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Jacob moreno Processos grupais TEORIA DA ESPONTANEIDADE Espontaneidade = Reposta do indivíduo a uma nova situação, ou uma resposta a uma situação antiga, de modo adequado. A espontaneidade, a criatividade e a sensibilidade são recursos inatos que o homem já desde seu nascimento A criança nasce espontânea, sendo este seu primeiro ato espontâneo. Ao sair do útero, está tendo seu primeiro ato de pontualidade (sair do útero materno e chorar e interagir com esse novo mundo). Durante toda a infância depara-se com uma inúmeras surpresas e novidades que favorecem a manifestação da sua espontaneidade, contudo até o momento da morte, o sujeito vai passar por uma série de processos até a dada aniquilação da espontaneidade pois são impostas regras, modos de se comportar e ensinamentos que entram em choque com sua espontaneidade e criatividade. • Tais imposições são conservas culturais, tudo que aquilo que foi produzido pelo homem e se mantém como normas, culturais, tecnologia, teorias, etc. ele vai perdendo aos poucos essas características que são inatas, essa espontaneidade, sensibilidade e criatividade caso comparado a infância • Um dos objetivos centrais da psicoterapia psicodramática é resgatar a espontaneidade. Moreno acredita que podemos nos educar para a espontaneidade liberando dos clichês e estereótipos culturais, para que possa surgir novas dimensões da personalidade. PSICODRAMA • Consiste no emprego da representação dramática como veículo de expressão dos conflitos, unindo ação à palavra. Moreno trabalhava com a enteada em 1923 e ele vai ter uma grande sacada que é a de utilização desta do teatro como uma forma de intervenção terapêutica antes de entrar propriamente na ideia do psicodrama. Ele pensar a partir dali o uso da encenação e da dramatização como uma maneira de tratar os conflitos dos pacientes numa situação de psicoterapia. A sessão psicodramática desenvolve-se em três momentos: aquecimento, representação/encenação e o compartilhamento ETAPAS DO PROCESSO PSICODRAMÁTICO Aquecimento Pode ser específico e inespecífico; Nesta parte do psicodrama, são feitos exercícios para que os assistentes sejam integrados e tomem consciência do começo. Busca-se criar o clima propício para a cena Encenação/ Dramatização Tem a sua raiz na palavra drama que deriva do grego – drama – que, por sua vez, significa ação. É o ato de pôr em ação o emergente grupal proveniente do aquecimento específico. Uma pessoa é encorajada a explicar o problema que tem, e essa pessoa pode representá-lo ou escolher outras para encenar seu problema. A dramatização é a ação que mais se aproxima da realidade, na medida em que permite recriar, simbolizar e representar situações do quotidiano; contudo a dramatização não é a realidade. Permite aos protagonistas a exteriorização das suas vivências interiores, ideias, emoções, sentimentos, necessidades, dificuldades e simultaneamente autodescobrir novas formas de interagir. Contemporâneo e crítico de Freud e judeu, Jacob Levy Moreno, nasceu em 1889 na Romênia e se formou em Medicina e Filosofia em Vienna. Trabalhou como médico em um campo de refugiados durante a Primeira Guerra. e criou o teatro da espontaneidade em 1921, descobrindo a ação terapêutica da dramatização em 1923 -No decorrer da dramatização o diretor poderá utilizar determinadas técnicas. -Na troca de papéis surge a espontaneidade. Compartilhamento Nesta parte do encontro, as pessoas compartilham sua experiência, seja porque participaram da atuação ou através da percepção que obtiveram sendo espectadores. A partilha possibilita uma maior reflexão sobre a situação e, simultaneamente, faz lembrar que temos outras escolhas possíveis INSTRUMENTOS DO PSICODRAMA CENÁRIO- local onde ocorre a ação dramática, é multidimensional e móvel; DIRETOR- é o psicodramatista que conduz a sessão; EGO AUXILIAR: é o papel complementar do diretor dentro do grupo ( ator, auxilia o protagonista, também é publico); PROTAGONISTA- é o sujeito emerge para ação dramática, que iá representar um cena; PLATEIA/ PÚBLICO- é o grupo com quem o protagonista irá se relacionar TÉCNICAS PSICODRAMÁTICAS Inversão de Papéis O protagonista é convidado a trocar de lugar com o personagem que com ele contracena e assumir seu papel. Colocar-se no lugar do outro visa proporcionar uma quebra do hábito de visualizar o conflito sempre do mesmo lado. Quando na dramatização o protagonista interage com o ego auxiliar e o diretor enuncia a palavra troca o protagonista toma o papel do seu interlocutor. Escultura Trata-se de fazer de uma ou mais pessoas uma escultura que expressa os sentimentos e pensamentos que nos oprimem. A pessoa também pode moldar seu próprio corpo. Esta é uma forma maravilhosa de colocar toda a nossa criatividade no ato. Espelho Consiste em que outras pessoas representem o problema (ego auxiliar) que um dos participantes tem e este veja de fora. Aqui, ambas as pessoas aprendem com a experiência, o público e observador também. Ajuda a identificar como próprios, aspectos e condutas que não está podendo reconhecer como seus. Duplo Durante a ação o duplo é utilizado “quando o protagonista está impossibilitado ou tem muita dificuldade para se expressar verbalmente” O diretor pede ao ego auxiliar, durante a dramatização, que coloque a mão sobre o ombro do protagonista e faça um desdobramento do seu “eu”. O ego auxiliar faz uma interpretação da situação vivencial, ou seja, dos sentimentos dos protagonistas, uma melhor clarificação dos conteúdos verbais, “os verdadeiros receios, motivações ou intenções escondidas”. Alter-ego O coordenador ou o ego auxiliar diz ao ouvido do protagonista o que acha que esta oculto em sua mente, para que este tome consciência. Solilóquio | Monólogo O protagonista é estimulado a dizer em voz alta, como se falasse consigo mesmo, sentimentos e pensamentos evocados durante a cena dramática. Prospecção ao Futuro Convida-se o protagonista a imaginar-se num tempo futuro e a visualizar os conteúdos da situação conflitiva trabalhada TEORIA DOS PAPÉIS Conjuntos de expressões das várias possibilidades identificatórias do ser humano. Os papéis psicodramáticos expressam as diferentes dimensões do eu e a versatilidade das representações psíquicas. É a forma de funcionamento assumida pelo individuo no momento específico em que reage a uma situação especifica, na qual estão evolvidas outras pessoas e objetos. Embora seja esperado socialmente que cada um desempenhe determinado papel social (familiar, profissional, cidadão) cada um de nós deseja encarnar outros papéis distintos, além dois que são permitidos. Esse desejo é fonte permanente de ansiedade TELE Origina-se do grego e significa “influencia à distância” O cimento que mantém os grupos unidos Refere-se a percepção mútua entre os indivíduos A tele consiste, basicamente, na capacidade de diferenciar pessoas, coisas e objetos como partes separadas de si mesmo e comunicar-se empaticamente com elas. A empatia se refere á capacidade do individuo se colocar no lugar do outro, captando como o outro está se sentido. Já a tele é a empatia ocorrendo nas duas direções
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