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1 
 
 
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 
NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO - FAVENI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA 
TREINAMENTO APLICADO AOS 
ESPORTES COLETIVOS 
 
 
 
 
 
 
ESPÍRITO SANTO 
 
 
2 
 
EDUCAÇÃO FÍSICA E O ESPORTE DA 
ESCOLA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL II: 
ASPECTOS HISTÓRICOS. 
 
 
A Educação Física desde o seu surgimento é marcada por várias tendências 
devido a sua amplitude de conceitos pré estabelecidos ao longo da história. Mediante 
a essas questões, o esporte por ser uma atividade caracterizada como cultura 
corporal, desde o seu surgimento, foi inserida como um dos conteúdos da Educação 
Física que consequentemente, passou a ganhar forças no mundo atual, exercendo 
 
 
3 
 
contribuições importantes para a sociedade que pratica e reproduz esse esporte com 
um olhar crítico. 
 
 
EDUCAÇÃO FÍSICA, HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E SUAS CONCEPÇÕES. 
 
Com base nos dados históricos do surgimento e evolução da Educação Física 
no Brasil, reconhecemos a presença de várias tendências Europeias que exerceram 
influências marcantes no surgimento da Educação Física no Brasil. Este estudo tem 
a necessidade em relatar o seu processo histórico que aqui se encontra dividido em 
três fases. 
De acordo com Melo (1999, p. 33), “a primeira fase é marcada pelo caráter 
embrionário do estudo”, para o autor neste período as publicações eram de livros 
importados, sendo que o primeiro autor a falar dos aspectos históricos da ginástica foi 
Fernando de Azevedo. 
Para Catelani Filho (1998, p. 33-34), os marcos e publicações da história da 
Educação Física Brasileira é devido ao professor Inezil Pena Marinho; publicações 
estas editadas no primeiro período republicano, período onde são notadas as relações 
próximas com o militarismo, época onde foi criada a escola militar pela carta Regina 
de 04 de dezembro de 1810, com o nome de academia militar, após a chegada da 
família real para o Brasil. 
 
 
4 
 
 
Para Ghiraldelli Júnior (2004, p.35), a primeira fase da história da Educação 
Física foi absorvida pela concepção militarista, porém a concepção Higienista era 
marcante nesse período da história. 
De acordo com Ghiraldelli Júnior (2004, p.37): 
 
“A Educação Física higienista foi em grande parte, 
absorvida pela concepção militarista. Não podemos ignorar os 
primeiros esforços do Brasil republicano no sentido de formar 
profissionais da área de Educação física partindo de instituições 
militares. A primeira instituição propriamente voltada para a 
formação de professores de Educação Física foi à escola de 
educação física do exército fundada em 1933. 
 
 
 
5 
 
Percebe-se que neste período da história, começam a ter certa preocupação 
com a formação do professor de Educação Física, pois nesta época as escolas tinham 
como professor de Educação Física um militar de força policial. 
Conforme Ghiraldelli Júnior (2004, p.22) “a Educação Física higienista é o 
produto do pensamento liberal”. 
Para o autor, existem ainda amarras do pensamento liberal, neste período. 
Depositavam na escola as esperanças de que ela seria capaz de mudar os conflitos 
sociais e seria capaz de construir uma sociedade mais democrática e livre de seus 
problemas existente no mundo capitalista. Atualmente podem ser observadas nas 
ruas academias de ginástica nas praças públicas, pessoas fazendo atividades para 
obter o corpo perfeito; a questão da saúde da estética imposta pelos meios de 
comunicação de massa, são essas relações que são resgatadas da concepção 
higienista da história da Educação Física. 
Segundo Saviani (1983 apud, GHIRALDELLI 2004, p. 22), “o liberalismo1 no 
início do século XX em nosso país, acreditou na educação e particularmente na 
escola, como “redentora da humanidade”. Sendo nesse período a figura do liberalismo 
baiano, Rui Barbosa que por muitos foi caracterizado como “militarista”. 
 
1 Segundo Koshiba (2000, p. 342), “[...] O liberalismo descendo o iluminismo, sendo resultado de sua 
população. O iluminismo antecedeu a Revolução francesa e o liberalismo sucedeu. [...]”. Segundo o 
autor “[...] o liberalismo era produto da experiência prática vivenciada nos quadros dos pensamentos 
iluminista [...]”. 
 
 
 
6 
 
 
De acordo com LOURENNÇO FILHO (1954 apud, Ghiraldelli Júnior 2004, p. 
24), Rui Barbosa trás pensamentos em relação Educação Física. 
 
 
[...] A ginástica não é agente materialista, mas pelo contrário, 
uma influência tão moralizadora quanto higiênica, tão intelectual 
quanto física, tão imprescindível a educação do sentimento e do 
espírito quanto á estabilidade da saúde e ao vigor dos órgãos. 
Materialista de fato é sim, a pedagógica falsa, que descurando 
do corpo, escraviza irremissivelmente a alma e a tirania odiosa 
das aberrações de um organismo solapado pela debilidade e 
pela doença. Nessas criaturas desequilibradas, sim é que a 
carne governará sempre fatalmente o espírito, ora pelos 
apetites ora pela enfermidade [...]. 
 
 
7 
 
 
Como menciona o autor, esse relato foi devido às acusações que Rui Barbosa 
sofreu sendo caracterizado como “materialista”. Os depoimentos são devido a 
influências militarista2 que se marcaram presentes por um bom período após o decreto 
de 1921, quando se impôs como o método da Educação Física oficial, o método 
Francês decretando a Educação Física como disciplina obrigatória nos cursos 
secundários e o método francês sendo o único na rede escolar. 
Para Melo (1999, p. 35), “A segunda fase é marcada pelo início de uma 
produção e preocupação maior com os estudos históricos”. Sendo que o autor destaca 
a obra de INEZIL Penna Marinho devido a sua qualidade teórico-metodológica. 
Nesse mesmo período, segundo Ghiraldelli Junior (2004, p. 40), “A Educação 
Física está intimamente ligada ao ensino público nos anos 50 e 60”. No Brasil a 
concepção Pedagogista ganha força no Governo de Juscelino Kusch. 
Para Silva (1950 apud GHIRALDELLI JUNIOR, 2004, p. 27-28), a concepção 
pedagógicista se baseia nos modelos americanos e higiênicos ganhando força no 
período pós-guerra de 1945 – 1964. Conforme o autor nesse período o pensamento 
americano foi o mais marcante. 
 
 
[...] Segundo a Associação Nacional de Educação Física dos 
Estados Unidos, são os seguintes os fins da educação: 
 
2 Conforme Ghiraldelli Junior (2004, p. 25), “[...] A educação Física Militarista, coerente como os 
principais autoritários de orientação fascista, destacava o papel da Educação Física e do Desporto na 
formação de homem obediente e adestrado [...]”. 
 
 
8 
 
“Saúde, desenvolvimento de habilidades fundamentais para a 
vida, formação de caráter e desenvolvimento de qualidades 
dignas de um bom membro de família e bom cidadão, 
aproveitamento sadio das horas livres ou de folga e finalmente, 
preparação vocacional (...)”. 
Saúde: a Educação Física pode contribuir igualmente para a 
saúde física e mental, através de atividades consideradas 
fisicamente saudáveis e mentalmente estimulantes (...). 
Habilidades fundamentais: dentre as habilidades fundamentais 
de toda sorte, de que o indivíduo necessita para assegurar seu 
completo bem estar e ajustamento, salientam-se as habilidades 
físicas como uma necessidade fundamental em todas as idades 
(...). 
Caráter e qualidades mínimas de um bom membro de família e 
cidadão: a Educação Física é uma fase de trabalho escolar que 
particularmente se presta para o desenvolvimento do caráter 
(...). 
Preparação vocacional: certos tipos de atividades físicas, 
especialmente as competições desportivas, desenvolvem 
controle emocional e qualidade de comando e liderança (...). 
Uso contínuo das horas livres ou de folga: o mau 
aproveitamento desse tempo pode destruir a saúde, reduzir a 
eficiência e quebrar o caráter, além de degradar a vida[...]. 
 
 
9 
 
 
Como se apresenta a citação acima, a Educação Física nesse momento 
histórico, tendo a visão do pensamento americano, não exercia nenhuma 
intencionalidade pedagógica para formação humana, pois nesse período as 
preocupações eram de desenvolver habilidades do cotidiano. 
 De acordo com Melo (1999, p. 39), a terceira fase é dada pelos estudos 
históricos ligados ao Esporte e a Educação Física, devido às publicações já existentes 
que na época o esporte e as modalidades esportivas eram desconhecidos para muitas 
pessoas. Para este autor, esse período também é marcado “a partir de uma crítica 
fundamental: a obra de Marinho e uma inspiração téorico-maxista, onde se destaca o 
estudo de Lino Castellani Filho”, “Educação Física no Brasil: A História que não se 
conta”. 
 
