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RESUMO NUTRIÇÃO CLÍNICA AV1

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Centro Universitário Maurício de Nassau
Monitora: Débora Silva
Disciplina: Nutrição Clínica
Resumo 
· Disfagia
O que é: dificuldade de deglutição (diferente de dor ao deglutir, que é odinofagia).
Tipos/causas: orofaríngea (líquidos), decorrente de distúrbios nervosos ou neuromusculares, ou esofágicas (sólidos), decorrentes de distúrbios na motilidade ou obstruções.
Sintomas: tosse, engasgo, pneumonia, refluxo, sensação de bolo na garganta, recusa alimentar, sonolência nas refeições, voz molhada.
Complicações: desidratação, desnutrição, broncoaspiração e pneumonia.
Diagnóstico: fonoaudiólogo
Tratamento: consistência dos alimentos, posição ao se alimentar, exercícios para fortalecimento, técnicas respiratórias.
Condutas nutricionais: talvez dieta enteral, dieta hipercalórica e hiperprotéica. Pode haver necessidade de líquidos espessados.
· Esôfago (esofagite)
O que é: inflamação da mucosa do esôfago por causa de refluxo, principalmente.
Causas: pressão reduzida do esfíncter esofágico inferior (EEI), aumento da pressão intra-abdominal (obesidade), irritantes da mucosa (intubação, agentes corrosivos e radiação), defesa tecidual inadequada, infecção viral e bacteriana, uso de medicamento em excesso. A gastrina aumenta a pressão (fecha) do EEI. CCK, secretina, cafeína, álcool, teobromina (chocolate e guaraná) e nicotina reduzem a pressão (abrem) do EEI. Gordura, excesso de alimento, líquidos, hortelã, também abrem.
Causas da esofagite crônica: vômitos recorrentes, hérnia de hiato, obesidade, retardo do esvaziamento gástrico.
Sintomas: azia, queimação (epigástrica e retroesternal), rouquidão, pigarro, eructação.
Tratamento: inibidores da bomba de prótons, antagonistas de receptores de histamina, antiácidos.
Condutas nutricionais: evitar grandes refeições, evitar comer pelo menos 3 horas antes de deitar, evitar fumar e bebidas alcoólicas, cafeínas, alimentos ácidos e condimentados (na inflamação), gordurosos, cítricos, perder peso se estiver com sobrepeso. Dieta hipolipídica (<20%), fracionada (6 a 8), e líquida ou semi, na fase aguda, com progressão.
· Estômago
 Dispepsia
O que é: dificuldade de digestão.
Sintomas: dor abdominal, sensação de saciedade precoce, náuseas, distensão, eructações.
Tratamento/condutas nutricionais: evitar excesso de alimentos, gorduras, açúcares, cafeína, condimentos e álcool. Comer lentamente e mastigar bem.
Gastrite
O que é: inflamação da mucosa gástrica.
Causas: H. pylori, química – ex: medicamentos (aspirina, AAS, AINE, corticoides), neuro – ex: estresse, bebidas alcoólicas, substâncias corrosivas.
Sintomas: Náuseas, vômitos, mal estar, anorexia, hemorragia e dor epigástrica.
Úlcera
O que é: erosão de camadas do estômago.
Tipos: gástricas e duodenais.
Causas: H. pylori, gastrite crônica, medicamentos, estresse, tabagismo, alcoolismo.
Sintomas: dor, anorexia, perda de peso, náuseas, vômitos, azia. Pode levar à hemorragias e perfuração.
Tratamento: tratar a H. pylori, medicamentos supressores da secreção ácida.
Condutas nutricionais: atenção para ferro e B12 e cálcio. Leite e derivados não são considerados terapêuticos. O pH dos alimentos tem pouca importância. Respeitar a tolerância individual. Bebidas alcoólicas, em excesso, cafés e chás e refrigerantes aumentam a secreção ácida.
· Intestino 
Gases e flatulências
O que é: principais gases envolvidos são nitrogênio, oxigênio, dióxido de carbono, hidrogênio e ás vezes o metano. 
