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VENTILAÇÃO MECÂNICA INVASIVA Profº João Victor Rolim Introdução à Ventilação Mecânica ■ Método artificial que visa à manutenção da ventilação nos pacientes que se encontram impossibilitados de respirar de forma espontânea; ■ Forma invasiva ou não, de uma máquina que substitui, parcial ou totalmente, a atividade ventilatória do paciente. Introdução à Ventilação Mecânica ■ Um dos principais recursos de suporte à vida utilizados na UTI; ■ Ideia antiga de insuflar os pulmões por pressão positiva; ■ A partir da década de 1920 que essa prática começou a ser aplicada, com o advento da anestesia geral e a intubação endotraqueal Introdução à Ventilação Mecânica ■ Primeiros ventiladores eram à pressão negativa (pulmões de aço); ■ Dificuldade em ventilar os pacientes com lesões parenquimatosas graves. Introdução à Ventilação Mecânica ■ Na década de 50 houve evolução na assistência ventilatória; ■ Devido a epidemias de poliomielite; ■ Ventiladores à pressão positiva ganharam uma posição de destaque no tratamento dos pacientes que apresentavam insuficiência respiratória. Introdução à Ventilação Mecânica ■ Avanços tecnológicos ocorridos na década de 80 possibilitaram construção de novos respiradores; ■ Novas modalidade ventilatórias. Mecânica Respiratória ■ A respiração consiste em duas fases: Inspiratória e Expiratória; ■ Para uma perfeita mecânica respiratória há necessidade de um equilíbrio entre tempos inspiratório e expiratório; ■ Na Inspiração ocorre a entrada de ar nos pulmões de forma ativa; ■ Expiração ocorre passivamente. Inspiração ■ ± 2 seg; ■ Diafragma: inserido nas costelas inferiores; ■ Contração puxa as costelas inferiores empurra o conteúdo abdominal Cavidade torácica; ■ Único musculo esquelético essencial à vida; Inspiração ■ Intercostais externos: elevam a caixa torácica; ■ Escalenos: elevam as duas primeiras costelas; ■ Esternocleidomastoideos: elevam o esterno; ■ Aumento do diâmetro ântero-posterior do toráx em 20%; ■ Redução da pressão intrapleural, fazendo a expansão pulmonar. Expiração ■ 3-4 seg; ■ Passiva: relaxamento diafragmático, recuo elástico do pulmão, recuo da parede torácica e as estruturas abdominais comprimem os pulmões; ■ Expiração vigorosa: contração dos músculos abdominais. Ventilação Mecânica Invasiva ■ Na VM com pressão positiva, o ar é bombeado para o sistema respiratório pelo fluxo gerado pelo ventilador; ■ Fluxo parênquima pulmonar (vencendo a resistência e complacência do sistema). Ventilação Mecânica Invasiva ■ Elevação das pressões alveolar e pleural a valores superiores aqueles da pressão atmosférica (pressão positiva); ■ A expiração se faz de modo passivo, como na respiração espontânea. Indicações de VM ■ Reanimação devido à parada cardiorrespiratória; ■ Hipoventilação e apnéia; ■ Insuficiência respiratória aguda; ■ Falência mecânica do aparelho respiratório e do trabalho respiratório; ■ Comando respiratório instável (TCE, AVE, intoxicação exógena e abuso de drogas); ■ Prevenção de complicações respiratórias: Restabelecimento no pós-operatório de cirurgia de abdome superior, torácica de grande porte e deformidade Princípios da VM ■ Se faz através da utilização de aparelhos que, intermitentemente, insuflam as vias respiratórias com volumes de ar (volume corrente - VT); ■ VT calculado em torno de 6 a 8 mL/Kg; Princípios da VM ■ No ar que entra nos pulmões é possível controlar a concentração de O2 (FiO2) necessária para obter-se uma PaO2 adequada; ■ Inicia a administração de O2 com uma concentração de 100%; ■ FiO2 deve ser ajustada pela gasometria arterial; ■ O objetivo deve ser manter uma FiO2 <50% e PaO2 ≥ 60 mmHg. Princípios da VM ■ Controla-se ainda, a velocidade com que o ar será administrado ( fluxo inspiratório); ■ Fr: O número de ciclos respiratórios que os pacientes realizam em um minuto; ■ Tempo inspiratório (TI); ■ Tempo expiratório (TE). Princípios da VM ■ O produto da Fr pelo VT é o volume minuto ( E); ■ Relação TI/TE; ■ Pausa inspiratória: tempo ajustado aonde não há fluxo insp e exp; ■ Sensibilidade: permite que o paciente inicie os ciclos. Pressão Positiva expiratória Final (PEEP) ■ Manutenção de uma pressão supra-atmosférica ao final da expiração; ■ Age não somente como suporte, mas também como medida terapêutica; ■ Funciona como a CRF. Efeitos Benéficos da PEEP ■ Melhora da oxigenação; ■ Promove distensão dos alvéolos; ■ Recrutamento de alvéolos; ■ Redução de DC. Ciclo ventilatório ■ 1) Fase inspiratória ■ 2) Ciclagem ■ 3) Fase expiratória ■ 4) Disparo Ciclo ventilatório ■ 1) Fase inspiratória ■ 2) Ciclagem ■ 3) Fase expiratória ■ 4) Disparo Fase do ciclo em que o ventilador realiza a insuflação pulmonar, conforme as propriedades elásticas e resistivas do sistema respiratório. Válvula inspiratória aberta. Ciclo ventilatório ■ 1) Fase inspiratória ■ 2) Ciclagem ■ 3) Fase expiratória ■ 4) Disparo Transição entre a fase inspiratória e a fase expiratória. Fechamento da válvula inspiratória. Ex: Tempo, pressão, fluxo e volume. Ciclo ventilatório ■ 1) Fase inspiratória ■ 2) Ciclagem ■ 3) Fase expiratória ■ 4) Disparo Momento seguinte ao fechamento da válvula inspiratória e abertura da válvula expiratória, permitindo que a pressão do sistema respiratório equilibre-se com a pressão expiratória final determinada no ventilador. Ciclo ventilatório ■ 1) Fase inspiratória ■ 2) Ciclagem ■ 3) Fase expiratória ■ 4) Disparo Fase em que termina a expiração e ocorre o disparo (abertura da válvula inspiratória) do ventilador, iniciando nova fase inspiratória. Ciclo ventilatório ■ 1) Fase inspiratória ■ 2) Ciclagem ■ 3) Fase expiratória ■ 4) Disparo Disparo do ventilador ■ Uma variável de disparo pré-determinada deve ser alcançada para iniciar a inspiração; ■ Depende do tipo de ventilação; ■ Ex: no modo controlado o disparo ocorre por tempo (Fr); ■ Ex: Ciclos assistidos e espontâneos, a inspiração começa quando se alcança um nível de pressão ou fluxo pré-determinado (sensibilidade). ANÁLISE GRÁFICA DURANTE A VENTILAÇÃ O MECÂNICA Curvas de fluxo ■ Medido diretamente pelo ventilador; ■ Sensores de pressão diferencial que estão posicionados entre a cânula endotraqueal e o "Y" do circuito do ventilador; ■ O fluxo inicia-se de acordo com o modo ventilatório. CURVAS DE FLUXO Curvas de Pressão ■ Medida pelo ventilador diretamente; ■ Através de transdutor instalado próximo ao tubo endotraqueal ("Y" do circuito do ventilador); ■ Ventilação espontânea queda da pressão nos alvéolos pela contração diafragmática; Curvas de Pressão Curvas de volume ■ Em sua porção ascendente: o volume pulmonar inspirado; ■ Em sua curva descendente: o volume pulmonar total expirado; ■ Os volumes são iguais a menos que esteja ocorrendo vazamento, desconexão do circuito ou