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Assistência ao trabalho de parto

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Assistência humanizada: 
• Capacitação e reciclagem constante dos profissionais 
• Hospitais preparados para receber a gestante e seus familiares 
• Empatia médico-paciente 
• Estabelecer uma relação de confiança a gestante 
• Tomar condutas quando identificado alguma anormalidade / quando necessário. 
Diretrizes do parto humanizado: 
• Valorizar o protagonismo da mulher 
• Reduzir as altas taxas de intervenções desnecessárias no parto 
• Orientações a profissionais de saúde e mais informações as gestantes 
• Padronizar as práticas mais utilizadas 
• Compreender o parto não só como um conjunto de técnicas, mas como um momento 
fundamental entre mãe e filho 
As 10 diretrizes 
1. Mulheres devem ser informadas sobre os benefícios e riscos dos locais de parto 
2. O parto de baixo risco pode ser realizado pelo médico obstetra, enfermeira obstetra e 
obstetriz 
3. Mulheres em trabalho de parto devem ser tratadas com respeito, ter acesso as informações 
e serem incluídas na tomada de decisões. Elaboração de um plano de parto entre a mulher 
e a equipe da maternidade/pré-natal. 
4. Todas as gestantes no parto devem ter apoio continuo e individualizado, incluindo pessoa 
que não seja membro da maternidade. As mulheres devem ter acompanhantes de sua 
escolha durante o parto, além da presença de doulas. 
5. Mulheres em trabalho de parto podem ingerir líquidos e dieta leve. O jejum não é 
obrigatório. A restrição não garante menor conteúdo estomacal. 
6. Métodos não farmacológicos de alivio de dor devem ser oferecidos a mulher antes da 
utilização de métodos farmacológicos. Banhos quentes, massagens, técnicas de 
relaxamento, entre outros. Sempre que necessário, a analagesia deve ser ofertada. 
7. As mulheres devem ser encorajadas a se movimentarem e adotarem posições diferentes 
da deitada. Podem escolher a posição mais confortável: de cocaras, de costas 
8. Garantir o contato pele-apele imediato de mãe 
9. Mulheres em trabalho de parto devem ser tratadas com respeito. Profissionais devem 
estabelecer uma relação com a mulher, perguntando sobre seus desejos e expectativas. 
10. Restrições as intervenções que hoje são rotineiras. Episiotomia, aceleração do parto, 
fórceps, enema, tricotomia pubiana e perineal, amniotomia precoce, corte precoce do 
cordão umbilical (esperar de 1-5 min), aspiração de secreções do recém-nascido saudável. 
O parto normal é essencial para a saúde da mulher e do bebê. Mais que um processo mecânico, 
o parto é um fenômeno neuroendócrino. Ativa a imunidade do bebê e fortalece seu organismo. 
Menor risco de internação em UTI, prematuridade, baixo peso e de desenvolver problemas 
respiratórios. Hormônios do parto aumentam a confiança da mulher e sensação amorosa. As 
endorfinas aliviam a dor e a catecolaminas têm importância no amadurecimento pulmonar do 
bebê e na sua transição para a vida extrauterina. Menor risco de infecção, hemorragia e 
acidentes anestésicos no parto. Recuperação mais rápida, maior facilidade na amamentação e 
reduz risco em uma futura gestação 
Trabalho de parto 
Define trabalho de parto, um processo através do qual um útero gravídico, por meio de atividade 
contrátil, expulsa um feto, com idade gestacional maior ou igual a 20 semanas e/ou peso maior 
ou igual a 500g e/ou tamanho igual ou maior que 25cm. 
Pode ser: 
• Pré termo: 20 a 36 semanas 
• Termo: 37 a 41 semanas e 6 dias 
• Pós termo: 42 semanas 
• 40 semanas → data provável do parto. Parto após esse período é pós data. 
Eventos que antecedem o trabalho de parto 
1. Formação da bolsa das águas: facilita a força de pressão causada pela contração uterina, 
distribuindo de maneira uniforme as contrações, sendo o colo dilatado por igual. 
 2. Modificação da posição do colo: a ação das contrações uterinas, leva o colo a posição 
anterior, facilitando o eixo do trajeto a ser percorrido pelo feto. 
3. Tríplice gradiente descendente: origem das contrações uterinas, em um dos cornos uterinos 
(marca passo), dirige ao corno contra lateral posterior e anteriormente, para depois descer até o 
colo. Desta forma, o TGDP, leva o vetor resultante da contração a ter ação na cérvice uterina. A 
avaliação do TGDP é a resposta efetiva da contração, causando a modificação, dilatação e 
esvaecimento do colo. Esvaecimento do colo é o afinamento, o colo normal tem de 6-8 cm. 
O início do trabalho de parto, é caracterizado por contrações eficientes que levarão à dilatação 
e esvaecimento do colo uterino 
Podemos avaliar as contrações uterinas através da formula da atividade uterina, medida (AU), 
que multiplica a intensidade pela frequência; AU= int. x Freq., proposta por Caldero- Barça (1950). 
