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METODOLOGIAS METODOLOGIAS Prof.(a) Ms. Sandra Cristiana Kleinschmitt E-mail: sandra.cristiana@fasul.edu.br ETAPAS DA PESQUISA Escolha do Tema Revisão de Literatura Justificativa Formulação do Problema Determinação dos Objetivos Metodologia Coleta de Dados Tabulação de Dados Análise e Discussão Conclusão Redação e Apresentação Classificação das Pesquisas Finalidade NaturezaObjetivos Procedi mentos Local de Realização B á s ic a A p lic a d a Q u a lit a ti v a Q u a n ti ta ti v a CRITÉRIOS E x p lo ra tó ri a D e s c ri ti v a E x p lic a ti v a B ib lio g rá fi c a D o c u m e n ta l E x p e ri m e n ta l C a m p o L a b o ra tó ri o O u tr o s Classificação das Pesquisas Finalidade NaturezaObjetivos Procedi mentos Local de Realização B á s ic a A p lic a d a Q u a lit a ti v a Q u a n ti ta ti v a CRITÉRIOS E x p lo ra tó ri a D e s c ri ti v a E x p lic a ti v a B ib lio g rá fi c a D o c u m e n ta l E x p e ri m e n ta l C a m p o L a b o ra tó ri o O u tr o s QUANTO A SUA NATUREZA/FINALIDADE • Básica: onde o objetivo é gerar conhecimentos novos úteis para o avanço da ciência sem aplicação prática prevista. Envolve verdades e interesses universais. • Aplicada: onde o objetivo é gerar conhecimentos para aplicação prática dirigidos à solução de problemas específicos. Envolve verdades e interesses locais. Classificação das Pesquisas Finalidade NaturezaObjetivos Procedi mentos Local de Realização B á s ic a A p lic a d a Q u a lit a ti v a Q u a n ti ta ti v a CRITÉRIOS E x p lo ra tó ri a D e s c ri ti v a E x p lic a ti v a B ib lio g rá fi c a D o c u m e n ta l E x p e ri m e n ta l C a m p o L a b o ra tó ri o O u tr o s QUANTO AOS OBJETIVOS PESQUISA EXPLORATÓRIA: • tem por objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses, ou seja, desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e idéias para estudos posteriores; • tem menor rigidez no planejamento; PESQUISA EXPLORATÓRIA: • envolve levantamento bibliográfico e documental, entrevistas não padronizadas e estudos de caso; • não utiliza técnicas quantitativas; • mostra uma visão geral aproximativa; • é usado quando o tema é pouco explorado e torna-se difícil formular problemas precisos e hipóteses operacionalizáveis; e • é a primeira etapa de uma investigação mais ampla. QUANTO AOS OBJETIVOS PESQUISA DESCRITIVA: Tem por objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre as variáveis: • distribuição de idade, sexo, procedência, nível de renda; • São incluídas neste grupo as pesquisas que tem por objetivo o levantamento de opiniões, atitudes e crenças da população. QUANTO AOS OBJETIVOS PESQUISA DESCRITIVA: Uma de suas características significativas está na utilização de técnicas de coleta de dados, tais como o questionário e a observação sistemática. Algumas pesquisas descritivas vão além da simples identificação de relações entre variáveis, e pretendem determinar a natureza dessa relação - tendem a uma pesquisa explicativa. Há porém, pesquisas que, embora definidas como descritivas com base em seus objetivos, acabam servindo mais para proporcionar uma nova visão do problema - tendem a uma pesquisa exploratória. QUANTO AOS OBJETIVOS PESQUISA EXPLICATIVA: Tem como preocupação central identificar os fatores que determinam ou que contribuem para a ocorrência dos fenômenos. Esse é o tipo de pesquisa que mais aprofunda o conhecimento da realidade, porque explica a razão, o porquê das coisas. Por isso mesmo é o tipo mais complexo e delicado, já que o risco de cometer erros aumenta consideravelmente. A pesquisa explicativa pode ser a continuação de uma descritiva, posto que a identificação dos fatores que determinam um fenômeno exige que este esteja suficientemente descrito e detalhado. QUANTO AOS OBJETIVOS Objetivo da Pesquisa Principais Procedimentos Técnicos Exploratória Pesquisas Bibliográficas Estudos de Caso. Descritiva Levantamento (Surveys) Explicativa Pesquisa Experimental Pesquisa Ex-Post-Facto (área social). QUANTO AOS OBJETIVOS Classificação das Pesquisas Finalidade NaturezaObjetivos Procedi mentos Local de