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CASOS CLÍNICOS

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Paciente Avó Materna 
 
Identificação: 
• Mulher de 77 anos 
• Data de nascimento 18/02/1942 
• Branca 
• Aposentada 
• Viúva 
• Católica 
• Natural e procedente de São Paulo 
• Ensino médio completo 
Queixa e Duracão (QD) : Falta de ar há 3 
meses História pregressa da moléstia 
atual (HPMA): 
• Paciente relata dispneia progressiva 
há 3 meses, no início aos moderados 
esforços, mas atualmente aos 
pequenos esforços como tomar banho 
ou andar de um cômodo para outro da 
casa; 
• Apresenta ortopneia e dispneia 
paroxística noturna necessitando 
dormir com 2 travesseiros. Associado 
ao quadro refere cansaço progressivo, 
atualmente aos pequenos esforços e 
edema de MMII; 
• Nega angina, nega palpitações e nega 
síncope. 
Inquérito sobre os diversos aparelhos 
(ISDA): 
• Pele e anexos: sem queixas; 
• Cabeça e pescoço: relata diminuição 
da acuidade visual há 6 meses; 
• Aparelho cardiovascular: informações 
apresentadas no HPMA; 
• Aparelho respiratório: informações 
apresentadas no HPMA; 
• Aparelho gastrointestinal (GI): relata 
hematoquezia esporádica há 6 meses; 
• Aparelho genitourinário (GU): relata 
incontinência urinária há 10 anos e 
noctúria há 1 ano; 
• Aparelho locomotor: relata artralgia 
nos 2 joelhos há 5 anos e edema de 
MMII há 3 meses; 
• Sistema nervoso e psiquismo: relata 
insônia eventual. 
Antecedentes pessoais: 
• Diabética há mais de 20 anos; 
• Hipertensa há mais de 20 anos; 
• Nega dislipidemia; 
• Nega cirurgias; 
• Internações apenas para ter filhos; 
• Tomou vac ina de in f luenza e 
pneumococo na última campanha; 
• Não sabe relatar demais vacinas; 
• Não trouxe carteira vacinal; 
• M e d i c a ç õ e s d e u s o r e g u l a r : 
metformina 850 mg 3 x dia, glicazida 
30 mg 1 x dia, enalapril 20 mg 12/12 e 
hidroclorotiazida 25 mg; 
• Faz uso esporádico de paracetamol 
para a artralgia. 
Hábitos e vícios: 
• Nega tabagismo; 
• Nega etilismo; 
• Nega uso de drogas ilícitas; 
• Faz caminhadas irregulares devido a 
dor nos joelhos. 
 
Condições de moradia: 
• Mora com os pais, 1 irmão e avó 
materna; 
• Apartamento de 3 quartos na zona Sul 
de São Paulo. 
 
Antecedentes familiares: 
• Pais falecidos de causas naturais. 
Não sabe relatar os diagnósticos; 
• Duas irmãs. A primeira com HAS e 
DM. A segunda com CA de colón 
curado. 
 Exame físico: 
• Sinais vitais: PA 159x93 mmHg 
(MSD), PA 142x92 mmHg (MID), FC 
72 bpm, FR 18 ipm, T 36,2°C, Sat. O2 
94% em ar ambiente, circunferência 
abdominal (CA) 93 cm, IMC 29 Kg/m
2
, 
índice tornozelo-braquial (ITP) 0,89. 
• Bom estado geral, descorada +1/4, 
hidratada, acianótica, anictérica, 
afebril. 
• Consciente e orientada no tempo e no 
espaço. Sem déficits motores. 
• A p a r e l h o r e s p i r a t ó r i o : t ó r a x 
normolíneo, frêmito toracovocal e 
broncofonia reduzidos nas bases 
pulmonares. Apresenta estertores 
finos nos terços médios de ambos os 
pulmões e redução do murmúrio 
vesicular nas bases. 
• Aparelho cardiovascular: Apresenta 
turgência jugular a 45°. Íctus no 6 
espaço intercostal desviado para a 
e s q u e r d a . B u l h a s r í t m i c a s 
normofonéticas em 2 tempos com 
sopro sistólico, regurgitativo em foco 
mitral. 
• Abdome flácido, globoso, indolor à 
palpação superficial e profunda. Não 
apresentava tumorações palpáveis e 
nem visceromegalias. 
• Extremidades: boa perfusão periférica, 
pulsos reduzidos em MMII, edema 
+2/4 em MMII. 
Exames complementares: 
• Hemograma: hemoglobina 10,0 g/dL, 
• hematócrito 30 %, 
• VCM 66 fL, 
• leucócitos 4.500 µL sem desvio a 
esquerda, 
• plaquetas 156.000 µL, 
• creatinina 1,1 mg/dL, 
• uréia 44 mg/dL, 
• Na
+ 
132 mEq/L, 
• K
+ 
4,2 mEq/L 
• função tireoidiana normal. 
 