Causas: inatividade, diminuição da motilidade do TGI, aerofagia, componentes alimentares, doenças do TGI. Excesso de fibras, amidos resistentes, lactose (em intolerantes) aumenta a produção de gases no cólon.
Condutas nutricionais: redução da ingestão de carboidratos que podem ser mal absorvidos e fermentados.
Constipação (trata-se de um sintoma)
O que é: redução no número de evacuações, fezes duras, esforço para defecar, movimentos intestinais não frequentes e evacuação incompleta.
Causas: (sistêmicas, neurogênicas e metabólicas): não atender ao estímulo de defecar, falta de fibras, ingestão insuficiente de líquidos, inatividade, uso de laxantes. Medicamentos, diabetes, hipotireoidismo, uremia, hipercalcemia, doença de Parkinson.
Condutas nutricionais: fibras insolúveis, atividade física, atender ao impulso de defecar.
Diarreia
O que é: evacuação frequente de fezes líquidas = > 300 ml
Tipos: osmótica (eletrólitos), exudativa (danos na mucosa – sangue e muco), secretória[footnoteRef:2], induzida por medicamentos. Aguda, aguda com sangue (disenteria), persistente (>14 dias), com desnutrição grave. ( Resultante de exotoxinas bacterianas, virais, o que causa aumento da secreção de hormônios intestinais.) [2: ] 
Causas: doenças inflamatórias intestinais, infecções, medicamentos, açúcar, mucosa lesada, ressecção, desnutrição.
Tratamento/Condutas nutricionais: repor líquidos e eletrólitos. Na osmótica: limitar lactose, frutose, e sacarose. Fibras solúveis, AGCC. Evitar alimentos fontes de fibras insolúveis. Dieta anti-fermentativa, de baixo resíduo. Prebióticos e probióticos.
Reidratação oral (criança): cloreto de sódio, cloreto de potássio, citrato de sódio desidratado e glicose anidra.
Esteatorreia
O que é: excesso de gordura nas fezes.
Causas: insuficiência de lipase pancreática, área insuficiente para absorção de lipídeos, secreção inadequada de bile ou obstrução, má absorção de sais biliares. 
Tratamento: adm. de enzimas pancreáticas (se for o caso), TCM.
Condutas nutricionais: observar carências de vitaminas lipossolúveis, cálcio, zinco e magnésio.
Intestino (Doenças Inflamatórias Intestinais)
	(Reto)Colite Ulcerativa
	Doença de Crohn
	Apenas no cólon. 
	Pode envolver qualquer parte do TGI (mais no íleo e cólon)
	Distribuição contínua.
	Distribuição em segmentos
	Atinge apenas a mucosa superficial.
	Atinge todas as camadas.
	Sangramento. Diarreia mucossanguinolenta, dor, mal estar, fraqueza, febre, perda de peso, diminuição de proteínas, alterações hidroelétricas, desnutrição.
	Esteatorreia. Desnutrição. Dor abdominal, febre baixa, diarreia discreta alternada com constipação, flatulência, anorexia.
	
	Abcessos, fístulas, fibrose, espessamento da submucosa, estreitamentos e obstruções.
	Curável por colectomia
	Pode não resolver com colectomia porque é espalhada e pode voltar.
Causas: sistema imunológico gastrointestinal e fatores genéticos e ambientais (microrganismos e componentes alimentares).
Consequências: hipoalbuminemia, perda de peso, anemia, deficiências de vit D e B12 e minerais.
Tratamento: Fase aguda -> aumento da ingestão energética (corticoesteroides, agentes anti-inflamatórios, imunossupressores, antibióticos e fator monoclonal antinecrose tumoral)
Condutas nutricionais: fase aguda (enteral/parenteral) -> normo a hipercalórica; ptn 1-2g/kg/dia; lip 20-25%. Isenta de lactase, controle de mono e dissacarídeos, rica em fibras solúveis e pobre em insolúveis. Fase de remissão -> evoluir progressivamente o teor de fibras insolúveis, evitar alimentos com a formação de gases.