Realização B á s ic a A p lic a d a Q u a lit a ti v a Q u a n ti ta ti v a CRITÉRIOS E x p lo ra tó ri a D e s c ri ti v a E x p lic a ti v a B ib lio g rá fi c a D o c u m e n ta l E x p e ri m e n ta l C a m p o L a b o ra tó ri o O u tr o s PROCEDIMENTOS TÉCNICOS a) Pesquisa bibliográfica: é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. • Embora em quase todos os estudos seja exigido algum tipo de trabalho desta natureza, há pesquisas desenvolvidas exclusivamente a partir de fontes bibliográficas. • Parte dos estudos exploratórios podem ser definidos como pesquisas bibliográficas. A principal vantagem da pesquisa bibliográfica reside no fato de permitir ao investigador a cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar diretamente. Esta vantagem se torna particularmente importante quando o problema de pesquisa requer dados muito dispersos pelo espaço. Por ex. renda per capita. A pesquisa bibliográfica também é indispensável nos estudos históricos. PROCEDIMENTOS TÉCNICOS b) Pesquisa documental: É muito parecida com a bibliográfica. • A diferença está na natureza das fontes, pois esta forma vale-se de materiais que não receberam ainda um tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com os objetos da pesquisa. • Existem, de um lado, os documentos de “primeira mão”, que não receberam qualquer tratamento analítico (documentos oficiais, reportagens de jornal, cartas, contratos, diários, filmes, fotografias, Boletins de Ocorrência etc.), • Existem também aqueles que já foram processados, mas podem receber outras interpretações, como relatórios de empresas, tabelas estatísticas etc. PROCEDIMENTOS TÉCNICOS • c) Pesquisa experimental: o experimento representa o melhor exemplo de pesquisa científica. • Essencialmente, o delineamento experimental consiste em determinar um objeto de estudo, selecionar as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, definir as formas de controle e de observação dos efeitos que a variável produz no objeto. • Este procedimento técnico é melhor utilizado pelas Ciências Exatas. PROCEDIMENTOS TÉCNICOS d) Pesquisa Ex-Post-Facto: investigação sistemática e empírica na qual o pesquisador não tem controle direto sobre as variáveis independentes, porque já ocorreram suas manifestações ou porque são intrinsecamente não manipuláveis. PROCEDIMENTOS TÉCNICOS e) Pesquisa de Coorte: refere-se a um grupo de pessoas que têm alguma característica comum, constituindo uma amostra a ser acompanhada por certo período de tempo, para se observar o que acontece com elas. Limitações: • A não-utilização do critério de aleatoriedade na formação dos grupos de participantes; • A exigência de uma amostra muito grande, o que faz com que a pesquisa se torne muito onerosa. Exemplo: • Verificar a exposição passiva à fumaça de cigarro e a incidência de câncer no pulmão (seleção de um grupo exposto e outra de um grupo não exposto à fumaça). PROCEDIMENTOS TÉCNICOS f) Levantamento: é a interrogação direta das pessoas cujo comportamento se deseja conhecer. • Procede-se à solicitação de informações a um grupo significativo de pessoas acerca do problema estudado para, em seguida,mediante análise quantitativa, obterem-se as conclusões correspondentes aos dados coletados. • Quando o levantamento recolhe informações de todos os integrantes do universo pesquisado, tem-se um censo. Vantagens: conhecimento direto da realidade, economia e rapidez, quantificação Limitações: ênfase nos aspectos perspectivos, pouca profundidade, limitada apreensão do processo de mudança. PROCEDIMENTOS TÉCNICOS • g) Estudo de campo: procura o aprofundamento de uma realidade específica. • É basicamente realizada por meio da observação direta das atividades do grupo estudado e de entrevistas com informantes para captar as explicações e interpretações do ocorre naquela realidade. PROCEDIMENTOS TÉCNICOS h) Estudo de caso: consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento. • Caracterizado por ser um estudo intensivo. • É levada em consideração, principalmente, a compreensão, como um todo, do assunto investigado. • Todos os aspectos do caso são