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72 1 Prof. Rodrigo Andrés de Souza Penaloza A Filosofia Maçônica: Valores, Virtudes e Verdades Aula 4 72 2 Conversa Inicial 72 3 “Por que a Maçonaria combate a ignorância em todas as suas formas?” “Porque a ignorância é a mãe de todos os vícios e seu princípio é nada saber, saber mal o que se sabe e saber outras coisas além do que se deve saber.” 72 4 O que é saber? O problema dos 3 estudantes Lógica epistêmica Princípio platônico Determinismo e livre-arbítrio 72 5 O problema dos 3 estudantes 72 6 Três estudantes estão sentados um em frente ao outro, formando um triângulo Eles estão usando, cada um, ou um chapéu preto (P) ou um chapéu branco (B) O professor sabe que os 3 estudantes estão usando chapéus P, mas cada estudante sabe apenas que os outros 2 estão com chapéu P. Nenhum vê o próprio chapéu 72 7 Quando o professor pergunta a cada estudante qual a cor do seu chapéu, a resposta de cada um é: “Não sei” Imagine que o professor anuncia publicamente que pelo menos um dos chapéus é preto Essa informação aparentemente inócua é o gatilho para que todos descubram a verdade: que todos os chapéus são pretos 72 8 Feito o anúncio, o professor pergunta ao estudante 1 qual a cor de seu chapéu. A resposta é “Não sei” 72 9 Depois, pergunta ao estudante 2. A partir da resposta negativa de 1, o estudante 2 já aprendeu que os chapéus de 2 (o dele próprio) e 3 não podem ser simultaneamente brancos O estudante 2 já sabe que pelo menos um dos chapéus dos estudantes 2 e 3 é P 72 10 Esse aprendizado, porém, é vazio para ele. Com efeito, a proposição “Pelo menos um dos chapéus 2 e 3 é P” é equivalente logicamente à proposição: “p ou q, mas ambas não podem ser simultaneamente falsas”, em que: p = o chapéu 2 é P q = o chapéu 3 é P 72 11 A tabela-verdade dessa sentença é: p v q V V V V V F F V V F F F excluído 72 12 O estudante 2 enfrenta uma tautologia: ter ouvido a resposta “Não sei” do estudante 1 não o ajudou a refinar seu próprio conhecimento sobre os fatos Ele responde: “Não sei” 72 13 Quando a pergunta chega ao 3, o que ocorre? Tendo ouvido a resposta de 2, então 3 “sabe que 2 não sabe a cor de seu chapéu” e, tendo também ouvido 1, “sabe que 1 não sabe a cor de seu chapéu” e, tendo visto 2 ouvir 1, então também “sabe que 2 sabe que 1 não sabe a cor de seu chapéu” 72 14 Saber tudo isso é fundamental para o raciocínio que 3 faz neste momento 72 15 Se o chapéu de 3 fosse B, então 2, sabendo que pelo menos um dos chapéus 2 e 3 é P, teria respondido que o seu chapéu (de 2) era P. Como 2 disse que não sabia, então o chapéu de 3 não pode ser B: só pode ser P 3 responde: “Eu sei! Meu chapéu é P” 72 16 Como ele sabe que os chapéus dos outros dois estudantes é P, então ele descobre a verdade: que todos os chapéus são pretos 72 17 A informação aparentemente inócua levou o estudante 3 a conhecer a verdade a partir da própria ignorância e da ignorância alheia, apenas mediante o raciocínio O pressuposto básico é o que na