Nesse período da história, conforme Ghiraldelli Junior (2004, p. 29-33), a 
concepção competitivista ganhou forças no Brasil, onde o espírito competitivo, as 
perfeições no esporte às marcas e medalhas, eram questões mais importantes e de 
 
 
10 
 
interesse da mídia em passar para a sociedade, que consumia marcas de produtos 
expostos pelas propagandas de televisão etc. Para Ghiraldelli Júnior (p. 42 - 46), a 
Educação Física competitivista ganhou corpo de fato com a ditadura militar, que se 
manteve em rigor no período da história do Brasil na qual se compreende de 1964 até 
1985. Segundo o autor após a década de 70 e 80 a Educação Física teve mudanças, 
aumentando o número de professores, que começaram a discutir as práticas 
educativas em reuniões e congressos, onde surgiram também, trabalhos científicos e 
alguns livros que tratavam da disciplina Educação Física Escolar. 
 
 
HISTÓRIA DO ESPORTE NO 
BRASIL 
 
 
 
11 
 
No Brasil é possível observar que a história do esporte está ligada com a 
história da Educação Física. 
Conforme Tubino (1996, p.15-18), desde o descobrimento até o período de 
1930 no Brasil não existia esporte, para o autor, relatos de “Thomas Arnold” somente 
no século XIX começaram a surgir algumas práticas esportivas que se confundiam 
com Educação Física, pois no Brasil Colonial foram desenvolvidas pelos índios 
algumas práticas esportivas a exemplo de: “O arco e a flecha3, a natação, a 
canoagem, as corridas, as marchas e a equitação”. Todos esses elementos que hoje 
fazem parte de modalidades esportivas que na época era utilizado como meio de 
sobrevivência. 
Segundo o autor, no Brasil Império, outras práticas esportivas eram 
desenvolvidas como: “a esgrima, a equitação e a natação,” essas atividades eram 
desenvolvidas desde a academia Real Militar em 1810. A capoeira também era 
praticada na época pelos negros, escravos que não aceitavam as crueldades 
impostas pelos senhores de engenho. Pois a luta era o único instrumento de defesa 
utilizada para se libertar. 
De acordo com Tubino (1996, p. 20-24), no período Republicano foram 
introduzidas no Brasil diversas modalidades esportivas oriundas da Alemanha, 
 
3 Segundo Tubino (p. 15), o arco e a flecha são os instrumentos que os índios utilizavam para caça, pesca e pra 
guerra. 
 
 
 
12 
 
Suécia, e França. E no final do século XIX e no começo do século XX chegaram ao 
Brasil “a Natação competitiva4, o basquetebol5, o tênis6, o futebol7 e a esgrima8. 
Conforme Pena Marinho (1996 apud TUBINO 1978 p. 20-29), a ginástica alemã 
já tinha chegado ao Brasil devido aos imigrantes alemães que vieram morar no Brasil. 
Sendo assim começaram a implantar os métodos da ginástica alemã. De acordo com 
o autor a ginástica alemã começou a perder forças devido à derrota dos alemães na 
primeira guerra mundial, passando-se a implantar no país nas aulas de Educação 
Física o método Francês e Sueco. 
Para o autor a partir de 1920 as pessoas começaram a praticar as atividades 
esportivas, mediante a isso, começou a surgir competições internacionais onde o 
Brasil teve sua primeira participação nos jogos olímpicos de Antuérpia, local onde 
aconteceu à sétima Olimpíada até então disputada. 
Segundo Magalhães (1996 apud TUBINO 1986, p.41) “conclui-se que o esporte 
brasileiro foi institucionalizado no estado novo sob a referência do controle do estado 
após o decreto da lei nº. 3199”. 
 
 
4 Segundo Pena Marinho (1996 apud TUBINO 1979, p. 22-23), “em 1898, no 1º Campeonato Brasileiro de 
Natação prova de 1.500 metros entre Fortaleza de Villegagnon e a Praia de Santa Luiza no Rio de Janeiro.”. 
5 Para Tubino (p. 23), “por sua vez o Basquetebol foi introduzido no país em 1898 por August Shaw que trouxe 
dos Estados Unidos uma bola deste esporte iniciando sua prática no Mackenzie College de São Paulo, para depois 
ACM do Rio de Janeiro difundir esta modalidade no Brasil sendo que o primeiro torneio, promovido por esta 
entidade ocorreu em 1915”. 
6 Segundo Tubino (p. 23), “o tênis que se manteve como um esporte de elite começou no Brasil através do Tênis 
Clube Walhafa de Porto Alegre, em 1898, e em 1915 teve o seu primeiro torneio sob a direção da Liga 
metropolitana de esportes terrestres”. 
7 Conforme Gonçalves (1996 et al TUBINO1985, p. 23), o futebol chegou ao país em 1894. Tendo como “Charles 
Miller e mais Manuel Gonzáles e Oscar Cox, os principais responsáveis pela sua introdução e divulgação inicial 
de seus regulamentos”. 
8 De acordo com Tubino (p. 23), “No século XX, a esgrima que já era praticada, recebeu grande impulso com a 
criação na Brigada Policial de São Paulo, da Escola de Esgrima, em 1902”. 
 
 
13 
 
[...], E assim ocorreu em 14 de abril de 1941 o decreto nº. 3199, 
que estabeleceu as bases da organização dos esportes no 
Brasil, e foi publicado no Diário Oficial de 16 de abril de 1941 e 
ainda foi ratificado em 18 de abril de do mesmo ano. O decreto-
lei institucionalizou o esporte no país, logo no seu primeiro 
capítulo trata da instituição do Conselho Nacional de Desportos 
– CND, no Ministério da Educação e Saúde destinado a 
orientar, fiscalizar e incentivar a prática dos esportes no país 
[...]. 
 
Entretanto, considera-se que após o decreto e a institucionalização dessa lei, 
em incentivar, fiscalizar e orientar a prática dos esportes no Brasil, coloca-se em 
questão quais as intenções do estado em proporcionar essas práticas esportivas no 
país. Acredito que ao longo da revisão bibliográfica dos autores utilizados para 
descrever as história do esporte e da Educação Física, esse decreto foi utilizado como 
plano de marketing esportivo para a classe dominante. 
Para Tubino (p. 45-57), no período do Estado Novo, o esporte no Brasil continua 
associado à Educação Física; para ele nessa fase da política brasileira, o esporte 
limitou-se a uma perspectiva competitiva centralizada do estado e que nesse período 
de cinquenta anos conclui-se que não tivera nenhuma contribuição para o crescimento 
do esporte como educação. O fim do estado novo foi marcado pela chegada das 
loterias esportivas que por sua vista destinava um percentual do seu lucro ao esporte, 
fase na qual aconteceram alguns movimentos para área do esporte a exemplo de: 
 
 
14 
 
“Esporte para Todos” oriundos da Noruega onde o Brasil começou a desenvolver 
campanha em 1970. 
De acordo com Tubino (1996, p. 91-93), o esporte a partir dos anos de 1990 se 
livrou da ditadura imposta no período do Estado Novo, segundo o autor neste período 
o então o Governo de Fernando Collor de Melo foi caracterizado na área esportiva 
por: “Revogação da Lei de incentivos fiscais ao esporte; Criação da Secretaria de 
Esportes junto à Presidência da República; O retorno do esporte-performance na 
escola e O projeto Brasília - Olimpíadas Ano de 2000”. Com essas mudanças o 
Presidente Fernando Collor de Melo revolucionou o que já existia a respeito do 
esporte, que no período do Estado Novo ficou estagnado, porém o então presidente 
mexeuno esporte da escola ampliando o espírito competitivo dos estudantes sendo 
que não era essa a intenção da escola de formar alunos competitivos. 
Nesse período, como relata o autor (p. 93), o presidente Collor utilizou-se 
também como estratégia de sua campanha eleitoral, o esporte como meio de ganhar 
voto, e através do marketing esportivo de campanhas em trazer as olimpíadas para 
Brasília; entre outros decretos que não melhoraram a prática do esporte nas aulas de 
Educação Física a população continuou ainda sim, reproduzindo o esporte de alto 
rendimento. 
 
 
15 
 
 
Portanto mediante a tantos interesses políticos, é necessário reconhecer, a 
necessidade de que: professores entendam o esporte que se insere na sociedade 
brasileira e que esse esporte é fruto do esporte de alto rendimento, pois esses 
esportes praticados nas escolas públicas e privadas do Brasil tem a necessidade de 
estabelecer um tratamento pedagógico, possibilitando a superação, desafios e 
contradições que o esporte possui nos cunhos da Educação Física Escolar. 
 
 
ESPORTE DA ESCOLA: 
REALIDADE E CONTRADIÇÕES NA 
EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR. 
 
 
16 
 
 
O esporte atualmente é cada vez mais presente e marcante no seu processo 
de formação das pessoas que presenciam a escola como um meio de educação. 
Consequentemente é discutida no âmbito da Educação Física como deve ser 
abordado o esporte na escola e quais contribuições que o esporte pode exercer ao 
longo da vida. 
ESPORTE ESCOLAR: PERPECTIVAS ATUAIS NO CAMPO DA 
EDUCAÇÃO FÍSICA. 
 