Hipóteses diagnósticas 
• Síndrome de insuficiência cardíaca. 
• Síndrome anêmica (Neoplasia do gastrointestinal?) 
• Síndrome metabólica 
• Sobrepeso 
• Insuficiência arterial periférica 
• Hipertensão arterial sistêmica 
• Diabetes melito 
‘lsafms;ldmfl;sdmf;lsd 
SCAPS 
• Família residente na Zona Sul de São Paulo, na casa residem 5 pessoas Pai, mãe, duas 
crianças e a avó materna. Atualmente a filha encontra-se preocupada com a saúde de 
sua mãe, 77 anos, com diagnóstico de DM e HAS, está com sobrepeso. Para a 
manutenção adequada da saúde e modificar o curso natural de uma doença, é 
necessário conhecimento sobre a História Natural da Doença (HND). Desta forma cite 3 
itens que qualificam a importância da HND? 
É necessário o conhecimento sobre a História Natural da Doença, pois a mesma nos permite 
apontar diferentes métodos de prevenção e controle, servindo de base para a compreensão de 
situações reais e especificas, tornando operacionais as medidas de prevenção, e podemos 
definir prevenção como ações que podem ser tomadas para in- terromper a evolução de uma 
doença ou evitar que ela aconteça, sendo tal fato demonstrado e estudado através da Historia 
Natural da Doença. 
• A atenção básica é coordenadora do cuidado na rede de atenção à saúde. Sua gestão 
compreende a territorialização e análise da situação de saúde; planejamento, 
programação, acompanhamento, monitoramento e avaliação; gestão de pessoas, do 
trabalho e da Educação em saúde; gerência de unidades assistenciais; apoio técnico e 
administrativo, logística de transportes, gestão de materiais e estoques, inclusive de 
medicamentos; gestão financeira; gestão de sistemas de informação, inclusive as 
atividades de alimentação das bases de dados oficiais; gestão participativa; ações 
Inter setoriais; articulação intra-rede de saúde e demais ações administrativas e 
gerenciais. Cabe à Atenção Básica desenvolver as seguintes ações e serviços, quais 
são desenvolvidos para a Saúde do Idoso: 
Proposta de Modelo de Atenção Integra, que tem por objetivo orientar a organização do 
cuidado ofertado à pessoa idosa no âmbito do SUS, potencializando as ações já desenvolvidas 
e propondo estratégias para fortalecer a articulação, a qualificação do cuidado e a ampliação 
do acesso da pessoa idosa aos pontos de atenção das Redes de Atenção à Saúde. Algumas 
iniciativas integradas são importantes para se conhecer as vulnerabilidades desse grupo 
populacional, como a Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa, o Caderno da Atenção Básica 
(CAB 19) e a capacitação dos profissionais. O desafio consiste em incluir a discussão sobre o 
envelhecimento da população brasileira nas agendas estratégicas das Políticas Públicas. No 
âmbito da Saúde, o desafio é ampliar o acesso, incluir e/ou potencializar cuidado integral, 
concretizar ações intersetoriais nos territórios com foco nas especificidades e demandas de 
cuidado da população idosa. Cabe destacar que o cuidado à Saúde da Pessoa Idosa 
apresenta características peculiares quanto à apresentação, instalação e desfechos dos 
agravos em saúde, traduzidas pela maior vulnerabilidade a eventos adversos, necessitando de 
intervenções multidimensionais e multissetoriais com foco no cuidado. 
• Em relação aos exames de Raio X e eletrocardiograma realizados em um serviço 
especializado. A paciente utilizou qual nível de atenção? 
Ao ser encaminhada para serviço especializado, a paciente em questão se encontra dentro do 
nível secundário de atenção básica 
FARMACOLOGIA 
• Justifique a associação de metformina com glicazida, tendo como base seus 
mecanismos de ação. 
metformina: age inibindo a formação de gliconeogenese no fígado(ou seja formação de glicose 
pelo fígado).A glicazida é da classe de Sulfonilrueias, ou seja, classe secretagoga de insulina, 
age no pâncreas mais precisamente na celular beta inibindo a ação KATP, promovendo a 
despolarização, a entrada ce CA2+ e secrecacao de insulina.Os dois em conjunto diminuem a 
glicose circulante no sangue. 
• Caso seja confirmada a insuficiência cardíaca, qual seria a vantagem em se utilizar o 
enalapril, além do controle pressórico? 
O enalapril é um bloqueador da enzima ECA, convertedora de angiotensina I em angiotensina 
II. Oenalapril é eficiente na diminuição da pré e pós carga 
• Sabe-se que o uso de inibidores da ECA está associado ao surgimento de tosse em 
parcela significativa dos pacientes. Qual o mecanismo mais aceito para explicar este 
efeito colateral? Caso isto aconteça com esta paciente, qual o anti-hipertensivo de 
escolha em substituição aos IECA? 
O mecanismo é por acumulo de caninas, principalmente a bradicinina por inibição da 
cininase.A bradicinina causa vasodilatação e aumento de permeabilidade presentes também 
durante a inflamação.O outro anti-hipertensivo pode ser um IBRA, antagonista dos receptores 
de angiotensina 2, pode ser usado o losartana. 
• Diante do relato de sobrepeso, discuta um possível efeito dos fármacos antidiabéticos 
sobre o peso do paciente. 
Aumento do apetite, levando a um ganho ponderal de massa, ou seja, aumento de peso. 
Paciente Pai
 
Identificação 
Homem, 55 anos, pardo, natural e 
procedente de São Paulo, empresário e 
católico. 
 
Queixa e duração (QD) 
• aumento de volume abdominal há 3 
meses. 
 
História pregressa da moléstia atual 
(HPMA) 
• paciente etilista de longa data, refere que 
há 3 meses começou a apresentar 
aumento progressivo de volume abdominal 
acompanhado de leve icterícia, sem colúria 
e ou acolia fecal 
• também relata estar mais sonolento 
durante o período diurno há 1 mês. 
• Nega emagrecimento ou sangramentos. 
 
Inquérito sobre os diversos aparelhos 
(ISDA): 
• Cabeça e pescoço: amarelamento das 
escleras. 
• Pele e anexos: icterícia há 3 meses. 
• Aparelho respiratório: sem queixas. 
• Aparelho cardiovascular: sem queixas. 
• Aparelho digestório: aumento de volume 
abdominal (vide HPMA), nega alterações 
do hábito intestinal. 
• Aparelho genitourinário: refere disúria e 
diminuição do jato urinário há 1 ano. 
Aparelho locomotor: sem queixas. 
• Sistema nervoso e psiquismo: refere 
alteração do sono, mais sonolento durante 
o período diurno (vide HPMA) há 1 mês. 
 
Antecedentes pessoais: 
• Hipertenso há 20 anos. 
• Medicações: hidroclorotiazida 25 mg ao dia 
e anlodipino 5 mg ao dia. 
• Nega internações e cirurgias prévias. 
• Nega dislipidemia e diabetes. 
• Não sabe relatar dados de carteira vacinal. 
 
Hábitos e vícios: 
• Etilista 1 litro de vodka ao dia há 15 anos. 
• Tabagista 30 anos maço. 
• Sedentário. 
 
Condições de Moradia: 
• Mora com a esposa, a sogra e os 2 filhos. 
• Apartamento de 3 quartos na zona Sul de 
São Paulo. 
 
Antecedentes familiares: 
• Pai falecido de acidente de carro. 
• Mãe viva com HAS e DM. 
• Filho único. 
 
Exame físico: 
• PA 110 x 80 mmHg, FC 80 bpm, FR 20 
ipm. 
• Geral: regular estado geral, hidratado, 
descorado 1+/4+, ictérico 2+/4+, afebril. 
• Neurológico: desorientado temporalmente, 
Glasgow 14, presença de flapping de 
extremidades: (https://www.youtube.com/
watch?v=RrR-EtVZLf4). Ausência de 
alterações de força motora e de nervos 
cranianos. Presença de hipoestesia de 
membros inferiores em padrão de bota. 
• Cardiovascular: íctus palpável no 5 espaço 
intercostal na linha hemiclavicular 
esquerda, ritmo cardíaco regular em 2 
tempos, com bulhas normofonéticas, sem 
sopros. 
• Respiratório: tórax normolíneo, 
expansibilidade preservada, frêmito 
toracovocal presente, percussão som claro 
pulmonar em todos os campos 
pulmonares, murmúrio vesicular presente 
em todos os campos pulmonares. 
• Abdome: aumento do volume abdominal 
com presença de circulação colateral 
ruídos hidroaéreos presentes e sem 
alterações, presença de submacicez em 
flancos e hipogástrio. Espaço de Traube 
ocupado. Sinal de piparote positivo, 
macicez móvel e semicírculo de Skoda 
presentes. Fígado palpável há 1 cm do 
rebordo costal direito, baço não palpável. 
• Toque retal: próstata fibroelástica, lisa, sem 
nodulações e com aumento importante. 
Ausência de sangramentos. 
• Extremidades: edema de membros 
inferiores +2/+4 e petéquias. 
 