Utilizar também glutamina, arginina, ácidos graxos ômega 3, probióticos e prebióticos.
Doença celíaca[footnoteRef:3] [3: Enteropatia inflamatória autoimune = inflamação da mucosa. Verificar intolerância temporário à lactose e sacarose por causa da destruição das vilosidades.] 
Clássica (ou típica): distensão abdominal, perda de peso, pode apresentar diminuição do tecido celular subcutâneo, atrofia da musculatura glútea, falta de apetite, alteração de humor, vômitos e anemia.
Assintomática (ou silenciosa): Alterações sorológicas ou histológicas da mucosa. dermatite herpetiforme.
Manifestações nutricionais: anemia, osteomalácia, osteopenia, fraturas, coagulopatias, hipoplasia do esmalte dentário, retardo no crescimento, puberal, baixo peso, deficiência de lactase. 
Manifestações extraintestinais: mal estar, artrites, dermatite herpetiforme, infertilidade, risco de aborto, esteatose hepática, hepatites, sintomas neurológicos e psiquiátricos.
Indicação de ferro, vitamina B12, folato, vitamina D, cálcio, zinco, magnésio, minerais, vitaminas lipossolúveis, suplementaçãocom TCM.
Não clássica (ou atípica): mono ou oligossintomático, manifestações digestivas ausentes ou em segundo plano. Pode apresentar baixa estatura, anemia, osteoporose, hipoplasia do esmalte dentário, artrites, constipação, manifestações ginecolóficas, sintomas neuronais.
Síndrome do Intestino Irritável ou Colite Espástica)
Diagnóstico: presença de sintomas clínicos por 3 meses ou mais.
Causas: Desconhecida; pacientes respondem exageradamente a alguns estímulos.
Sintomas: desconforto abdominal, alteração da motilidade intestinal, sensibilidade aumentada, distensão, sensação de evacuação incompleta, presença de muco nas fezes, esforço e urgência para defecar e desconforto GI associado ao psicossocial. Alternância entre constipação e diarréia ou apenas um. Não existe inflamação. Fatores que agravam: estresse e alimentação, uso de laxantes e medicamentos, cafeína, falta de regularidade do sono.
Condutas nutricionais: refeições leves e frequentes, fibras, ingestão adequada de líquidos, cuidado com gordura, cafeína, álcool e açúcar. Utilizar probióticos.
Doença diverticular
Tipos: diverticulose (hérnias na parede do cólon, fruto de constipação prolongada).
Causas: Elevação da pressão dentro do intestino grosso e enfraquecimento da musculatura do órgão. Genética, dieta pobre em fibras, estrutura do cólon.
Sintomas: Diverticulose -> geralmente assintomática, dor abdominal aliviada com a evacuação, constipação. Diverticulite -> inflamação, formação de abscesso, perfuração aguda, sangramento agudo, obstrução e sepse.
Tratamento/Condutas nutricionais: Diverticulose -> fibras e líquidos. Diverticulite -> dieta de baixo resíduo, elementar ou oligomérica, dietas Hipolipídica.
Doença hemorroidária:
O que é: congestão, dilatação e aumento dos corpos cavernosos -> emaranhados vasculares que se enchem de sangue.
Causas: dificuldade do esvaziamento sanguíneo do canal anal no ato defecatório (congestão e dilatação dos corpos cavernosos); degenerativa (prolapso anormal do plexo hemorroidal); mecânica (pelo excessivo esforço defecatório); hiperplasia vascular, hemodinâmica, disfunção do esfíncter anal interno. Fatores que desencadeiam: constipação, diarreia, abuso de laxantes, gravidez.
Sintomas: sangramento, prolapso, exsudação perianal, desconforto anal.
Tratamento/ condutas nutricionais: orientar hábitos evacuatórios, fibras, líquidos, proibir papel higiênico, medicação tópica.
· Cirurgias (Projeto Acerto)
Condutas nutricionais: NE: GEB (Harris Benedict) + FA + FLesão.
Ptn: 1-1,5g/kg/dia
Indicação de dietas enterais automaticamente: esofagectomia total e gastrectomia total.
Cirurgia de esôfago
- Pré: dieta livre -> jejum de 2h 
- Pós: cardiomiotomia à Heller – oral com progressão
Cirurgia de estômago (Gastrectomia total e gastrectomia parcial ou subtotal: Bilroth II)
- Pré: sem irritantes gástricos, jejum de 2h.
- Pós: gastrectomia parcial/total: sem sacarose e lactose por 30 dias. Líquidos com ptn de alto valor biológico, sucos naturais frescos adicionados de carbo complexos, evitar feijão e verduras cruas, frutas sem casca e bagaço. Ptn e lip mais bem tolerados do que carbo, limitar carbos simples, evitar líquidos durante refeições, incluir fibras.
Síndrome de Dumping.
Cirurgia de intestino (megacólon chagásico, volvo de sigmoide, retocolite, diverticulite, câncer): colectomia total, hemicolectomia direita, colectomia transversal, colectomia esquerda, sigmoidectomia.
- Projeto acerto contraindica preparo mecânico do cólon (“lavagem intestinal”).
- Pós: Introdução gradativa de fibras, começando rica em solúveis e pobre em insolúveis, introdução gradativa de lactose. Uso de pró e prebióticos.
Colectomia total, hemicolectomia direita: dieta deve ser constipante, aumentar a ingestão de líquidos, suplementar eletrólitos.
Hemorroidectomia: dieta deve ser constipante, dieta de baixo resíduo.
Colectomia transversal, colectomia esquerda, sigmoidectomia: dieta deve ser laxante, aumentar a ingestão de líquidos.
Atenção às cirurgias de ressecções do íleo: região onde ocorre absorção de sais biliares e vitamina B12 -> má absorção de lipídeos e vitaminas lipossolúveis, cálculos renais de oxalato.
Cirurgia de fígado (hepatectomia):
Pré-conforme aceitação
Pós-via oral, com progressão.
Cirurgia de vesícula biliar (colescistectomia convencional ou videoparoscópica):
Pré-hipolipídica
Pós-via oral, com progressão, mantendo hipolipídica por 30 dias.
Cirurgia de pâncreas (derivação biliodigestiva, gastroduodenopancreatectomia cefálica)
Pré- hipolipídica
Pós- oral com progressão, mantendo hipolipídica por 30 dias (podendo ser sem sacarose e lactose).
Projeto acerto: livre ingestão de líquidos claros até 2 a 3 horas antes da cirurgia, bebida rica em carboidratos isoosmolar.
· Síndrome do intestino curto
O que é: ressecções do intestino delgado (>75) ou redução acentuada da superfície de absorção causando uma série de sinais e sintomas.
Causas: várias (doença de Crohn, infarto mesentérico, volvos, complicações cirúrgicas, fístulas)
Sintomas: má absorção de nutrientes, diarreia frequente, esteatorreia, desidratação, desequilíbrios eletrólitos, perda de peso.
Condutas nutricionais: Apenas cerca de 60% da oferta nutricional é absorvida. Fibras, AGCC e glutamina.
Pós operatório imediato: reposição de líquidos e eletrólitos, terapia antiácida, antissecretória e antimotilidade, nutrição parenteral. Nutrição enteral: aumentar em 50% as energias, para compensar (60 kcal/kg/dia), hiperproteica 1,5-2g/kg/dia. Suplementação com glutamina. Via oral -> controle de fibra e lactose (se ressecções do íleo, hipolipídica e com TCM).
Fístulas: comunicação entre um órgão e o meio externo, e/ou 2 órgãos entre si, devido a agente patológico. Alto débito (>500ml/dia), médio (200-500ml/dia); baixo (<200ml/dia). Geralmente enteral ou parenteral. 
Conduta nutricional: Alto débito (>500ml/dia): dieta hiperproteica, vitaminas 2xRDA.
Fisiopatologia depende de 3 aspectos principais:
- Local;
- Local onde drena;
- Volume.
(Se for no jejuno ou íleo[footnoteRef:4]: terapia parenteral.)juy7 [4: Se for de baixo débito: ENTERAL.]

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