Considera início do trabalho de parto, quando a AU é maior que 60UM, ou seja, duas contrações 
de 20 a 30 segundos. 
A fase ativa do trabalho de parto são três contração de 30-90 segundos em 10 minutos, com 3 cm 
de dilatação. 
Fases do trabalho de parto - Fases funcionais de Friedman 
 1) fase latente: 
 a) amadurecimento cervical 
 b) contrações de baixa frequência e intensidade 
 c) dilatação abaixo de 0,6 a 1,0 cm/hr 
 d) mínima descida. 
2) fase ativa: momento em que a mãe se dirige para a maternidade. Possui 4 períodos: 
 1) dilatação – período mais demorado 
 2) expulsão 
 3) dequitação 
 4) observação 
A Fase latente tem início da dilatação até atingir 6cm. Corresponde a 2/3 do trabalho de parto. 
É caracterizado por amadurecimento cervical. Há contrações de baixa frequência e baixa 
intensidade. O ritmo de dilatação de 0,6 a 1,0cm/hora. Mínima descida da apresentação fetal. 
Fase ativa se inicia com aproximadamente 6cm, até dilatação completa do colo. Presença de 3 
contrações de forte intensidade, com duração de 30 a 90 segundos em 10 minutos. Intensidade 
moderada a forte. Termina quando inicia o período 
expulsivo. Corresponde a 1/3 do período de 
dilatação. Tem duração de 6 a 12 hrs. Tem duração 
variável para cada parturiente: Nas primíparas a 
dilatação ocorre aproximadamente 1,5cm/ hora, 
com tempo total em torno 10 a 12 hrs; Nas multíparas, 
a dilatação ocorre na velocidade de 1,0cm/hr, com 
tempo total em torno de 6 a 8 hrs. A descida fetal e o 
esvaecimento do colo também varia de acordo com 
cada parturiente; nas nuliparas, o colo uterino 
primeiro esvaece completamente, em seguida inicia 
a dilatação e descida do polo cefálico. Já nas 
multíparas, o colo uterino dilata e esvaece junto, e a decida do concepto se da no final da 
dilatação, quase no período expulsivo. 
Assistência ao primeiro período 
Partograma 
Recomendado pela OMS para acompanhamento do trabalho de parto. Possui uma construção 
simples, bastando um papel quadriculado para confecção. 
As ordenadas correspondem a dilatação e descida. O tempo é representado pela abscissa, com 
cada quadrado representando uma hora. As linhas de alerta e ação, sãos construídas a partir de 
1h e 4h, respectivamente, a frente do ponto de registro. Estas linhas dividem o partograma em 3 
zonas, as quais representa anormalidades na 
evolução do trabalho de parto. 
Nunca se inicia um partograma com menos de 
3 cm de dilatação, já que ela não está na fase 
ativa. Deve-se preencher o partograma assim 
que se internar a paciente. 
Realiza exame de toque vaginal a cada 4hrs, 
anotando no gráfico. A dilatação é expressa 
por um triangulo, e a descida por um círculo. O 
trabalho de parto deve evoluir dentro da zona 
1, sem ultrapassar a linha de alerta. A linha de 
alerta indica melhor avaliação, e a linha de ação indica intervenção medica. 
No partograma ainda são registrados; a frequência cardíaca fetal (BCF), padrão da 
contratilidade, característica da bolsa das águas (integra ou rota, bem como a cor), uso de 
medicamentos e analgesia. 
Monitoramento fetal 
Serve como screening para o diagnóstico de asfixia fetal: 
Ausculta fetal intermitente: é o sonar dooplerou pinard. No primeiro período; gestantes baixas risco, 
faz- se a cada 30 mim e em gestantes alto risco a cada 15 mim. No segundo período; a cada 5 
mim, independente do risco. 
Microanálise do sangue fetal: Detecta as condições de oxigenação fetal. Analise do sangue do 
couro cabeludo. Dilatação de 3 cm. Amminiotomia. Exige técnica e experiência. 
Cardiotocografia: Monitoramento eletrônico da frequência cardíaca fetal que calcula em torno 
de 20 min. Pode ser realizado por duas técnicas: interna (dilatação de 4cm e bolsa rota, é 
colocado no polo cefálico do bebe, sendo quase nunca utilizável) e externa. 
 Interna; fixa eletrodos no couro cabeludo do fetal. Aplicabilidade limitada, pois somente da 
para fazer com colo dilatado 3cm, com amminiotomia. É contraindicado em pacientes HIV, 
Hep B, e infecção cervico vaginal. Limitada devido alto custo e dificuldade técnica 
 Externa; Baseia- se na detecção do BCF associado ao monitoramento das contrações 
uterinas, através de transdutores colocados sobre o abdome materno. Paciente deve estar 
em posição de semi-fouler (45 grau), ou decúbito lateral esquerdo, para evitar hipotensão 
supina. 
Os parâmetros analisados na cardiotocografia incluem: linha de base, variabilidade, aceleração 
transitória e desacelerações. 