investigados. • Quando o estudo é intensivo podem até aparecer relações que de outra forma não seriam descobertas (FACHIN, 2001, p. 42). • O estudo de caso pode ser utilizado tanto em pesquisas exploratórias, quanto descritivas e explicativas. PROCEDIMENTOS TÉCNICOS Procedimentos Técnicos i) Pesquisa-Ação: • tipo de pesquisa com base empírica que é concebida em estreita associação com a ação ou com a resolução de um problema coletivo; • os pesquisadores representativos da situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo. Tem sido objeto de bastante controvérsia por exigir o envolvimento ativo do pesquisador e a ação por parte das pessoas ou grupos envolvidos do problema; A pesquisa-ação tende a ser vista em certos meios como desprovida da objetividade que deve caracterizar os procedimentos científicos. PROCEDIMENTOS TÉCNICOS Procedimentos Técnicos j) Pesquisa Participante: Assim como a pesquisa-ação, caracteriza-se pela interação entre pesquisadores e membros das situações investigadas. Mostra-se bastante comprometida com a minimização da relação entre dirigentes e dirigidos e por essa razão tem-se voltado sobretudo para a investigação junto a grupos desfavorecidos, tais como os constituídos por operários, camponeses, índios etc. PROCEDIMENTOS TÉCNICOS População e Amostra Universo ou população: é um conjunto definido de elementos que possuem determinadas características. Comumente fala-se de população como referência ao total de habitantes de determinado lugar. Amostra: subconjunto do universo ou da população, por meio do qual se estabelecem ou se estimam as características desse universo ou população. Uma amostra pode ser constituída, por exemplo, por cem empregados de uma população de 4.000 que trabalham em uma fábrica. Tipos de Amostragem a) Amostragem Aleatória Simples: Ex. numa lista telefônica que contém 10.000 nomes seleciona-se, ao acaso, uma determinada quantidade de nomes. b) Amostragem Sistemática: sua aplicação requer que a população seja ordenada de modo tal que cada um de seus elementos possa ser identificado pela posição. Serão escolhidos os elementos de determinada posição aleatória em todos os intervalos. Ex.: número de matrícula. c) Amostragem Estratificada: caracteriza-se pela seleção de uma amostra de cada subgrupo da população considerada. Ex.: sexo, idade ou classe social. d) Amostragem por Conglomerados: pesquisas cuja a população seja constituída por todos os habitantes de uma cidade. • Conglomerados típicos são quarteirões, famílias, organizações, edifícios, fazendas etc. Tipos de Amostragem e) Amostragem por Etapas: pode ser utilizado quando a população se compõe de unidades que podem ser distribuídas em diversos estágios. • Ex.: numa pesquisa que tivesse como universo todos os domicílios do Brasil, num primeiro estágio poderiam ser selecionadas microrregiões. Num segundo estágio, poderiam ser selecionados municípios. Num terceiro estágio, bairros, depois quarteirões e, num último estágio, os domicílios. Tipos de Amostragem f) Amostragem por Acessibilidade ou por Conveniência: constitui o menos rigoroso de todos os tipos de amostragem. É destituída de qualquer rigor estatístico. O pesquisador seleciona os elementos a que tem acesso, admitindo que estes possam, de alguma forma, representar o universo, ou seja, escolhe o que está mais disponível. • Aplica-se este tipo de amostragem em estudos exploratórios ou qualitativos, onde não é requerido elevado nível de precisão. Tipos de Amostragem g) Amostragem por Tipicidade: também constitui um tipo de amostragem não probabilística e consiste em selecionar um subgrupo da população que, com base nas informações disponíveis, possa ser considerado representativo de toda a população. Ex.: escolher uma cidade típica, com vistas em um estudo sobre o país = procurar uma cidade cuja distribuição de renda seja semelhante à do país como um todo. • O fato de ser uma cidade típica em relação a alguns aspectos não assegura que o seja em relação a outros. Tipos de Amostragem h) Amostragem por Cotas: de todos os procedimentos de amostragem definidos como não probabilísticos, este é o tipo