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Arte tema 7 O renascimento italiano tema 8 As invenções de Leonardo da Vinci tema 9 O teatro de William Shakespeare 73 ca de rn o R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 90 Tema7 O Renascimento italiano A rT e R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 91 1 O que mais chama sua atenção na imagem? 2 Quem são as personagens mostradas? 3 Quais são as características da obra? 4 Você já viu obras parecidas com essa? Onde? M u s e u s e G a le r ia s d o V at ic a n o , c id a d e d o V at ic a n o Figura 1 A criação do homem (detalhe), 1511-1512, de Michelangelo. Capela Sistina, Vaticano, Itália. Professor: A atividade de abertura tem por objetivo promover uma discussão de aquecimento sobre o tema e levantar os conhecimentos prévios dos alunos. Deixe que eles apresentem respostas livres às ques- tões, individualmente ou em grupo. Professor: A arte renascentista preocupa-se com o realismo das imagens, a valorização do humanismo e o ideal de beleza, típicos da cultura greco-romana. Resgate com os alunos as informações que eles já possuem sobre a arte grega para facilitar a abordagem que fará do Renascimento Cultural. 92 O Renascimento Cultural O Renascimento Cultural foi um movimento artístico e filosófico que nasceu na cidade italiana de Florença, no século XIV, e depois se esten- deu, durante os séculos XV e XVI, para outras regiões da Europa. O termo renascimento refere-se ao renascer da cultura clássica e dos ideais greco- -romanos na arte e no pensamento filosófico. Os renascentistas filiavam-se à tradição humanista, valorizando as po- tencialidades humanas e projetando o homem como o centro do universo. O detalhe da pintura do teto da Capela Sistina, visto no início deste tema (figura 1), mostra o homem e Deus como representantes do ideal de beleza grega, com corpos fortes e harmoniosos. O estudo científico do corpo humano e da natureza era uma das estra- tégias dos artistas do Renascimento para reproduzir suas obras de forma realista. Assim, a pintura e a escultura exploraram as descobertas do es- tudo da anatomia, da pintura a óleo, dos contrastes e da perspectiva. Sandro Botticelli (1444-1510), Leonardo da Vinci (1452-1519) e Mi- chelangelo Buonarroti (1475-1564) são considerados os três expoentes do Renascimento italiano. Os temas preferidos das pinturas renascentistas eram os retratos e as paisagens, principalmente ligados à religião e à mitologia greco-romana. Na obra O nascimento de Vênus, de Sandro Botticelli, percebemos clara- mente a escolha do tema mitológico (figura 2). É uma alegoria que retrata Vênus (ou Afrodite, para os gregos), deusa da beleza e do amor. Figura 2 O nascimento de Vênus, c. 1485, de Sandro Botticelli. Têmpera sobre tela, 172,5 × 278,5 cm. Galleria degli Uffizi, Florença, Itália. Perspectiva. Técnica que permite representar os objetos nas três dimensões: altura, largura e profundidade. Expoente. Figura de destaque, grande personalidade. Alegoria. Representação de ideias por meio de imagens. Afresco. Técnica de pintura utilizada em paredes ou tetos enquanto a argamassa ainda está fresca. G a ll e r ia d e G li u ff iz i, fl o r e n ç a R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . Professor: O livro O código da Vinci, do autor americano Dan Brown, causou polêmica ao afirmar que a obra A última ceia, de Leonardo da Vinci, escondia um grande segredo: o paradeiro do Santo Graal, cálice usado por Jesus Cristo na última refeição feita com seus apóstolos. A rT e 93 Na obra A última ceia, Leonardo da Vinci usou a perspectiva para dar profundidade e rea- lismo à imagem (figura 3). A obra foi pintada na parede de um mostei- ro em Milão. Para fazer esse mural, o artista pre- feriu não usar a técnica do afresco tradicional e criou uma nova mistura de tintas, acrescentando óleo e gema de ovo aos pigmentos. Essa técnica é chamada de pintu- ra a têmpera. Os artistas do Renascimen- to eram também interessados em outras áreas de estudo, como a literatura, a pesquisa científica e a filosofia. Figura 3 A última ceia, 1495-1497, de Leonardo da Vinci. Técnica mista, 460 × 880 cm. Refeitório do mosteiro de Santa Maria delle Grazie, Milão, Itália. 5 Por que foi adotado o termo renascimento para o período histórico compreendido entre os séculos XIV e XVI? 6 Qual era uma das principais estratégias utilizadas pelos artistas renascentistas para criar obras de forma realista? Explique. 7 Escolha um dos temas preferidos pelos artistas renascentistas e crie uma imagem em uma folha avulsa. sa n ta M a r ia d e ll e G r a zi e , M il ã o R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . O termo renascimento refere-se ao renascer da cultura clássica e dos ideais greco-romanos na arte e no pensamento filosófico. Os renascentistas valorizavam as potencialidades humanas e projetavam o homem como o centro do universo. O estudo científico do corpo humano e da natureza era uma das estratégias. Na escultura e na pintura, os artistas exploraram as descobertas da anatomia, da pintura a óleo, dos contrastes e da perspectiva. R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 94 A Capela Sistina A Capela Sistina está situada no Vaticano, que é considerado o menor país do mundo. Localizado em uma pequena área dentro da cidade de Roma, na Itália, o Vaticano abriga a sede da Igreja católica. A ideia de pintar o teto da capela foi do papa Júlio II, que encomendou a Michelangelo uma repre- sentação da cena de Cristo com os 12 apóstolos. Michelangelo aceitou a tare- fa, transformando a ideia original em 340 figuras que contam a história do universo e do homem. O artista retocou a obra diversas vezes até terminá- la, quatro anos após o início do trabalho, em 1508. Michelangelo era um escultor muito exigente. Ele menosprezava a pintura e, mesmo tendo criado uma das obras mais importantes do Renascimento, não ficou contente com o resultado. p h o to s c a la , f lo r e n c e /iM a G e p lu s Figura 4 Vista externa da Capela Sistina. Fique por dentro A rT e R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 95 Figura 5 Teto da Capela Sistina, pintado por Michelangelo entre 1508 e 1512. Museus e galerias do Vaticano. A obra retrata várias cenas bíblicas. th e B r id G e M a n a r t li B r a r y /K e ys to n e R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 96 Os estudiosos afirmam que a retratada seria Lisa Gherardini, esposa de um grande mercador italiano. Há quem diga que foram contratados diver- sos artistas e malabaristas para se apresentarem enquanto o pintor retratava a mulher, então com 25 anos. Leonardo demorou dois anos para terminar a pintura, mas nunca entregou a encomenda ao tal mercador. As técnicas utilizadas e a maestria do artista são algumas das razões que tornaram a obra uma das mais famosas da história da arte. Pensando nisso, propomos a atividade abaixo. 8 Com lápis número 6 e borracha, tente reproduzir em uma folha avulsa a imagem da Mona Lisa e os efeitos do chiaroscuro e do sfumato. As técnicas artísticas desenvolvidas no Renascimento Cultural Durante o Renascimento, algumas técnicas foram inovadas e aperfeiçoa das. A pintura a óleo permitiao uso de novas cores e tonalidades, e os artistas podiam representar com mais realismo as figuras humanas. Com outras técnicas de pintura, como o chia roscuro (palavra italiana que significa “claro- -escuro”) e a perspectiva, os artistas puderam criar ilusões de profundidade e volume em suas obras. O chiaroscuro cria o contraste entre a luz e a sombra, fundamentais para a representação do objeto. A obra Mona Lisa, também conhecida como La Gioconda, de Leonardo da Vinci, é essencial para compreendermos o aperfeiçoamento da composi- ção e do uso da perspectiva e do chiaroscuro nas pinturas renascentistas (figura 6). O quadro foi pintado sobre madeira com tinta a óleo. Essa tinta demora mais para secar e facilita o retoque da pintura e o uso das tonalidades. As- sim, Da Vinci aplicou diversas camadas de tinta usando pincéis muito finos. A composição da obra é piramidal. As mãos são a base da pirâmide, e a cabeça, o vértice. Nos cantos da boca e dos olhos, o artista utilizou a técnica do sfumato, que consis- te em embaçar a figura com o uso da sombra, e a do chiaroscuro, com a qual criou o misterioso sorriso da Mona Lisa. M u s e u d o l o u V r e , p a r is Figura 6 Mona Lisa (La Gioconda), 1503-1506, de Leonardo da Vinci. Óleo sobre madeira de álamo, 77 × 53 cm. Museu do Louvre, Paris, França. E por falar em arte... Professor: Desenhos baseados em cópia só são válidos quando servem de treino. Portanto, incentive os alunos a trabalhar atenciosamente com os detalhes e a proporção da obra. O lápis número 6 precisa estar bem apontado. A rT e R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 97 A escultura renascentista baseava-se no ideal grego de perfeição e harmo- nia das formas. Michelangelo é considerado o principal escultor do Renas- cimento italiano, mas foi Donatello (1386-1466) que serviu de inspiração para seu trabalho. Esses mestres da escultura utilizavam o mármore (figura 7) e o bronze (figura 8) como suporte. As principais características da escultura renascentista, também presen- tes nas obras clássicas, são: o realismo das figuras; a valorização dos movi- mentos do corpo; o uso da proporção corporal; o apoio do peso da figura em um dos pés ou em um suporte. No caso de Pietà (figura 7), é o próprio corpo da Virgem Maria que serve de apoio ao de Jesus. E, na obra Davi (figura 8), Donatello utiliza um supor- te e flexiona o joelho do retratado para dar impressão de movimento. Observe atentamente as duas imagens e responda às questões. 9 Quais são as semelhanças entre as esculturas de Michelangelo e Donatello e as criadas pelos gregos? 10 O que essas duas esculturas lhe transmitem? De qual delas você mais gostou? Converse com os colegas e o professor. Figura 7 Pietà, 1498-1500, de Michelangelo. Escultura em mármore, 175 × 195 × 64 cm. Basílica de São Pedro, Vaticano, Itália. Figura 8 Davi, c. 1430-1432, de Donatello. Escultura em bronze, 153 cm. Museu Nacional de Bargello, Florença, Itália. a r a ld o d e l u c a /c o r B is /l at in st o c K d a V id l e e s /c o r B is /l at in st o c K Leia as imagens O realismo das figuras, a valorização dos movimentos do corpo, o uso da proporção corporal, o apoio do peso das esculturas em um dos pés ou em um suporte. No caso de Pietà, é o próprio corpo da Virgem Maria que serve de apoio ao de Jesus. Professor: Ajude os alu- nos a perceber as seme- lhanças entre as obras renascentistas e as gregas. Para isso, você poderá usar imagens de esculturas gregas. Caso não tenha à mão esse recurso, res- gate as informações que eles possuem sobre a arte clássica. R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 98 Aprendendo a usar a perspectiva Os pintores renascentistas utilizavam a perspectiva para simular o realismo em suas obras. Com base nos trabalhos desses artistas, produza um desenho em perspectiva. Material folha de papel sulfite; lápis HB; régua; borracha. Procedimentos 1 Coloque a folha de papel sulfite na posição horizontal (formato paisagem). 2 Encontre os vértices da folha e o ponto central (ponto de fuga), traçando linhas diagonais com lápis. 3 Trace uma linha dividindo a folha ao meio na posição horizontal. 4 Apague as linhas diagonais da metade superior da folha. 5 Desenhe uma paisagem entre as linhas diagonais e a linha horizontal. 6 Desenhe uma figura humana na parte central inferior da folha. 7 Pinte seu desenho e apague as linhas. A rT e R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 99 Pintando com têmpera Outra técnica usada pelos renascentistas era a pintura a têmpera. Pesquise e escolha uma das obras desses artistas e faça sua versão da obra escolhida. Em seu trabalho, será utilizada essa técnica: pintura com gema de ovo e pigmento. Material gema de ovo; peneira de plástico pequena; pigmentos coloridos: anilina, pó xadrez, terra seca triturada; óleo de cravo; pincéis; folha de cartolina ou papel-cartão branco; copos descartáveis pequenos. Procedimentos 1 A partir da ilustração renascentista que você pesquisou, elabore o desenho na folha fazendo sua versão. Procure utilizar os mesmos recursos dos artistas, produzindo o maior número de detalhes em seu trabalho. 2 Prepare a tinta, peneirando a gema de ovo e acrescentando o pigmento. 3 Pense nas cores que vai usar para a pintura e produza uma variedade de tons nos copinhos. 4 Para conseguir mais brilho e luminosidade, adicione mais gema e, para clarear o tom da tinta, utilize água. 5 Pinte o desenho com as cores que você produziu. 6 Espere a tinta secar e utilize o óleo de cravo como verniz para dar brilho ao desenho. R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 100 B iB li o te c a r e a le , t u r iM Figura 1 Cabeça de um homem com barba (dito Autorretrato), c. 1510-1515, de Leonardo da Vinci. Sanguina, 33,3 × 21,4 cm. Biblioteca Reale, Turim, Itália. Tema8 As invenções de Leonardo da Vinci A rT e R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 101 1 O que mais chamou sua atenção nas imagens? 2 Você sabe do que elas tratam? 3 Por que a figura do homem está entre um quadrado e um círculo? 4 Você acha que esses desenhos são obras de arte? Por quê? Figura 2 Estudos das proporções do braço (Homo vitruvianus), 1508, de Leonardo da Vinci. Pena, aguada castanha e pedra negra, 15,5 × 23 cm. Biblioteca Real, Windsor, Inglaterra. W in d s o r c a st le , r o ya l li B r a r y Professor: A atividade de abertura tem por objetivo promover uma discussão de aquecimento sobre o tema e levantar os conhecimentos prévios dos alunos. Deixe que eles apresentem respostas livres às questões, individualmente ou em grupo. Professor: Esses desenhos foram realizados em um dos cadernos de anotações de Leonardo da Vinci, com o ob- jetivo de ilustrar seu estudo sobre a proporção do corpo humano. É importante que os alunos prestem atenção aos detalhes das imagens, como as divisões espaciais e o movimento corporal. R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 102 As pesquisas de Leonardo da Vinci Além de pintor, Leonardo da Vinci foi arquiteto, escultor, engenheiro e inventor. Durante anos, formulou diversas anotações científicas nas áreas de hidráulica, anatomia, astrologia, geologia, mecânica e principalmente enge- nharia. Os cadernos com esses registros,chamados de códices, têm quase 8 mil páginas e estão espalhados por bibliotecas e museus do mundo. Em suas pesquisas, Da Vinci descobriu o trabalho do arquiteto roma- no Vitrúvio, que afirmava que o corpo humano deveria ser representado a partir de proporções exatas. Ele propunha que a figura humana fosse inserida primeiro em um círculo e depois em um quadrado, porque essas figuras geométricas facilitariam o equilíbrio das formas. Foi assim que Leo- nardo da Vinci fez um de seus desenhos mais famosos: o Homo vitruvianus (homem vitruviano), cuja imagem está na abertura deste tema (figura 2). Se você observar a figura atentamente, vai reparar que a distância de uma mão à outra corresponde à altura do homem. E, como as duas me- didas são iguais, formam um quadrado. O círculo serve para demonstrar que, mesmo em movimento, o corpo deve permanecer proporcional. Se pudéssemos girar o homem vitruviano, veríamos que suas pernas e seus braços não saem da área do círculo. Os estudos de Leonardo da Vinci sobre o corpo humano são resultado de um árduo trabalho de observação e de dissecação anatômica. Os de- senhos mostrados a seguir são alguns exemplos (figuras 3 e 4). O corpo humano e a natureza foram as duas principais fontes de inspiração para as invenções de Leonardo da Vinci. Hidráulica. Estudo sobre o escoamento e a distribuição de fluidos, como a água. Dissecação. Método minucioso de separação de partes do corpo humano ou de outros animais para pesquisa. Protótipo. Produto ou modelo elaborado seguindo as especificações de um projeto. Figura 3 Análise anatômica dos movimentos do ombro e do pescoço, c. 1509- -1510, de Leonardo da Vinci. Pena, aguada castanha e pedra negra, 29,2 × 19,8 cm. Biblioteca Real, Windsor, Inglaterra. Figura 4 Estudos anatômicos dos músculos do ombro e braço, c. 1509-1510, de Leonardo da Vinci. Pena, aguada castanha e pedra negra, 28,9 × 20,1 cm. Biblioteca Real, Windsor, Inglaterra. W in d s o r c a st le , r o ya l li B r a r y W in d s o r c a st le , r o ya l li B r a r y Professor: É importante que os alunos entendam bem a proposta do dese- nho. Eles devem perceber que o homem vitruviano está dividido em quatro partes iguais, tanto na horizontal quanto na vertical. Peça-lhes que deitem no chão, em duplas, para examinar a veracidade das proporções vitruvianas. É um bom exercício para falar também do processo do método científico. Professor: Leonardo da Vinci foi um precursor da anatomia. Dissecou diversos cadáveres e registrou suas observações em desenhos em uma época em que a Igreja católica proibia essa prática. Pesquisadores afirmam que a Igreja sabia dessa atividade do artista, mas não levava adiante as consequências penais do ato. A rT e R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 103 A partir do estudo dos fenômenos da natureza, Da Vinci detalhava e construía seus protótipos (figuras 5, 6 e 7). Para aprofundar as pesquisas sobre o paraquedas e o helicóptero, estudou em detalhes o voo dos pássa- ros. Para inventar a boia salva-vidas, observou a vida marinha. 5 Em uma folha avulsa, tente desenhar o que afirmava o arquiteto romano Vitrúvio sobre a representação do corpo humano. 6 O corpo humano e a natureza eram as fontes de inspiração para as invenções de Leonardo da Vinci. Converse com os colegas e o professor sobre isso. Figura 7 Desenho de aparato para flutuar, de Leonardo da Vinci. The Granger Collection, Nova York, Estados Unidos. th e G r a n G e r c o ll e c ti o n , n o Va y o r K /o th e r iM a G e s Figura 6 Detalhe de desenho da máquina de voar (helicóptero), c. 1488, de Leonardo da Vinci. Biblioteca do Instituto da França, Paris, França. th e B r id G e M a n a r t li B r a r y /K e ys to n e Figura 5 Esboço de um paraquedas, c. 1485, de Leonardo da Vinci. The Granger Collection, Nova York, Estados Unidos. th e G r a n G e r c o ll e c ti o n , n o Va y o r K /o th e r iM a G e s Professor: É importante que os alunos utilizem régua e compasso nessa atividade. Professor: Para o artista, tanto o corpo humano quanto a natureza eram perfeitos, já que suas estruturas sofisti- cadas permitiam que tivessem autonomia de funcionamento. Assim, ele procurava compreender as regras que os sustentavam para aplicá-las em seus inventos. R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 104 Os protótipos de Leonardo da Vinci Em 2007, várias cidades brasileiras puderam conferir a exposição Leo nardo da Vinci: a exibição de um gênio. Nela foram apresentados projetos ori- ginais do artista, em tamanho real, confeccionados em madeira por artesãos italianos. Quem visitou a mostra pôde ver e tocar os protótipos inventados por Da Vinci. o W e n f r a n K e n /c o r B is /l at in st o c K ta M a s K o Va c s /e pa /c o r B is /l at in st o c K d a V id l e e s /c o r B is /l at in st o c K Figura 8 Mulher observa a vestimenta de mergulho desenhada por Leonardo da Vinci. Centro de Design VAM, Budapeste, Hungria, 2009. O objetivo do artista era criar um exército marinho para proteger a cidade de Veneza dos invasores. Figura 9 Mãe e filho observam modelo de bicicleta de madeira desenhado por Leonardo da Vinci, no museu de objetos mecânicos do artista em Vinci, Itália. Figura 10 Uma das máquinas de voar de Leonardo da Vinci, c. 1694. Vinci, Itália. Fique por dentro A rT e R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 105 Nos códices de Leonardo da Vinci, há várias ilustrações de invenções que procuravam proporcionar uma vida melhor para os moradores das cidades italianas do século XVI. Naquele tempo, as ruas eram mal-estruturadas, não havia escoamento nem tratamento de esgoto e a água não era distribuída adequadamente. Por isso, o artista criou, a partir de como era organiza- da Milão, um projeto para uma cidade ideal, onde todos os serviços funcio- nassem de maneira satisfatória. A imagem abaixo (figura 11) mostra que, além de todos os ofícios que já listamos, Leonardo também foi urbanista. Figura 11 Planta para uma cidade ideal, 1488-1490, de Leonardo da Vinci. 7 O que você achou do projeto do artista italiano? Ele conseguiu aliar a beleza ao funcionamento dos serviços da cidade? Justifique sua resposta. 8 Se você tivesse de morar na cidade projetada por Leonardo da Vinci, o que mudaria ou acrescentaria nela? Pegue uma folha avulsa e mostre suas sugestões em um desenho. th e p r in t c o ll e c to r /iM a G e p lu s Leia a imagem Resposta pessoal. Professor: Um bom projeto urbanístico deve se preocupar com a estética e a funcionalidade. A imagem é uma projeção artificial e não conta com a presença humana, elemento central em uma grande cidade. Questione os alunos se ela parece adequada ao sistema de transportes e à circulação de pessoas, por exemplo. Professor: O projeto urbanístico de uma cidade acompanha os interesses e as necessidades de seus moradores. Nas cidades contemporâneas as exigências são diferentes daquelas do período renascentista. Comente isso com os alunos para que eles tenham ideias mais pontuais sobre as eventuais mudanças no projeto. R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 106 Montando um projeto urbanístico Um dos objetivos do projeto urbanístico é tornar uma região mais bela e integrar o ser humano ao meio ambiente que o cerca. Nesta atividade, você terá a oportunidade de montar um projeto como esse. Material folha de papel canson A3; canetinhas hidrográficas; régua;tinta guache. Procedimentos 1 Faça uma relação dos problemas enfrentados pela população do bairro onde você mora: trânsito, poluição, saneamento básico deficiente, falta de praças, poucos semáforos, ruas mal sinalizadas etc. 2 Escolha um dos problemas e tente encontrar uma solução para ele. 3 Na folha de papel canson, desenhe o projeto que você pensou. 4 Quando acabar, apresente seu trabalho para os colegas da sala. Professor: Antes de iniciar a atividade, seria interessante discutir com a classe os problemas enfrentados pela popu- lação dos bairros onde os alunos moram e escolher alguns temas para possíveis intervenções urbanas. A rT e R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 107 Criando um protótipo Agora é a vez de vocês tentarem inventar algo e fazer um protótipo para essa invenção. Trabalhem em duplas. Material folha de papel sulfite; lápis; caneta; outros materiais necessários para a construção do projeto. Procedimentos 1 Pensem em um objeto que facilite a realização de alguma tarefa em seu dia a dia, algo que seja bastante útil e inédito. 2 Desenhem o projeto na folha de papel sulfite, especificando os detalhes e o material necessário para a construção do objeto. 3 Combinem o que cada um trará para a confecção do objeto. 4 Quando o protótipo da invenção estiver pronto, deem um título a ele e apresentem-no para os outros colegas da sala. Professor: Após a delimitação dos projetos você poderá dar sugestões de materiais ou técnicas para a construção dos protótipos. Professor: Essa atividade terá de ser dividida em, no mínimo, duas aulas. Para enriquecer o trabalho, peça aos alunos que visitem o site do Museu das Invenções: <www.museudasinvencoes.com.br>. Esse museu fica em São Paulo e abriga invenções domésticas e profissionais. R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 108 Tema9 O teatro de William Shakespeare A rT e R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 109 1 Onde se passa a história da peça Sonho de uma noite de verão? 2 O que você pode dizer sobre o enredo dessa peça? 3 O que chama sua atenção nas personagens do espetáculo? 4 Você tem alguma informação sobre o autor dessa peça? Figura 1 Cena do espetáculo Sonho de uma noite de verão, de William Shakespeare, interpretado pelo Balé da Cidade de Nova York, Estados Unidos, s.d. B et tM a n n /c o r B is /l at in st o c K Professor: A atividade de abertura tem por objetivo promover uma discussão de aquecimento sobre o tema e levantar os conhecimentos prévios dos alunos. Deixe que eles apresentem respostas livres às questões, individualmente ou em grupo. Professor: Na cena mostrada é possível identificar a floresta, lugar onde ocorre a maior parte das cenas. É importante que os alunos percebam o ar de mistério e encanto transmitido pelo cenário e pela iluminação do espetáculo. R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 110 Fole. Objeto que produz vento; serve para limpar cavidades ou acender fogo. Figura 2 Retrato de William Shakespeare (The Chandos portrait), c. 1610, pintura atribuída a John Taylor. Óleo sobre tela. Galeria Nacional de Retratos, Londres, Inglaterra. n at io n a l p o r tr a it G a ll e r y, l o n d r e s Sonho de uma noite de verão Até hoje o teatro e a literatura se utilizam dos temas da obra do inglês William Shakespeare (1564-1616), conside- rado um dos dramaturgos mais importantes da História. Shakespeare montou sua própria companhia de teatro, a King’s Men, para encenar suas peças, que se tornaram muito populares no século XVI. Escreveu tragédias, dramas histó- ricos e comédias, como Sonho de uma noite de verão. Essa comédia é ambientada na Grécia antiga e mistura seres fantásticos (duendes, fadas, centauros e ninfas) com personagens humanas (atores, nobres e plebeus). A partir dos ensaios de um grupo de teatro em uma floresta, o au- tor se inspirou em lendas gregas para produzir uma trama divertida, cujos temas principais são as confusões provoca- das pelo poder e pelo amor. O trecho a seguir trata da primeira reunião do grupo, momento em que serão distribuídos os papéis da peça. Os atores vão apresentá-la na festa de casamento de Teseu, duque de Atenas. É a segunda cena do primeiro ato. Ato I – Cena II ATENAS. CASA DE PEDRO MARMELO, O CARPINTEIRO. Entram Marmelo, Francisco Flauta, Nick Fundilho, Tomás Focinho, Robin Fa minto, Benfeito. Marmelo – Aqui está a lista com o nome de todos que, em Atenas, foram consi derados dignos de atuar em nossa peça, diante do duque e da duquesa, na noite da festa de casamento de suas altezas. Fundilho – Primeiro diga qual é o assunto da peça, Pedro Marmelo. Depois diga qual é o personagem de cada um. Marmelo – Pois bem! O título de nossa peça é “A muito lamentável comédia e muito cruel morte de Píramo e Tisbe”. Fundilho – Uma obraprima, posso garantir. E também muito divertida. Ami go Pedro Marmelo, chame os atores de acordo com os personagens. Senhores, atenção! Marmelo – Respondam à medida que eu for chamando. Nick Fundilho, tecelão. Fundilho – Eu mesmo! Diga o meu papel e depois continue. Marmelo – Você, Nick Fundilho, fará o papel de Píramo. Fundilho – Quem é Píramo? Um apaixonado ou tirano? Marmelo – Um apaixonado que se mata desvairado de amor. Fundilho – Será preciso chorar um pouco, para representar com verdade. Avise a plateia para tomar cuidado com os olhos. Provocarei tempestades de lágrimas. Marmelo – Francisco Flauta, consertador de foles. Flauta – Eisme aqui, Pedro Marmelo. Marmelo – Flauta, você terá o papel de Tisbe. Flauta – Quem é Tisbe? Um herói? Um cavaleiro andante? A rT e R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 111 Marmelo – É a dama por quem Píra mo se apaixona. