Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
FACULDADE DE CIENCIAS E TECNOLOGIA DO MARANHÃO-FACEMA BACHARELADO EM NUTRIÇÃO CASO CLINICO 3 IDOSO ANDREIA MACHADO DESIDERIO CAXIAS-MA 2017 CENTRO DE ESPECIALIDADES EM ASSISTÊNCIA MATERNO-INFANTIL CASO CLINICO 3 IDOSO Supervisor(a): Esp. Josiane da Rocha Silva Ferraz Preceptor(a): Helena Manuella de Morais Rêgo CAXIAS-MA 2017 SUMÁRIO 1.INTRODUÇÃO 4 2. IDENTIFICAÇAO 5 3. QUEIXA PRINCIPAL 5 4. HISTORIA DA DOENÇA ATUAL (HDA) 5 5. HISTORIA SÒCIO-ECONÔMICA 5 6. MEDICAMENTOS UTILIZADOS E INTERAÇÃO DROGA-NUTRIENTE 5 7. AVALIAÇAO DO ESTADO NUTRICIONAL 6 7. 1 AVALIAÇAO CLINICA 6 7.2 AVALIAÇÃO ANTROPOMÈTRICA 6 7.3 DISTRIBUIÇÃO DE MACRONUTRIENTES 6 7.4 AVALIAÇÃO BIOQUIMICA 6 7.5 DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL CONCLUSIVO 7 8. TRATAMENTO DIETÉTICO 7 8.1 Objetivos da dieta 7 8.2 Prescrição dietoterápica 7 8.3 cardápio 8 9. RECOMENDAÇÕES GERAIS E ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS 9 10. CONCLUSÃO 10 REFERENCIAS1 1.INTRODUÇÃO O envelhecimento é, hoje, uma realidade na maioria das sociedades desenvolvidas e em desenvolvimento, tornando-se temática e relevante do ponto de vista científico e de políticas públicas, mobilizando pesquisadores e promotores de políticas sociais, na discussão do desafio que a longevidade humana está colocando para as sociedades (MARTIN; CORDONI JÚNIOR; BASTOS, 2005). A etapa da vida caracterizada como velhice, com suas peculiaridades, só pode ser compreendida a partir da relação que se estabelece entre os diferentes aspectos cronológicos, biológicos, psicológicos e sociais. Essa interação institui-se de acordo com as condições da cultura na qual o indivíduo está inserido (Papalia et al., 2006). Falta de apetite nos idosos A falta de apetite do idoso está muito relacionada com mudanças fisiológicas decorrentes do envelhecimento, com a perda dos sentidos visual, olfativo e gustativo, e também pode estar relacionado com a situação econômica, familiar e social que se encontre o idoso. Tudo isso associado à má alimentação habitual do idoso pode trazer sérias consequências à sua saúde. Geralmente o idoso deixa de comer certos alimentos por acreditar que eles podem fazer mal ou causar indigestão, quando na verdade está deixando de ingerir nutrientes fundamentais para prevenção de doenças e manutenção da saúde (Jones, 2006). O acidente vascular cerebral (AVC) é a principal causa de incapacidade crônica por doença neurológica em algumas partes do mundo (LEVADOS et. al. 2007). E causado pela a interrupção do fluxo sanguíneo para o encéfalo, seja pelo o rompimento de um vaso sanguíneo ou pelo o bloqueio por um coágulo (WHO, 2008). Arritmia cardíaca Anormalidade na frequência, regularidade ou na origem do impulso cardíaco, ou uma alteração na sua condução causando uma sequência anormal da ativação miocárdica. 2. IDENTIFICAÇAO M.L.S., 76 anos, Viúva, aposentada, peso: 59,5 altura: 1,51m, circunferência da cintura: 90, circunferência do quadril: 112, PCT: 10, PCB: 0, PSUB: 15, PCSI: 10, PCAb: 15. Relatou ter tido somente acidente vascular cerebral (AVC) e arritmia cardíaca. 3. QUEIXA PRINCIPAL Relatou somente ter falta de apetite. 