 
Ao longo desta apostila nota-se que existe uma predominância das práticas 
esportivas impostas pela sociedade capitalista. Desde o surgimento do esporte e do 
início dos primeiros jogos olímpicos disputados; considerando a introdução das 
modalidades esportivas nas indústrias e nos setores de produção. Existiu na época 
também o interesse do estado burguês em utilizar do esporte como meio para garantir 
lucro. Em paralelo, existia a classe trabalhadora que praticava as modalidades 
 
 
17 
 
esportivas, consumia e utilizava esses produtos impostos pela classe burguesa, o que 
pode ser observado nos dias atuais o poder dos produtos esportivos. 
Conforme os dados históricos da Educação Física e do esporte, expostos no 
capítulo II desta monografia, percebe-se que a origem da Educação Física se 
entrelaçou com a origem do esporte e muitos caracterizam Educação Física como 
uma prática esportiva. 
 À medida que a sociedade crescia e a população adquiria conhecimento 
através da escola como vimos desde o período da Organização do Sistema 
Educacional Brasileiro exposto e comentado anteriormente no capítulo I, o acesso à 
informação da casse operaria aumentava gradativamente, consequentemente a 
classe trabalhadora e os filhos da classe trabalhadora passavam a ter maiores 
informações a respeito do que acontecia no mundo através da informação que a 
escola lhe transmitia. 
Baseando-se nessa linha de raciocínio, o esporte também passou a ser inserido 
nas instituições escolares nas aulas de Educação Física, assim como outros 
conteúdos que foram introduzidos na escola. Foram aplicadas nas aulas de Educação 
Física concepções Europeias na qual compreende como esporte de rendimento. 
A partir do presente momento em que começaram a introduzir o esporte na 
escola seguindo os modelos de esporte de alto rendimento, tendo características 
reprodutivistas, começaram a surgir estudos na perspectiva da cultura corporal e do 
esporte considerando o seu processo de ensino-aprendizagem no âmbito escolar. 
 
Com base no Coletivo de Autores (1992, p. 36): 
 
 
18 
 
 
[...] A perspectiva da Educação Física escolar, que tem como 
objeto de estudo o desenvolvimento da aptidão física do homem, 
tem contribuído historicamente para defesa dos interesses da 
classe no poder, mantendo a estrutura da sociedade capitalista 
[...]. 
 
 
Conforme mencionado pode-se entender que existe um confronto de 
perspectivas da Educação Física Escolar, possibilitando compreender que os alunos 
ao praticarem as aulas de Educação Física desenvolviam exercícios e atividades 
corporais para atingir a melhor agilidade aptidão das atividades diárias. Entretanto 
nessa linha de raciocínio no qual o Coletivo de Autores faz análise crítica, evidenciam-
se os que os alunos são meros reprodutores e que os conteúdos eram abordados de 
uma forma sistematizada e técnica, escolhidos pela escola na qual o esporte era 
escolhido porque garantia a questão do alto padrão de rendimento e performance. 
Conforme o Coletivo de Autores (1992, p.50), caracteriza a Educação Física 
mesmo sendo provisoriamente como: 
 
 
 
[...] uma prática pedagógica que, no âmbito escolar, tematiza 
formas de atividades expressivas corporais como: jogo, esporte, 
 
 
19 
 
dança ginástica, formas estas que configuram uma área do 
conhecimento que podemos chamar de cultura corporal [...]. 
 
 
Reforçando essa perspectiva no trato do conhecimento da cultura corporal 
segundo Assis (2005, p. 11), a Educação Física escolar trabalha os conteúdos da 
expressão corporal de forma pedagógica onde se destaca “o jogo9, a dança10, o 
esporte, o malabarismo a mímica entre outros.” Conforme mencionado podemos 
entender que o “esporte na escola” tem características distintas do “esporte da 
escola”. Para Vago (1996, p. 4), “as práticas culturais do esporte vem sendo 
escolarizadas ao longo deste século como um dos temas de ensino da Educação 
Física”. 
Conforme Vago (1996, p. 8), o esporte ganhou forças nos últimos cinquenta 
anos até chegar às instituições de ensino, porém a preocupação do autor com base 
no depoimento de Bracht é saber se o esporte praticado na escola é reprodução do 
esporte de rendimento, devido ao esporte praticado pela sociedade capitalista 
estabelecerem “valores culturais, econômicos e sociais”. Conforme o autor a escola 
não fica isenta do mundo fora dela, pois a escola é uns dos espaços onde são 
produzidos cultura. 
 
9 “O jogo (brincar e jogar são sinônimos em diversas línguas) é uma invenção do homem, um ato em que sua 
intencionalidade e curiosidade resultam num processo criativo para modificar, imaginariamente, a realidade e o 
presente” Segundo o Coletivo de Autores (1999 p. 65-66). 
10 “Considera-se a dança uma expressão representativa de diversos aspectos da vida do Homem. Pode ser 
considerada como uma linguagem social que permite a transmissão de sentimentos, emoções da afetividade 
vivida das esferas da religiosidade, do trabalho dos costumes, hábitos da saúde da guerra etc” segundo Coletivo 
de Autores (1999, p. 82). 
 
 
20 
 
A partir desta preocupação da forma como o esporte foi introduzido no âmbito 
escolar foram dirigidas algumas críticas relacionadas ao esporte; entre elas destaco o 
posicionamento do Coletivo de Autores (1992, p.70): 
 
 
 
[...] O esporte caracteriza-se como uma prática social que 
“institucionaliza-se temas lúdicos da cultura corporal, se projeta 
numa dimensão complexa de fenômeno que envolve códigos, 
sentidos e significados da sociedade que cria e pratica”. “Por 
isso deve ser analisado nos seus valores aspectos, para 
determinar a forma que deve ser abordado pedagogicamente no 
sentido de esporte “da” escola e não como o esporte “na” 
escola”. 
 
 
 
 
21 
 
Conforme o coletivo de Autores (1992, p.71), ao se trabalhar o esporte como 
conteúdo das aulas de Educação física é de fundamental importância resgatar e 
estabelecer valores para crianças e adolescentes. No qual o papel do professor é de 
extrema importância no processo da prática esportiva, onde permita que os mesmos 
tenham uma análise crítica a respeito do esporte praticado no ambiente fora da escola, 
fazendo referências ao esporte praticado na escola. Ou seja, para alguns críticos as 
práticas da cultura corporal estão no processode institucionalização. 
Segundo Bracht (1997 apud SILVA et al, 2004, p. 59): 
 
 
 
 
[...], O esporte moderno resultou de um processo de modificação 
ou de esportivização de elementos da cultura corporal e de 
movimentos das classes populares da nobreza inglesa. 
Assumindo características de alto desempenho. Tomou de 
assalto o mundo da cultura de movimento, tornando-se sua 
expressão hegemônica, ou seja, a cultura corporal do 
movimento esportivizou-se [...]. 
 
Considerando a visão do autor, pode-se caracterizar que alguns elementos da 
cultura corporal correm os riscos de se tornar esportes, devido aos interesses do 
 
 
22 
 
estado, das pessoas tentam legitimar cultura como uma prática esportiva para ter fins 
lucrativos, é como vem acontecendo com a capoeira. 
De acordo com o Coletivo de Autores (1992, p. 71), deve-se questionar a forma 
como são exercidas as aulas de Educação Física no trato da cultura corporal para 
isso deve analisar suas normas condições de adaptação à realidade social e cultural 
da comunidade que cria e recria. Assim no processo de Transformação Didático-
Pedagógico da Escola, Kunz (2003, p.125), apresenta elementos do esporte para 
pratica educacional: 
 
1. O esporte como é conhecido na sua prática hegemônica, 
nas competições esportivas e nos meios de comunicação 
(televisão), não apresenta elementos de formação geral – 
nem mesmo para saúde física, mais preconizada para essa 
prática – para se construir uma realidade educacional. 
2. O esporte ensinado nas escolas enquanto cópia refletida do 
esporte de competição ou de rendimento, só pode fomentar 
vivência de sucesso para minoria e o fracasso ou a vivência 
de insucesso para maioria. 
3. Esse fenômeno de vivência de insucesso ou fracasso, para 
crianças e jovens em um contexto escolar é, no mínimo, 
uma irresponsabilidade pedagógica por parte de um 
profissional formado para ser professor. 
 
 
23 
 
4. O esporte de rendimento segue os princípios básicos da 
“sobrepujança” e das “comparações objetivas, os quais 
permanecem inalterados mesmo para os esportes 
praticados na escola onde por falta de condições ideais o 
rendimento não se constitui no objetivo maior da aula”. Este 
é um dos motivos que contribui para o ensino dos esportes, 
também, venha a influenciar as crescentes “perda de 
liberdade” e “perda da sensibilidade” do ser humano, pelo 
“racionalismo” técnico-instrumental das sociedades 
industriais modernas. 
 