Hipóteses diagnósticas: 
• Etilista crônico. 
• Síndrome de insuficiência hepática crônica 
– hepatopatia alcoólica. 
• Síndrome de hipertensão portal – cirrose 
hepática alcoólica. 
• Prostatismo a esclarecer. 
 
Exames Complementares: 
• Hemoglobina 9,2g/dL (VR 12-15) 
Hematócrito 32 % (VR 36-47) 
VCM 110 fL (VR 80-96) HCM 26 pg (VR 
23-34) 
• Leucócitos 4000 µL (70% segmentados) 
(VR 5-10 mil) 
Plaquetas 65.000 µL (VR 140-150 mil) 
INR 1,8 (VR < 1,1) 
Ureia 40mg/dL (17-45 mg/dL), creatinina 
1mg/dL (VR 0,7-1,2 mg/dL) TGO 98 U/L 
(VR < 37 U/L) TGP 60 U/L (VR < 41 U/L) 
• FA 110 (VR 65-260 U/L) Gama GT 600 U/L 
(VR 10-66 U/L) Albumina 2 mg/dL (VR 
3-5,4 mg;dl) 
• Gradiente soro-ascite de albumina:1,3 mg/
dL (> 1,1 tem 97% de chance de ter como 
etiologia hipertensão porta) 
SCAPS 
• Com relação à história Natural de Doenças, qual a fase que este paciente se 
encontra? 
O pai possui hipóteses diagnosticas de 
1) etilista crônico 
2) síndrome de insuficiencia hepática crônica – hepatopatia alcoólica. 
3) síndrome de hipertensão portal – cirrose hepática alcoólica. 
portanto, com relação a Historia Natural de Doenças, podemos considerar este paciente em 
período patogênico/ clínico, na fase de de incapacidade residual, que corresponde à 
adaptação ao meio ambiente como as sequelas produzidas pela doença e/ou ao controle 
(estabilização) das manifestações clínicas das doenças crônicas. 
• Com relação ao estado do paciente, existem três hipóteses diagnósticas. É 
fundamental que seja realizada uma prevenção para evitar complicações neste 
paciente. Conforme o modelo de Leavell e Clark, qual o nível de prevenção a ser 
empregado para esse paciente? 
Entende-se prevenção terciária sendo como: a ação implementada para reduzir em um 
indivíduo ou população os prejuízos funcionais consequentes de um problema agudo ou 
crônico, incluindo reabilitação, portanto o paciente do caso necessita de ações de intervenção 
terciária. 
• No histórico familiar deste paciente, há relatos de que a mãe possui HAS e DM que 
são consideradas Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT). Cite 3 fatores 
modificáveis para DCNT a fim de evitar que esse paciente desenvolva complicações. 
As doenças crônicas não transmissíveis podem estar associadas a hábitos de vida indevidos, 
tais como: alimentação inadequada, uso abusivo de álcool, tabagismo, sedentarismo e 
obesidade, alem de desigualdades sociais, baixa qualidade de vida, baixa escolaridade, falta 
de acesso à informação e o fato de pertencer a grupos vulneráveis são condições que também 
devem ser consideradas na abordagem às DCNT, no caso do paciente em questão e seu 
histórico familiar é importante orienta-lo e auxiliado sobre a necessidade de tratamento do 
etilismo que pode predispor inúmeras doenças, necessidade de suspensão do uso de cigarros 
e necessidade de atividades físicas juntamente com alimentação equilibrada e saudável. 
FARMACOLOGIA 
• Em relação aos anti-hipertensivos em uso pelo paciente, explique seus respectivos 
mecanismos de ação e de que forma eles contribuem para a redução da pressão 
arterial. 
Hidroclorotiazida - Mecanismo de ação 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Doen%C3%A7a_cr%C3%B4nica
A hidroclorotiazida atua diretamente sobre os rins, aumentando a excreção de cloreto de sódio 
e, consequentemente da água. Além disso, aumenta a excreção de potássio. Seu efeito é 
atribuído ao bloqueio do cotransporte de Na+ e Cl- eletroneutrons, resultando que 90% no 
sódio filtrado é reabsorvido antes do líquido tubular chegar ao local de ação das tiazidas. 
Anlodipino - mecanismo de ação. 
A anlodipina é um fármaco vasodilatador. Sua ação é exercida através do bloqueio da entrada 
de íons de cálcio nas células musculares dos vasos sanguíneos. Esse bloqueio dos canais de 
cálcio provoca um relaxamento dos vasos sanguíneos, que, por sua vez, causa uma 
vasodilatação e redução da resistência vascular periférica, levando à redução da pressão 
arterial. 
• Como a hipoalbuminemia apresentada pelo paciente pode impactar no efeito dos 
fármacos em uso? 
Fármacospodem competir entre si pelos sítios de ligação proteica, sendo deslocado o que tem 
menor afinidade pelos mesmos, ficando, consequentemente, com a fração livre aumentada no 
plasma. Também pode ocorrer que ao ligar-se à proteína altere a estrutura terciária desta, 
alterando, assim, a afinidade da proteína por outras substâncias. 
• Tendo em vista que uma das hipóteses diagnósticas é a síndrome de hipertensão 
portal/cirrose hepática alcoólica, discuta a utilização de betabloqueadores não-
seletivos na profilaxia da hemorragia digestiva alta e quais os riscos associados a este 
uso. 
Os beta-bloqueadores não seletivos atuam na prevenção da hemorragia digestiva alta, pois 
reduzem a FC e consequentemente a pressão no sistema porta, diminuindo a pressão 
sanguínea no interior das varizes e o risco de sangramento. Contudo, durante um episódio de 
hemorragia o coração precisa aumentar a sua freqüência para contrabalançar a perda de 
sangue e manter o fluxo do mesmo para os tecidos, nesses casos a administração de beta 
bloqueadores aumenta o risco de choque hemorrágico grave. 
Os principais efeitos colaterais do tratamento são queda de pressão arterial, fraqueza, 
sonolência e descompensação do diabetes. Eles são parcialmente contra-indicados em 
pacientes com broncoespasmo (asma e bronquite) pelo risco de piora do quadro pulmonar. 
• O tratamento da ascite envolve “restrição alimentar de sódio a <2 g/dia e o uso de 
diuréticos (...). Uma combinação de espironolactona e furosemida é geralmente 
iniciada e administrada uma vez durante a manhã, e não em doses fracionadas” 
(https://bestpractice.bmj.com/topics/pt-br/278/ management-approach). Explique a 
vantagem da associação de diuréticos proposta acima. 
A vantagem de associar dois diuréticos de diferentes classes é que eles vão atuar para a 
mesma finalidade só que em mecanismos diferentes, potencializando o efeito! A furosemida é 
um diurético de alça com início de ação rápido e de curta duração, que inibe o cotransportador 
Na+/K+/2Cl− no ramo ascendente espesso da alça de Henle. A ação diurética resulta da 
inibição da reabsorção de cloreto de sódio neste segmento da alça. A eliminação de sódio e 
água aumenta a eliminação de K+ e H+. Já a espironolactona inibe competitivamente a ligação 
da aldosterona ao seu receptor citoplasmático no final do túbulo distal e sistema renal coletor. 
Consequentemente, a aldosterona ligada a este receptor é incapaz de penetrar no núcleo da 
célula, assim prevenindo a síntese da chamada aldosterona induzida por proteínas que abrem 
os canais de sódio na membrana celular luminal. Resultando na redução de reabsorção de 
sódio e redução da excreção de potássio (poupando o potássio). 
Paciente Mãe
 
