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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS ENGENHARIA DE PRODUÇÃO AMANDA ALMEIDA BEATRIZ VILAS BOAS ATRITO ESTÁTICO ILHÉUS-BAHIA 2016 AMANDA ALMEIDA BEATRIZ VILAS BOAS ATRITO ESTÁTICO Relatório apresentado como parte dos critérios de avaliação da disciplina CET788 – FÍSICA EXPERIMENTAL I. Turma P12. Dia da execução do experimento: 06/07/2016. Professor: Dr. Fermin G. Velasco ILHÉUS-BAHIA 2016 Sumário 1.0 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 4 2.0 MATERIAIS E MÉTODOS ....................................................................................................... 4 2.1 Materiais ................................................................................................................................ 4 2.2 Métodos ................................................................................................................................. 5 3.0 APRESENTAÇÕES DOS RESULTADOS ...................................................................... 5 4 CONCLUSÃO ......................................................................................................................... 12 5 REFERÊNCIAS ...................................................................................................................... 12 1.0 INTRODUÇÃO A força de atrito estático é uma força que aparece quando dois corpos estão em contato. Ela pode ter valores menores ou iguais ao produto do coeficiente de atrito entre as duas superfícies, multiplicadas pela força normal. Para o calculo da força de atrito existem, além da força normal(N), dois tipos de coeficientes de atrito: coeficiente de atrito dinâmico e estático(N), esses coeficientes dependem do material que compõe o corpo estudado. O atrito aparece quando dois corpos estão em contato e há tendência de movimento. Ele é gerado pelas aspericidade das superfícies em contato, sendo, portanto variáveis de acordo com a natureza dos corpos envolvidos em um fenômeno. Quando um corpo se encontra em repouso temos que a soma das forças atuantes nele é zero, ou nula, assim temos que o módulo da força normal(N) é igual ao módulo da força peso(P) que atua sobre o corpo. Quando se exerce uma força nesse mesmo bloco, surge uma força paralela à superfície e com sentido contrário a força exercida, o atrito. A força de atrito será sempre contrária ao movimento ou a tendência de movimento. Quando um objeto é colocado em uma superfície inclinada, o coeficiente de atrito estático depende diretamente do ângulo de inclinação dessa superfície. A força de atrito (Fat) é diretamente proporcional a Força normal (N) e depende do material constituinte do corpo, pois cada material possui um coeficiente de atrito (μ) diferente, e ainda tem-se que para uma interação entre duas superfícies que não desenvolvam movimento uma em relação a outra, usamos o coeficiente de atrito estático (μe). 2.0 MATERIAIS E MÉTODOS 2.1 Materiais Plano inclinado; Blocos de madeira com duas superfícies distintas; Dinamômetros; Carros deslizantes; Discos metálicos; Balança. 