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Métodos contraceptivos – DIU DIU de cobre Mecanismo de ação Consiste em um fio de prata corado com cobre. Pode ser eficaz de 10 a 12 anos. A presença de um corpo estranho e de cobre na cavidade endometrial causa mudanças bioquímicas e morfológicas no endométrio, além de produzir modificações no muco cervical. O DIU de cobre é associado à resposta inflamatória aumentada com acréscimo de citocinas citotóxicas. O cobre é responsável pelo aumento da produção de prostaglandinas e pela inibição de enzimas endometriais. Estas mudanças afetam adversamente o transporte de esperma, de modo a prevenir a fertilização. Os íons de cobre também têm um efeito direto na motilidade espermática, reduzindo a capacidade de penetração no muco cervical. A ovulação não é afetada em usuárias do DIU de cobre. Indicações Pode ser considerado para qualquer mulher que esteja procurando por um método contraceptivo de confiança, reversível, independente do coito, de longo prazo. As mulheres que têm contraindicações ao estrogênio ou mulheres que amamentam podem ser boas candidatas. Contraindicações absolutas Gravidez e sepse puerperal. DIP ou IST atual, recorrente ou recente (nos últimos três meses). Imediatamente pós-aborto séptico. Cavidade uterina severamente deturpada. Hemorragia vaginal inexplicada. Câncer cervical ou endometrial. Doença trofoblástica maligna. Alergia ao cobre. Contraindicações relativas Fator de risco para ISTs ou HIV e imunidade comprometida – em mulheres HIV-POSITIVO ou em mulheres utilizando corticosteroide. De 48 horas a quatro semanas pós-parto. Câncer de ovário. Doença trofoblástica benigna. Efeitos colaterais O sangramento irregular ou um aumento na quantidade de sangramento menstrual são os efeitos colaterais mais comuns nos primeiros meses depois da inserção. A perda menstrual nas usuárias quando comparadas às não usuárias de DIU de cobre pode aumentar em até 65%. O uso de anti-inflamatórios não esteroidais ou ácido tranexâmico pode ajudar a reduzir a perda menstrual. As usuárias têm uma média de 13 dias de sangramento ou spotting no primeiro mês depois da inserção, diminuindo para uma média de seis dias após 12 meses da inserção. Sistema intrauterino liberador de levonorgestrel (Mirena) Introdução Possui um reservatório com 52 mg de levonorgestrel, mede 32 mm de comprimento e libera 20 µg de levonorgestrel/dia. Em 15 minutos após a inserção já se encontra circulante no plasma. A taxa de liberação de 20 µg/dia cai ao longo do uso, estabilizando-se em torno de 12 µg/dia a 14 µg/dia e chega finalmente a 11 µg/dia ao final de cinco anos, que é o tempo preconizado de uso dele. Mecanismo de ação Os principais são: ● Muco cervical espesso e hostil à penetração do espermatozoide, inibindo a sua motilidade no colo, no endométrio e nas tubas uterinas, prevenindo a fertilização; ● Alta concentração de levonorgestrel no endométrio, impedindo a resposta ao estradiol circulante; ● Forte efeito antiproliferativo no endométrio; ● Inibição da atividade mitótica do endométrio; ● Mantém a produção estrogênica, o que possibilita uma boa lubrificação vaginal. Contraindicações absolutas Gravidez confirmada ou suspeita. Distorção severa da cavidade uterina (como septos, pólipos endometriais ou miomas submucosos). Infecção aguda ou recente (dentro de três meses) ou recorrente (incluindo IST, infecção pós-parto ou pós-aborto) e cervicite não tratada. Alergia conhecida ao levonorgestrel. Doença hepática aguda ou tumor de fígado. Câncer de mama atual ou prévio. Contraindicações relativas Fator de risco importante para IST (relações não monogâmicas, história de IST) e imunodepressão. História anterior de problemas com anticoncepção intrauterina (perfuração ou dor intensa). SUA não diagnosticado. História anterior de reflexo vasovagal e de intolerância a progestagênios (depressão importante). Mulheres que não aceitam desenvolver oligomenorreia ou amenorreia. Efeitos colaterais Expulsão, dor ou sangramento. Perfuração ou infecção. Gravidez ectópica ou tópica.
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