Identificação 
Paciente do sexo feminino, 45 anos, branca, 
publicitária, procedente e residente em São 
Paulo - SP, casada, católica. 
Queixa e duração 
• dor na barriga e náuseas há 4 meses. 
História pregressa da moléstia atual 
• Paciente refere que há 4 meses 
apresentou episódio de dor na parte 
superior do abdome, tipo uma cólica, 
acompanhada por forte enjôo, mas não 
chegou a vomitar, após ter ido à um 
churrasco de confraternização na agência 
que trabalha. Tomou remédio para cólica e 
outro para vômito e melhorou. Permaneceu 
com um desconforto leve na região, mas 
não se preocupou muito. 
• Há 5 dias, cerca de 1 hora após ter 
almoçado uma feijoada teve dor tipo cólica, 
forte intensidade, que durou umas 3 horas. 
Na hora ficou muito enjoada e vomitou 
líquido esverdeado. No momento, está com 
leve desconforto no abdome, mas 
permanece enjoada e só está conseguindo 
tomar líquidos e comer alimentação leve. 
• Nega viagens recentes. 
Interrogatório dos diversos aparelhos 
• Pele e anexos: pele oleosa e acne. 
• Cabeça e pescoço: sem queixas. 
• Aparelho cardiovascular: sem queixas. 
• Aparelho respiratório: sem queixas. 
• Aparelho digestório: constipação intestinal 
desde a infância. 
• Aparelho genitourinário: sem queixas. 
• Aparelho locomotor: sem queixas. 
• Sistema nervoso e psiquismo: refere 
ansiedade e dificuldade em dormir por 
estresse no trabalho e preocupações com 
a saúde dos familiares. Notou melhora do 
sono nos dias em que usou o medicamento 
para o controle do vômito. O mesmo 
acontece quando utiliza o antialérgico. 
Antecedentes pessoais: 
• Ganho de peso progressivo (25 kg) há 10 
anos. Cerca de 15 kg nos últimos 2 anos. 
• Gesta 2, cesárea 2 
• Usa DIU. 
• Rinite alérgica, que a leva a utilizar com 
grande frequência descongestionantes 
nasais. 
• Nega uso de medicamentos contínuos. 
• Nega internações ou outras cirurgias. 
Hábitos e vícios: 
• Faz hidroginástica duas vezes na semana. 
• Nega tabagismo, etilismo e uso de drogas. 
Condições de Moradia: 
• Mora com o marido, a mãe e os 2 filhos. 
• Apartamento de 3 quartos na zona Sul de 
São Paulo. 
Antecedentes Familiares: 
• Mãe, 77 anos, com diabetes mellitus e 
hipertensão arterial sistêmica. 
• Pai falecido aos 78 anos por câncer de 
próstata. 
• Avós maternos falecidos de causas 
naturais. Não sabe dos diagnósticos. 
• Avó paterna era hipertensa e faleceu por 
acidente vascular encefálico. 
• Avô paterno era hipertenso, faleceu 
dormindo aos 89 anos. 
Exame Físico: 
• Bom estado, corada, hidratada, acianótica, 
anictérica, afebril, obesa. Temperatura 
axilar 36,2°C, PA 136x86 mmHg, FC 94 
bpm, FR 16 ipm Peso 92 kg, Altura 1,67 m, 
CA 120 cm, IMC 33,81 Kg/m2. 
• Cabeça e pescoço: Facies arredondada, 
rósea. 
• Cardiovascular: íctus não palpável, ritmo 
cardíaco regular em 2 tempos, com bulhas 
normofonéticas, sem sopros. 
• Respiratório: tórax brevilíneo, 
expansibilidade preservada, frêmito 
toracovocal presente, percussão som claro 
pulmonar em todos os campos 
pulmonares, murmúrio vesicular presente 
em todos os campos pulmonares. 
• Abdominal: abdome globoso, com cicatriz 
cirúrgica em baixo ventre, espaço de 
Traube timpânico, doloroso à palpação 
superficial e profunda em hipocôndrio 
direito, fígado não palpável, ruídos 
hidroaéreos universalmente audíveis. 
• Extremidades bem perfundidas, pulsos 
palpáveis e simétricos, sem edemas. 
Hipóteses diagnósticas: 
• Colecistopatia calculosa crônica. 
• Doença do refluxo gastroesofágico 
• Síndrome dispéptica 
• Obesidade. 
Exames complementares: 
Laboratório: 
• Hemoglobina 13,2 g/dl, hematócrito 40,4%, 
leucócitos 8500 µL com diferencial normal, 
plaquetas 200.000 µL. 
• Glicemia de jejum 102 mg/dL 
• Colesterol total 260 mg/dL 
• LDL 166 mg/dL 
• HDL 59 mg/dL 
• TG 290 mg/dL 
• ALT 36 U/L 
• AST 64 U/L 
• gama GT 112 U/L 
• Fosfatase alcalina 152 U/L 
• Bilirrubinas totais 1,2 mg/dL, BD 0,8 mg/dL 
e BI 0,4 mg/dL Proteina C reativa 0,05 mg/
L 
• Ureia 34 mg/dL e creatinina 0,9 mg/dL 
• Sorologias para hepatites A,B e C não 
reagentes. AntiHBs > 700U (vacinação) 
Radiografia de tórax PA 
 