que apresenta maior rigor. De modo geral, é desenvolvido em três fases: • a) classificação da população em função de propriedades tidas como relevantes para o fenômeno a ser estudado; • b) determinação da proporção da população a ser colocada em cada classe, com base na constituição conhecida ou presumida da população; • c) fixação de cotas para cada observador ou entrevistador encarregado de selecionar elementos da população a ser pesquisada, de modo tal que a amostra total seja composta em observância à proporção das classes consideradas. Este procedimento é usualmente aplicado em levantamentos de mercado e em prévias eleitorais. Tipos de Amostragem Determinação do Tamanho da Amostra a) Amplitude do Universo: a extensão da amostra tem a ver com a extensão do universo que são classificados como finitos (até 100.000) ou como infinitos (acima de 100.000), onde o tamanho da amostragem já não precisa mais aumentar. b) Nível de Confiança Estabelecido: em geral, é estabelecido o nível de confiança de 95%. c) Erro Máximo Permitido na Pesquisa: nas pesquisas sociais trabalha-se usualmente com uma estimativa de erro entre 3 e 5%. d) Percentagem com que o Fenômeno se Verifica no Universo: • Ex. numa pesquisa cujo objetivo é verificar qual a porcentagem de protestantes que residem numa cidade, a estimativa prévia desse número é bastante útil. Se for possível afirmar que essa porcentagem não é superior a 10%, será necessário um número de casos bem maior do que numa situação em que a percentagem presumível estivesse próximo de 50%. Determinação do Tamanho da Amostra Técnicas para coleta de dados A principal forma de coleta de dados é a leitura (livros, revistas, jornais, sites, CDs etc.), que certamente é utilizada para todos os tipos de pesquisa. Esta técnica também é chamada de pesquisa bibliográfica. Existem, basicamente, dois tipos de dados: Dados secundários: são os dados que já se encontram disponíveis, pois já foram objeto de estudo e análise (livros, teses, CDs, IBGE, DATASUS, etc.). Dados primários: dados que ainda não sofreram estudo e análise. Para coletá-los, pode-se utilizar: • Observação; • Entrevista; • Questionário. Observação É o uso dos sentidos com vistas a adquirir os conhecimentos necessários para o cotidiano. Vantagem: os fatos são percebidos diretamente, sem qualquer intermediação, reduzindo a subjetividade. Desvantagem: A presença do pesquisador pode provocar alterações de comportamentodos observados, destruindo a espontaneidade dos mesmos e produzindo resultados pouco confiáveis. Pode-se adotar a seguinte classificação: observação simples, observação participante e observação sistemática. Observação Simples: o pesquisador permanecendo alheio à comunidade, grupo ou situação que pretende estudar, observa de maneira espontânea os fatos que aí ocorrem, sendo mais um expectador que um ator. Observação Observação Participante: consiste na participação real do conhecimento na vida da comunidade. O observador assume, até certo ponto, o papel de membro do grupo, como no caso de antropólogos em sociedades primitivas. Pode-se definir observação participante como a técnica pela qual se chega ao conhecimento da vida de um grupo a partir do interior dele mesmo. Observação Observação Sistemática: é utilizada em pesquisas que têm como objetivo a descrição precisa dos fenômenos. • Nestas pesquisas, o pesquisador sabe quais os aspectos da comunidade que são significativos para alcançar os objetivos pretendidos, elaborando previamente um plano de observação. • Tem a necessidade de convencer os observados. Observação Entrevista Técnica em que o investigador se apresenta ao investigado e lhe formula perguntas para a obtenção de dados de interesse. É bastante adequada para a obtenção de informações acerca do que as pessoas sabem, crêem, esperam, sentem ou desejam... Classificação das Entrevistas: classifica-as de acordo com seu grau de estruturação: Entrevista Informal: é menos estruturada e só se distingue da simples conversação porque tem como objetivo básico a coleta de dados. Busca-se a obtenção de uma visão geral do problema pesquisado, bem como a