Epistemologia se denomina conhecimento comum (dos dados, do anúncio e da inteligência): introspecção epistêmica 72 18 Lógica epistêmica 72 19 Cada distribuição de cores é um estado do mundo Na Lógica Modal e na Metafísica o termo utilizado é mundo possível e.g., {P, P, B} é um estado do mundo: os estudantes 1 e 2 têm chapéus P e 3 tem B O verdadeiro estado do mundo é {P, P, P} 72 20 A matriz abaixo é uma lista de todos os possíveis estados do mundo: estados do mundo e s tu d a n te s a b c d e f g h 1 P P P P B B B B 2 P P B B P P B B 3 P B P B P B P B 72 21 O mundo é então dado pelo conjunto = {a, b, c, d, e, f, g, h} Qualquer subconjunto de estados do mundo é dito um evento ou célula. Assim, {a, e} é um evento ou célula 72 22 Qual o conhecimento do estudante 1 antes do anúncio do professor? estados do mundo e s tu d a n te s a b c d e f g h 1 P P P P B B B B 2 P P B B P P B B 3 P B P B P B P B 72 23 Ele sabe as cores de 2 e 3, mas não sabe a do próprio chapéu O estudante 1 não distingue entre os estados a = {P, P, P} e e = {B, P, P}, ou seja, ele conhece o evento {a, e} em um sentido minimal 72 24 Prosseguindo, vemos que o conhecimento inicial de 1 é: P1 = {{a, e},{b, f},{c, g}, {d, h}} estados do mundo e s tu d a n te s a b c d e f g h 1 P P P P B B B B 2 P P B B P P B B 3 P B P B P B P B 72 25 O conhecimento inicial de 1 é uma partição do mundo = {a, b, c, d, e, f, g, h} em eventos disjuntos e exaustivos P1 = {{a,e},{b,f},{c,g},{d,h}} Similarmente: P2 = {a,c},{b,d},{e,g},{f,h}} P3 = {a,b},{c,d},{e,f},{g,h}} 72 26 Conhecimento de 1: P1 = {{a,e},{b,f},{c,g},{d,h}} 72 27 O verdadeiro estado é a = {P,P,P}. Qual é o evento E constante de P1 para o qual aE (a pertence a E)? Claramente: E = {a,e}. Denotamos esse evento por: 1(a) = {a,e} Assim, 1 sabe que o evento {a,e} ocorre, mas não consegue dizer mais que isso 72 28 Um estado do mundo especifica todos os detalhes imagináveis (Leibniz). Descreve: o que todos os indivíduos sabem e o que todos os indivíduos sabem sobre o que todos os indivíduos sabem, ad infinitum 72 29 o que cada indivíduo faz e o que cada indivíduo sabe sobre o que cada indivíduo faz, ad infinitum o sistema lógico com que cada indivíduo raciocina e o que cada indivíduo sabe sobre o sistema lógico com que cada indivíduo raciocina, ad infinitum etc. 72 30 O conhecimento do indivíduo i é descrito por uma partição 𝓟𝒊 de , isto é: (a) 𝛀 = 𝝅∈𝓟𝒊𝝅ڂ (b) ∀𝝅, 𝝈 ∈ 𝓟𝒊, 𝝅 ≠ 𝝈 ⇒ 𝝅 ∩ 𝝈 = ∅ Vamos explicar cada uma dessas condições 72 31 A condição (a) 𝛀 = 𝝅∈𝓟𝒊𝝅ڂ diz que o conhecimento que o indivíduo i tem do mundo é composto por fragmentos de informação que, juntos, perfazem a totalidade das coisas No exemplo dos estudantes: P1 = {a,e},{b,f},{c,g},{d,h}} A união das células é o mundo 72 32 A condição (b) ∀𝝅, 𝝈 ∈ 𝓟𝒊, 𝝅 ≠ 𝝈 ⇒ 𝝅 ∩ 𝝈 = ∅ diz que os fragmentos de informação são disjuntos. Se dois fragmentos têm algum estado do mundo em comum, então eles são um fragmento só 72 33 Dada uma célula 𝝅 ∈ 𝓟𝒊, se 𝝎,𝝎′ ∈ 𝝅, então o indivíduo não distingue entre 𝝎 e 𝝎′ Dado o estado 𝝎 ∈ 𝛀, seja 𝚷𝒊(𝝎) ∈ 𝓟𝒊 a célula que contém 𝝎. Para o indivíduo i, todo estado 𝝎′ ∈ 𝓟𝒊 é possível de ocorrer, se 𝝎 acontece 72 34 Seja 𝑬 ⊂ 𝛀 um evento e seja 𝝎 ∈ 𝛀 o verdadeiro estado do mundo. Então: (a) se 𝝎 ∈ 𝐄, dizemos que 𝑬 ocorre ou é verdadeiro (b) se 𝚷𝒊(𝝎) ⊂ 𝑬, dizemos que i conhece (ou sabe) 𝑬 (c) se 𝚷𝒊 𝝎 ⊂ 𝑬, ∀𝝎 ∈ 𝑬, dizemos que 𝑬 é autoevidente 72 35 Por exemplo, seja 𝛀 = {𝝎𝟏, 𝝎𝟐, 𝝎𝟑, 𝝎𝟒} e 𝓟𝒊 = { 𝝎𝟏, 𝝎𝟐 , 𝝎𝟑, 𝝎𝟒 }. Suponha que o verdadeiro estado do mundo é 𝝎𝟐 e considere o evento 𝑬 = {𝝎𝟏, 𝝎𝟐, 𝝎𝟑}. Então 𝑬 ocorre. Como 𝚷𝒊 𝝎𝟐 ⊂ 𝑬, o indivíduo i conhece 𝑬 Porém, 𝝎𝟑 ∈ 𝑬 e 𝚷𝒊 𝝎𝟑 ⊄ 𝑬. Portanto, 𝑬 não é autoevidente 72 36 O operador de conhecimento 𝑲𝒊 do indivíduo i é dado por 𝑲𝒊(𝑬) = {𝝎 ∈ 𝛀 tal que 𝚷𝒊 𝝎 ⊂ 𝑬}. Observe que um evento 𝑬 é autoevidente se, e somente se, 𝑲𝒊(𝑬) = 𝑬 Kripke construiu um sistema de lógica modal com base em 5 axiomas sobre o operador de conhecimento (sistema S5) Quando o indivíduo não conhece (não sabe) o evento 𝑬, escrevemos ~𝑲𝒊 𝑬 72 37 Sistema S5 de Kripke: Para quaisquer eventos 𝑨,𝑩 ⊂ 𝛀, valem os seguintes axiomas: (1) 𝑲𝒊(𝛀) = 𝛀 (2) 𝑲𝒊(𝑨) ∩ 𝑲𝒊(𝑩) = 𝑲𝒊(𝑨 ∩ 𝑩) (3) 𝑲𝒊(𝑨) ⊂ 𝑨 (4) 𝑲𝒊 𝑲𝒊 𝑨 = 𝑲𝒊(𝑨) (5) ~𝑲𝒊 𝑨 = 𝑲𝒊(~𝑲𝒊(𝑨)) 72 38 Princípio platônico 72 39 “Pareço, portanto, ser um pouquinho mais sábio que esse [homem] em tudo, que qualquer coisa que eu não seieu também não penso saber”. – Platão, Apologia 21d ἔοικα γοῦν τούτου γε σμικρῷ τινι αὐτῷ τούτῳ σοφώτερος εἶναι, ὅτι ἃ μὴ οἶδα οὐδὲ οἴομαι εἰδέναι. 72 40 Princípio platônico: “Se E não é verdade, então eu sei que não sei E” Com efeito, pelo axioma (3), 𝑲𝒊(𝑬) ⊂ 𝑬. Isso equivale a ~𝑬 ⊂ ~𝑲𝒊 𝑬 “Se E não é verdade, então eu não sei E” Pelo axioma (5), ~𝑲𝒊 𝑬 = 𝑲𝒊(~𝑲𝒊(𝑬)) Portanto, ~𝑬 ⊂ 𝑲𝒊(~𝑲𝒊(𝑬)) 72 41 Recorde que um evento E é autoevidente se 𝑲𝒊 𝑬 = 𝑬. Os eventos autoevidentes são as células que perfazem o conhecimento do indivíduo Lembrando: ~𝑬 ⊂ 𝑲𝒊(~𝑲𝒊(𝑬)) Logo, quando nos restringimos a eventos autoevidentes comuns a todos, o que temos é: ~𝑲𝒊(𝑬) ⊂ 𝑲𝒊(~𝑲𝒊(𝑬)) 72 42 Eis aí o motto socrático em sua versão mais refinada: “Se eu não sei E, então eu sei que não sei E” 𝑺𝒆 𝒆𝒖 𝒏ã𝒐 𝒔𝒆𝒊 𝑬 ~𝑲𝒊(𝑬) , 𝒆𝒏𝒕ã𝒐 ⊂ 𝒆𝒖 𝒔𝒆𝒊 𝒒𝒖𝒆 𝒏ã𝒐 𝒔𝒆𝒊 𝑬 𝑲𝒊(~𝑲𝒊(𝑬)) 72 43 Um debate público só pode chegar a uma conclusão se ela versar sobre eventos autoevidentes comuns a todos os debatedores, pois aí todos saberão do que falam, todos saberão que outros sabem do que falam etc. Dialética socrática: a preocupação de Sócrates era chegar, pela maiêutica, a um consenso sobre a definição das coisas sobre as quais se debatia 72 44 O evento autoevidente mais simples é a totalidade das coisas. Axioma (1): 𝑲𝒊(𝛀) = 𝛀 Aplicando o motto à totalidade das coisas, temos: ~𝑲𝒊(𝛀) ⊂ 𝑲𝒊(~𝑲𝒊(𝛀)): “Se eu não sei o todo, então eu sei que eu não sei o todo” Ora, ~𝑲𝒊 𝛀 = ~𝛀 = ∅. Não saber o todo significa saber nada. Logo: “se eu sei nada, então eu sei que sei nada”. Dito de forma coloquial: “só sei que nada sei” 72 45 Longe de ser uma expressão de humildade intelectual, o reconhecimento da ignorância exemplificado por Sócrates