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micoses superficiais

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Aula 06 - Micoses Superficiais
Dermatologia (Universidade Federal da Paraíba)
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Aula 06 - Micoses Superficiais
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Micoses superficiais
Dermatofitoses
 As principais dermatofitoses são as tíneas, que são causadas por dermatófitos -> fungos que tem
afinidade pela queratina, seja do pelo ou da pele
 Têm distribuição universal e podem se manifestar em qualquer idade
 Os três principais gêneros de fungos (agentes etiológicos) das dermatofitoses são:
o Trichophyton
o Microsporum
o Epidermophyton
Tínea do couro cabeludo (Tínea capitis)
 Mais frequente na infância 
o No adolescente pode ocorrer cura espontânea devido as mudanças hormonais 
o No adulto essas lesões são mais raras, geralmente ocorrendo em casos onde há alguma
epidemia importante
 Agentes etiológicos mais frequentes:
o Microsporum canis: fungo zoofílico, que se encontra principalmente nos pelos de animais
domésticos, como gatos e cachorros
o Trichophyton tonsurans: fungo antropofílico, só é encontrado na espécie humana
 Características:
o Placa alopécica, com pelos tonsurados (pelos cortados -> o pelo não cai, ele deixa a raiz,
que fica com característica de cabelo raspado, onde pode-se sentir as pontas ao passar as
mãos sobre a lesão.
o M. canis: geralmente apresenta uma placa única e grande, chamada macrosporium, que é
bem delimitada e tem um parasitismo com ectotrix (fungo ao redor do pelo). Sob a luz de
Wood aparece fluorescência Amarelo-verde
o T. tonsurans: caracterizado por apresentar múltiplas placas e ter parasitismo endotrix (fungo
dentro do pelo). Sob a luz de Wood, não apresenta fluorescência (está dentro do pelo, não
reflete a luz)
OBS: O T. tonsurans tem como habitat normal a pele do gato e do cachorro, porém também atinge o couro
cabeludo de crianças e a pele glabra de crianças e adultos.
 Algumas vezes, as tíneas estão associadas com inflamação, podendo surgir abcessos, crostas e
fístulas; nessas condições se dá o nome de “Kérion Celsi”, sendo mais frequente nas infecções por
M. canis. 
 Nas infecções por T. schoenleinii as lesões cicatriciais lembram favo de mel, chamada de Tínea
favosa; no Nordeste a tínea favosa não é prevalente, porém ocorre no Sudeste. 
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Observar os fungos (bolinhas pequenas) dentro do pelo e fora do pelo
Tínea do corpo (Tinea corporis, tínea da pele glabra)
 Agentes etiológicos:
o Criança -> M. canis -> zoofílico, mais fácil de se tratar, respondendo bem ao tratamento
tópico
o Adulto -> T. rubrum -> antropofílico, de difícil tratamento, somente o tratamento tópico não
resolve, havendo necessidade de tratamento sistêmico. 
 Características:
o Placas eritêmato-escamosas, de bordas torturosas, limite nítido e evolução centrífuga, sendo
que as bordas são mais avermelhadas e o centro tende a se parecer com a pele sã. 
o Sempre tem aspecto anular ou circinado, lembrando um anel. 
o Lesão também conhecida como impingem. 
o Podem atacar qualquer parte do corpo, sendo também caracterizadas por apresentar
coceira ao nível da lesão. 
Tínea inguino-crural (Tínea cruris)
 Agentes etiológicos: Trichophyton rubrum (mais frequente), Epidermophyton floccosum e T.
mentagrophytes. 
 Mesmo aspecto clínico da tínea corporis
 Mais frequente em adolescentes, tendo localização nobre (parte quente e úmida – região inguinal)
 Tem crescimento centrifugo, bordas elevadas, escamosa, eritematosa e contorno circinar ou anular.
 
Ectotrix
Endotrix
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Tinha do pé (tinea pedis)
 Agentes etiológicos:
o Trichophyton rubrum (+ frequente),
o Epidermophyton floccosum e T. mentagrophytes.