identificação de alguns aspectos da personalidade do entrevistado. A entrevista informal é indicada em estudos exploratórios em realidades pouco conhecidas pelo pesquisador. Entrevista Entrevista Focalizada: tão livre como a anterior, mas abordando um tema específico, de modo que o entrevistador evita a fuga do tema pelo entrevistado. É bastante empregada em estudos experimentais, com o objetivo de explorar a fundo alguma experiência vivida em condições precisas. O entrevistador confere ao entrevistado ampla liberdade para expressar-se sobre o assunto. Entrevista Entrevista por Pautas: apresenta certo grau de estruturação, já que se guia por uma relação de pontos de interesse que o entrevistador vai explorando ao longo de seu curso. As pautas devem ser ordenadas e guardar certa relação entre si. As perguntas diretas são poucas, deixando o entrevistado falar livremente à medida que refere às pautas assinaladas. Entrevista Entrevista Estruturada: desenvolve-se a partir de uma relação fixa de perguntas, cuja ordem e redação permanece invariável para todos os entrevistados, que geralmente são em grande número. Possibilita o tratamento quantitativo dos dados (mais adequado para o desenvolvimento de levantamentos sociais). Vantagens: • A rapidez e o fato de não exigirem exaustiva preparação dos pesquisadores (custos relativamente baixos). • Possibilitar a análise estatística dos dados, já que as respostas obtidas são padronizadas. Entrevista Desvantagens: • Não possibilitam a análise dos fatos com maior profundidade, posto que as informações são obtidas a partir de uma lista prefixada de perguntas. Esta lista de perguntas é frequentemente chamada de questionário ou de formulário. • Este último título é preferível, visto que o questionário expressa melhor o procedimento auto-administrado, em que o pesquisador responde por escrito as perguntas que lhe são feitas. Entrevista Questionário É uma técnica de investigação composta por um número mais ou menos elevado de questões apresentadas por escrito às pessoas, tendo por objetivo o conhecimento de opiniões, crenças, sentimentos... Os questionários, na maioria das vezes, são propostos por escrito aos respondentes. Costumam, nesse caso, ser designados como questionários auto- aplicados. Quando, porém, as questões são formuladas oralmente pelo pesquisador, podem ser designados como questionários aplicados com entrevista ou formulários. As perguntas podem ser: Fechadas: apresenta-se ao respondente um conjunto de alternativas de respostas para que seja escolhida a que melhor representa sua situação ou ponto de vista. Por exemplo: “Qual a sua religião?”, poderão ser apresentadas as seguintes alternativas: ( ) Católico ( ) Protestante ( ) Espírita ( ) Outra religião ( ) Sem religião Nas questões fechadas, é preciso garantir que, qualquer que seja a situação do respondente, haja uma alternativa em que este se enquadre. Por essa razão é que, em muitos casos, oferece-se a alternativa “outras”. Questionário As alternativas devem ser mutuamente exclusivas, ou seja, uma das alternativas poderá corresponder à situação do respondente. Porém, que há situações em que mais de uma alternativa poderá ser escolhida. Ex.: “Que esportes você pratica?”. Nesses casos, deverá ser esclarecida essa possibilidade. Questionário Abertas: apresenta-se a pergunta e deixa-se um espaço em branco para que a pessoa escreva sua resposta sem qualquer restrição. Por exemplo: “Qual é, no seu entender, o principal problema que o Governo precisa resolver?” ________________________. Questões Duplas: uma aberta e uma fechada em conjunto. Por exemplo: “Qual a sua religião?”: ( ) Católico ( ) Protestante ( ) Espírita ( ) Sem religião ( ) Outra religião. Qual? ________________________ Questionário Questões Dependentes: são questões que dependem das respostas das outras perguntas. Ex.: a resposta à pergunta: “Quantos cigarros você fuma por dia?”, num questionário também aplicado a não fumantes, depende da resposta a uma questão anterior: “Você fuma cigarros?” Há diversas formas de apresentação desse tipo de questão. Pode-se, após cada alternativa, escrever