Conforme o autor menciona com base nesses elementos citados acima se 
posicionando que é imprescindível, uma transformação didático-pedagógico do 
esporte, para que o mesmo seja exercido de forma crítica e emancipado na escola. 
Para Kunz, o primeiro passo é identificar o significado de se – movimentar, ou seja, 
jogar participar, em específico de cada esporte respeitando as limitações de cada 
aluno dando oportunidade que o mesmo identifique-se, com a modalidade, e possa 
realizar intervenções que contribuam para modificar o que de fato já existe. Sendo que 
o autor não coloca como ponto principal essas questões e sim fazer com que o aluno 
exercite com prazer satisfação, possibilitando uma nova transformação, pois não é o 
papel da escola ensinar movimentos perfeitos, técnicas de determinadas modalidades 
esportivas, regras oficiais, organizações de competições com caráter lucrativo e 
 
 
24 
 
formação de atletas, entretanto o que cabe a escola é dar um caráter pedagógico ao 
esporte praticado na escola. 
Como base nas críticas referentes ao esporte escolar e a maneira como se vem 
trabalhando e atribuindo valores que não condizem com a realidade da escola, tendo 
influências externas do mundo capitalista que não são resignificadas, transformadas 
e trabalhadas de forma pedagógica na escola o esporte, então se consideram que a 
formação dos professores de Educação Física fica a desejar devido a não 
transformação do esporte. 
 Pois é de Fundamental importância uma melhor informação no trato do 
conhecimento dos conteúdos da Educação Física, em especifico a do esporte e seus 
influências nas camadas sociais que o pratica e o reproduz, sendo uns dos principais 
elementos trabalhados na educação Física Escolar no ensino fundamental II. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
REALIDADE E CONTRADIÇÕES TÉORICO-
METODOLÓGICOS DO ESPORTE ESCOLAR NO AMBITO 
DA EDUCAÇÃO FÍSICA 
 
 
Conforme a perspectiva e os caminhos que o esporte vem percorrendo na 
prática pedagógica escolar desenvolvida pelos professores de Educação Física, 
podemos observar devido aos relatos dos autores fortes relações do esporte de 
rendimento nas aulas de Educação Física. Segundo Kunz (2003, p. 16), na década 
de 80 começaram as críticas relacionadas ao esporte. Essas teorias partiam da teoria 
marxista. 
De acordo com Kunz (2003, p. 23-24), “o esporte é atualmente um produto 
cultural valorizado em todo mundo, pelo menos no sentindo econômico” Porém o autor 
destaca que esse mesmo esporte onde são produzidas riquezas, transforma o homem 
em máquina sendo que o ser humano está sempre em busca de um melhor 
desempenho. De acordo com Betti (1991, apud ASSIS, 2005, p. 86), devido a uma 
 
 
26 
 
análise crítica do esporte o autor relata com base no pensamento de Brohm e 
Laguillaumie: 
 
 
[...] O esporte reproduz o fundamento das relações humanas no 
capitalismo, já que sua essência é a competição, mas de uma 
maneira transformada. Embora nutrindo-se das relações de 
produção capitalista, o esporte tende a desenvolver 
outonomamente, converteu-se na lógica abstrata da 
competição, no “modelo formal perfeito” das formas de 
competição do ser humano [p.50]. 
 
Como relata acima se entende que o esporte de rendimento não será banido 
da população, devido ao poder e o prazer que os mesmo tem em competir, e também 
devido aos interesses do capitalismo em se manter presente para utilizar o marketing 
esportivo como fonte de renda. Como acontece com as loterias esportivas que utiliza 
o esporte em prol do lucro, o surgimento dos canais fechados que selecionam as 
modalidades e os jogos esportivos, na qual a população tem que pagar para usufruir, 
as vendas de camisas entre outros meios que utilizam do esporte para deter lucro 
questões essas que devem ser abordadas em sala de aula para que haja 
transformação. 
Na mesma perspectiva o próprio Bracht, citado por Vago (1996, p. 7), afirma: 
 
 
 
27 
 
 
[...] A Educação Física assume os códigos de uma outra 
instituição [a instituição esporte], e de tal forma que temos então 
não o esporte da escola e sim o esporte na escola, o que indica 
a sua subordinação aos códigos /sentidos da instituição 
esportiva. O esporte na escola é um prolongamento da própria 
instituição esportiva. Os códigos da instituição esportiva podem 
ser resumidos em: princípio do rendimento atlético-desportivo, 
competição, comparação de rendimentos e recordes, 
regulamentação rígida, sucesso esportivo e sinônimo de vitória, 
racionalização de meios de técnicas. O que pode ser observado 
é a transplantação reflexa destes códigos do esporte para 
Educação Física. Utilizando uma linguagem sistêmica, poder-
se-ia dizer que a influência do meio ambiente (esporte) não foi 
/é selecionada (filtrada) por um código próprio da educação 
física, o que demonstra sua falta de autonomia na determinação 
do sentido das ações em seu interior. 
(Bracht, 1992, p.22; grifo meu). 
 
Podemos observar que o esporte invadiu o campo da educação brasileira e de 
forma rápida, pois o capitalismo ditou as regras da sociedade e o elemento esporte 
ganhou forças nas escolas públicas e particulares do Brasil e do mundo. 
 
 
28 
 
 Sendo que o “esporte na escola” na qual tem como a figura do professor como 
controlador e treinador das modalidades esportivas e a figura do aluno sendo o atleta 
em potencial sempre em busca de altos resultados, reproduzindo a forma tradicionaltecnicista, concepção esta abordada no capítulo I. 
Ou seja, a cada dia que passa se os professores de Educação Física não 
reconhecerem que o esporte abordado na escola deve ter um caráter pedagógico e 
se continuarem a reproduzir o esporte de rendimento imposto pelas vias de 
comunicação de massa, o mesmo se tornará mais presente no âmbito escolar 
trazendo concepções que não tem como objetivo a educação e a formação da criança 
e do adolescente. 
De acordo com Kunz (2003, p. 48), o treinamento de alto rendimento tem 
diversos problemas a serem questionado como: o treinamento precoce especializado; 
para o autor é quando são passadas cargas de treinamento planejado para crianças 
antes da fase pubertária, a maiores preocupações é quando a criança tende de 
encerrar a carreira esportiva. Para Kunz esses problemas destacam-se em: 
 
 
[...]-- formação escolar deficiente, devido à grande exigência em 
acompanhar com êxito a carreira esportiva; 
-- a unilaterização de um desenvolvimento que poderia ser 
plural; 
-- reduzida participação em atividades, brincadeiras e jogos do 
mundo infantil, indispensáveis para o desenvolvimento da 
 
 
29 
 
personalidade na infância. Em dias que a criança treina, pode-
se grosso modo, dividir o plano de atividades da seguinte forma: 
de manhã das 8h às 12h, escola à tarde das 13h 30mim as 15hs 
30mim estudo e tarefas escolares e das 16h ás 18h treinamento 
[...]. 
 
Com base nesse referencial, em muitos casos e nas maiorias das escolas 
particulares as crianças ficam isentas das aulas de Educação Física devido a 
praticarem o esporte fora da escola ou alguma atividade esportiva. Nessa lógica 
percebe-se a descaracterização e a importância da disciplina Educação Física, pois 
que na maior parte das vezes por influência dos pais ou da má formação dos 
professores no trato da metodologia e dos conteúdos aplicados nas aulas de 
Educação Física deixam com que as crianças não participem da prática do processo 
construtivo da aula. Sendo que a criança deixa de ter vivências educacionais para sua 
formação. 
Conforme Assis (2005, p. 91), apresenta reflexão que: 
 
 
[...] O esporte não é mais aquele. A ideologia do “mais vale 
competir do quer ganhar” deixou de refletir o interesse geral. É 
preciso vencer, sim, a qualquer custo. As massas desejam 
recordes que igualam os esportistas aos super-heróis 
patrocinados por grandes empresas, que investem em 
 
 
30 
 
tecnologia para esses homens aprimorados correrem cada vez 
mais os produtos que sãos consumidos pela massa que aí se 
imaginam um pouco super também, fechando-se o ciclo. Para 
garantir a sensação efêmera de potência dos normais, os atletas 
da mídia tomam hormônios, deixam de ser esportistas e viram 
máquina de rendimento (Bourg, 1995, p. 62). 
 
Conforme o posicionamento do autor considera-se que o esporte em 
determinadas esferas da sociedade tem o fator competição e esses requisitos muitas 
fezes são interpretados de maneira equivocada, nota-se que a participação das 
pessoas nas modalidades esportivas atualmente não representa nenhuns valores 
sociais e sim valores financeiros, pois é possível observar a busca de do melhor 
rendimento, utilização de substâncias ergo gênicas que de certa forma descaracteriza 
a ética legal do competir. Mediante a esta análise considera-se que essas informações 
devem-se chegar às vias de acesso da escola e que tem a figura do professor de 
Educação Física em educar e mediar esses quesitos para que não sejam 
reproduzidos esses atos inconsequentes dessas crianças e adolescentes que no 
futuro poderão vir a ser futuros atletas e estarão um pouco mais informados dos 
caminhos do esporte de rendimento. 
 