Linha de base: media aproximada da frequência cardíaca fetal (110-160bpm). É avaliado em 
segmento de 10 minutos. Taquicardia acima de 160, leve entre 160-180 e grave acima de 180. 
Variabilidade: oscilação da linha de base, visualizando a amplitude. A adiminuição ou perda poe 
ocorrer com imaturidade do SNC, período de sono fetal, utilização de drogas sedativas a mãe 
(metildopa), hipoglicemia, anestesia geral, hipóxia ou anoxia fetal. É um exame sensível, mas não 
específico. 
 Normal: 6-25bpm; 
 Ausente: quando a amplitude não detectável; 
 Mínima ou comprimida: quando a amplitude está entre indetectável a 5bpm. 
 Padrão sinusoidal: ondas em forma de sino. Amplitude de 5-15 bpm. Padrão monótono, 
ritmo fixo e regular. Frequência 3 a 5 ciclos com duração superior a 20 minutos. Representa 
hipóxia/ anóxia grave. 
Aceleração: ascensão abrupta com acme igual ou superior a 15 bpm, em relação a linha de base, 
com duração entre 15 segundos a 2 minutos. Quando a aceleração é superior a 10 minuos, 
considera mudança da linha de base. É indicativo de bem estar fetal, quando transitória. Quando 
há aceleração e ela permanece por mais de 10 min há mudança de linha de base e não 
aceleração transitória. 
Desaceleração: queda rápida da FCF, associadas a contração uterina. Se divide em: 
desaceleração precoce, desaceleração tardia e desaceleração variável. 
1) Desaceleração precoce (DIP 1): queda gradual da FCF, com retorno a linha de base, 
coincidindo com a contração uterina. Nadir da desaceleração coincide com o pico da 
contração uterina. Considerada fisiológica durante o trabalho de parto, em bolsa rota, 
oligoamnio. Relacionado a compressão do polo cefálico, levando a reflexo vagal 
secundário a elevação da pressão intracraniana. 
2) Desaceleração tardia (DIP2): queda gradual da FCF, com retorno lento a linha de base que 
inicia após 20 segundos ou mais do inicio da contração uterina. O nadir da desaceleração 
encontra-se após o pico da contração. Causada por hipóxia fetal, devido redução do fluxo 
útero-placentário. Sinônimo de sofrimento fetal agudo. 
3) Desaceleração variável (DIP3 / DIP umbilical): queda brusca da FCF com início 
profundidade e duração variando em contrações sucessivas. 
 
 
 
Interpretação da cardiotocografia 
1) Padrão basal; 
 a) linha de base; variação de 10 a 25bpm 
 b) FCF normal ; 120 a 160bpm 
 c) ausência de desaceleração 
 d) variabilidade; normal 6 a 25bpm 
 e) aceleração; acme superior a 15bpm em relação a linha de base, com duração mínima 
de 15 segundos e menor que 2 minutos. A aceleração é definida prolongada quando a 
duração é superior a 2 mim, e menor que 10 mim. Quando se tornar superior a 10 mim, 
considera-se mudança da linha de base. 
2) Desaceleração Não periódica: Aquela que não apresenta relação com as contrações 
uterinas, classificadas em: 
 DIPs 0; queda rápida e pouco ampla da FCF, associado aos movimentos fetais. Sem 
importância clinica. 
 Desaceleração prolongada; queda rápida e ampla da FCF, amplitude variável, duração 
de 2 a 10 mim, com retorno a linha de base. 
Segundo período expulsão 
Inicia com a dilatação completa e termina com a expulsão do feto. Duração variável; 50 mim 
para nulíparas, 20 mim para multíparas. 
Deve-se: 
 Incentivar os esforços da mãe. 
 Proteção perineal. 
 Episiotomia se necessário. 
 Auxiliar e orientar a deflexão do polo cefálico 
 Auxiliar na expulsão dos ombros, tracionando levemente para baixo o ombro anterior e 
depois para cima o posterior, facilitando o desprendimento. 
 Clampeamento do cordão umbilical. 
 Colocar RN sobre o tórax da mãe, incentivando o afeto. 
 Incentivar aleitamento materno. 
Terceiro período – dequitação 
Inicia após a expulsão do concepto e termina com a expulsão total da placenta. Tempo 15 a 30 
minutos. Revisão do canal de parto. Suturas se necessário. 
2 tipos de dequitação placentária: 
 Baudeloque Schultz:é quando sai a face fetal primeiro 
 Baudeloque Dunkan: é quando sai a face materna antes 
Quarto período – observação / Greenberg 
Inicia após a dequitação completa da placenta. Termina 1 h após. Observação da contratilidade 
uterina. Formação das pinças de “Pnard”, se não acontecer há hemorragia. Observar 
sangramento volumoso. 
Conduta ativa no trabalho de parto 
1. Amminiotomia: reservado apenas para pacientes com evolução anormal do trabalho de parto. 
Benefícios; redução do tempo do TP. Riscos: amminiorrexe prolongada, prolapso de cordão. 
Contraindicado; Feto alto, HIV, vasa previa (tipo de sangramento de má implantação 
placentária).

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