Ultrassonografia do abdome: 
Laudo 
• Fígado com dimensões normais, contornos 
regulares e margens finas. Parênquima 
com ecogenicidade discretamente 
aumentada, sem lesões focais. Veias porta 
e esplênica sem alterações. 
• Vesícula biliar de forma, contornos 
normais. Paredes discretamente 
espessadas. Presença de múltiplos 
cálculos móveis, que perfazem sombra 
acústica posterior. Não há dilatação de vias 
biliares intra ou extra-hepáticas. 
• Pâncreas de dimensões, contornos e 
textura habituais. Não há dilatação de 
ducto pancreático principal. 
• Baço com dimensões normais sem 
alteração da ecotextura. 
• Aorta e veia cava inferior sem alterações. 
• Rins tópicos, com dimensões normais, 
contornos regulares. Parênquima com 
espessura e ecogenicidade habituais. Sem 
evidência de cálculos. 
• Bexiga com boa distensibilidade, 
espessura de paredes normal e contornos 
regulares. 
• Ausência de líquido livre na cavidade 
abdominal. 
Conclusão: 
• Colecistopatia litiásica sem sinais de 
colecistite. 
• Sinais de esteatose hepática. 
Endoscopia digestiva alta 
 
• Esôfago –forma, calibre, distensibilidade 
preservada. Mucosa íntegra em toda a sua 
extensão. Transição esôfago-gástrica no 
nível do pinçamento diafragmático, sem 
hernias. 
• Estômago – Forma, volume e 
distensibilidade conservados. Lago mucoso 
claro em pequena quantidade. Pregueado 
mucoso normal. Mucosa de fundo sem 
alterações. Mucosa de antro com 
enantema moderado. Pequena curvatura 
normal. Piloro íntegro e centrado. Sem 
anormalidades à retrovisão. 
• Duodeno – Forma e distensibilidade 
preservadas. Mucosa de primeira e 
segunda porções sem alterações. 
Conclusão 
• Gastrite enantemática moderada de antro. 
• Teste da urease negativo 
Conduta 
• Prescrito dieta hipogordurosa, anti-
espasmódicos e analgésicos. 
• Encaminhada para cirurgião geral para 
avaliação de necessidade de tratamento 
cirúrgico. 
SCAPS 
• De acordo com o caso descrito acima responda atentamente: a qual nível de atenção 
compreende a “avaliação do cirurgião geral” e qual nível de atenção compreenderá o 
“tratamento cirúrgico”? 
Entende-se como prevenção secundária, o primeiro diagnóstico e tratamento precoce, visando 
um diagnóstico imediato e um tratamento para evitar a prevalência da doença no indivíduo, 
portanto a avaliação do cirurgião geral se encaixam em prevenção secundária, enquanto o 
tratamento cirúrgico propriamente dito se encaixa em tratamento invasivo o que o coloca em 
nível de assistência terciária da atenção básica. 
• Sabendo-se que a paciente tem doença crônica não transmissível cite 2 ações que a 
atenção básica poderá realizar para o cuidado com a paciente relatada? 
A atenção básica poderá promover ações e palestras de conscientização sobre melhora da 
qualidade de vida e hábitos de vida mais saudáveis, no caso da mesma, importante a 
alimentação saudável para perda de peso e e programas do exercício regular, também vale os 
ACS instruirem sobre como a mesma pode, com acoes simples no dia a dia, prevenir suas 
crises de rinite alérgica. 
• Com base nos antecedentes pessoais que a paciente possui, além de seu histórico 
clínico, cite um dos fatores de risco modificáveis e um fatores de risco não 
modificáveis relacionados à doença crônica não transmissível: 
Fatores de risco modificáveis: abolição do tabagismo passivo 
Fatores de risco não modificáveis: poluição do ar 
FARMACOLOGIA 
• Diante das queixas de dor, foi prescrita a associação de escopolamina com dipirona 
(Buscopam compostoR). Tendo em vista os achados gastrintestinais obtidos no 
interrogatório dos diversos aparelhos, qual o possível efeito indesejado desta 
prescrição? Explique. 
Escopolamina/Hioscina (Buscopan®), Propantelina e Dicloverina. Estes fármacos antagonizam 
os receptores M3, reduzindo espasmos intestinais por inibir a atividade parassimpática e, 
consequentemente, amenizam a dor do tipo cólica (como se sabe, tradicionalmente, a cólica é 
um tipo de dor causada por contração de uma víscera oca). Porém tais fármacos lentificam a 
peristalse intestinal causando a constipação. 
• A paciente relata melhora do sono com o uso de medicamentos para controle de 
náuseas e vômitos. Quais classes de antieméticos estão associados a este efeito 
colateral? Dê um exemplo de cada classe. Discuta também o efeito sedativo dos 
fármacos antialérgicos relatados pela paciente. 
-> Antagonistas dos receptores H1 (p. ex., cinarizina, ciclizina, e prometazina) 
-> Antagonista dos receptores de histamina não seletivo (p.ex.dimenidrinato) 
-> Antagonista dos receptores H3 (p.ex. beta-histina) 
O efeito sedativo causado pelos fármacos antialérgicos são devido sua capacidade de 
ultrapassar a barreira hematoencefálica e fazer o bloqueio da ação da histamina, que no 
cérebro tem ação de despertar, portanto, o bloqueio do seu receptor causa sonolência. 
• Tendo em vista seu quadro geral de obesidade, dislipidemia e pressão arterial de 
136x86mmHg, qual o impacto do uso frequente de descongestionantes nasais sobre 
sua saúde? Justifique. 
A automedicação crônica de descongestionante nasal pode causar uma hipertensão arterial 
secundária, por causa de suas propriedades adrenérgicas (vasoconstritoras). Em baixos níveis 
séricos, essa droga tem preferência pela estimulação dos receptores alfa 2- adrenérgicos do 
sistema nervoso central. Em doses habituais, os principais efeitos colaterais são de ordem 
neurológica; em dosesmaiores, surgem a hipertensão arterial (secundária à vasoconstrição) e 
as taquiarritmias, face à atuação sobre receptores alfa 1-adrenergicos presentes na 
musculatura lisa vascular, bem como sobre os receptores beta 1-adrenérgicos cardíacos. 
• Diante do perfil lipídico da paciente, quais seriam os fármacos de escolha para o 
tratamento da dislipidemia e seus respectivos mecanismos de ação? 
Vastatinas - inibidor seletivos, específicos e reversíveis da HMG-CoA redutase, portanto 
bloqueia conversão de HMG-CoA em ácido mevalônico. 
Fibratos - são agonistas dos receptores nucleares PPARalfa4, aumenta transcrição dos genes 
de lipoproteína lipase (aumenta a captação hepática de LDL), aumentam a tolerância à glicose. 
Pode ser associado com a vastatinas mas com cautela usando ambos fármacos fracos. 
Paciente Filha 
 