 
 
 
31 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS 
ESPORTES 
 
Ao longo do tempo o ser humano foi em busca de meios de organizar a sua 
vida, sempre buscando uma forma de tornar mais fácil a busca e a localização de 
objetos, de documentos, de informações. 
Nós sempre estamos classificando as pessoas, os amigos, o que comemos, ou 
seja, coisas do nosso cotidiano e que estão constantemente ao nosso redor. No 
entanto, essas classificações são feitas de forma involuntária, sem nenhuma intenção. 
Classificar é um processo mental pelo qual coisas, seres ou pensamentos são 
reunidos segundo as semelhanças e diferenças que apresentam (p.13, . 
Essa ação se desenvolveu ao longo de milhares de anos, desde os povos 
primitivosaté os dias atuais, e consequentemente sofreram aperfeiçoamentos e 
 
 
32 
 
também divisões, pois elas podem ser tanto filosóficas (Bacon, Comte e Aristóteles) 
ou bibliográficas (CDD, CDU ou Library of Congress). 
Mas, diferentemente dessas classificações mais tradicionais e conhecidas 
buscamos neste trabalho apresentar alguns tipos de classificações aplicadas muitas 
vezes a áreas especificas e que são pouco estudadas e pouco utilizadas, como por 
exemplo a Classificação dos esportes. 
 
Origem 
Esse tipo de classificação foi pensado por diversos autores (PARLEBAS, 1988; 
RIERA; 1989; WERNER; ALMOND, 1990) sempre visando destacar os diferentes 
aspectos e dinâmicas existentes entre os esportes. 
O sistema de classificação dos esportes que iremos mostrar foi desenvolvido 
por Fernando J. Gonzalez e está baseado na divisão dos esportes em categorias, que 
por sua vez são baseadas em alguns critérios: 
1. se existe ou não relações com o adversário; 
2. se existe ou não interação direta com o adversário. 
Segundo esse primeiro critério os esportes podem ser classificados como 
individuais, ou seja, quando somente uma pessoa participa sozinha da ação do jogo 
ou prova, como, por exemplo, no judô quando o atleta realiza sozinho a luta, ou pode 
ser classificado como coletivo, ou seja, quando existe um número tal de atletas que 
participam da ação do jogo. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bacon
http://pt.wikipedia.org/wiki/Comte
http://pt.wikipedia.org/wiki/Arist%C3%B3teles
http://pt.wikipedia.org/wiki/Library_of_Congress
 
 
33 
 
Com base no segundo critério não existe uma definição clara dos tipos de 
esportes resultantes, mas acredita-se que nos esportes coletivos existam uma maior 
interação com o adversário. 
 
Categorias 
Quando se somam todas essas facetas chegam-se às seguintes classes ou 
categorias: 
 esportes coletivos em que há interação com o oponente; 
 esportes individuais em que há interação com o oponente; 
 esportes coletivos em que não há interação com o oponente; 
 esportes individuais em que há interação com o oponente. 
 
 
 
Além destes tipos de facetas, existe uma outra que também foi levada em 
consideração que é aquela com base ao local de realização do jogo, da prova, que 
pode acabar por também influenciá-lo. O ambiente onde se é praticado o esporte pode 
ser dividido em: 
 esportes com local padronizado ou estabilidade ambiental; 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Classes
http://pt.wikipedia.org/wiki/Esporte
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Classifica%C3%A7%C3%A3o_dos_esportes.png
 
 
34 
 
 esportes sem local padronizado ou estabilidade ambiental; 
Dentre as categorias de interação com o adversário e sem interação com o 
adversário existe outra subdivisão referente aos esportes. 
Sem interação com o adversário, dando ênfase ao desempenho: 
 esportes de "marca": são aqueles nos quais o resultado da ação 
motora comparado é um registro quantitativo de tempo, distância ou peso; 
 esportes "estéticos": são aqueles nos quais o resultado da ação 
motora comparado é a qualidade do movimento segundo padrões técnico-
combinatórios; 
 esportes de precisão: são aqueles nos quais o resultado da ação 
motora comparado é a eficiência e eficácia de aproximar um objeto ou atingir 
um alvo. 
 
Com interação com o adversário dando ênfase aos princípios básicos do jogo: 
 esportes de combate ou luta: são aqueles caracterizados como 
disputas em que o(s) oponente(s) deve(m) ser subjugado(s), com técnicas,táticas e estratégias de desequilíbrio, contusão, imobilização ou exclusão de 
um determinado espaço na combinação de ações de ataque e defesa. 
 campo e taco: compreendem aqueles que têm como objetivo 
colocar a bola longe dos jogadores do campo a fim de recorrer espaços 
determinados para conseguir mais corridas que os adversários. 
 esportes de rede/quadra dividida ou muro: são os que têm como 
objetivo colocar arremessar/lançar um móvel em setores onde o(s) 
 
 
35 
 
adversário(s) seja(m) incapaz(es) de alcançá-lo ou forçá-lo(s) para que 
cometa/m um erro, servindo somente o tempo que o objeto está em movimento. 
 esportes de invasão ou territoriais: constituem aqueles que têm 
como objetivo invadir a setor defendido pelo adversário procurando atingindo a 
meta contraria para pontuar, protegendo simultaneamente a sua própria meta. 
Julgamos essa classificação um tanto quanto comum e de fácil compreensão 
que não se sustenta em critérios diferenciados para classificar os esportes, é uma 
classificação simples, e que serve mesmo ao seu propósito, que é o de diferenciar os 
esportes, nada, além disso. 
Mas por se tratar de uma classificação desconhecida para nós julgamos 
interessante mostrá-la mesmo que ela não seja tão profunda nas suas colocações. 
 
 
O ESPORTE COMO MEIO DE 
SOCIABILIZAÇÃO 
 
 Os motivos que levam crianças e adolescentes a praticarem uma 
determinada atividade física e desportiva são muitos e a sociabilidade pode estar 
associada a esta escolha. A necessidade de pertencer a um grupo é muito forte na 
adolescência e isto pode ser um dos fatores primordiais para os jovens se envolverem 
 
 
36 
 
com o esporte. Segundo Weinberg e Gould (2001), as crianças apreciam o esporte 
devido às oportunidades que o mesmo proporciona de estar com os amigos e fazer 
novas amizades. Para Tubino (2005), não há menor dúvida de que as atividades 
físicas e principalmente esportivas constituem-se num dos melhores meios de 
convivência humana. 
 É por meio dessa convivência que as muitas oportunidades de contato social 
são proporcionadas à criança, contribuindo para o seu desenvolvimento moral 
(FARINATTI, 1995; FONSECA, 2000). Portanto, estar com amigos, fazer parte de um 
grupo ou fazer novas amizades, tem um papel importante no desenvolvimento, tanto 
psicológico quanto moral e ético de crianças e jovens. 
 A amizade, a sociabilidade e a competência constituem normas que regulam 
a aceitação social e, constituem fatores para o desenvolvimento de competências 
fundamentais para que a criança e o adolescente possam ser oportunizados a um 
bom crescimento e adaptação à vida adulta. Segundo Papalia e Olds (2000), os 
motivos dos adolescentes parecem estar associados à melhora da saúde e à 
performance física, característicos da fase de busca de uma identidade e de uma 
afirmação nos grupos. 
 Em estudo realizado por Paim e Pereira (2004) com adolescentes de 11 a 
18 anos de idade, participantes de clubes escolares de capoeira em escolas públicas 
de Santa Maria/RS verificou-se, através da análise de três categorias (competência 
desportiva, saúde e amizade/lazer) os motivos para a prática deste esporte. Para os 
autores, os motivos relacionam-se, primeiramente, à saúde; em segundo lugar, 
amizade/lazer e, em terceiro lugar, à competência desportiva. Em outro estudo, 
 
 
37 
 
realizado por Juchem (2006) com tenistas brasileiros infanto-juvenis, constatou que 
na categoria "até 16 anos", a dimensão sociabilidade obteve valores significativos para 
que estes praticassem atividade física regular. 
 É preciso que professores e/ou treinadores tenham uma atenção especial a 
esta dimensão, pois é possível perceber, por meio de resultados de pesquisas, que o 
fato de estar com amigos, de fazer novas amizades, de participar de novos grupos 
sociais, pode ser associado a um dos motivos que levam os jovens à prática regular 
de atividade física e, também, pela busca de novos valores, tais como: o exercício da 
disciplina; agir seguindo regras, ter respeito e ética; ser responsável (SALDANHA, 
2007). 
 A respeito do que foi dito, Bento (2004, p. 49) afirma que os valores do jogo 
não são apenas ensinados para terem "valimento no esporte, mas sim e 
essencialmente para vigorarem na vida, para lhe traçarem rumos, alargarem os 
horizontes e acrescentarem metas e meios de alcançá-las". Em outras palavras, 
podemos dizer que tais valores tomam a direção da concretização dos princípios que 
devem reger a educação de nossas crianças e jovens. 
 Segundo Juchem (2006), proporcionar a estas crianças e adolescentes um 
ambiente (escolar ou "clubístico") em que os contatos e os valores afetivos e sociais 
sejam oportunizados é de suma importância, podendo assim auxiliar na diminuição da 
pressão por resultados e pela competição exacerbada. 
 
