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ED 1 - Andressa, Letícia e Luiza

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ED – Tecnologia Farmacêutica
1. Identifique, defina e exemplifique os seguintes adjuvantes farmacêuticos:
1.1 Adsorvente: Agente capaz de reter outras moléculas em sua superfície por meios físicos ou químicos. Exemplos: Celulose em pó e carvão ativado;
1.2 Agente de polimento: Usado para conferir brilho atraente aos comprimidos revestidos. Exemplos: cera de carnaúba e cera branca;
1.3 Agente emulsificante ou emulsionante: Usado para promover e manter a dispersão de partículas finamente subdivididas de líquidos em um veículo no qual é imiscível. Exemplos: álcool cetilico monoestearato de glicerila, estearato de polioxietileno;
1.4 Agente levigante: Liquido usado como agente intermediário para reduzir o tamanho de partícula de um pó por moagem. Exemplo: óleo mineral, glicerina e propilenoglicol;
1.5 Agente quelante: Substancia que forma complexos solúveis em água estáveis com metais, usado como estabilizador de metais pesados complexos que podem promover instabilidade. Exemplo: ácido edético, edetato dissódico;
1.6 Agente suspensor: Agente de aumento da viscosidade usado para reduzir a taxa de sedimentação de partículas em um veículo no qual elas não são solúveis. Exemplos: Carbopol, carboximetilcelulose de sódio, metilcelulose;
1.7 Agente viscosante: Agente utilizado para mudar a consistência de uma preparação, fornecendo maior resistência ao escoamento. Exemplo: metilcelulose;
1.8 Aglutinante: Utilizado para produzir adesão de partículas de pó em processo de granulação. Exemplos: ácido algínico, carboximetilcelulose, gelatina;
1.9 Antiaderente: Facilitam a liberação dos comprimidos da matriz ou das punções. Exemplos: estearato de magnésio, estearato de cálcio, estearato de zinco, talco;
1.10 Antioxidante: Evita deterioração das preparações por oxidação. Exemplos: ácido ascórbico, ácido hipofosforoso, ascorbato de sódio, formaldeído de sódio;
1.11 Base de pomada: Veículo semi-sólido para pomadas medicamentosas. Exemplo: Lanolina, pomada hidrofílica, pomada branca, petrolato hidrofílico;
1.12 Base de supositório: Veículo para supositórios. Exemplos: Manteiga de cacau, polietilenoglicóis (misturas) e PEG 3350;
1.13 Conservante: Usado em preparações liquidas e semissólidas para prevenir crescimento de microrganismos ou fungos. Exemplos: cloreto de benzalcônio, butilparabeno e ácido benzoico;
1.14 Corante: Empregado para conferir cor em preparações sólidas e liquidas. Exemplos: FD&C Vermelho nº 3, D&C Laranja nº 5 e caramelo;
1.15 Corretor de pH: Utilizado em preparações líquidas para garantir estabilidade do produto. Exemplos: solução de amônia, monoetanolamina e borato de sódio;
1.16 Desintegrante: Aplicado em formas solidas para promover desintegração em partículas menores, mais facilmente dispersíveis ou dissolúveis. Exemplos: ácido algínico, amido e glicolato de amido sódico;
1.17 Deslizante: Adotado em formulações de comprimidos e capsulas para melhorar propriedades de fluxo de mistura de pós. Exemplos: sílica coloidal, amido de milho e talco;
1.18 Diluentes: Material de enchimento inerte usado para produzir volume, propriedades de fluxo e características de compressão desejáveis em capsulas e comprimidos. Exemplos: lactose, manitol e celulose microcristalina;
1.19 Doadores de consistência (fase oleosa): Empregado para aumentar consistência ou dureza de uma preparação, geralmente, pomada. Exemplos: álcool cetílico, parafina e cera branca;
1.20 Edulcorante: Usado para conferir sabor doce a uma preparação. Exemplos: dextrose, glicerina e manitol;
1.21 Excipiente para compressão direta: Adotado nas formulações de comprimidos para compressão direta. Exemplo: fosfato de cálcio dibásico.
1.22 Flavorizante: Empregados para mascarar sabor amargo e desagradável, melhorando adesão dos pacientes. Exemplos: óleos voláteis, sabores de frutas (banana, morango);
1.23 Isotonizante: Usado para dar à solução características osmóticas semelhantes a dos líquidos fisiológicos (como as usadas no caso de colírios). Exemplo: Cloreto de sódio, dextrose;
1.24 Lubrificante: Utilizado para diminuir o atrito durante a fluidez do material, facilitando o escoamento dos pós (para dentro das cápsulas por exemplo), otimizando o processo de fabricação do medicamento. Também designados deslizantes ou antiaderentes. Exemplo: Estearato de magnésio, estearato de cálcio, estearato de zinco, talco;
1.25 Opacificante: Usados para tomar o revestimento de comprimidos opacos. Pode ser utilizado sozinho ou em combinação com um corante. Exemplo: dióxido de titânio;
1.26 Plastificante: substâncias empregadas juntamente com polímeros, para modificar a temperatura de transição de fase dos mesmos e, facilitar a coalescência do filme formado sobre os grânulos, comprimidos ou pellets. Torna a camada de revestimento mais uniformemente distribuída sobre o granulado, durante a preparação de cápsulas de liberação entérica. Exemplos: glicerina, trietilcitrato, dibutilftalato, silicone, PPG;
1.27 Propelente: Responsável pelo desenvolvimento de pressão em um frasco aerossol, permitido a expelição do produto quando a válvula é acionada. Exemlo: dióxido de carbono, diclorofluormetano, diclotetrafluoretano, tricloromonofluormetano;
1.28 Revestimento: Usado com o propósito de formar uma fina camada com propósito de revestir a substância ou a formulação para adequar sua administração. Exemplo: gelatina, acetoftalato de celulose;
1.29 Solvente: Usado para dissolver outra substância na preparação de uma substância, podendo ser ou não aquoso. Exemplo: água, álcool, glicóis, acetona, éter, clorofórmio e óleos;
1.30 Tampão: Usado para fornecer para a formulação resistência contra mudanças de Ph em casos de diluição ou adição de substâncias de caráter ácido ou básico. Exemplo: citrato de sódio anidro e dihidratado, metafosfato, fosfato de potássio, acetato de sódio monobásico, tampão citrato, tampão borato, tampão fosfato;
1.31 Tensoativo: Melhoram a absorção do fármaco, pois diminuem a tensão superficial das substâncias (principalmente da água por substâncias lipossolúveis), facilitando a dissolução. Exemplo: Docusato sódico, LSS, polissorbatos, lecitina de soja;
1.32 Umectante: Deixa úmido, pois retêm água. Serve para evitar o ressecamento de cremes e pomadas. Exemplo: Glicerina, propilenoglicol, sorbitol;
1.33 Veículo: São agentes carreadores de substâncias farmacêuticas, são utilizados na preparação de líquidos orais e parenterais. Exemplo: Água (água purificada, água para injeção, entre outras), oleaginosos (óleo de amendoim, óleo de gengibre, óleo mineral).
2. Identifique as formas farmacêuticas nas quais podem ser utilizados os adjuvantes listados acima.
2.1 Adsorvente: Cápsulas duras, comprimidos, suspensões aquosas e supositórios;
2.2 Agente de polimento: Comprimidos revestidos;
2.3 Agente emulsificante ou emulsionante: Preparações tópicas, em emulsões e cremes;
2.4 Agente levigante: Formulações parentéricas, emulsões;
2.5 Agente quelante: Géis, Pomadas;
2.6 Agente suspensor: Formulação de suspensões orais, oftalmológicas, tópicas e parenterais;
2.7 Agente viscosante: Suspensões e soluções oftálmicas;
2.8 Aglutinante: Em formas sólidas como comprimidos, cápsulas e granulados;
2.9 Antiaderente: Em formas sólidas como comprimidos e granulados;
2.10 Antioxidante: Injetáveis, cápsulas e comprimidos;
2.11 Base de pomada: Produção de produtos semissólidos;
2.12 Base de supositório: Supositórios;
2.13 Conservante: Preparações liquidas e semissólidas;
2.14 Corante: Preparações sólidas, como comprimidos e capsulas, e liquidas;
2.15 Corretor de pH: Preparações líquidas;
2.16 Desintegrante: Formas sólidas, como comprimidos;
2.17 Deslizante: Comprimidos e cápsulas;
2.18 Diluente: Capsulas e comprimidos;
2.19 Doadores de consistência (fase oleosa): Pomada;
2.20 Edulcorante: Comprimidos;
2.21 Excipiente para compressão direta: Formulações de comprimidos;
2.22 Flavorizante: Formulações liquidas orais;
2.23 Isotonizante: Formulações de uso oftalmológico, injetável e fluido de irrigação;
2.24 Lubrificante: Comprimidos e cápsulas;
2.25 Opacificante: Comprimidos;
2.26 Plastificante:Cápsulas e comprimidos;
2.27 Propelente: Aerossóis;
2.28 Revestimento: Em formas sólidas como comprimidos, cápsulas e granulados;
2.29 Solvente: Utilizados em formas liquidas como soluções e suspensões e formas sólida como cápsula e comprimidos;
2.30 Tampão: Usado em formas farmacêuticas liquidas, preparações auriculares, preparações retais e vaginais;
2.31 Tensoativo: Emulsões, em detergência e formação de espuma;
2.32 Umectante: Preparação de grânulos, comprimidos e cápsulas;
2.33 Veículo: Preparação de líquidos orais e parenterais.
3. Qual a diferença entre edulcorante e flavorizante? Quando um ou outro são utilizados?
Os edulcorantes são utilizados para adocicar a forma farmacêutica, enquanto os flavorizantes conferem outros sabores e estão mais envolvidos com o aroma da forma farmacêutica. Os flavorizantes são utilizados para mascarar odores e sabores ruins do principio ativo de tal formulação enquanto os edulcorantes são utilizados para adocicar e facilitar a administração do fármaco.
4. Qual o principal problema de saúde coletiva associado ao uso dos edulcorantes? Como isso tem sido resolvido?
Os edulcorantes estão associados a casos de tumores malignos e outros males; por exemplo, o aspartame, que é usado como edulcorante sintético, quando metabolizado, forma fenilalanina, que em pessoas que possuem fenilcetonúria resultam em retardo mental e prejuízo ao feto.
	Desde a descoberta dos prejuízos que podem ser iniciados, começou-se, nos Estados Unidos da América, a pesquisa sobre os edulcorantes, provando ou não sua segurança e desta forma, retirando grande parte, além de tornar a legislação mais rígida quanto à aprovação de novos edulcorantes.
5. Por que os adjuvantes não são considerados substancias inertes?
Tradicionalmente, os excipientes eram definidos como substâncias inertes desprovidas de ações farmacológicas e toxicológicas. No entanto, atualmente, esta definição é inadequada, pois diferentes excipientes, mesmo em baixas concentrações, podem desencadear efeitos indesejáveis por intolerância ao organismo.
6. Como é o mecanismo de ação dos desintegrantes em comprimidos?
Os desintegrantes irão absorver água do meio, com a absorção irão expandir o seu volume até o limite, rompendo assim o comprimido e liberando o principio ativo. 
7. Por que podem ser utilizados desintegrantes em duas porções nos comprimidos, uma intra-grânulos e outra extra-grânulos?
A utilização de duas porções proporcional dupla desintegração do comprimido. Sendo que uma porção auxilia na quebra do comprimido em pedaços; e a outra, na quebra desses pedaços em finas partículas.
8. Quais os aglutinantes mais utilizados? Em que concentração?
Amidos - 10 a 25%; Açucares – 50 a 60%; Celuloses – 20 a 90%.
9. Qual problema de estabilidade pode ser acarretado pelo uso de aglutinante? Como isso pode ser contornado?
O principal problema de estabilidade é a dificuldade de desintegração do comprimido com quantidades excessivas de aglutinante. Para contornar o problema, em pós secos o aglutinante deve ser adicionado antes da granulação por via úmida e como solução, deverá ser adicionado durante a granulação, além disso, deve-se controlar a concentração de aglutinante.
10. Como os lubrificantes contribuem para a preparação de comprimidos?
Os lubrificantes auxiliam na formação de comprimidos mais lisos, reduzindo fricção durante compressão.
11. Como é feita a escolha do diluente utilizado em formulação?
Cada formulação deve ser previamente estudada in vitro com relação a dissolução para que se possa antecipar os problemas de biodisponibilidade decorrentes da utilização desses adjuvantes. Devem ser diluentes “inertes” que adicionados aos pós têm a finalidade de comprimi-los ou completar o volume das cápsulas. Podem ser: solúveis, insolúveis ou mistos. 
12. Que tipos de problemas farmacocinéticos podem ser associados a alteração de diluente da formulação?
O diluente é utilizado para melhorar a absorção do fármaco, sendo assim, a sua alteração poderá interferir na absorção e consequentemente na metabolização e efeito do fármaco. A mudança de diluente poderá ocorrer também de forma proposital quando o objetivo é a mudança da forma de administração do fármaco. 
13. Qual teste de controle de qualidade preconizado para comprimidos pode ser mascarado em caso de alteração do diluente e qual teste pode detectar alteração na solubilidade?
O teste de peso médio pode ser mascarado com a alteração do diluente, entretanto por meio da espectrofotometria ou infravermelho, é possível detectar alteração. Além destes, é possível avaliar a partir do teste e perfil de dissolução.
14. Qual o efeito da utilização de tensoativos sobre o transporte de fármacos pelas membranas biológicas?
São utilizados na formulação de fármacos pouco solúveis e podem exercer um papel muito importante na biodisponibilidade. Podem agir por umectação, solubilização ou formação de complexos com as partículas do fármaco e/ou favorecendo a permeabilidade das membranas biológicas absorventes. De um modo geral aumentam biodisponibilidade das substâncias ativas, porém em alguns casos apresentam ação contrária.
15. Porque o aumento na solubilização do fármaco ou a alteração na integridade/funcionalidade das membranas biológicas provocado pelos tensoativos não necessariamente implica em aumento na absorção? Em que caso implicara em aumento da solubilidade?
A absorção depende de diversos fatores, não apena da solubilidade podendo ser influenciada pelo pH do meio, permeabilidade, coeficiente de partição, presença ou não de alimento no estomago e outros, por este motivo o tensoativo não implicará no aumento da absorção. O mesmo surtirá efeito em casos onde os líquidos não são nada solúveis um no outro, assim, o tensoativo irá criar uma película ao redor da partícula facilitando tal solubilidade. 
16. Qual o efeito da utilização de lubrificantes na etapa de liberação do fármaco em capsulas e comprimidos? Quais implicações farmacocinéticas isso pode trazer? Como isso pode ser contornado?
As características dos lubrificantes, como a hidrofobicidade do estearato de magnésio podem retardar penetração dos fluidos gastrintestinais e dissolução e absorção do fármaco. O emprego de um tensoativo, como laurel sulfato de sódio, é usado para facilitar umidificação pelos fluidos e contornar problema.
Ainda, o lubrificante, assim como qualquer outro excipiente, pode afetar biodisponibilidade do fármaco e ser responsável por diferenças do efeito terapêutico entre dois medicamentos com mesma substancia ativa.
17. Quais são os desintegrantes mais utilizados? Em que concentração usual?
Amido de milho e seus derivados tais como o amido pré-gelatinizado e o amido glicolato de sódio. São utilizados na concentração de 10 a 25%.
18. Qual o efeito da utilização de desintegrantes na etapa de liberação do fármaco em cápsulas e comprimidos? Quais implicações farmacocinéticas isso pode trazer?
Os desintegrantes tendem a aumentar a área superficial do fármaco exposta aos fluidos gastrintestinais. Um comprimido com desintegração ruim possuirá uma absorção incompleta ou retardo do inicio da ação do fármaco, prejudicando assim o efeito do medicamento no organismo. 
19. Qual o efeito da utilização de agentes espessantes na etapa de liberação do fármaco em capsulas e comprimidos? Quais implicações farmacocinéticas isso pode trazer?
Os agentes espessantes aumentam viscosidade da preparação e com isso influenciam a velocidade de dissolução, a qual está diretamente relacionada ao potencial de absorção do fármaco.
20. Quais são as principais propriedades biofarmacêuticas que afetam a absorção de fármacos? Como a utilização de adjuvantes pode influenciar em tais propriedades?
Os fatores que afetam a dissolução e a absorção de fármacos podem estar relacionados às suas propriedades físico-químicas, às características farmacêuticas, bem como as características biológicas, tais como, via de administração, anatomia e fisiologia do local onde ocorrerá a absorção. Os adjuvantes são utilizados na formulação de fármacospouco solúveis e podem exercer um papel muito importante na biodisponibilidade. Podem agir por umectação, solubilização ou formação de complexos com as partículas do fármaco e/ou favorecendo a permeabilidade das membranas biológicas absorventes. De um modo geral aumentam biodisponibilidade das substâncias ativas, porém em alguns casos apresentam ação contrária.
