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Plano de Exame Clínico

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Semiologi�
Plan� d� �am� clínic�
Na semiologia tudo é feito visando o diagnóstico correto.
Necessidades básicas para realização do exame clínico:
➔ Contenção adequada do animal
➔ Presença do tutor ou do tratador (pessoa que tiver mais conhecimento a
respeito do animal)
➔ Indumentária protetora de acordo com ambiente (jaleco, máscara, touca,
luvas, galochas)
➔ Material de exame apropriado (endoscópio, etc.)
Plan� d� �am� clínic�
Resenha:
Consiste na identificação do animal, particularidades (nome, endereço, raça, sexo,
idade). É essencial para um direcionamento correto.
Anamnese ou Histórico clínico: Busca de informações sobre o animal através do
responsável.
Tipos de anamnese: interrogativo, narrativo ou misto.
➢ Interrogativo: o veterinário faz os questionamentos para o tutor.
Lado negativo: o tutor pode tornar-se inibido, essa conduta pode resultar em
possíveis respostas falsas ou omissão.
➢ Narrativo: o veterinário deixa o tutor falar à vontade.
Lado negativo: desvio do problema do animal, falta de organização.
➢ Misto: é o tipo mais adequado, pois com ele é possível direcionar o tutor para
as respostas de interesse sem que ele se sinta pressionado.
Existem ainda outros tipos de anamnese mais específicos:
➢ Anamnese patológica: Faz-se perguntas relacionadas ao estado atual da
doença.
Ex.: “Por que trouxe o animal para consulta?”, “Há quanto tempo o animal
está doente?”
➢ Anamnese fisiológica: Faz-se perguntas relacionadas aos sistemas
orgânicos.
Ex.: Tegumentar “Prurido ou perda de pelos” “Local ou generalizadas”.
Digestório “Apetite, sede, caraterísticas das fezes”. Respiratório “Tipo de
respiração, tipo de secreção”.
➢ Anamnese ambiental: Faz-se perguntas relacionadas ao local onde o animal
vive, passeia.
É importante sempre fazer anotações e preencher bem o histórico com informações
relevantes para o caso.
Exame físico
Constituído por:
➔ Técnicas de exame
➔ Investigação inicial
➔ Exame físico por sistema
➔ Exame físico por região
Técnicas de exame e métodos auxiliares (uso de semiotécnicas associadas aos
órgãos dos sentidos):
Inspeção: 1ª semiotécnica utilizada.
➢ Observar postura, comportamento do animal.
Percussão, olfação, palpação, auscultação, combinação de técnicas
Investigação inicial
Postura:
➢ Posição das orelhas, cabeça, pescoço, membros, cauda.
➢ Formato da coluna vertebral (cifose, lordose, escoliose).
➢ Formato e tensão da parte abdominal.
➢ Posição em pé ou decúbito.
Ps: Posição ortopneica reflete dificuldade respiratória.
Estado nutricional:
(Alimentação x Doença)
Obesidade – endógena (endócrino)
– exógena (dieta)
Magreza ou emaciação (caquexia, em geral com astenia)
A condição corporal ideal é refletida quando na palpação (região torácica ou do
quadril) é possível sentir uma camada de músculo/gordura e também o osso do
animal.
Temperatura retal:
Pode sofrer influência de diversos fatores, portanto é preciso estar atento.
Temperatura elevada:
➢ O animal exercitou-se recentemente
➢ O animal está doente
Febre ou hipertermia?
Hipertermia é o aumento acentuado da temperatura corporal, possui causas
diversas e pode se expressar devido a situações de estresse, exposição ao
sol,entre outras. O tratamento pode ser feito com o controle físico da temperatura
como ajuste do ar-condicionado e bolsas de gelo para refrescar o animal.
Febre é uma síndrome (conjunto de sinais) e junto a ela existem outras
sintomatologias: animal apático, com quadro de êmese ou diarreia. A febre é uma
resposta a estímulos inflamatórios.
Temperatura baixa:
➢ O animal estava exposto ao frio
➢ O animal está em quadro de choque, onde não há regulação adequada da
temperatura
Temperatura ideal:
➢ Bovinos e equinos: 37,5 - 39 graus C
➢ Ovinos e caprinos: 38 - 39,5 graus C
➢ Cães e gatos: 37,5 – 39,3 graus C
Frequência cardíaca (ausculta) e pulsação (palpação de artérias superficiais):
Todo batimento deve gerar um pulso,portanto o ideal é auscultar e palpar ao mesmo
tempo. Obstrução? Trombo? Qual o problema caso um pulso não seja igual a uma
pulsação?
Ideal:
➢ Cães: 70 – 130 bpm
➢ Gatos: 160 – 240 bpm
Palpação: artéria femoral (cão), carótida (equino).
Frequência respiratória:
Ideal:
➢ Cão/Gato: 10 – 40 mrpm ( movimentos respiratórios por minuto)
Pode-se observar os movimentos de expansão torácica.