 
38 
 
 
A QUESTÃO DO ENSINAR NA 
EDUCAÇÃO FÍSICA E NO ESPORTE 
 
 
Não raro, ainda nos deparamos nas escolas com métodos de ensino 
tecnicistas, mecanicistas1 e, mesmo, biologistas da Educação Física. Tais discursos 
e métodos, de um modo geral, caracterizam-se por uma preocupação excessiva no 
desenvolvimento das habilidades físicas e motoras dos alunos - na busca pelos mais 
"aptos" ao esporte. Em outras palavras, uma visão positivista de que o movimento 
nada mais é que um comportamento, um gesto motor, onde o corpo é tido apenas 
como uma "máquina perfeita", constituído por músculos, ossos, órgãos e tecidos. 
 
 
39 
 
 O movimento deve ser compreendido, acima de tudo, como humano. O 
homem deve ser encarado como um ser social. Sabendo disso (pelo menos deveria 
saber), o professor de Educação Física tem a responsabilidade de preparar seus 
alunos para a cidadania. Neste sentido, um desafio que se impõe ao professor e ao 
futuro profissional da área está na superação da visão de desenvolvimento (do aluno) 
que enfatiza simplesmente o mecânico, o rendimento, o alto nível (FLORENTINO, 
2007b). 
 Não estamos querendo, com isso, abolir a competição entre os que praticam 
esporte. Pelo contrário, sabendo dosar, a competição é extremamente sadia entre as 
crianças e jovens. Gostaríamos apenas que o educador físico ciente de seu 
compromisso social - pois, a Educação Física também contribui para a formação 
cultural e moral - pensasse, em primeiro lugar, no seu aluno e não nos recordes, nos 
rendimentos, nas vitórias. Que o futuro profissional da área pensasse na criança e no 
jovem como um todo, como um ser em formação e não mais um corpo a ser 
trabalhado. 
 Com relação a isso Roitman (2001, p. 150) afirma que: 
O ensino é um processo complexo: abrange uma situação interativa, na qual 
professores estão envolvidos em relações interpessoais e na interpretação de 
comunicações não-verbais. As aulas de Educação Física constituem-se em locais 
privilegiados, para o professor desenvolver hábitos, atitudes e valores - objetivos da 
área afetiva - que contribuem para a formação de um cidadão. Ao professor de 
Educação Física, dadas as características das atividades que desenvolve, é facilitado 
 
 
40 
 
atender às diferenças individuais dos alunos e oferecer uma atmosfera social que 
estimule a cooperação, a segurança, a criatividade e a autoestima. 
 Segundo Bento (1991), o ensinar na Educação Física e no esporte, não deve 
se caracterizar numa simples transmissão de conhecimento ou imitação de gestos, 
mas, sim, deve ser entendido como uma prática pedagógica que leve em conta o 
sujeito, o seu contexto. O educando deve ser instigado a aprender esportes, por meio 
de uma pedagogia desafiante, que possibilite uma busca pelo superar-se; o esporte 
há de ser uma atividade instauradora e promotora de valores. 
 Hoje, há uma nova orientação, por assim dizer, na qual as áreas que se 
relacionam com o movimento humano - incluindo o esporte - não podem estar isoladas 
de seu contexto social, culturale humanístico. De acordo com Queirós (2004), não se 
pode mais ignorar as mudanças que ocorrem no sistema social e no sistema 
tradicional do esporte, tendo em vista que o mesmo está inserido em uma mudança 
de valores, tal como outros sistemas parciais da sociedade contemporânea. Para 
tanto, devemos buscar compreender quais os valores que regem o desenvolvimento 
do esporte na atual conjuntura social; qual o seu paradigma norteador no processo de 
mudanças axiológicas as quais estamos vivendo contemporaneamente. 
 Os sistemas sociais, como um todo, e os diferentes sistemas sociais em 
particular, desenvolvem-se a partir de uma ordem dominante de valores ou de 
diferentes valores ao longo de nossas vidas; valores, estes, que derivam do tipo e das 
características comunicacionais de cada agrupamento pertinente ao "sistema-
mundo". Portanto, podemos pensar que se todo e qualquer processo de formação do 
ser humano visa o aperfeiçoamento ou o desenvolvimento pleno, não somente das 
 
 
41 
 
crianças e jovens, mas do grupo e da sociedade como um todo, então, o esporte 
enquanto atividade social, desenvolvido à luz de princípios e referenciado por 
objetivos, também se vê pautado por um quadro de valores, de mensagens e de 
comunicações que serão importantes para a prática pedagógica (QUEIRÓS, 2004). 
 Para Bento (2004), o esporte apresenta um caráter normativo e prescritivo 
em suas práticas, onde existam responsabilidades e direitos, quer tratamos do esporte 
no setor da educação, da saúde, do lazer, da cultura ou do rendimento. O autor 
complementa que o esporte comporta e deve assumir seu estatuto cultural e as 
obrigações que esta circunstância lhe impõe, incluindo sua dimensão de tempo e 
espaço. 
 Se considerarmos que estamos perante uma sociedade em que há uma crise 
dos valores morais e sociais, os quais nos conduzem muitas vezes a uma situação de 
incerteza e insegurança, especialmente, segundo Queirós (2004), entre grupos de 
jovens que necessitam, por assim dizer, de um novo rumo no caminho da valorização, 
das certezas e da inclusão social, é neste sentido o papel que o esporte deve 
representar, o de agente, um meio ambiente ou entorno, possibilitador de novas 
mensagens e de comunicações que venham alterar, "irritar" a construção de um novo 
enquadramento axiológico nos diferentes grupos ou sistemas sociais. 
 
 
 
42 
 
PERIODIZAÇÃO DO 
TREINAMENTO 
 
 
A periodização do treinamento é definitivamente um dos principais ramos 
dentro do complexo sistema do Treinamento Desportivo atual e, hoje, é uma das 
principais condições para obter um resultado esportivo em qualquer esporte. A 
Periodização oferece um quadro planejado e sistemático das variações dos 
parâmetros do treinamento, culminando em adaptações fisiológicas que incidem com 
os objetivos do treinamento (GAMBLE, 2006). 
O crescente avanço científico principalmente nas áreas das ciências 
fisiológicas e nos demais ramos que norteiam o conhecimento a cerca do sistema do 
treinamento desportivo provocou grandes mudanças no esporte nos últimos anos, o 
 
 
43 
 
que levou alguns autores como Verkhoshanski (2001b), Gamble (2006), Bompa 
(2002) ao estudo de diferentes formas de organização de programas de treinamento, 
já que o tradicional modelo de periodização apresentava limitações em face dessa 
nova realidade. Alguns outros autores destacam-se no treinamento de força 
(STOPPANI, 2006; KRAEMER E FLECK, 2007; BOMPA, 2001). 
A preparação de atletas de esportes coletivos diferisse muito daquela 
executada em modalidades individuais. Nesse sentido, Grecco (2002) afirma que o 
alto nível de rendimento esportivo desejado é alcançado pelos atletas/equipes em 
situações de treinamento e competição, como produto de uma série multifatorial e 
complexa de variáveis condicionantes que atuam e interagem, tanto em conjunto 
quanto isoladamente. O processo de treinamento dirigido à obtenção e melhoria dos 
diferentes níveis de desempenho de uma equipe deve, portanto, contemplar um 
adequado planejamento, sistematização, estruturação, execução, regulação e 
controle científico das diferentes habilidades e capacidades que constituem a 
modalidade em questão. 
O principal fator que diferencia a preparação do esporte coletivo do individual, 
talvez seja o período competitivo, uma vez que, nas modalidades coletivas pode 
estender-se por até oito a dez meses. Nesse sentido, os modelos tradicionais de 
periodização, parecem não atender as necessidades dos esportes coletivos, pois ao 
preconizarem uma divisão específica proporcionam picos de performance na 
temporada. Um outro aspecto importante a ser levado em conta é o amplo leque de 
habilidades técnicas e táticas que precisam ser trabalhadas, somadas à preparação 
física que muitas vezes exige o treinamento de mais de uma capacidade ao mesmo 
 
 
44 
 
tempo - força máxima, potência, resistência, capacidade aeróbia, agilidade – entre 
outras. Todos esses objetivos necessitam de uma adaptação fisiológica específica 
que muitas vezes não são compatíveis, causando conflitos (GAMBLE, 2006; 
Mesmo tendo em vista as especificidades da periodização para o esporte 
coletivo, a grande maioria dos estudos relacionados à periodização é direcionada ao 
esporte individual. São escassos os achados que tratam do esporte coletivo. O que 
se vê é uma tentativa de adaptação dos principais modelos às características de cada 
modalidade coletiva. 
 