aprisionamento aéreo Disparo do ventilador MODOS VENTILATÓRIOS Modos Ventilatórios ■ Ventilação Mandatória Contínua; ■ Modo assistido-controlado (A/C); ■ Ventilação mandatória intermitente sincronizada (SIMV); ■ Pressão Possitiva contínua nas vias áreas (CPAP). Ventilação mandatória Controlada (CMV) ■ Ciclos controlados pelo ventilador; ■ Fr determinada pelo ventilador; ■ Sem a interação com o paciente; ■ Sensibilidade não é utilizada; ■ Pode ocorrer desconforto e assincronia. Ventilação mandatória Controlada (CMV) ■ Pressão controlada: são limitados a pressão e ciclado a Fr;■ Volume controlado (os ciclos mandatórios têm como variável de controle o volume, são limitados a fluxo e ciclados a volume); ■ Indicado: intenção de manter o Ve fixo, com os Ti e Te constantes. Ventilação por Volume Controlado ■ Fr, o VC e o fluxo inspiratório são fixos. ■ Disparo Fr pré-estabelecida (por exemplo, se a Fr for de 12 ipm, o disparo ocorrerá a cada 5 s). ■ Comando sensibilidade desativado; ■ Ciclagem ocorre após a liberação do VC pré-estabelecido em velocidade determinada pelo fluxo. Ventilação por Volume Controlado Ventilação por Pressão Controlada ■ Fr, o tempo inspiratório ou a relação TI/TE, e o limite de pressão inspiratória são fixos. ■ O disparo pré-determinado Fr; ■ Ciclagem tempo inspiratório ou com a relação TI/TE; ■ O VC depende da pressão inspiratória pré-estabelecida, das condições de impedância do sistema respiratório e do tempo insp selecionado. Ventilação por Pressão Controlada Ventilação com Suporte de Volume (A/C) ■ Fr pode variar de acordo; ■ Disparo decorrente do esforço inspiratório do paciente; ■ VC e o fluxo são contínuos; ■ Caso o paciente não atinja o valor pré-determinado de sensibilidade para disparar o aparelho, este manterá ciclos ventilatórios de acordo com a Fr mínima indicada pelo operador. Ventilação mandatória contínua com pressão controlada (A/C) Ventilação mandatória contínua com pressão controlada (A/C) ■ No modo assistido-controlado, os ciclos ocorrem conforme o esforço do paciente ultrapasse a sensibilidade. O volume corrente obtido passa a depender também desse esforço Ventilação por Pressão de Suporte (A/C) Ventilação mandatória Intermitente (SIMV) ■ O ventilador oferece ciclos mandatórios a uma Fr pré-determinada, porém permite que ciclos espontâneos (ciclos ventilatórios disparados e ciclados pelo paciente) ocorram entre eles; ■ Quando o ventilador permite que o disparo dos ciclos mandatórios ocorra em sincronia com pressão negativa ou fluxo positivo realizado pelo paciente; ■ Ventiladores modernos. Ventilação mandatória Intermitente (SIMV) Ventilação espontânea contínua ■ Todos os ciclos ventilatórios são espontâneos; ■ Pode ser assistida pelo ventilador (o ventilador busca alcançar pressões pré-determinadas durante a inspiração) ■ Não assistida pelo ventilador (o ventilador mantém uma pressão positiva durante todo o ciclo respiratório, CPAP). Ventilação com pressão de suporte ■ Espontânea; ■ Disparado e ciclado pelo paciente; ■ Ventilador mantem uma pressão positiva pré-determinada na inspiração; ■ Ciclagem ocorre quando o fluxo insp reduza-se, normalmente, até 25% do pico de fluxo inspiratório atingido. Ventilação com pressão de suporte ■ Paciente controle a Fr e o tempo inspiratório e, dessa forma, o volume de ar inspirado. ■ VC depende do esforço inspiratório, da pressão de suporte