em seu lema era, na verdade, um clamor pelo levantamento do intelecto humano a um sistema lógico de busca do conhecimento pelo debate público fundamentado em um sistema tão exigente como o S5 de Kripke 72 46 Consequências da retirada do axioma (5) 72 47 Sócrates, com seu motto, lançou as bases epistemológicas para a ciência 72 48 Ao aplicar o seu método às questões morais, Sócrates tentou cientificizar a inquirição ética e moral, estabelecendo regras de raciocínio que promovessem o atingimento da verdade, tal como ocorreu com o estudante 3 no problema dos chapéus Sobre o aspecto moral falarei mais adiante 72 49 Determinismo e livre-arbítrio 72 50 Devido à imensa carga de capacidade intelectual requerida pelo sistema S5, diz-se que o indivíduo que raciocina segundo S5 possui onisciência lógica forte 72 51 Ele conhece todas as tautologias e todas as teses da lógica epistêmica. Ele tem acesso imediato a todas as consequências de seu conhecimento, a todos os teoremas que constituem a estrutura lógica de seu conhecimento e, quanto a qualquer coisa que não saiba, ele sabe que não sabe 72 52 Existem três graus de onisciência: Onisciência lógica Onisciência dedutiva Onisciência factual A onisciência lógica é ainda subdividida: onisciência lógica forte onisciência lógica fraca O sistema S5 é o mais abrangente 72 53 É comum não saber que não sabe, viver fora do S5, a não ser em contextos bem delimitados. Isso levanta profundas questões sobre o livre-arbítrio e a responsabilidade moral 72 54 Se o homem é incapaz de antecipar todas as possíveis consequências morais de suas ações, onde fica a responsabilidade? Se ele é capaz de antecipar todas as consequências, onde fica o livre-arbítrio? 72 55 Comecemos com a pergunta: Como agiria moralmente o homem se ele possuísse onisciência lógica forte, ou seja, se ele pudesse sustentar integralmente o seu processo de decisão moral sobre o sistema S5? Um indivíduo desse tipo é o que os filósofos medievais chamavam de seres angelicais 72 56 Ele anteciparia todas as consequências de suas ações Escolheria a melhor ação segundo as leis do universo (físicas e morais: as Leis de Deus) Sua vontade, expressa no livre-arbítrio, seria conforme as leis divinas Ele as obedeceria não por submissão, mas por conhecê-las em essência 72 57 Na discussão sobre o livre-arbítrio existe um consenso em favor do Determinismo O Determinismo não é que o indivíduo não tem como mudar as coisas de acordo com sua vontade, pois toda a trajetória do mundo já estaria traçada de forma determinística desde sempre 72 58 Se fosse assim, não haveria espaço para o livre-arbítrio e não haveria responsabilidade moral do homem pelas suas ações 72 59 O Determinismo se refere ao princípio ontológico de que todo efeito possui uma causa O Determinismo não afirma que tudo já está determinado Ele apenas diz que, dado o mundo atual (que já é o efeito de causas passadas), quaisquer eventos futuros serão efeitos de causas atuais Nada sucede sem uma causa 72 60 Se o único