 
MODELO TRADICIONAL 
 
Reconhecido como o pai da periodização, Matveiev, com base nos sistemas de 
preparação dos atletas soviéticos, atualizou e aprofundou os conhecimentos 
desenvolvidos anteriormente, estruturando os fundamentos teóricos de um sistema 
de treino que se tornou hegemônico (ISSURIN, 2010). 
Um dos conceitos fundamentais adotados por Matveiev baseia-se na Síndrome 
Geral de Adaptação proposta por Hans Seyle, que pode ser entendido como o 
princípio da supercompensação, o qual propõe que a adaptação do corpo passa por 
três fases quando o organismo é defrontado com uma exigência, no caso, o estímulo 
oferecido pelo treinamento físico. A primeira fase é conhecida como alarme: quando 
o organismo recebe uma sobrecarga. 
 
 
45 
 
A segunda fase é a da supercompensação: quando o corpo adapta-se as novas 
demandas impostas pelo estímulo. A fase seguinte é caracterizada pelo cansaço: o 
estímulo persiste além da capacidade de recuperação do organismo. (HERNANDES 
JR, 2002). 
O caráter ondulante das cargas de treino é um outro princípio abordado por 
Matveiev (1991). Baseia-se na dinâmica entre o volume e a intensidade do treino, com 
particularidades dos valores máximos de cada uma não coincidirem. Quanto maior for 
o volume do treino imposto menor a sua intensidade e vice-versa. Esse formato 
permite combinar com êxito os elevados ritmos de incremento do volume e da 
intensidade e, portanto, garantir a evolução positiva do nível de treino. 
Além das leis já indicadas, todo o processo de treino desportivo caracteriza-se 
por uma ciclicidade claramente expressa. Desde as partes elementares aos ciclos 
plurianuais, as estruturas se repetem e retornam em uma continuidade recorrente. Um 
certo número de sessões de treino constituem um Microciclo que frequentemente 
apresenta a duração de uma semana. O conjunto de vários microciclos completa um 
ciclo médio do treino, chamado de Mesociclo. O acúmulo de ciclos médios a longo 
prazo são a base para a formação dos Macrociclos, com duração de seis meses ou 
um ano (MATVEIEV, 1991). 
Ainda segundo Matveiev (1991) os ciclos são divididos em três períodos. O 
Preparatório no qual devem ser criadas e desenvolvidas premissas para o 
aparecimento da forma desportiva e envolve duas etapas: a de preparação geral e 
específica, a geral, durante a qual se enfatiza a preparação física e o componente 
geral do treinamento, além de haver predominância do volume sobre a intensidade; a46 
 
etapa específica caracteriza-se pelo aperfeiçoamento nas habilidades técnicas e 
táticas e pela predominância da intensidade sobre o volume do treinamento. Em 
sequência temos o período Competitivo, a orientação é que o atleta atinja o peak, ou 
seja, o nível de desempenho máximo. O treino deve proporcionar a manutenção da 
forma alcançada. 
Por fim entra o período de Transição. Este deve possuir um caráter de 
descanso ativo, proporcionando ao atleta uma recuperação física e psicológica. Em 
síntese, a duração destes períodos pode variar de 3 a 5 meses para o período 
preparatório, de 1 a 5 meses para o competitivo, e de 3 a 4 semanas para o período 
de transição (MATVEEV, 1991). 
Dantas (1998) mostra que a periodização pode ser simples, dupla ou tripla. A 
escolha de cada uma dependerá de diversos fatores entre eles as qualidades física 
de cada esporte (potência aeróbia, anaeróbia, velocidade, força), o número de peaks 
no ano, o estado de treino do atleta. 
Na criação do seu modelo de treino, Bompa (2002) o dividiu da mesma forma 
que o modelo proposto por Matveiev, com período preparatório, subdividido em fase 
geral e específica, e período competitivo, subdividido em fase pré-competitiva e 
competitiva. Porém, para ele, o fundamental do treinamento são o microciclo e o 
planejamento anual, o termo macrociclo correspondente aos períodos de quatro a seis 
semanas. Para ele o mesociclo russo se trata de mera formalidade. 
No que se refere ao esporte coletivo, Matveiev (1991) apenas reconhece as 
modificações em relação aos períodos de treino. Para este autor, o período 
competitivo mais longo é típico das modalidades que envolvem os jogos coletivos e 
 
 
47 
 
que a forma esportiva de todo o grupo pode ser conservada por mais tempo que a 
forma individual mediante a sistemática rotação dos jogadores. 
A ideia de alternância dos jogadores também é usada por Dantas (1998). Ele 
propõe para o futebol, a preparação de duas equipes que se alternam durante a 
temporada, fato que pode diminuir o número de lesões e manter o desempenho do 
time. Zakharov e Gomes (1992) são autores que também estendem o modelo 
tradicional ao esporte coletivo. Para eles, o período preparatório para os jogos 
desportivos é de geralmente três a quatro meses, na etapa básica inclui a preparação 
física (40-50% do tempo), a preparação técnica (25-30%) e a tática (20-25%). A etapa 
especial e de controle são orientadas para a formação para a competição com a 
participação em torneios como forma de preparação para o objetivo final, incluindo 
também o trabalho psicológico. Em relação ao período competitivo, os autores 
afirmam que devido à diversidade de variantes em sua estrutura se torna difícil as 
recomendações referentes a dinâmicas das cargas, sendo que essas podem ser 
homogêneas ou que ao longo do calendário da competição sejam impostos 
microciclos de “choque” nos treinos, visando à manutenção e/ou elevação das 
capacidades físicas. 
Bompa (2002) considera que os desportos coletivos são extremamente 
complexos na utilização dos sistemas energéticos. Esses desportos sobrecarregam o 
organismo e a mente para refinar as habilidades e para treinar a velocidade, a força e 
a resistência. Dessa maneira, ele propõe a alternância dos sistemas energéticos 
durante a semana. Por exemplo, se na segunda-feira o treinamento foi de alta 
intensidade, na terça-feira deve ocorrer um treinamento tático e de resistência aeróbia. 
 
 
48 
 
O mesmo é valido para o período de competição, após cada jogo o treinador sugere 
um treino levemente aeróbio de compensação, pois facilita a reposição dos estoques 
de glicogênio antes do próximo jogo. O autor afirma que nos jogos coletivos o 
glicogênio é depletado durante o jogo, assim, para uma competição com jogos nos 
finais de semana, a única carga de maior demanda deve ser realizada no início da 
semana. 
Dois estudos recentes mostram o comportamento de duas equipes de elite no 
handebol durante o ano. O primeiro estudo demonstrou os dados obtidos com uma 
equipe masculina (GOROSTIAGA et al, 2006). O tempo de treino foi de 45 semanas, 
no qual a equipe realizou 50 jogos. Os jogadores foram testados em quatro momentos 
da temporada, sendo analisadas medidas antropométricas (estatura, massa corporal, 
percentual de gordura corporal e massa magra) e as variáveis: força máxima (1RM no 
supino), velocidade de arremesso, potência de salto vertical, resistência de corrida e 
velocidade de sprint (5 e 15 metros). 
O treinamento foi periodizado seguindo um modelo tradicional com volume alto 
e intensidade baixa no período preparatório evoluindo para um baixo volume e alta 
intensidade no período competitivo. Os resultados demonstraram aumentos 
significativos na força máxima no supino, na velocidade do arremesso, na massa 
magra, mas não nas ações dos membros inferiores. As correlações observadas 
sugerem que o tempo de treinamento em baixa intensidade deve ser feito com menos 
atenção, visto que os estímulos para a formação de endurance na corrida e potência 
nos membros inferiores devem acontecer em alta intensidade. O segundo estudo, 
realizado com uma equipe feminina (GRANADOS et al, 2008) seguiu a mesma 
 
 
49 
 
estrutura anterior e foram observadas as mesmas características ao longo do ano (45 
semanas, 29 jogos). No entanto, a periodização adotada foi de volume baixo e baixa 
intensidade durante o período preparatório para um alto volume e alta intensidade no 
período competitivo. A equipe teve aumentos significativos na força máxima dos 
membros superiores, na potência de salto vertical e na velocidade de arremesso. Não 
houve mudanças nos sprints e na corrida. 
O novo cenário do esporte, marcado pelo aumento no número de competições, 
marketing e altas premiações, avanço nas tecnologias esportivas (equipamentos, 
roupas, calçados), criou premissas para o questionamento quanto à aplicação dos 
modelos tradicionais no desporto moderno. As críticas referem-se à excessiva 
concentração de trabalho de preparação geral com desenvolvimento simultâneo de 
diferentes capacidades em um mesmo período de tempo, uso rotineiro das cargas por 
períodos prolongados, pouca importância atribuída ao trabalho específico. Outras 
críticas baseiam-se na fundamentação do modelo clássico a partir de trabalhos 
desenvolvidos com esportes individuais (BENELI, RODRIGUES e MONTAGNER, 
2006; ISSURIN, 2007). 
Entretanto, os modelos tradicionais ainda são válidos para atletas jovens, em 
formação esportiva, pois necessitam de uma preparação básica e geral (BOMPA, 
2002; ISSURIN, 2010). 
Beneli, Rodrigues e Montagner (2006), propuseram uma periodização baseada 
no modelo tradicional de Matveiev para uma equipe de basquetebol masculina com 
12 atletas de 14/15 anos. O ciclo anual foi dividido em dois macrocliclos. Os aspectos 
 