2.2 Métodos Mediu-se a massa do bloco de madeira, e colocou-o no plano inclinado, com a face escolhida voltada para baixo, e gradualmente foi aumentando o ângulo, ate o momento onde pôde ser visto deslocamento, repetiu-se a operação por dez vezes. Depois o mesmo processo foi feito com outra superfície do bloco. Posteriormente foi adicionada a massa de um e depois de dois discos de metal e repetiu o mesmo procedimento. Depois o mesmo processo foi feito com a outra superfície do bloco. 3.0 APRESENTAÇÕES DOS RESULTADOS Utilizando as equações: �̅� = 𝟏 𝑵 ∑ 𝒙𝒊, 𝑵 𝒊=𝟏 σ = √ 1 N−1 ∑ (𝑥𝑖, N 𝑖=1 − �̅�)², σ𝑚 = σ √N σ�̅� = √σ𝑚² + σ𝑥² As equações acima representam média, desvio padrão, desvio padrão do valor médio e incerteza padrão, respectivamente. BLOCO I Superfície de Madeira (𝑦𝑖 − �̅�) 2 Superfície de Madeira Superfície de Lixa (𝑦𝑖 − �̅�) 2 Superfície de Lixa 1 21º 0 20º 4 2 21º 0 19º 9 3 20º 1 20º 4 4 21º 0 21º 1 5 19º 4 23º 1 6 21º 0 22º 0 7 23º 4 23º 1 8 22º 1 23º 1 9 20º 1 24º 4 10 22º 1 25º 9 Total 210º 12 220º 34 Resultados relacionados à superfície de MADEIRA: Média x̅ = 1 N ∑ xi, N i=1 = 210° 10 = 21° Desvio Padrão σ = √ 1 N−1 ∑ (𝑥𝑖, N 𝑖=1 − �̅�)², = 9 12 = 0,38° Desvio Padrão do valor médio σ𝑚 = σ √N = 10 0,38 = 0,12° Incerteza padrão σ�̅� = √σ𝑚² + σ𝑥² = 2 2 2 1 12,0 ≈ 0,51° X= (21 ± 0,51) ° Em seguida os resultados relacionados à superfície de LIXA: Média x̅ = 1 N ∑ xi, N i=1 = 10 220 = 22° Desvio Padrão σ = √ 1 N−1 ∑ (𝑥𝑖, N 𝑖=1 − �̅�)², = 9 34 = 0,61° Desvio Padrão do valor médio σ𝑚 = σ √N = 10 1,94 ≈ 0,61° Incerteza padrão σ�̅� = √σ𝑚² + σ𝑥² = 2 2 2 1 61,0 ≈ 0,79° X= (22 ± 0,79) ° Coeficiente de atrito para superfície de madeira: 𝜇𝑒 = 𝑇𝑔 Θ 𝜇𝑒 = 𝑇𝑔 21° 𝝁𝒆 = 𝟎, 𝟑𝟖 Coeficiente de atrito para superfície de lixa: 𝜇𝑒 = 𝑇𝑔 Θ 𝜇𝑒 = 𝑇𝑔 22° 𝝁𝒆 = 𝟎, 𝟒𝟎 Na tabela a seguir foi adicionado um cilindro metálico ao conjunto avaliado, alterando a massa de 0,88 Kg para 0,138 Kg e posteriormente obtivemos os resultados que demonstram a força necessária para que o conjunto em questão saísse do estado de inércia e iniciasse o movimento. BLOCO + 1 MASSA I Superfície de Madeira (𝑦𝑖 − �̅�) 2 Superfície de Madeira Superfície de Lixa (𝑦𝑖 − �̅�) 2 Superfície de Lixa 1 21º 1 18º 25 2 23º 1 20º 9 3 20º 4 21º 4 4 20º 4 22º 1 5 19º 9 24º 1 6 22º 0 24º 1 7 26º 16 23º 0 8 20º 4 25º 4 9 23º 1 26º 9 10 26º 16 27º 16 Total 220º 52 230º 78 Resultados relacionados à superfície de MADEIRA: Média x̅ = 1 N ∑ xi, N i=1 = 10 220 = 22° Desvio Padrão σ = √ 1 N−1 ∑ (𝑥𝑖, N 𝑖=1 − �̅�)², = 9 52 ≈ 2,4° Desvio Padrão do valor médio σ𝑚 = σ √N = 10 2,4 ≈ 0,76° Incerteza padrão σ�̅� = √σ𝑚² + σ𝑥² = 2 2 2 1 76,0 = 0,91° X= ( 22 ±0,91 )° Em seguida apresentam-se os cálculos para a superfície de LIXA. Média x̅ = 1 N ∑ xi, N i=1 = 10 230 = 23° Desvio Padrão σ = √ 1 N−1 ∑ (𝑥𝑖, N 𝑖=1 − �̅�)², = 9 78 ≈ 2,94° Desvio Padrão do valor médio σ𝑚 = σ √N = 10 2,94 ≈ 0,93° Incerteza padrão σ�̅� = √σ𝑚² + σ𝑥² = 2 2 2 1 93,0 = 1,05° X= (23 ± 1,05)° Coeficiente de atrito para superfície de madeira: 𝜇𝑒 = 𝑇𝑔 Θ 𝜇𝑒 = 𝑇𝑔 22° 𝝁𝒆 = 𝟎, 𝟒𝟎 Coeficiente de atrito para superfície de lixa: 𝜇𝑒 = 𝑇𝑔 Θ 𝜇𝑒 = 𝑇𝑔 23° 𝝁𝒆 = 𝟎, 𝟒𝟐 Na tabela a seguir foram adicionados dois cilindros metálicos ao conjunto avaliado, alterando a massa de 0,88 Kg para 0,188 Kg e posteriormente obtivemos os resultados que demonstram a força necessária para que o conjunto em questão saísse do estado de inércia e iniciasse o movimento. BLOCO + 2 MASSAS I Superfície de Madeira (𝑦𝑖 − �̅�) 2 Superfície de Madeira Superfície de Lixa (𝑦𝑖 − �̅�) 2 Superfície de Lixa 1 20º 4 20º 9 2 23º 1 20º 9 3 22º 0 21º 4 4 24º 4 23º 0 5 20º 4 23º 0 6 23º 1 24º 1 7 20º 4 23º 0 8 22º 0 26º 9 9 20º 4 24º 1 10 24º 0 26º 9 Total 220º 22 230º 42 Resultados relacionados à superfície de MADEIRA: Médiax̅ = 1 N ∑ xi, N i=1 = 10 220 = 22° Desvio Padrão σ = √ 1 N−1 ∑ (𝑥𝑖, N 𝑖=1 − �̅�)², = 9 22 ≈ 1,56° Desvio Padrão do valor médio σ𝑚 = σ √N = 10 1,56 ≈ 0,49° Incerteza padrão σ�̅� = √σ𝑚² + σ𝑥² = 2 2 2 1 49,0 = 0,7° X= ( 22 ± 0,7) ° Em seguida apresentam-se os cálculos para a superfície de LIXA. Média x̅ = 1 N ∑ xi, N i=1 = 10 230 = 23° Desvio Padrão σ = √ 1 N−1 ∑ (𝑥𝑖, N 𝑖=1 − �̅�)², = 9 42 ≈ 2,16° Desvio Padrão do valor médio σ𝑚 = σ √N = 10 2,16 ≈ 0,68° Incerteza padrão σ�̅� = √σ𝑚² + σ𝑥² = 2 2 2 1 68,0 = 0,84° X = (23 ± 0,84 )° Coeficiente de atrito para superfície de madeira: 𝜇𝑒 = 𝑇𝑔 Θ 𝜇𝑒 = 𝑇𝑔 22° 𝝁𝒆 = 𝟎, 𝟒𝟎 Coeficiente de atrito para superfície de lixa: 𝜇𝑒 = 𝑇𝑔 Θ 𝜇𝑒 = 𝑇𝑔 23° 𝝁𝒆 = 𝟎, 𝟒𝟐 O corpo vai se movimentar quando a força aplicada iguala-se à força de atrito, com a equação: 𝜇𝑒 = 𝑡𝑔 𝜃 𝛔µ = 𝟏 𝐬𝐢𝐧 ² 𝜽 Bloco: Superfícies σµ S. de madeira 0,92° S. de lixa 5,64° Bloco + 1 massa Superfícies σµ S. de madeira 6,5° S. de lixa 7° Bloco + 2 massa: Superfícies σµ S. de madeira 5° S. de lixa 5,6° 4 CONCLUSÕES Foi interessante notar na prática como o peso influencia no atrito, assim como a rugosidade da superfície. Foi possível levantar que existem diversos tipos de atrito, além dos apresentados aqui. Para realizarmos o experimento, foi variada a superfície de contato entre o bloco e o plano inclinado. Apesar de os resultados apresentarem o mesmo comportamento quando é variado os parâmetros normal e superfície de contato, os valores dos ângulos em que ocorrem o princípio do movimento são diferentes. De uma forma geral, quando é utilizado um plano inclinado mais áspero (lixa), é observado que os ângulos em que ocorre o começo do movimento dos objetos acima do plano inclinado são maiores, do que quando utilizado um plano inclinado com superfície lisa. Relaciona-se então que o coeficiente de atrito estático da superfície áspera (lixa) é maior que o da superfície lisa. Isto pode ser explicado pela maior quantidade de sulcos microscópicos que a superfície áspera possui o que possibilita um melhor encaixe entre o objeto e a superfície dificultando o movimento, isto é, aumentando a força contrária ao mesmo, chamada força de atrito estático. 5 REFERÊNCIAS CERQUEIRA, A. H. et al. Laboratório de Física I. Ilhéus: Departamento de Ciências Exatas e Tecnológicas (DCET/UESC), 2007. 17p. HALLIDAY, D; RESNICK, R; WALKER, J. Fundamentos de física. 9ª Edição. LTC, 2012. Volume 1. 154 p.