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DAIRA ESTER DE SOUSA – TURMA 93 – FORP / USP Anatomia e Cirurgia de Acesso Pré-molares e Molares Inferiores Objetivos da terapêutica endodôntica: ➔ Abertura ➔ Limpeza ➔ Forma ➔ Desinfecção ➔ Tratamento restaurador ➔ Proservação ➔ Obturação Cirurgia de acesso é o ato operatório pelo qual se expõe a câmara pulpar. A anatomia interna é projetada para a superfície externa, ou seja, é a anatomia interna que vai ditar a forma da cirurgia de acesso. Portanto, o objetivo da cirurgia de acesso é possibilitar o acesso livre e direto aos canais radiclares, facilitando as futuras etapas de preparo químico- mecânico e obturação. Portanto, a correta cirurgia de acesso está intimamente relacionada ao sucesso do tratamento endodôntico. Protocolo de cirurgia de acesso dos pré-molares e molares inferiores: • Pré – molares inferiores: ➢ Anatomia: Dente Comprimento médio (mm) Altura da Coroa (mm) Número de Raizes 1° Pré-molar inferior 21,60 8,60 1, 2 ou 3 2° Pré-molar inferior 22,10 8,10 1, 2 ou 3 Obs.: Tanto em Pré-molares como em Molares, o longo eixo do dente não correspode ao longo eixo da coroa, ou seja, eles possuem uma inclinação para lingual. Essa caracteristica é imporante para o acesso. ➔ Apresentam sulcos radiculares nas faces proximais, que levam a alterações internas podendo causar o achatamento do canal ou até mesmo a divisão do canal, isso dependendo da extensão e profundidade que esse sulco pode apresentar, podendo gerar uma bifurcação ou trifurcação. ➔ As raizes podem estar totalmente fusionadas ou elas podem estar parcialmente fusionadas, pode também acontecer a presença de um canal em “C”, ou seja, esse sulco não chega a separar em mais de um canal. ➔ Pode apresentar até 4 canais radiculares. ➔ A presença de canais laterais (sai do conduto principal da raíz e se direciona para a face externa) tem a prevalência de 22 à 44% nos primeiros pré-molares inferiores e de 15 à 48% nos segundos pré-molares inferiores. ➢ Principios gerais da abertura coronária: ➔ Ponto de eleição: ponto pré determinado, localizado na oclusal nos dentes posteriores. O ponto de eleição vai ser o centro do sulco, no quadrante central, utilizando a broca carbide esférica (normalmente n° 2 ou 3, mas vai depender do tamanho da coroa). DAIRA ESTER DE SOUSA – TURMA 93 – FORP / USP ➔ Direção de trepanação: é a inclinação dada à broca para atingir a câmara pulpar, a partir do ponto de eleição. Modificado de acordo com a posição do dente no arco e configuração da coroa e câmara pulpar. A direção de trepanação será paralela ao longo eixo do dente. Trata-se da inclinação imposta ao instrumento cortante para atingir a câmara pulpar, a partir do ponto de eleição. A penetração do instrumento vai até a sensação de “queda no vazio”. ➔ Forma de contorno: forma inicial da cavidade de acesso resultante da topografia da câmara pulpar de cada grupo dental, levando em consideração tamanho, forma e número de canais e curvaturas. Portanto, a forma de contorno está relacionada com a anatomia interna do dente. Para se obter o preparo ideal deve ser considerado o tamanho e forma da câmara pulpar e o número de canais. Realiza-se com a remoção de teto: movimento de dentro pra fora. A forma do contorno será circular ou ovóide com maior diâmetro vestíbulo – lingual. Usar os exploradores, o n°5 a ponta angulada nos permite verificar se ainda apresenta teto ou não, se há necessidade de retirar mais ou não. ➔ Forma de conveniência: tem como objetivo favorecer o livre acesso a embocadura dos canais e o acesso direto ao forame apical para uma correta lipeza, modelagem e obturação do sistema de canais radiculares. A forma de conveniência é uma pequena alteração da forma de contorno. Faz uma ligeira divergência para ocusal, com o uso da broca Endo Z. ➔ Remoção da dentina cariada remanescente e restaurações danificadas ➔ Limpeza da cavidade É feita irrigação abundante em todo o processo. Depois de realizado todo o processo, é possivel identificar a embocadura do canal com o explorador reto. Feito isso, passa a ser feito o desgaste compensatório que é o preparo do terço cervical dos canais radiculares podendo ser usado as limas rotatórias - #25.12, 25.10, 25.08, 25.06 ou 40.10, 35.08, 30.06. As brocas – CP Drill, LaAxxess 20.06, 35.06, 45.06 – são mais calibrosas, podem ser usadas nos pré-molares quando condutos são únicos, bara embocaduras mais delgadas fazer uso das limas rotatórias. Atenção: ➔ A presença do sulco radicular, a sua profundidade, posicionamento é o que vai refletir na anatomia interna. ➔ A maioria dos PMI vão ter uma raíz, mas eles podem apresentar duas ou três raízes, dependendo do sulco radicular, e como consequência eles podem apresentar 1, 2, 3 ou 4 canais radiculares. ➔ Quanto maior o número de canais, maior será a dificuldade de acesso e visualização das estruturas internas do conduto. DAIRA ESTER DE SOUSA – TURMA 93 – FORP / USP ➔ Uma radiografia de diagnóstico de qualidade, com a correta interpretação, é importante para o sucesso do tratamento. • Molares Inferiores: Tanto em Pré-molares como em Molares, o longo eixo do dente não correspode ao longo eixo da coroa, ou seja, eles possuem uma inclinação para lingual. Essa caracteristica é imporante para o acesso. Em oclusal, a distância Disto – Mesial é maior que a distância Vestíbulo – lingual. ➢ Anatomia: Dente Comprimento Médio (mm) Altura da Coroa (mm) Número de Raízes Número de Canais 1° Molar inferior 21,00 7,90 2 ou 3 (fusionadas ou individuais) 1, 2, 3 ou por raiz 2° Molar inferior 21,70 7,85 1 ou 2 (fusionadas ou individuais) 1, 2 ou 3 ➔ Geralmente apresentam 2 raízes. ➔ O 1° MI apresenta a raiz mesial com curvatura mais acentuada em direção a raiz distal. Já a raiz distal pe mais reta. ➔ O 2° MI as raízes normalmente são poucos divergentes, ou seja, elas possuem uma tendência ao fusionamento, sendo mais comum a presença de canais em forma de “C” (cerca de 8% de prevalência). ➔ Em termos de canais radiculares, na raiz mesial pode apresentar 2 ou 3 canais radiculares; na raiz mesial, devido ao achatamento, pode apresentar istmos – conecções dos condutos em diferentes alturas. Já na raiz distal, 1, 2 ou 3 canais radiculares. Quando o canal distal é único, ele apresenta-se bastante amplo e bem achatado. ➔ Em relação aos canais laterais, aqueles que partem do canal principal em direção a parte externa da raiz, eles são localizados principalmente na raiz mesial, com incidência de 20 a 50%. ➢ Principios gerais da abertura coronária: ➔ Ponto de eleição: é o local de escolha em que se inicia o acesso à câmara pulpar. Está no centro do sulco central. Faz-se com o uso de broca carbide esférica (normalmente 2 ou 3, mas depende do tamanho da coroa). ➔ Direção de trepanação: é a inclinação imposta ao instrumento cortantes para atingir a câmara pulpar, a partir do ponto de eleição. O ângulo é paralelo ao longo eixo do dente, ligeiramente inclinado para distal. Essa inclinação permite atingir o local em que há maior volume da câmara pulpar, evitando a perfuração do dente. A penetração do instrumento vai até a sensação de “queda no vazio”. DAIRA ESTER DE SOUSA – TURMA 93 – FORP / USP ➔ Forma de contorno: trapezoidal com base maior voltada para mesial. Está relacionada com a anatomia interna do dente. Para se obter o preparo ideal deve ser considerada o tamanho e a forma da câmara pulpar e o número de canais. Uma vez atingida a câmara pulpar, o trabalho com a broca é no sentido de dentro pra fora, com o objetivo de remover o teto da cavidade. Usar os exploradores, o n°5 a ponta angulada nos permite verificar se ainda apresenta teto ou não, se há necessidade de retirar mais ou não. ➔ Forma de conveniência: com o uso da broca Endo Z, faz o alisamento das paredes, faz uma ligeira divergência para oclusal.Tem como objetivo favorecer o livre acesso a embocadura dos canais e o acesso direto ao forame apical. A forma de conveniência é uma pequena alteração da forma de contorno. ➔ Remoção da dentina cariada remanescente e restauraçoes danificadas ➔ Limpeza da cavidade É feita irrigação abundante em todo o processo. Depois de realizado todo o processo, é possivel identificar a embocadura do canal com o explorador reto. Feito isso, passa a ser feito o desgaste compensatório que é o preparo do terço cervical dos canais radiculares podendo ser usado as limas rotatórias - #25.12, 25.10, 25.08, 25.06 ou 40.10, 35.08, 30.06. Atenção: ➔ É comum a presença de depressões na parte interna das raízes. ➔ No preparo cervical deve-se procurar a fazer movimentos anti curvatura, não na direção interna do dente, pois essas depressões, sulcos, faz com que a espessura de dentina dessas regiões seja mais delgada e dependendo do calibre do instrumento e se fizer movimento em direção a curvatura e não anti curvatura, pode levar a perfuração da raiz. ➔ Raízes fusionadas, com canais achatados em forma de “C”, apresenta grande dificuldade de limpeza, por isso importante a irrigação, aspiração e inundação abundante com hipoclorito de sódio. ➔ Radix Entomolaris – presença de uma raiz adicional (radix entomolaris na lingual e radix paramolaris na face vestibular). Está associada a certos grupos étnicos, como chineses, esquimó e população nativa americana. Possui uma frequência relativa de 5% até 40%. ➔ Uma radiografia de diagnóstico de qualidade, com a correta interpretação, é importante para o sucesso do tratamento. ➔ Presença do canal mésio – mesial com prevalência de 1 a 15%, na raiz mesial tem um terceiro conduto entre o mésio – lingual e o mésio – vestibular. ➔ Presença de istmo que é definido como uma área estreita, em forma de fita, que conecta dois canais radiculares. É frequente nas raízes mesiais de molares inferiores, com prevalência de 54,8%, principalmente no terço apical.
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