 
50 
 
testados foram: impulsão vertical, agilidade e coordenação, força rápida de membros 
superiores e inferiores. 
Os atletas foram avaliados em cinco momentos distintos do planejamento 
anual. Nos resultados, houve aumento em todos os indicadores analisados. Com isso, 
conclui-se que o modelo tradicional, apesar de contestado, possui em sua base 
pedagógico-metodológica uma grande segurança na administração do treinamento, 
sobretudo, quando aplicada para desportistas iniciantes. Assim, o elevado volume de 
trabalho de preparação geral, o desenvolvimento simultâneo de diferentes 
capacidades físicas em um mesmo período de tempo e uso de cargas por períodos 
prolongados, são fatores que proporcionam a base para o desenvolvimento múltiplo 
de jovens atletas. 
Nesse mesmo sentido, Borin et al (2007) buscou conhecer as alterações 
provocadas por um treinamento de 24 semanas em atletas de voleibol feminino com 
média de idade de 15 anos. Os dados revelaram aumentos significativos na maioria 
das capacidades testadas. Infelizmente, os autores não especificam a forma comoo 
treinamento foi periodizado. 
 
 
MODELO DE TREINAMENTO EM BLOCOS 
 
Para Oliveira, Sequeiros e Dantas (2005), provavelmente, o maior crítico do 
modelo clássico de periodização de Matveiev seja o também russo Yuri 
Verkhoshanski. Para este autor, a concepção de periodização tradicional não mais 
 
 
51 
 
atende as necessidades do treinamento atual. O modelo de treinamento em blocos 
surge como uma moderna teoria e metodologia do treinamento desportivo 
(VERKHOSHANSKI, 2001a). 
Verkhoshanski não utiliza os termos planejamento ou planificação. O mesmo 
defende a ideia de que o processo de treinamento deve basear-se em um sistema que 
defina os conceitos de programação, organização e controle (GOMES, 2009). 
Em síntese, esse modelo consiste em uma distribuição de cargas concentradas 
no ciclo anual de treinamento. São três os blocos que reunidos em uma determinada 
lógica, são estruturados na programação do treinamento. Contudo, de acordo com as 
exigências e especificidades energéticas de cada modalidade esportiva, das 
respostas do organismo aos efeitos do treino, do calendário de competições, do 
objetivo concreto que se pretende obter, o ciclo de treinamento não precisa conter 
necessariamente os três blocos (VERKOSHANSKI, 2001b). 
O bloco A (etapa de base) é dedicado à ativação dos mecanismos do processo 
de adaptação e à orientação deste à especialização morfofuncional do organismo na 
direção necessária ao trabalho no regime motor especifico. O objetivo principal deste 
bloco é o aumento do potencial motor do atleta. O bloco B (etapa especial) é 
principalmente dirigido ao desenvolvimento do trabalho motor específico em 
condições correspondentes àquelas de competição. O objetivo principal deste bloco 
consiste na assimilação da capacidade de utilizar o crescente potencial motor em 
condições de intensidade gradualmente crescente de execução do exercício de 
competição. Nesta etapa deve ser prevista a participação em competições, as quais 
vão funcionar como exercícios específicos no treinamento do atleta. O bloco C prevê 
 
 
52 
 
a conclusão do ciclo de adaptação, é o momento em que o atleta apresenta níveis 
máximos de desempenho e está apto a participar das competições de maior 
importância (VERKHOSHANSKI, 2001b). 
Em estudo realizado com oito atletas adultos participantes do campeonato 
paulista da divisão principal de Basquete, Moreira et al (2004) verificaram os efeitos 
do treinamento em bloco em oito etapas da preparação da equipe. A periodização foi 
realizada de acordo com uma estrutura bicíclica (primeiro macrociclo com 23 semanas 
e o segundo macrociclo com 19 semanas). Os macrociclos de treinamento foram 
divididos em etapa básica (cargas concentradas de força), etapa especial e etapa de 
competição. Os testes utilizados buscaram demonstrar as possíveis alterações, além 
da dinâmica das manifestações de força medidas por quatro tipos de saltos: salto 
vertical com contramovimento [SV], salto horizontal [SHP], salto horizontal triplo 
consecutivo para a perna direita [STCD] e salto horizontal triplo consecutivo para a 
perna esquerda [STCE]). Observou-se que as cargas concentradas de competição 
exerceram diferentes efeitos para as medidas de força explosiva vertical (SV) e 
horizontal (SHP), e que existe a necessidade de avaliar a força rápida através dos 
exercícios de saltos consecutivos para as duas pernas de forma diferenciada, em vista 
das ocorrências diversas verificadas para STCD e STCE. Cargas de velocidade 
devem ser programadas ao longo do ciclo de preparação, buscando evitar uma queda 
de rendimento dos atletas. Os autores salientam ainda a eficácia do sistema de 
treinamento em bloco no basquetebol, evidenciada pela expressão pontual do efeito 
posterior duradouro de treinamento (EPDT). 
 
 
53 
 
O modelo do treinamento em blocos é embasado pelo conceito da EPDT. 
Também podem ser encontrados os termos Reserva Atual de Adaptação (RAA), Efeito 
Cumulativo do Treinamento, Efeito Residual do Treinamento ou Efeito Retardado do 
Treinamento (VERKOSHANSKI, 2001b; ISSURIN 2008 e 2010; FARTO, 2002). Nessa 
revisão adotaremos o primeiro (EPDT). 
Contudo, todas essas denominações dizem respeito à ideia de que os efeitos 
obtidos depois de sucessivas cargas de treino permanecem por certos períodos de 
tempo depois do fim do treinamento, ou seja, sessões de treinamento em um bloco 
concentrado criam bases condicionantes para o treinamento das demais capacidades 
dos atletas e para o aperfeiçoamento da técnica. Em outras palavras, o treinamento 
em blocos é baseado a partir do tempo em que o atleta ainda apresenta os efeitos do 
bloco de treinamento anterior. 
Oliveira e Silva (2001) analisaram os efeitos do treinamento de cargas 
concentradas em uma equipe de voleibol. Participaram da pesquisa dez atletas do 
sexo feminino com média de idade de 18 anos. Os testes acompanharam a dinâmica 
da alteração das diferentes capacidades bimotoras: força explosiva de membros 
inferiores (alcance máximo de bloqueio, alcance máximo de ataque), de membros 
superiores (lançamento da medicine ball de 2 kg com os dois braços), velocidade 
máxima de deslocamento (deslocamento frontal/9.3.6.3.9), deslocamento lateral/3 
faixas. A aplicação dos testes ocorreu em 10 momentos do ciclo anual, dividido em 
dois macrociclos, ambos com etapas A, B e C. 
Os resultados evidenciaram que as capacidades pesquisadas apresentaram 
alteração positiva em todas as etapas e micro etapas do 1º macro ciclo, com o efeito 
 
 
54 
 
posterior duradouro de treinamento (EPDT) ocorrendo pontualmente nas etapas B e 
C. As mesmas capacidades biomotoras pesquisadas apresentaram alteração 
negativa (não significativa estatisticamente) nas micro etapas A1 ou A2, e alteração 
positiva nas etapas B e C para a velocidade máxima de deslocamento e para força de 
membros superiores; positiva (não significativa estatisticamente) da força explosiva 
de membros inferiores nas etapas B e C do 2º macro ciclo do ciclo anual. A pouca 
alteração revelada nos dados do segundo macro ciclo pode ter ocorrido devido a 
menor influência dos fatores relacionados à aprendizagem dos gestos técnicos dos 
testes. Os achados mostram que a EPDT possibilita a racionalização do processo de 
treino. 
Outros dois estudos encontrados sobre o treinamento em bloco mostram a 
aplicação desse modelo na modalidade handebol. Souza et al (2006) submeteram 
onze handebolistas masculinos a duas baterias de testes: a primeira no início do 
segundo macro ciclo de treinamento e a segunda após 16 semanas. Os dados 
demonstraram que ocorreram importantes adaptações, por meio de aumentos da 
força rápida, força explosiva e da agilidade. Além disso, a estrutura do programa de 
preparação proposta também permitiu que ocorressem adaptações metabólicas, 
inferidas pelos aumentos da potência anaeróbia e aeróbia. Os autores afirmam que o 
programa de treinamento utilizado, fundamentado no modelo de cargas concentradas, 
possibilitou a evolução positiva das capacidades motoras, as quais foram observadas 
pela manifestação do efeito posterior duradouro do treinamento. 
 
 
 
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