4. HISTORIA DA DOENÇA ATUAL (HDA) Paciente em acompanhamento ao nutricionista para avaliar causas de falta de apetite, informou não ter nenhum tipo de doença como diabetes Mellitos (DM), hipertensão arterial sistêmica (HAS) e problemas renal, somente AVC e arritmia cardíaca. Relatou ainda esta tomando remédios como atenalol, hidroclorotiazida e sinvastantina. 5. HISTORIA SÒCIO-ECONÔMICA Um salario mínimo. 6. MEDICAMENTOS UTILIZADOS E INTERAÇÃO DROGA-NUTRIENTE Atenalol: Diminuição da concentração plasmática média do atenalol foi observada com a interação com suco de laranja. Hidroclorotiazida: evitar excesso de sal e calorias na dieta e consumir alimentos ricos em potássio e magnésio (leite, banana, batatas, tomate, carnes magras). Sinvastantina: O suco de laranja possui componentes que interferem no metabolismo de certos medicamentos, como sinvastatina. Evite o consumo de suco de laranja durante o tratamento. 7. AVALIAÇAO DO ESTADO NUTRICIONAL 7. 1 Avaliação Clinica Apresenta momentos de amnésia ao relatar sobre fatos passados. Corada, Pele com turgor e elasticidade compatível com a idade. 7.2 Avaliação Antropométrica IMC= 59,5/2.28= 26 Kg Estrófica. RCQ= 90/112= 0,80 (COM RISCO DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES) C.C= 90 (≥ 80 cm RISCO AUMENTADO PARA DOENÇAS CARDIOVASCULARES). PCT: 10 PCB: 0 PSUB: 15 mm PCSI: 10 mm Soma= 10+ 15+ 10=35mm %GC= 28,5% (acima da media). FAO/OMS TMB= (9,2 x peso) + (637 x altura) – 302 TMB= (9,2 X 59,5) + (637 X 1,51) – 302 TMB= 547,4 + 961,87 – 302 TMB= 1207 Kcal/dia Harris e benedict TMB= 665,1 + 9,5 x 59,5 + 1,8 x 151 – 4,7 x 76 TMB= 665,1 + 565,25 + 271,8 – 357,2 TMB= 1144 Kcal/dia GEB= 1144 x 1,3 GEB= 1487 Kcal/dia TMB= 10,5 x 59,5 + 596 TMB= 1220 Kcal/dia VET FINAL= 1207 + 1220 + 1487/3 = 1305 Kcal/dia 7.3 Distribuição de Macronutrientes CARBOIDRATO 1305 X 65%= 848/4= 212g/dia PROTEINA 1305 x 15%= 195/4= 48,75g/dia LIPIDIO 1305 x 20%= 261/9= 29g/dia 7.4 Avaliação Bioquímica Hemoglobina (g/dL) (12,0-15,5) 14,5g% normal Hematócrito (%) (35-45) 45% normal Creatinina (mg/dL) (0,7-1,5) 1,00mg/dl normal Uréia (mg/dL) (10-50) 67,1mg/dl normal TGO (U/L) (até 38) Normal TGP (U/L) (até 41) Normal Glicemia (mg/dL) (70-100) 81mg/dl normal Colesterol total (mg/dL) (< 200) 153mg/dl normal Triglicerídeos (mg/dL) (< 150) 165mg/dl normal HDL (mg/dL) (> 35) 56mg/dl normal LDL (mg/dL) (< 130) Normal Acido úrico (mg/dL) (2,0-5,0) 3,6mg/dl normal Sódio (mmol/L) (135-145) 142,8mEq/l normal Potássio (mmol/L) (3,5-5,0) 3.45mEq/l normal Cálcio (mmol/L) (1,12-1,32) 9,5mg/dl normal 7.5 Diagnóstico Nutricional Conclusivo M. l. S. sexo feminino, 76 anos, aposentada, apresenta-se, segundo avaliação antropométrica, eutròfica, percentual de gordura corporal (28,5%) acima da média e risco aumentado para doenças cardiovasculares, revelada pela CC (90 cm) e RCQ (0,80). Os exames bioquímicos revelam que todas as suas taxas se encontra normais, descartando assim o diagnostico para doenças típicas para idade. 8. TRATAMENTO DIETÉTICO 8.1 Objetivos da Dieta Este plano alimentar tem por objetivo manter a paciente na eutrofia ou consequentemente ir ate o limite do IMC ótimo para eutrofia, promovendo a diminuição do seu %GC e assim retirando-a da condição de risco cardiovascular. 