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Amanda P. Sessin – Função e Disfunção dos Sistemas I É controlada por barreiras físicas, pressão e diferença de concentração entre os meios. Aproximadamente 60% da massa do organismo animal é composta de água. Esses 60% estão divididos: 40% em espaço intracelular, 20% em espaço extracelular, 15% em espaço intersticial e 5% em espaço intravascular. O balanço hídrico sofre ação de duas pressões: a hidrostática e a coloidal osmótica. Qualquer desequilíbrio em uma dessas pressões faz com que a água se mova de um compartimento a outro – dinâmico. Pressão hidrostática: é a pressão gerada pelo sangue nos vasos sanguíneos, fazendo com que o sangue saia do vaso e invada os tecidos. Fisiologicamente, é um pouco maior que a pressão osmótica, fazendo com que ocorra uma pequena saída de líquido (linfa). A linfa não se acumula nos tecidos porque os vasos linfáticos fazem a reabsorção. Pressão osmótica coloidal: gerada pela quantidade de proteínas plasmáticas (soluto) presente no sangue. Em quantidades normais, retém os líquidos dentro do vaso. É o acúmulo de líquido no espaço intersticial ou nas cavidades corporais. Apresenta 4 causas (patofisiologia): 1. Aumento da pressão hidrostática; 2. Diminuição da pressão oncótica; 3. Aumento da permeabilidade vascular; 4. Obstrução linfática. Aumento na pressão hidrostática: pode ocorrer de duas maneiras: 1. Localizada: obstrução de veia por trombo ou compressão externa por tumor, abscesso; 2. Generalizada: insuficiência cardíaca* * causa diminuição da quantidade de sangue circulante, ao passar pelos rins ativa o sistema renina-angiotensina-aldosterona, aumentando a quantidade de volume sanguíneo e formando edema sistêmico. Alteração na pressão coloidal osmótica: pode ocorrer em duas situações: 1. Hipoproteinemia (diminuição da pressão coloidal osmótica do plasma – causas como verminoses, desnutrição, diminuição na síntese de proteína, doença renal proteinúria); 2. Aumento da pressão nos tecidos (inflamação – aumentando a permeabilidade vascular). Aumento da permeabilidade vascular: causada por lesão do endotélio capilar, geralmente pela invasão de algum patógeno, causando extravasamento de soluto. Obstrução linfática: pode ser causada por neoplasias dos vasos linfáticos ou linfonodos ou por um processo inflamatório. O edema é caracterizado por um aumento de volume frio, sem hiperemia e indolor (quando não associado a inflamação). Edema cacifo: edema subcutâneo (impressão do dedo na área do edema). Na necropsia: os órgãos e tecidos ficam com aspecto gelatinoso, com coloração clara, amarelado e ao corte flui líquido. Na histologia: há afastamento das células com formação de espaços entre elas e presença de estrutura amorfa corada fracamente pelo eosina.
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