pré- estabelecida e da mecânica do sistema respiratório. Ventilação com pressão de suporte Ventilação Mecânica Prolongada ■ Dependência de assistência ventilatória por mais de 6 horas ao dia, por 3 semanas; ■ Associada a altos índices de morbidade e mortalidade; ■ Complicações pulmonares, musculares, lesões de peles e pela intubação. Desmame da VMI ■ Processo de transição entre a VM e a ventilação espontânea; ■ Etapa essencial no cuidado com o paciente; ■ 25% dos pacientes apresentam dificuldades no desmame; ■ Deve ser iniciado tão rápido quanto possível. Dificuldades no desmame ■ Carga respiratória imposta ■ Carga cardíaca ■ Condição neuromuscular ■ Fatores neuropsicológicos ■ Condição nutricional ■ Outros Dificuldades no desmame ■ Carga respiratória imposta ■ Carga cardíaca ■ Condição neuromuscular ■ Fatores neuropsicológicos ■ Condição nutricional ■ Outros Aumento do trabalho respiratório, diminuição da complacência pulmonar (ex: pneumonia adquirida na VM, fibrose e infiltrado pulmonar difuso) broncoconstrição e etc. Dificuldades no desmame ■ Carga respiratória imposta ■ Carga cardíaca ■ Condição neuromuscular ■ Fatores neuropsicológicos ■ Condição nutricional ■ Outros Disfunção cardíaca, aumento do trabalho cardíaco e sepse não resolvida. Dificuldades no desmame ■ Carga respiratória imposta ■ Carga cardíaca ■ Condição neuromuscular ■ Fatores neuropsicológicos ■ Condição nutricional ■ Outros Depressão do centro respiratório, alcalose metabólica, uso de sedativos, falha do sistema neuromuscular e disfunção diafragmática. Dificuldades no desmame ■ Carga respiratória imposta ■ Carga cardíaca ■ Condição neuromuscular ■ Fatores neuropsicológicos ■ Condição nutricional ■ Outros Ansiedade, depressão e delírios. Dificuldades no desmame ■ Carga respiratória imposta ■ Carga cardíaca ■ Condição neuromuscular ■ Fatores neuropsicológicos ■ Condição nutricional ■ Outros Desnutrição ou sobrepeso. Dificuldades no desmame ■ Carga respiratória imposta ■ Carga cardíaca ■ Condição neuromuscular ■ Fatores neuropsicológicos ■ Condição nutricional ■ Outros Anemia, febre, dor, distúrbios metabólicos, uso de corticoides e hiperglicemia. Protocolos de desmame ■ Avaliação diária da função respiratória e TRE diminuem o tempo do desmame; ■ Métodos de desmame: TER, retirada abrupta da VM, PSV e VNI. Teste de respiração espontânea (TRE) ■ Utiliza-se uma peça em forma de “T” (tubo T); ■ Uma saída conectada no tubo traqueal, outra em uma fonte umidificada e rica em O2 e outra aberta, em contato com o ambiente; Teste de respiração espontânea (TRE) ■ Inicio por um período de 5 a 10 min; ■ Se tolerado, deverá ser prolongado de 30 min a 2 horas; ■ Intercalar com VM; ■ Teste interrompido por sinais de falha. Sinais de falha do TRE ■ FR >35 irm ou ≥ 50%; ■ Saturação de oxigênio 90%; ■ Frequência cardíaca 140bpm ou ≥ 20%; ■ PAS >180 mmHg ou ≥ 20% ou 90mmHg; ■ Sinais e sintomas Agitação, ansiedade, sudorese, alteração do nível de consciência, cianose, arritmias, sinais clínicos de fadiga muscular e aumento do trabalho respiratório. Desmame com PSV ■ Principal sistema para o desmame; ■ Redução gradual da pressão suporte de 2 a 4 cmH2O, de 2 a 4 vezes ao dia; ■ Redução até a PS chegar em 5 a 7 cmH2O; ■ Útil em pacientes com inúmeras tentativas de desmame. Desmame com VNI ■ Auxilia no desmame; ■ Reduz o tempos e as complicações relacionadas a VMI; ■ Modalidade alternativa para pacientes intolerantes a TER; ■ Tratamento para pacientes com IRpA no período de 48 pós extubação; ■ Pacientes com alto risco de reintubação. Sucesso (manutenção pós 48h) Repouso 24h Reavaliar critérios Pacientes eleitos para desmame Modo PSV 5-7cmH2O + PEEP 5 cmH2O e/ou TRE Não toleraTolera Extubação Repouso 24h Novo TRE Extubação Tolera Tolera Não tolera Mudar Estratégia VENTILAÇÃO MECÂNICA NÃO INVASIVA Profº João Victor Rolim A Ventilação Mecânica não Invasiva ■ Utiliza o mesmo principio VMI; ■ Pressão Positiva nas vias aéreas; ■ Não utiliza meios invasivos; ■ Interfaces não invasiva, sem necessidade de IOT ou TQT. Interfaces utilizadas na VNI ■ Escolha de uma interface correta garante o sucesso da aplicação; ■ Antigamente, existiam poucas interfaces e que geravam grandes incômodos (vazamento aumento do trabalho muscular); ■ Hoje existem vários tipos de interfaces: nasal, oronasal (facial), total face e capacete. Interfaces VNI: nasal ■ Interface mais confortável; ■ Resistência das narinas ao fluxo de ar; ■ Vazamento de ar pela boca; Podem limitar o seuuso em alguns pacientes Interfaces VNI: oronasal (facial) ■ Mais utilizada; ■ Demanda maior VC correção mais rápida das trocas gasosas; ■ Algumas mascaras apresentam orifício de exalação a reinalação de CO2. Interfaces VNI: oronasal (facial) Apresenta algumas limitações: ■ Pacientes com claustrofobias tem dificuldades de usar; ■ Utilização por longos períodos pode levar a lesões de pele (lesões por pressão). Interfaces VNI: total face e Helmet ■ Vantagem de diminuir o escape aéreo; ■ Uso de maiores pressões inspiratórias devido a uma maior área de contato entre a máscara e a face do paciente; ■ Reduz as lesões de pele relacionadas ao uso prolongado de VNI; ■ Mais confortável ao paciente. Interfaces VNI: total face e Helmet ■ Pacientes com claustrofobias tem dificuldades de usar; ■ Maior agravante é a reinalação de CO2. Indicações da VNI ■ Possui quase as mesmas indicações da VMI; ■ Necessita que o paciente tenha um nível de consciência adequado; ■ Deve ser utilizada para evitar IOT e VM invasiva Sarmento et.al 2ª edição – Livro ABC da fisioterapia respiratória, 2015 Indicações da VNI ■ Desconforto respiratório com uso de musculatura acessória; ■ PH < 7,35 e PaCO2 >45 mmHg; ■ Redução de PaO2; ■ Fr > 25 irpm. Contraindicações da VNI Sarmento et.al 2ª edição – Livro ABC da fisioterapia respiratória, 2015 Complicaçõe s da VNI Necrose facial Sangramento Nasal Hematomas no topo do nariz Distensão abdominal Aspiração do conteúdo gástrico Hipoxemia transitória Ressecamento nasal e oral Conjuntivite Barotrauma Confusão mental Hipercapnia Arritmia cardíaca PCR Critérios de interrupção da VNI Instabilidade hemodinâmica Alteração do nível de consciência (agitação ou rebaixamento) Necessidade de IOT Aspiração de conteúdo gástrico Não adaptação Ocorrência de complicações (lesão de pele) Ventiladores e modos Ventilatórios ■ Qualquer VM pode realizar a VNI; ■ Os ventiladores específicos têm como característica principal a presença de um circuito único, por onde ocorrem tanto a inspiração como a expiração; ■ Um orifício na porção distal do circuito para minimizar a reinalacão de CO2; ■ Ventiladores específicos para VNI funcionam na presença de vazamento. Ventiladores e modos Ventilatórios As modalidades ventilatória mais utilizadas são: CPAP (continuos positive airway pressure). BIPAP (bilevel positive airway pressure). PSV. CPAP ■ Pressão contínua nas vias aéreas; ■ Necessita de total independência do paciente para respirar; ■ Aplicada por um gerador de fluxo contínuo; ■ VC depende do esforço respiratório do paciente. CPAP ■ Ventilador mantém uma pressão superior a pressão barométrica durante todo o ciclo ventilatório; ■ a pressão na via aérea alcançar maiores volumes pulmonares; ■ “Facilita o trabalho respiratório”; ■ dos volumes pulmonares melhora na relação V/Q. CPAP ■ Pode ser aplicado em VM convencional no modo espontâneo ou em aparelhos específicos de VNI no modo CPAP. Efeitos fisiológicos do CPAP ■ Distensão dos alvéolos; ■ Prevenção de colapso alveolar; ■ Reabertura/recrutamento de alvéolos colapsados A pressão positiva imposta continua permite que haja nova abertura e mantendo sua capacidade de não colabar. Efeitos fisiológicos do CPAP ■ Distensão dos alvéolos; ■ Prevenção de colapso alveolar; ■ Reabertura/recrutamento de alvéolos colapsados Permite que o alvéolo seja reaberto por meio da pressão direta e que seja mantida a abertura de outras unidades alveolares. Efeitos fisiológicos do CPAP ■ Pacientes com lesão pulmonar aguda ou SDRA o CPAP ajuda o liquido extravascular pulmonar retornar para o interstício; ■ Redistribuição do líquido da permeabilidade epitelial Efeitos fisiológicos do CPAP ■ Na circulação pulmonar: da RVP compressão dos capilares alvéolos distendidos; ■ da relação V/Q do shunt DC; ■ da perfusão para os alvéolos não ventilados e reabertura das unidades colapsadas. Efeitos fisiológicos do CPAP PaO2 Indicações específicas para o CPAP ■ Melhora da Hipoxemia; ■ Reversão do edema agudo de Pulmão (EAP); ■ Reversão de atelectasias pós-operatórias; ■ Redução de broncoespasmo. Complicaçõe s do CPAP Barotrauma Aumento do trabalho respiratório Hipercapnia AutoPEEP Aumento da PIC Diminuição do DC Aumento do trabalho cardíaco. Ajustes da utilização do CPAP ■ Aparelho mais novos necessário apenas ajuste do CPAP e FiO2; ■ Pressão intra-alveolar na expiração é de 3 a 5 mmHg; ■ Em pacientes com SDRA, IRpA e EAP os estudos preconizam valor de CPAP inicial de 10cmH2O progredindo 2,5 cmH2O até melhora da hipoxemia. BIPAP ■ Duas fases de níveis pressóricos na via aérea; ■ IPAP (pressão positiva inspiratória) e EPAP (pressão positiva expiratória); ■ IPAP: proporciona a pressão na inspiração; ■ EPAP: mantem os alvéolos abertos na expiração (PEEP). Modalidades BIPAP ■ Mandatória controlada: iniciada e finalizada exclusivamente pelo ventilador; ■ Mandatória assistida/controlada: deflagrada de forma mista pelo paciente ou pelo ventilador; ■ Espontânea: o paciente determina o inicio e o final da ventilação. Benefícios do BIPAP Diminuição do trabalho respiratório Repouso da musculatura acessória da respiração Aumento da PaO2 Ajustes de PaCO2 Diminuição de IOT em pacientes com falência respiratória Complicaçõe s do BIPAP Lesões orofaciais (ressecamento, escaras e conjuntivite irritativa) Aerofagia (deglutição de ar) Cefaleia Aumento do trabalho respiratório Piora do quadro de IRpA Arritmias IAM Aplicação do BIPAP ■ Iniciar IPAP com pressão menor que 25 cmH2O VC 8 a 10mL/Kg e Fr menor que 28 irpm; ■ EPAP com valor mínimo de 5 cmH2O; ■ Sempre monitorar o paciente e observar se há melhora do quadro ou se apresenta falha da VNI.
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