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Processos Patológicos e Alterações Cadavéricas | Função e Disfunção dos Sistemas I

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Carolina Maschmann | @carolmedvet
Processos patológicos e Alterações cadavéricas
Pathos: doença.
Logia: estudo. 
Estudo da natureza essencial das doenças, em especial as alterações
estruturais e funcionais induzidas nos órgãos e tecidos por elas.
É o estudo das causas. Ex.: parvovirose.
Agente etiológico. Ex.: parvovírus.
Agente etiológico intrínseco: alterações genéticas (congênitas).
Agente etiológico adquirido: agentes infecciosos (bactérias, vírus,
fungos e parasitas), químicos, radiação e trauma.
Sinal: indica as manifestações objejtivas da doença (aquelas que se
vê).
Sintoma: refere-se às manifestações subjetivas (aquelas que se sente).
Patologia:
Etiologia:
Patogênese (patogenia): é o desenvolvimento da doença.
Lesões: alterações morfológicas macroscópicas e microscópicas
Manifestações clínicas: consequências funcionais, alterações da função
dos órgãos.
Diagnóstico: é o ato de nomear a doença de um indivíduo. Constituído
através da história clínica, exame clínico e exames complementares
(análise de líquidos tissulares, biopsia e necropsia). Pode ser classificado
em definitivo, presuntivo e diferencial.
Prognóstico: é o desfecho da doença ou da lesão. Pode ser classificado
em favorável, reservado ou desafavorável. 
Autópsia: exame em si mesmo (humanos).
Necropsia: exame do cadáver (humanos e animais).
Biópsia: exame de fragmento colhido de um paciente vivo.
Sinal x sintoma:
São alterações físico-químicas que ocorrem no corpo do cadáver
imediatamente após a morte.
Estas alterações são inevitáveis, irreversíveis e progressivas.
Algumas altraçoes ocorrem rapidamente e outras mais lentamente
com o passar das horas.
São cruciais para a interpretação correta da presença ou ausência de
lesões, verificação se houve manipulação de cadáveres e estimar o
tempo de morte (horas) - cronotanatognose (kronos: tempo; thanatos:
morte; gnosis: conhecimento).
A estimativa do tempo de morte é importante para excluir suspeitos de
crimes, analisar atos de abuso e negligência (estabelecer quando o
animal pode ter sofrido o ato e a sua morte) e em casos de animais
que possuem seguro.
Causa da morte;
Tamanho do animal: um animal menor possui menor contato com a
superfície, e perde calor mais rápido, desacelerando a autólise. Um
animal maior, possui maior volume e retém mais calor, acelerando a
autólise.
Estado de nutrição: um animal obeso retém mais calor, acelerando a
autólise. Um animal menos obeso retém menos calor, desacelerando a
autólise.
Cobertura corporal por lã, pelos ou penas: a cobertura retém calor
e acelera a autólise. Ex.: aves tem temperatura corporal naturalmente
elevada, junto a cobertura por penas, a autólise é potencializada.
Temperatura do ambiente: quanto mais elevada a temperatura, mais
rápida a autólise.
Pseudomelanose: manchas amarronadas ou negras em superfícies
serosas e nas cápsulas dos órgãos.
Enfisema tecidual: bolhas de gás em órgãos e tecidos.
Maceração: fragmentação tecidual e desprendimento das mucosas.
Coliquação ou liquefação: perda progressiva do aspecto estrutural
dos órgãos. É o que ocorre com o cérebro.
Esqueletização: desintegração e desaparecimento dos tecidos
moles.
Alterações cadavéricas:
Autólise: autodigestão celular de um tecido por enzimas proteolíticas
produzidas pelo próprio tecido 
Putrefação: autólise + ação de enzimas proteolíticas de microrganismos
saprófitas oriundos do próprio organismo do cadáver. 
Fatores que infuenciam o tempo de aparecimento das alterações
pós-morte:
Classificação das alterações - Alterações Bióticas/Transformativas:
Carolina Maschmann | @carolmedvet
Carolina Maschmann | @carolmedvet
Perda de consciência.
Insensibilidade.
Ausência de reflexos.
Parada das funções cardiorrespiratórias.
Livor mortis ou hipóstase cadavérica: acomodação gradativa do
sangue dentro dos vasos para o lado de decúbito do animal. Ocorre
em órgãos duplos (mais fácil de observar quando em decúbito lateral).
Desenvolvimento: 30min - 2h.
Classificação das alterações - Alterações abióticas imediatas: são
aquelas que não modificam o estado geral do cadáver.
Classificação das alterações - Altrações abióticas
consecutivas/mediatas:
Algor mortis ou frialdade cadavérica: resfriamento gradual do
cadáver. Após a morte, a função termorreguladora cessa e a
temperatura corporal tende ao equilíbrio com a do ambiente. A
sensação de frio ao tato deve-se a evaporação corporal.
Cronotanatognose: queda de 1 grau por hora. Desenvolvimento: +- 2
horas.
Rigor mortis ou rigidez cadavérica: enrijecimento muscular devido
ao consumo gradativo do ATP pela fibra muscular. Desenvolvimento: 2
a 6 horas após a morte, se desfaz em até 36 horas após ter iniciado.
Divide-se em três fases:
→ Fase pré-rigor: período após a constatação da morte clínica em que o
tecido muscular ainda está vivo e a reserva de glicogênio muscular (ATP)
mantém o músculo relaxado.
→ Fase de rigor: período de intensa contração muscular. É quando as
reservas de glicogênio se esgotam e a ausência de ATP leva a uma forte
união entre actina e miosina.
→ Fase pós-rigor: período onde predominam os fenômenos líticos,
promovendo a destruição do complexo actina/miosina e assim
promovendo o relaxamento muscular.
→ Cronotanatognose: 
 → 1 hora: músculo cardíaco.
 → 1 a 2 horas: músculos respiratórios.
 → 2 a 3 horas: musculatura da cabeça, mastigação e periocular.
 → 3 horas e meia a 4 horas e meia: região cervical, tórax e membros
anteriores.
 → 6 a 9 horas: restante da musculatura.
Carolina Maschmann | @carolmedvet
Coagulação sanguínea pós-morte: com a parada da circulação as
células endoteliais e plaquetas liberam tromboquinase que promove a
formação de coágulos no interior dos vasos. Deve-se diferenciar de
trombos que são formados em vida e que podem ter provocado a
morte do animal. Desenvolvimento: 2 a 8 horas. Classificação dos
coágulos:
Carolina Maschmann | @carolmedvet
Embebição por hemoglobina: ocorre a hemólise dos coágulos e
autólise da parede dos vasos. Manifesta-se por manchas
avermelhadas em superfícies serosas como o omento, mesentério,
endocárdio e vasos. Desenvolvimento: após 8 horas.
 → Coágulos cruóricos (vermelhos): mais hemácias e menos plaquetas.
 → Coágulos lardáceos (amarelos): mais plaquetas e menos hemácias
(em animasi anêmicos são frequentes)
 → Coágulos mistos: equinos.
Embebição por bilirrubina: difusão de pigmentos biliares através da
parede da vesícula biliar em autólise. Manchas amarelo-esverdeadas
em órgãos adjacentes a vesícula biliar como o fígado e o estômago.
Desenvolvimento: 8 horas.
 
Timpanismo ou meteorismo pós-morte: produção de gás no rúmen
ou no intestino com distensão abdominal. Diferenciar timpanismo ante-
morte de timpanismo pós-morte. Desenvolvimento: 24 horas. Ruptura
pós-mortal do estômago (torção, alteração) não altera a coloração.
Carolina Maschmann | @carolmedvet

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