Estado de hidratação do animal:
É uma avaliação subjetiva, assim como a de escore corporal, pois vomitar 2
vezes/dia pode ser considerado muito para determinado médico e pouco para outro.
➢ Importante para orientar a fluidoterapia.
Observar se o animal está vomitando, se as fezes estão diarreicas, se o TPC
(tempo de preenchimento capilar) está adequado (mucosa deve rosar em até 2
segundos após exposição manual), entre outros.
Seguir o plano de exame clínico para chegar ao diagnóstico.
Exame físico por sistemas
Sistema tegumentar e anexos
Palpação de linfonodos superficiais: cervical, retrofaríngeo, axilar, femoral.
➢ Facilmente: submandibulares, pré-escapulares, axilares, inguinais, poplíteos.
Ao estarem aumentados sugerem quadro infeccioso, inflamatório ou neoplásico. O
aumento pode ser generalizado ou localizado.
Avaliação das mucosas aparentes:
➢ conjuntiva ocular, mucosa nasal (animais maiores), mucosa bucal, mucosa
vulvar.
As avaliadas mais frequentemente são mucosas ocular e oral.
Diferentes colorações = diferentes problemas.
Coloração que uma mucosa pode assumir:
Pálidas (hemorragia), amareladas (icterícia), azulada/arroxeada (falta de
oxigenação) e hiperêmicas / congesta (aumento do fluxo sanguíneo regional, em
geral por quadros inflamatórios, mas por vezes devido a quadros congestivos).
Mucosa pálida (coloração esbranquiçada):
➔ anemia ou hipoperfusão
Mucosa congesta ou hiperêmica (coloração avermelhada):
➔ aumento da permeabilidade vascular, podendo ser por processo infeccioso
e/ou inflamatório.
Mucosa cianótica (coloração azulada):
➔ Diminuição de hemoglobina sanguínea, ou seja circulação sanguínea
inadequada ou distúrbios na troca gasosa.
Mucosa ictérica (coloração amarelada):
➔ Hiperbilirrubinemia, relacionado a afecções hepatobiliares e hemolíticas.
Tipos icterícia: Pré-hepática (ocorre no sangue), hepática (ocorre no fígado),
pós-hepática (ocorre nos ductos biliares)
Causas de icterícia pós-hepáticas:
➢ Obstrução dos ductos biliares causada por cálculos
➢ Parasitas (em felinos muito comum: Platynosomum fastosum)
➢ Processos inflamatórios (casos grandes de edemas)
➢ Formações nodulares/neoplásicas.
Observar a coloração da mucosa – interpretar o significado – buscar a causa.
Sistema tegumentar e anexos
Linfonodos superficiais
Membranas mucosas aparentes
Sistemas orgânicos (Avaliação mais específica)
➢ Cardiovascular
➢ Respiratório
➢ Digestório
➢ Urinário
➢ Reprodutor
➢ Musculoesquelético
➢ Nervoso
Exame físico por regiões
Seguir ordem lógica:
➔ Região da cabeça, seguindo dorsalmente para região da cauda, dá a volta
pelo abdômen e desce para os membros.
Iniciar a avaliação pela cabeça é importante pois estabelece contato visual entre o
veterinário e o animal. Nessa região realizar:
➢ avaliação das mucosas faciais, avaliação dentária, palpação dos linfonodos
da área, observar presença/ausência de ectoparasitas nas orelhas,
alterações de pele.
Realizado as etapas do exame clínico, faz-se uma avaliação e elaboração de
hipóteses.
O passo seguinte é:
Exames auxiliares e diagnóstico:
Os exames auxiliares devem ser solicitados somente se houver necessidade para
resolução do diagnóstico.
Alguns exemplos de exames auxiliares são:
➢ Testes de funcionalidade de órgãos como rins, fígado
➢ Exames para diagnóstico de distúrbios metabólicos
➢ Biopsia para histologia
➢ Punção exploratória
➢ Provas de reação alérgica
➢ Inoculação diagnóstica
➢ Radiografia / Ultra-sonografia
➢ ECG, EEG, ecocardiografia
➢ Laparotomia exploratória
Erros de diagnóstico:
➢ Erro por omissão: anamnese incompleta ou preenchida incorretamente.
➢ Erro de técnica: contenção inadequada do animal, exame físico superficial ou
feitos àspressas, plano de exame desorganizado, material de exame
inapropriado.
➢ Erro de detecção: identificação errada de um sintoma, interpretação incorreta
de variações fisiológicas.
➢ Erro de interpretação: Desconhecimento da fisiopatologia, insuficiente
domínio dos métodos de exame disponíveis.
Por fim, para diagnóstico correto:
➢ Não tenha predileção por etapas, realize todas da melhor maneira possível
➢ Não busque raridades, primeiramente pense sempre nas possibilidades mais
simples
➢ Não seja demasiadamente seguro de si
➢ Não hesite em rever seu diagnóstico de tempos em tempos em casos
crônicos
➢ Tenha em mente que as manifestações de uma mesma doença podem ser
diferentes de acordo com cada animal.

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