Menina, 7 anos 
Queixa e duração 
• Crises de tosse e chiado desde 3 anos de 
idade 
História Pregressa da Moléstia Atual 
• Paciente apresenta crises de chiado 
acompanhadas de tosse e falta de ar 
desde os 3 anos de idade. As crises duram 
em torno de 5 dias. Geralmente procura o 
Pronto Socorro, onde recebe de 2 a 3 
inalações, com melhora. Ficou internada 
uma vez, com quadro de pneumonia lobar 
na base do pulmão direito, durante uma 
semana, em enfermaria, há 6 meses. A 
partir de então, passou a levar 
regularmente ao pediatra para tratamento. 
Mãe relata de 2 a 3 crises semelhantes por 
ano, especialmente entre maio e agosto. 
• Encontra-se em uso de corticoide inalatório 
em dose baixa há 6 meses. Há 2 meses, 
tem recebido beta 2-agonista de curta 
duração 2 x por semana por crises de 
tosse. Há 1 mês, apresentou quadro de 
“resfriado forte” tratado com corticoide oral 
e beta-2 agonista de curta duração por 5 
dias. Mantém tosse noturna diariamente. 
 
ISDA 
• Alergia a picada de insetos. Obstipação 
intestinal 
Antecedentes Pessoais 
• Nascida a termo, parto normal, peso de 
nascimento 2.800 g; 48 cm. 
• Apgar 9/9 
• Apresentou eczema atópico quando 
lactente. 
• Internação com 6 anos e meio, por 
pneumonia (vide HMA) 
Antecedentes familiares 
• pai com rinite alérgica; 
• mãe asmática até a adolescência. 
Alimentação 
• Aleitamento materno exclusivo até 2 meses 
de vida. 
• Fórmula a partir de então. 
• Introdução de frutas e papas salgadas aos 
6 meses 
• Nega intolerâncias alimentares 
Vacinação 
• Completa 
Ambiente Físico e Emocional 
• Mora com os pais e um irmão, em um 
apartamento de 3 quartos na zona sul de 
São Paulo 
• Divide o quarto com irmão. Quarto com 
cortinas de tecido, piso laminado. Ambos 
têm vários bichos de pelúcia. 
• A família possui um gato de raça não 
definida. 
Escolaridade e Hábitos 
A paciente frequenta a escola no bairro onde 
reside, está no 2o ano. Já está alfabetizada. 
Vai à escola no período da manhã e à tarde, 
vê televisão e joga no computador (4 horas 
em média). 
SCAPS 
• A família é atendida pela UBS da região onde moram com acompanhamento da 
equipe de estratégia da família. Pensando nos atributos da atenção primária, quais as 
ações poderiam ser oferecidas para a família para o acompanhamento do caso da 
filha de 7 anos? 
Baseado nos atributos da tenção primária: 
1) orientação aos pais sobre como identificar uma crise asmática e o que fazer nesses casos; 
2) promover palestras explicativas sobre a importância de hábitos de vida saudáveis; 
3) orientar sobre o perigo do tabagismo, tanto ativo quanto passivo, para a criança 
evidenciando sua condição clinica; 
4) verificar periodicamente se as orientações estão sendo aplicada e se os medicamentos 
estão sendo corretamente administrados (necessáriosupervisão de um responsável devido a 
idade da menina); 
5) explicar sobre a importância de retirar os bichos de pelúcia e as cortinas do quarto em que a 
menina fica, a fim de prevenir possíveis fatores de risco para desencadear uma crise; 
6) orientar sobre se atentar com a interação da menina para com o animal de estimação da 
família; 
7) orientar sobre os perigos de uma criança passar tanto tempo em frente a TV e aparelhos 
eletrônicos; 
• De acordo com o modelo de História Natural da Doença de Leavell e Clark, em que 
período se encontra a doença da menina e em qual nível de prevenção se localizam 
as ações realizadas? 
A doença da meninas já se apresenta no período patogênico/ clínico, entretanto por ter sido 
identificada desde sua infância, se encaixa em doença precoce discernível, sendo assim 
englobada pela prevenção secundaria que visará prevenir o desenvolvimento do quadro clinico 
existente. 
• A menina apresenta uma doença respiratória que se configura como uma doença 
crônica não transmissível (DCNT), que tem por característica a multicausalidade. De 
acordo com o caso, quais são os fatores que pode estar associado à doença 
apresentada? 
Baseando-se no caso, tais fatores estão associados a DCNT: 
1) apresentou eczema atópico quando lactente 
2)pai com rinite alérgica; mãe asmática até a adolescência 
3) poluição ambiental (reside na cidade de São Paulo) 
4) família possui um gato 
5) quarto com cortinas de tecido, piso laminado, com vários bichos de pelúcia 
6) 2 a 3 crises semelhantes por ano, especialmente entre maio e agosto 
• De acordo com o modelo de níveis de prevenção pelo Método Clínico Centrado na 
Pessoa, em qual nível de prevenção se encontram as ações realizadas no caso? 
Método Clinico Centrado na Pessoa baseia-se em: 
1) explorar a saude, a doença e a experiencia da doença (entender a doença e a experiencia 
da pessoa com a doença) 
2) entendendo a pessoa com um todo, considerando o contexto próprio do paciente e o 
contexto em que o mesmo esta inserido 
3) elaborando um plano conjunto de manejo dos problemas - tomada de decisões conjuntas 
4) intensificar a relação entre a pessoa e o profissional de saúde 
no caso clinico descrito é possível observar ate o número três com as açōes descritas no 
mesmo. 
FARMACOLOGIA 
• Quais as classes de antibióticos preconizados no tratamento da pneumonia adquirida 
na comunidade? Dê um exemplo de cada classe e seus respectivos mecanismos. 
A classe de antibióticos de primeira escolha para o tratamento de pneumonia típica adquirida 
na comunidade é a classe dos β-lactâmicos . 
Mecanismo de ação dos β-lactâmicos: agem através da inibição da síntese de peptideoglicano 
da parede celular da bactéria. 
Exemplo: Penicilina (amoxicilina); Cefalosporinas. 
Entretanto, nos casos de pneumonia ATÍPICA adquirida na comunidade, onde o exame de 
imagem não é compatível com a clínica do paciente, usa-se a classe dos Macrolídeos. 
Mecanismo de ação dos macrolídeos: Se ligam na subunidade 50S do ribossomo, próximo ao 
centro da peptidiltransferase e impedem o alongamento da cadeia peptídica, 
consequentemente inibindo a síntese proteica. 
Exemplo: Azitromicina. 
• Explique as vantagens dos corticoides inalatórios sobre aqueles de uso sistêmico para 
o tratamento em longo prazo. 
Os corticoides inalatórios (budesonida) possuem a vantagem de alcançar alta concentração do 
fármaco nos pulmões (diretamente no local de inflamação ativa), com aplicação de doses 
menores, com aumento do índice terapêutico e sem reduzir a eficácia clínica do fármaco. Além 
disso, possui baixa liberação sistêmica e, portanto, apresentam menores risco de reações 
adversas (reações adversas: supressão do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, reabsorção 
óssea, catarata, afinamento da pele, púrpura, disfonia, candidíase oral e retardo do 
crescimento). Os corticoides sistêmicos (prednisona, prednisolona) são reservados para 
exacerbações agudas e asma grave. 
• Sabe-se que na maioria dos pronto-socorros é comum a associação de ipratrópio e 
fenoterol nas inalações para alívio de broncoespasmos. Justifique a prática desta 
associação com base em seus mecanismos de ação. 
O ipratrópio é um antagonista competitivo dos receptores colinérgicos muscarínicos para a 
acetilcolina e promovem a broncodilatação da via respiratória. O fenoterol é um agonista beta2 
adrenérgico de curta duração, usado para rápido alívio dos sintomas na fase aguda da asma e 
na prevenção da crise induzida pelo exercício. 
• No tratamento de controle da asma é comum a associação de agonistas beta-2 de 
longa duração à corticoides inalatórios e antagonistas de receptores cys-LT. Explique a 
utilidade desta associação. 
Os broncodilatadores b 2- agonistas de curta ação são as medicações de escolha para o alívio 
dos sintomas da asma, enquanto os b 2- agonistas de longa ação são fármacos que, 
associados à terapia de manutenção com corticosteróides inalatórios, atuam para o melhor 
controle dos sintomas. De modo geral, os agonistas de receptores beta 2 adrenérgicos 
promovem a broncodilatação da musculatura lisa das vias aéreas, impedem a liberação de 
mediadores inflamatórios broncoconstritores dos mastócitos, previnem o vazamento 
microvascular (que pode causar edema), aumentam a depuração mucociliar e impedem a 
broncoconstrição colinérgica reflexa. 
O emprego de b 2- agonistas de curta duração como tratamento isolado de manutenção não é 
recomendado; o uso freqüente (mais de duas vezes por semana) indica necessidade de 
tratamento antiinflamatório. Esses medicamentos não têm ação antiinflamatória, não devendo 
ser usados isoladamente para o tratamento da asma. Os antagonistas de receptores cys-LT 
inibem a ação dos leucotrienos e inibem a asma induzida por exercício. 
Paciente Filho 
 