 Apresenta três formas clínicas: 
o Interdigital (pé de atleta): ocorre entre o 4° e 5° pododáctilos, podendo se disseminar para
os demais e para a região plantar. Placa macerada e fissurada. Pode se associar a bactérias,
sendo porta de entrada para erisipela. Prurido variável. Sempre que houver erisipela de
perna deve-se procurar por tínea interdigital. 
o Mocassim: descamação difusa da região plantar 
o Inflamatória: sobretudo quando o fungo é o T. mentagrophytes, vesículas pruginosas na
região plantar, podendo se associar a outras formas. 
 O T. rubrum dificilmente causa lesões com vesículas, pois ele é caracterizado por
tínea seca e descamativa nos pés
OBS: Nos casos de tínea pedis pode haver comprometimento das unhas (onicomicoses) -> sempre que
houver lesão identificada nos pés deve-se investigar bem as unhas dos pacientes.
Onicomicose (Tínea da unha)
 Agentes etiológicos: 
o 80%: T. rubrum, T. Mentagrophytes, E. Floccosum
o Também pode haver lesão causada por cândida, que são fungos não-dermatófitos. 
 Fatores pré-disponentes: trauma, umidade, diabetes, envelhecimento e imunossupressão. 
 Formas clínicas: distal e lateral; branca superficial; subungueal proximal e distrófica total. 
OBS: A forma distrófica total, pode ser confundida com psoríase ungueal, ou com líquen plano ungueal,
tendo a cor “marfim velho”, com intensa hiperceratose.
Distal e lateral: descolamento da porção lateral e/ou distal da unha, associada ou não a ceratose subungueal
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Branca superficial: restrita à superfície da lâmina ungueal. Mais frequente em imunodeprimidos (AIDS
e colagenoses, por exemplo)
Subungueal proximal: acomete o leito ungueal, por debaixo da lâmina ungueal. Tratamento difícil,
mesmo que estirpe a unha. 
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Distrófica total: altera totalmente a lâmina ungueal e ocorre ceratose subungueal intensa.
Tínea
da
Mão
(tínea manus)
 Lesão queratósica e eritematosa, igual a tínea do corpo, chamada de tínea manus devido à
localização
Tínea da Barba
 Muito comum no homem
 T. rubrum: lesões pápulo-pustulosas 
 T. mentagrophytes: lesões circunscritas, inflamatórias, lembrando o quérion
Tínea da face
 Pouco frequente, geralmente acomete crianças e pacientes imunodeprimidos.
Granuloma tricofítico
 Associadoao uso de corticoides tópicos; em geral acontece por erro médico, quando não ocorre o
correto diagnóstico da etiologia da lesão cutânea que o paciente apresenta, fazendo-se uso de
corticoide com fins anti-inflamatórios
o Exemplo: quando se usa TROK-N®, que é uma pomada composta por Dipropionato de
Betametasona + Cetoconazol + Neomicina. 
 Quando se usa tal medicação, pode ocorrer o surgimento de um granuloma tricofítico onde os
fungos passam a se localizar em planos mais profundos apresentando lesões eritemato-papulosas ou
eritemato-pustulosas.
Pode haver 
colonização de outras 
espécies de fungos ou 
bactérias junto a lesão
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 Observar que a lesão é bem inflamatória, lembra um quérion de celsi do couro cabeludo, com
pápulas, vesículas, pústulas, descamação e inflamação.
Mícides ou dermatofítides
 Lesões que apresentam manifestação à distância, como por exemplo: 
o Um indivíduo que apresenta tínea pedis inflamatória, e por via hematogênica (ela disse que
não é o fungo, mas não disse o que é), irão surgir pápulas na região palmo-plantar
o Indivíduo com tínea do couro cabeludo, ocorre disseminação para a região frontal
Diagnóstico
1. Clínico
 É o “norte” para o diagnóstico
 O diagnóstico diferencial com psoríase é através da característica da lesão: 
o Psoríase -> a descamação é branca prateada, superposta, não tem prurido, tem localizações
preferenciais (cotovelo, couro cabeludo, sacral, etc.)
o Micoses superficiais -> ocorre menos descamação, o prurido está presente, o crescimento é
centrífugo, possui bordos mais ativos, tem aspecto circinado
2. Laboratorial 
 Também é importante para os diagnósticos diferenciais
 Diagnóstico diferencial com psoríase:
o Na psoríase, se faz biópsia e histopatológico
o Nas dermatofitoses, se faz o exame direto com uso de KOH 10%, onde espera-se encontrar
hifas hialinas septadas, e também se faz a cultura do fungo em meio de Sabouraud e
microcultivo
 Feito o diagnóstico através do exame direto, faz-se cultura para fungos e identifica-
se o fungo para fazer o tratamento
Tratamento 
Tratamento tópico
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 Posologia: 2x dia, por 20 a 30 dias
 A professora diz não gostar muito do Cetoconazol por já ter sido muito utilizado e boa parte dos
fungos já terem resistência
 As apresentações em pó (isoconazol, tioconazol) servem para usar como talco no tratamento de
tínea pedis
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Tratamento sistêmico
 A terbinafina é atualmente o mais utilizado por ter menos interações medicamentosas, em especial
para o tratamento de pacientes diabéticos em uso de hipoglicemiantes orais.
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Esquemas terapêuticos: 
 Para o tratamento pediátrico com griseofulvina em suspensão, deve-se passar o medicamento
manipulado, 250mg/5ml
 Para onicomicose, o melhor tratamento oral é com terbinafina, para unha de mão trata-se por 3
meses, e dos pés trata-se por 4 meses
o O tratamento preferido pela professora é a pulsoterapia com itraconazol
Pitiríase versicolor (pano branco)
 Causado pelo fungo do gênero Malassezia (M. furfur, M. globosa, M. slooffiae, M. restricta, M.
sympodialis, M. obtusa), sendo a mais comum a M. furfur
 Esse fungo faz parte da flora normal de 90% a 100% das pessoas -> quando o paciente apresenta
pitiríase versicolor é necessário tratar também o couro cabeludo
 Fatores predisponentes para o aparecimento, manutenção e recidiva da doença: uso de
cosméticos, sudorese excessiva, Síndrome de Cushing, imunossupressão e desnutrição
 Principais reservatórios: couro cabeludo e meato acústico -> usar shampoo de cetoconazol no couro
cabeludo e creme de cetoconazol no meato acústico
Quadro clínico
 Aparecimento de máculas de coloração variável, sendo chamada versicolor por apresentar três
cores: acastanhada, rósea ou hipocrômica, com presença de descamação fina
 Quando hipocrômica, na maioria das vezes não apresenta prurido, porém as formas acastanhadas
ou róseas podem apresentar prurido ao nível da lesão
Diagnóstico
1. Clínico
 Caracterização da lesão e sinal de Zileri
 Sinal de Zileri: faz-se o estiramento da pele lesionada, observando o surgimento de descamação. O
sinal é positivo se surgir descamação ao nível da lesão
2. Laboratorial
 Exame direto com KOH a 10%, onde aparecerá pseudohifas e esporos (parecem cachos de uvas) 
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OBS: No serviço onde a professora trabalhava era feito com durex, colocava-se o durex na pele e em seguida
na lâmina para observação dos fungos.
Tratamento 
1. Tópico (20 a 30 dias)
 Cetoconazol, clotrimazol, isoconazol, terbinafina
 Sulfacetamida sódica 12% em solução hidroalcoólica
 Álcool salicilado à 4%*
*Escolha pessoal da professora, porque segundo o teste que ela fez com um paciente na época da
residência esse foi o método que teve resposta mais rápida (30 dias), as outras responderam, em
média, 15 dias mais tardiamente em relação ao álcool salicilado 4%
OBS: Associar xampu (cetoconazol**, ciclopirox olamina, sulfato de selênio 25%, sulfacetamida sódica 2%)
**Escolha pessoal da professora, o sulfato de selênio tem o problema de causar mau cheiro
(enxofre)
2. Sistêmico:
 Itraconazol* 100mg, 2x/d por 5 dias;
 Fluconazol 300mg, dose única, repetir com 1 semana;
 Cetoconazol** 200mg/d por 10 dias.
*Escolha pessoal da professora, quando muito disseminadas as lesões ela faz o tratamento por 10 dias
**Era um excelente medicamento quando foi lançado, porém o uso indiscriminado selecionou fungos
resistentes, ficando mais difícil fazer o tratamento com tal medicação. O uso oral de cetoconazol é
contraindicado durante a gravidez e amamentação
Recidiva
 60% dos casos tratado tem recidiva no primeiro ano, e 80% no segundo ano
 Para evitar recidiva, faz-se profilaxia com:
Lesões hipocrômica à direita e rósea
à esquerda. Semelhança com as
lesões da hanseníase -> procurar
pelo Sinal de Zileri e buscar perda de
sensibilidade (característica da
hanseníase)
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o Cetoconazol 400mg, 1x/mês ou 200mg/d, 3 dias no início de cada mês, por 6 meses
o Itraconazol 100mg, 2x/d, 3 dias no início de cada mês, por 6 meses
OBS: É muito difícil saber se o paciente foi curado. Após o uso do medicamento a mancha pode ficar mais
branca, sem descamação, pode levar 2 meses para repigmentação da pele
 O M. furfur fica na camada córnea; quando se faz a descamação (álcool salicilado 4%), retira-se o
fungo junto com a camada córnea. A despigmentação se dá porque o fungo se “alimenta da
melanina”, e também exerce uma proteção solar, impedindo a pigmentação
 É importante usar shampoo de cetoconazol quando voltar da praia, como profilaxia -> já foi
encontrado M. furfur na areia da praia e na própria maresia
1Candidíase superficial
 Agente etiológico: Candida sp. (C. albicans, C. tropicalis, C. krusei, C. parapsilosis)
o Saprófito no intestino, vagina e períneo. 
o Quando há rompimento no equilíbrio, através de imunossupressão ou alteração na flora, a
cândida se torna patogênica
 Principais fatores predisponentes: neoplasias malignas,imunodepressão, AIDS, diabetes, contato
constante com água e umidade
Quadro Clínico
Intertrigo candidiásico
 Acometimento de dobras, no homem principalmente na região inguinal e na mulher submamária
 Inicia-se com eritema, seguido por maceração (lesão esbranquiçada, molhada) e fissuras
 ode se apresentar como uma placa eritemato-descamativa, na maioria das vezes cercada por
pequenas pápulas satélite e pústulas
1
ADENDO: Na verdade, tem sido sugerido que o processo de lipoperoxidação produzido
pelo Pityrosporum poderia ser responsável pela aparência clínica hipopigmentada da pele lesada.
Estratos de cultura contendo ácidos dicarboxílicos, como ácido azelaico, têm mostrado forte inibição na
reação dopa-tirosinase in vitro. Estudos ultra-estruturais apontaram grave dano aos melanócitos,
variando de melanossomas e mitocôndrias alterados até a degeneração. Esses mesmos ácidos
dicarboxílicos podem estar causando os efeitos citotóxicos. O dano aos melanócitos explica por que a
repigmentação pode demandar período variável, de meses a anos. Outra explicação é o fato de as
escamas da PV impedirem a repigmentação. Logo após tratamento, a área afetada permanece
hipopigmentada por período de tempo variável.
A patogênese da hiperpigmentação na PV não é totalmente entendida. Duas teorias são apresentadas:
(I) espessamento da camada de queratina; e (II) presença de intenso infiltrado inflamatório celular,
agindo como estímulo para os melanócitos produzirem mais pigmento, levando ao aumento do
tamanho dos melanossomos e a mudanças em sua distribuição na epiderme. (OLIVEIRA, 2002)¹
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Estomatite
 Pseudomembranas que surgem sobre uma base eritematosa na mucosa oral, facilmente destacável,
apresentando sensação de queimação 
 A estomatite é o que frequentemente aparece em pacientes com AIDS.
Vulvovaginite
 Eritema vulvar, associado com leucorréia, prurido, dispareunia e disúria
Balonospostite
 Micropápulas eritematosas, descamativas ou não, associadas a micropústulas
Onicomicose
 Mais frequente nas mãos, principalmente em mulheres cujas mãos ficam constantemente em
contato com a água e sabão
 Tem início na região proximal da unha e progride distalmente, podendo levar a distrofia total. 
 Associa-se a paroníquia (eritema e edema da dobra ungueal, proximal e laterais)
Mucocutânea crônica
 Ocorre em decorrência de imunodeficiência
 Lesões são disseminam e com aspecto verrucoso
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Diagnóstico
1. Clínico (com a caracterização da lesão, história, etc)
2. Laboratorial (exame direto com KOH 10%, que mostra blastosporos, e cultura para fungos)
Tratamento
a) Tópico (30 dias)
 Pele: cetoconazol, clotrimazol, isoconazol, miconazol, ciclopirox olamina, fentizol
 Mucosa oral: nistatina solução oral, miconazol gel (Daktarin)
 Vulvovaginite: fentizol, isoconazol, nistatina
b) Sistêmico: o tempo de tratamento varia de acordo com o quadro clínico
 Itraconazol 100mg, 2x/dia (15 a 30 dias) 
 Fluconazol 150mg, dose única, repetir com 4 semanas.
*Tratamento da professora (tratamento de lesão em dobras): Triacinolona acetonida + sulfato de neomicina
+ gramicidina + nistatina creme – 3x ao dia por 30 dias
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Piedras
 São infecções fúngicas assintomáticas caracterizadas pela presença de nódulos nas hastes do pelo de
coloração branca (piedra branca) ou preta (piedra negra)
 A apresentação é parecida com lêndeas -> está relacionado com umidade
Piedra branca 
 Agente etiológico: Trichosporum beigelli (= T. ovoides) 
o Levedura saprofítica do solo
o Faz parte da microbiota normal da pele e mucosas
o Ocorre mais em mulheres e crianças, principalmente pré-escolar
o Mais frequente na região norte do país
 Caracteriza-se por nódulos brancos ou castanhos claros nos pelos genitais, da barba, bigode e
raramente couro cabeludo; são facilmente destacáveis.
 Diagnóstico: exame direto e cultura 
 Tratamento: cortar ou barbear a área contaminada, aplicação de shampoos antifúngicos
(cetoconazol, octopirox olamina), associados a itraconazol* 100mg/dia até cura clínica
* Só se faz o tratamento sistêmico em casos onde há grande infestação, caso contrário, somente o
tratamento tópico e utilização de pente fino com água e vinagre
Piedra negra
 Agente etiológico: Piedraia hortae
o Fungo filamentoso, preto, que ocorre nos trópicos
o Acomete ambos os sexos
o Destrói a cutícula do cabelo e penetra no córtex (endotrix)
o Afeta apenas o couro cabeludo
 Se caracteriza clinicamente por nódulos escuros, múltiplos, firmemente aderidos aos pelos
 Diagnóstico: exame direto e cultura
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 Tratamento: cortar ou barbear a área contaminada, aplicação de shampoos antifúngicos
(cetoconazol, octopirox olamina), associados a terbinafina* 250mg/dia por 6 semanas
*Só faz tratamento sistêmico em casos muito graves
 
Tínea negra
 Agente etiológico: Hortaea werneckii (= Exophiala werneckii)
o Fungo filamentoso demáceo (preto), encontrado na América do Sul, em região de clima 
úmido, 
 Quadro clínico: mancha acastanhada/enegrecida assintomática na região palmo-plantar
o Lesão muito característica, muitas vezes os pacientes chegam com medo da lesão ser um 
melanoma
 Diagnóstico: exame direto (hifas septadas demáceas ramificadas) 
o Diagnóstico diferencial com melanoma
 Tratamento: antifúngicos tópicos associados à ceratolíticos
o Clotrimazol + ácido salicílico; Ciclopirox olamina 5% + ácido salicílico 3% creme ou loção
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	Dermatofitoses
	Tínea inguino-crural (Tínea cruris)
	Diagnóstico
	Pitiríase versicolor (pano branco)
	Tínea negra

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