o procedimento a ser seguido. Por exemplo, para a questão “Você fuma cigarros?” • Sim (responda à questão seguinte) • Não (responda à questão nº 3). Questionário As perguntas devem ser formuladas segundo algumas normas: • 1) devem ser claras, concretas e precisas; • 2) deve-se considerar o sistema de referência do interrogado e seu nível de instrução; • 3) não deve ser ambígua; • 4) deve ser neutra, não sugerindo as respostas, e; • 5) devem referir-se a uma única idéia de cada vez. O número de perguntas depende do interesse do pesquisado, não devendo passar de trinta. Deve-se evitar a mudança brusca de tema, nem que seja necessária uma parada para preparar para a fase seguinte. Questionário O questionário deve conter uma introdução e instruções acerca do correto preenchimento, porque as respostas serão dadas sem a presença do pesquisador. Antes de sua aplicação efetiva, deve-se aplicar um pré-teste em membros da população (de 10 a 20) para a detecção de possíveis falhas em sua construção, tais como: • complexidade das questões, • imprecisão na redação, • desnecessidade das questões, • constrangimentos ao informante, • exaustão etc. Questionário O pré-teste deve assegurar que o questionário esteja bem elaborado, sobretudo no referente a: • clareza e precisão dos termos, • forma das questões, • desmembramento das questões, • ordem das questões, • introdução do questionário. Questionário Classificação das Pesquisas Finalidade NaturezaObjetivos Procedi mentos Local de Realização B á s ic a A p lic a d a Q u a lit a ti v a Q u a n ti ta ti v a CRITÉRIOS E x p lo ra tó ri a D e s c ri ti v a E x p lic a ti v a B ib lio g rá fi c a D o c u m e n ta l E x p e ri m e n ta l C a m p o L a b ora tó ri o O u tr o s DUAS MANEIRAS DE ABORDAR A PESQUISA QUANTITATIVA QUALITATIVA “QUANTOS” % Pesos “PORQUÊS” Indícios Tendências A NATUREZA DA INFORMAÇÃO TIPOS DE PESQUISAS Quanto a forma de abordagem do problema: Quantitativa: é todo tipo de pesquisa na qual se utiliza de técnicas numéricas para classificar e analisar os seus resultados. Qualitativa: é todo tipo de pesquisa onde a interpretação dos fenômenos é feita a partir de informações não numéricas, podendo ser, por exemplo, verbais (entrevistas) e/ou documentais, dentre outras técnicas não numéricas que possam ser utilizadas. QUALITATIVA X QUANTITATIVA Ciências Humanas Revelar Consensos, buscar porquês Raciocínio Indutivo Conhecimento Implícito Problema muda Compreender o fenômeno in situ Ciências Naturais Estabelecer Perfis, prever fenômenos Raciocínio Hipotético- Dedutivo Teste de Hipóteses Explícitas A realidade é estática Experimentos controlados QUALITATIVA X QUANTITATIVA Amostra Pequena Coleta via roteiros Entrevista em profundidade ou grupo Relatório destaca opiniões, comentários e frases Amostra grande, para generalização Questionários Estruturados Entrevistas com objetos da amostra Tabelas e gráficos, com discussão Generalidade é secundária Lógica da descoberta Hipóteses e variáveis conhecidas a posteriori Controle a posteriori das variáveis Procedimentos variáveis Objetiva, passível de reprodução Lógica da verificação Hipóteses e variáveis conhecidas a priori Controle a priori das variáveis Procedimentos fixos QUALITATIVA X QUANTITATIVA REFERÊNCIAS BELLO, José Luiz de Paiva. Metodologia científica: manual para elaboração de textos acadêmicos, monografias, dissertações e teses. Rio de Janeiro: Universidade Veiga de Almeida (UVA), 2005. Disponível em: <www.agenciauva.com.br/Documentos/Manual_Prof.Bello.pdf>. Acesso em: 01 fev. 2010. GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 1999. GOLIATH, Paulo Henrique; SILVA, João Fernando Vieira da. Manual de elaboração de projeto de pesquisa. Juiz de Fora: Faculdades DOCTUM, 2008. Disponível em: <www.doctum.com.br/.../5dabfa927ae7da49ac9da3a223f6212e.pdf>. Acesso em: 01 fev. 2010. LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia Cientifica. São Paulo: Atlas, 2000. MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia científica. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2007.
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