Identificação 
 adolescente, 15 anos, branco, estudante do 
ensino médio, procedente e residente 
de São Paulo, solteiro, católico. 
Queixa principal 
• caroço no pescoço há 1 mês. 
História da Moléstia Atual: 
• Paciente vem acompanhado da mãe para 
consulta médica devido ao aparecimento 
de tumoração indolor em região cervical 
direita há 1 mês. 
• Associado ao quadro, vem com febre 
medida de 37,8°C, na maioria das vezes, 
no período vespertino. 
• Mãe notou que o filho vem apresentando 
aumento da sudorese durante a noite, 
chega a ter necessidade de trocar o lençol 
pela manhã. Está inapetente neste 
período. 
Inquérito sobre os diversos aparelhos 
(ISDA) 
• Pele e anexos: sem queixas. 
• Cabeça e pescoço: cefaléia occipital em 
peso durante os períodos de febre. 
• Aparelho cardiovascular: sem queixas. 
• Aparelho respiratório: tosse seca 
esporádica há 2 semanas, nega dor 
torácica, nega dispneia. 
• Aparelho GI: desconforto abdominal e azia 
com alimentos gordurosos há 2 semanas, 
nega náuseas e vômitos. 
• Aparelho GU: sem queixas. 
Aparelho Locomotor: sem queixas. 
Sistema nervoso e psiquismo: sem 
queixas. 
Antecedentes pessoais 
• Saudável. 
• Puericultura em dia. 
• Carteira de vacinação completa para idade. 
• Nega antecedentes cirúrgicos. 
• Nega antecedentes alérgicos. 
Hábitos e vícios 
• Natação 2 x semana. Futebol 2 x semana. 
• Nunca fumou. 
• Nunca bebeu. 
• Nunca usou drogas. 
Condições de Moradia: 
• Mora com os pais, 1 irmã e avó materna. 
• Apartamento de 3 quartos na zona Sul de 
São Paulo. 
História Familiar: 
• Mãe 45 anos, publicitária. 
• Pai 55 anos, empresário, HAS leve, usa 
anlodipina e captopril. 
• Avó materna diabética e hipertensa. 
• Avô materno falecido. 
• Avó paterna teve CA de intestino. 
• Avô paterno HAS. 
Exame Físico: 
• Bom estado geral, corado, hidratado, 
acianótico, anictérico, afebril (T 36,9°C), PA 
100x60 mmHg, FC 88 bpm, FR 16 ipm, 
Peso 60 kg, Altura 1,65 cm, IMC= 22 Kg/ 
m2. 
• Cabeça e pescoço: massa palpável em 
região cervical direita com confluência de 
linfonodos, medindo no total 10 cm, 
consistência fibroelástica, firme, pouco 
aderido, indolor a palpação, sem mudança 
de coloraçãoda pele. Não há 
linfonodomegalias palpáveis nas outras 
cadeias linfonodais (axilar, inguinal). 
• Aparelho cardiovascular: íctus visível e 
palpável 1 polpa digital no 5 espaço 
intercostal esquerdo na linha 
hemiclavicular, ritmo cardíaco regular, em 2 
tempos, com bulhas normofonéticas, sem 
sopros. 
• Aparelho respiratório: tórax normolíneo, 
expansibilidade preservada, frêmito 
toracovocal normal, percussão som claro 
pulmonar em todos os campos 
pulmonares, murmúrio vesicular presente 
em todos os campos pulmonares. 
• Abdome plano, normotenso, sem cicatrizes 
ou lesões, espaço de traube timpânico, 
hepatimetria 10 cm, fígado palpável no 
rebordo costal direito, consistência mole, 
sem nodulações, indolor à palpação 
superficial e profunda. 
• Extremidades bem perfundidas, pulsos 
palpáveis e simétricos, sem edemas. 
 
• Hipóteses diagnósticas: 
Síndrome infecciosa? 
• Linfonodomegalia a esclarecer? 
(Localizada ou generalizada?) 
• Neoplasia? 
Exames complementares: 
• Hemoglobina 12,5 g/dL, hematócrito 
37,5%, VCM 89 fL, leucócitos 12.000 µL 
(diferencial normal), plaquetas 400.000 µL, 
função renal e hepática sem alterações, 
VHS 80 mm/h, proteínas totais 6g/ dL, 
albumina 3 g/dL. 
• Sorologias para hepatites A,B e C não 
reagente. AntiHBs > 1000U (vacinação). 
• Sorologia para HIV não reagente. 
• Sorologia para Epstein-Baar IGM não 
reagente e IGG positiva. 
• Sorologias para Toxoplasmose, 
Citomegalovírus não reagentes. 
RX de tórax 
laudo 
alargamento difuso do mediastino 
HD: Linfonodomegalia generalizada. 
Necessário anátomo-patológico para 
confirmação diagnóstica 
LEMBRETE: se a hipótese diagnóstica é de 
câncer hematológico (doença 
linfoproliferativa) recomenda-se a exérese do 
linfonodo para a classificação do Linfoma. 
Demais tumores na região cervical podem 
ser investigados por punção através de 
agulha fina (PAAF). 
Cirurgia de cabeça e pescoço: técnica 
operatória da região cervical 
Encaminhado para biópsia de linfonodo 
cervical direito: 
Resultado AP: infiltrado inflamatório 
composto por linfócitos, histiócitos, 
plasmócitos, eosinófilos e alguns neutrófilos 
em meio a bandas fibrosas com presença de 
células de Reed-Sternberg (RS) esparsas 
nesse meio. IH: células de RS positivas para 
CD15 e CD30, CD 20 positivo em alguns 
linfócitos. 
Realizado PET-CT de corpo inteiro: que 
mostra SUV alta em linfonodos cervicais a 
direita e do mediastino. 
Realizado biópsia de medula óssea: 
normocelular para idade, sem infiltração do 
linfoma. 
Finalizado Estadiamento do paciente: IIBX 
massa bulky > 10 cm). 
Tumores hematológicos não seguem TNM. 
As doenças linfoproliferativas são estadiadas 
pelos critérios de Ann Arbor: 
 
 
Fonte: http://www.moreirajr.com.br/
revistas.asp?id_materia=6127&fase=imprime 
Condutas terapêuticas: 
• Iniciado tratamento quimioterápico 
preconizado. 
• Encaminhado para seguimento 
multidisciplinar com psicologia. 
• Orientado sobre criopreservação de 
sêmen. 
SCAPS 
• Após a interpretação dos resultados dos exames complementares e na hipótese da 
necessidade de biópsia, como deve proceder o médico da UBS para respeitar garantir 
a integralidade da assistência? 
O medico da UBS deverá encaminhar o paciente para realizar o exame em centros de 
especialidade, fato esse englobado nos atributos da atenção básica, previsto no nível de 
prevenção secundário. 
• Em qual nível de assistência está caracterizado o atendimento inicial do paciente e em 
qual nível de assistência, caso tenha necessidade de procedimento cirúrgico, será 
atendido? 
O atendimento inicial do paciente está prescrito no nível de assistência primário da atenção 
básica, agora caso haja a necessidade de procedimentos cirúrgicos, o mesmo estará se 
adequando sobre o nível de assistência terciário da atenção básica, que engloba a tratamentos 
invasivos. 
FARMACOLOGIA 
• Quais são os fármacos que compõem o regime ABVD? Classifique os fármacos como 
ciclo específicos ou não ciclo específicos. Qual é a justificativa para usar uma 
composição de fármacos que atuam em pontos diferentes do ciclo celular? 
Os fármacos que compõem o regime ABVD são: Adriamicina, Bleomicina, Vinblastina e 
Dacarbazina. A Adriamicina é um agente não específico da fase do ciclo celular. A Bleomicina é 
ciclo-celular específico e faz as células se acumularem na fase G2. A Vinblastina é um agente 
específico de fase do ciclo celular (fase M). A Dacarbazina consiste em um fármaco de ciclo 
não específico, são agentes alquilantes, que causam alterações na cadeia de DNA e impedem 
sua replicação, são responsáveis pelo recrutamento das células quiescente para o processo 
de divisão celular para ação das drogas ciclo-específicas. As drogas ciclo-específicas atuam 
sobre a fração proliferativa do câncer e apresentam maior eficácia se administradas em um 
período de tempo prolongado, onde um maior quantitativo de células, que estejam em 
determinada fase do ciclo celular, em momentos diferentes, estarão expostas a sua ação. As 
ciclo-inespecíficas atinge a outra parcela de células que se dividem lentamente, são dose 
dependente e a administração prolongada não parece acrescentar benefícios ao tratamento. 
• Qual é o mecanismo de ação da Vimblastina e cite os dois principais efeitos adversos 
associados à esta medicação. 
A vimblastina faz parte da classe dos alcaloides da vinca , estes fármacos ligam-se à tubulina 
e inibem a polimerização em microtúbulos, impedindo a formação do fuso nas células em 
divisão e originando a parada na metáfase. Seus efeitos manifestam-se apenas durante a 
mitose. Eles também inibem outras atividades celulares que requerem o funcionamento 
microtubular, como a fagocitose de leucócitos e a quimiotaxia, bem como o transporte axonal 
em neurônios. Os efeitos adversos dos alcaloides da vinca diferem de outros fármacos 
anticâncer. A vimblastina é menos neurotóxica, mas causa leucopenia. Todos os membros do 
grupo podem causar alopecia reversível. 
• Apesar de a Doxorrubicina e a Vimblastina apresentarem mecanismos de ação 
diferentes, alguns pacientes que desenvolvem resistência à uma delas também 
apresentam resistência à outra. Qual é a justificativa para esta resistência múltipla? 
Devido a maior expressão de proteínas de transporte do fármaco dependentes de energia na 
superfície celular, principalmente glicoproteína P (P-gp/MDR1;). Essas proteínas são 
responsáveis pela multirresistência a diversos fármacos anticâncer estruturalmente diferentes 
(p. ex., doxorrubicina, vimblastina). A glicoproteína P protege as células contra as toxinas 
ambientais. Funciona como um “aspirador de pó” hidrofóbico, coletando substâncias químicas 
estranhas, como os fármacos, quando eles atravessam a membrana celular, e, a seguir, 
expelindo-os. Sendo assim, diminuindo o acúmulo dos fármacos citótóxicos nas células. 
• Os pacientes que não respondem ao tratamento quimioterápico podem receber 
brentuximabe-vedotina como tratamento alternativo. Os pacientes recebendo 
brentuximabevedotina estão em risco de apresentarem uma reação de 
hipersensibilidade. Qual é a classe de fármacos do brentuximabe-vedotina e porque ele 
apresenta o risco elevado de causar uma reação de hipersensibilidade? 
Esse fármaco pertence a classe dos anticorpos monoclonais. Pelo fato de ser um 
imunocomplexo e por lisar os linfócitos B ao se ligar à proteína CD20, abrange reações de 
hipersesnsibilidade, por desencadearem liberação de citocinas. O Brentixumabe tem como alvo 
células T e é um conjugado de um fármaco citotóxico ligado a um anticorpo que se une ao 
CD30.

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