8.2 Prescrição Dietoterápica A dieta prescrita tem por objetivo Fornecer calorias e nutrientes para manter o estado nutricional, além de melhorar a mastigação, deglutição e digestão por isso a escolha da dieta branda. As características da dieta quanto aos macronutrientes estão fundamentados na condição de eutrofico. Sendo assim, a dieta e normocalirica. Normoproteica, Normolipidica, pois foi preferível a oferta de lipídeos de boa qualidade, para auxiliar no aporte energético. Normoglicidica, para obtenção de energia através dos carboidratos complexos, preservando assim as reservas de proteínas endógenas, e para evitar o estimulo a lipogênese, no caso de uma recomendação acima do normal. 8.3 Cardápio Refeição Alimento Quantidade Desjejum · Mamão Papaia · Leite desnatado · Biscoito doce 1 fatia media 70g 1 xicara pequena 90ml 5 unidades 40g Lanche · Abacate · Açúcar 2 colheres sopa 60g 1 colher sopa 8g Almoço · Arroz integral · Feijão verde · Frango cozido · Beterraba cozida · Azeite de oliva · Uvas 3 colheres sopa 60g 1 concha 60g 1 peito pequeno 60g 2 colheres sopa 30g 1 colher de chá 8ml 6 unidades 50g Lanche · 1 maçã 1 unidade pequena 80g Jantar · Arroz integral · Carne ao molho com legumes · Cenoura · Vagem 2 colheres sopa 50g 3 porções 60g 2 colheres sopa 30g 2colheres sopa 30g Ceia · ½ pote de iogurtedesnatado 35 ml 9. RECOMENDAÇÕES GERAIS E ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS · Cálcio: a inadequada ingestão de cálcio contribui para a alta prevalência de osteoporose em pessoas idosas. É recomendado que a ingestão de cálcio seja de 1 a 1,5g/dia nas mulheres acima de 65 anos · Ferro: o envelhecimento está relacionado com o aumento gradual no estoque de ferro, tanto em homens quanto em mulheres. Consequentemente, a deficiência de ferro é incomum em idosos. · Água: a ingestão hídrica deve ser de aproximadamente 30ml por quilo por dia. Desidratação é muito prevalente em idosos, por isso, paciente e seus familiares devem ser educados para enfatizar a importância da manutenção adequada da ingestão hídrica. · Movimente-se! Os exercícios físicos melhoram o desempenho do coração, dos músculos e do organismo em geral. · Consuma o mínimo possível de alimentos fritos: prefira preparações assadas, grelhadas e cozidas. · Realizar as refeições em ambientes calmos e tranqüilos; · Não substituir almoço ou jantar por lanches rápidos; 10. CONCLUSÃO A avaliação nutricional antropométrica do idoso é de extrema importância para a identificação das alterações que acompanham o envelhecimento e se refletem no estado nutricional, carências nutricionais e no possível desenvolvimento de doenças e melhora da qualidade de vida para os idosos. REFERENCIAS 1. MARTIN, G.B; CORDONI JÚNIOR, L.C.; BASTOS, Y.G.L. Aspectos demográficos do processo de envelhecimento populacional em cidade do Sul do Brasil. Epidemiologia e Serviço de Saúde, Brasília, v.14, n.3, p. 151-158, jul./set. 2005. 2. Papalia, D. E. S. W. & Feldman, R. D. Desenvolvimento humano. Porto Alegre: Artmed (2006). 3. Jones, R. L. (2006). "Pessoas mais velhas" falando como se não fossem Idosos: posicionando a teoria como explicação. Journal of Aging Studies (2006). 4. LEVADOS et. al. Epidemiologia, prevenção e estratégias de manejo a nível regional: América Latina e caribe 2007. 5. WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Accident Vascular Cerebral. Disponivel em 05/05/2017.
Compartilhar