva. Considerações → Tanto na trombose arterial quanto na venosa há diminuição do fluxo (hipóxia) que pode levar a uma necrose. → Tanto a trombose arterial quanto a venosa podem se deslocar parcialmente ou totalmente, gerando uma embolia (trombo embolia). @relatosdavet_
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