princípio constitutivo do universo fosse o material, aí sim o Determinismo filosófico implicaria a impossibilidade de livre-arbítrio, pois a matéria não tem vontade 72 61 Como, porém, existe também o princípio espiritual, o homem é livre para agir e ser uma causa atual de consequências futuras Portanto, o Determinismo filosófico não é incompatível com o livre-arbítrio 72 62 O ponto é que, embora o Determinismo reconheça que todo efeito tem uma causa, ele não afirma que o homem é capaz de antecipar todas as possíveis consequências de sua ação para, ponderando-as, tomar sua decisão 72 63 A natureza do livre-arbítrio do Homem é, por conseguinte, distinta da natureza do livre-arbítrio do anjo, aquele que possui onisciência lógica forte. Na Lógica Modal, ele é dito cartesiano 72 64 O cartesiano não é apenas o indivíduo racional: ele é, além disso, o indivíduo capaz de antecipar todas as consequências de seus atos e de conhecer todos os atos lógicos possíveis que possam reger suas decisões 72 65 O substrato comum ao livre-arbítrio do homem e do cartesiano é a vontade A vontade é a expressão do espírito na escolha da ação Ela se diferencia do desejo A vontade do cartesiano deve alinhar-se com as leis divinas, precisamente em razão de ele as conhecer 72 66 O cartesiano é, em aparência, um autômato. Mas no fundo ele não é uma máquina Ele se sente tão livre em agir como o homem e se regozija tanto com seus sucessos quanto o homem Se um indivíduo conhecesse todas as consequências, sua vontade não poderia contrariar as leis espirituais do universo 72 67 Já o homem comum não concebe todas as consequências Portanto, as consequências que sofre decorrem de duas fontes primárias e interligadas: Seu desconhecimento epistêmico da ação Desalinhamento de sua vontade com as leis espirituais do universo 72 68 O trabalho de aperfeiçoamento moral consiste, então, em tomar as dores e alegrias do mundo como ensinamentos que mostram a cadeia de causas e efeitos 72 69 É como se caminhássemos rumo ao sistema S5 no campo moral, tentando agir como um cartesiano moral No limite, a ciência e a moral têm os mesmos fundamentos epistêmicos de racionalidade e conhecimento (Maçonaria) 72 70 Uma só resposta às perguntas: Se homem é incapaz de antecipar todas as possíveis consequências morais de suas ações, onde fica a responsabilidade? Se ele é capaz de antecipar todas as consequências, onde fica o livre-arbítrio? 72 71 Ainda que não seja capaz de ser um cartesiano, sua responsabilidade decorre de seu livre-arbítrio, expressão de vontade. Mesmo que fosse um cartesiano, ainda assim seria responsável por suas ações, pois o homem, por ser espírito, é um agente queatua como causa 72 72 A evolução moral é uma necessidade racional Sem ela, o homem sofrerá consequências de ações moralmente equivocadas que virão eivadas de tanto mais dor quanto maior for a sua perseverança em estacionar no caminho evolutivo da alma, sem vontade de aprender 72 73
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