21. Para a classificação biofarmaceutica dos fármacos foi proposto um esquema, o qual distingue quatro classes de fármacos, de acordo com sua solubilidade ao longo da faixa de pH gastrintestinal e sua permeabilidade pela mucosa gastrintestinal. Quais são as quatro classes? Como é a solubilidade/absorção em cada caso? Cite exemplos
A classe I dos medicamentos é composta por uma baixa solubilidade e alta permeabilidade, sendo assim, eles dissolvem-se rapidamente e também são transportados rapidamente através da parede intestinal. Serão velozmente absorvidos, apresentando boa biodisponibilidade. Alguns exemplos são o propranolol e metoprolol.
Os fármacos de classe II possuem baixa solubilidade e alta permeabilidade, assim sua taxa de dissolução tende a ser o passo limitante da taxa na absorção oral. Os exemplos de tal classe são o cetoprofeno e a carbamazepina.
A terceira classe, é caracterizada por fármacos como ranitidina e atenolol, que possuem alta solubilidade e baixa permeabilidade. Esses fármacos possuem dissolução rápida e são pobremente permeáveis. A ultima classe, a classe IV, são os fármacos com baixa solubilidade e baixa permeabilidade. Os fármacos de classe IV possuem pobre biodisponibilidade e absorção baixa por via oral, o que dificulta sua administração por tal via. Exemplos de fármacos de classe IV são a hidroclorotiazida e furosemida.
22. Descreva as seguintes matérias-primas:
22.1 Amido: Composto inodoro, insipido, fino, branco a esbranquiçado em pó. Consiste em grânulos esféricos ou ovoides, sendo empregado como diluente, desintegrante, pasta para comprimidos e agente espessante;
22.2 Carboximetilcelulose: Substancia amarelado ou esbranquiçada, sendo um pó granular, inodoro e higroscópico. Pode ser usado como agente de revestimento, estabilizador, agente de suspensão, desintegrante, pasta para comprimidos, agente espessante e absorbante;
22.3 Celulose microcristalina: Usada em comprimidos para compressão direta. Ocorre em pó branco ou quase branco, inodoro;
22.4 Croscarmelose: Empregada como desintegrante de comprimidos e capsulas, sendo um pó branco a acinzentado inodoro;
22.5 Dióxido de silício: Sílica pirogênica submicroscopica, leve, solto, de cor branco azulado. Pó inodoro, insipido e amorfo. Adotado como adsorvente, antiglomerante, estabilizador de emulsão, deslizante, agente suspensor, desintegrante e agente de aumento da viscosidade;
22.6 Dióxido de titânio: Agente de revestimento, opacificador e pigmento. Consiste em pó não higroscópico, amorfo, inodoro e insipido;
22.7 Estearato de magnésio: É amplamente utilizado em cosméticos, alimentos e formulações farmacêuticas. É usado principalmente como lubrificante em fabricação de cápsulas e comprimidos e também é usado em cremes de barreira;
22.8 Gelatina: É amplamente utilizada em uma variedade de formulações farmacêuticas, incluindo seu uso como um material de matriz biodegradável em um sistema de entrega implantável, embora seja mais frequentemente usado para formar cápsulas de gelatina dura ou mole;
22.9 Glicose: É usada como base em soluções e xaropes orais e também como um agente de granulação e revestimento na fabricação de comprimidos. Em açúcar soluções para revestimento de comprimidos, pode ser utilizada para retardar a cristalização da sacarose;
22.10 Lactose: Amplamente utilizada em comprimidos de compressão direta aplicações e como enchimento e aglutinante para comprimidos e cápsulas. Ainda, pode ser usada com medicamentos sensíveis à umidade devido ao seu baixo teor de umidade;
22.11 Polivinilpirrolidon: É um agente modificador da viscosidade que é utilizado em formulações farmacêuticas para produzir revestimento entéricos para produtos e para a selagem do núcleo de comprimidos antes de um revestimento de açúcar;
22.12 Silica coloidal: É amplamente utilizado em produtos farmacêuticos, cosméticos e produtos alimentícios. Seu pequeno tamanho de partícula e grande área de superfície específica conferem características de fluxo desejáveis que são explorados para melhorar as propriedades de fluxo de pós secos em processos como comprimidos e enchimento de cápsulas. O dióxido de silício coloidal também é usado para estabilizar emulsões e como agente espessante e suspensor tixotrópico em géis e preparações semissólidas;
22.13 Talco: é amplamente utilizado como dissolução retardador no desenvolvimento de produtos de liberação controlada. É também, usado como lubrificante em formulações para comprimidos, em um novo revestimento em pó para pelotas de liberação prolongada e como um adsorvente;

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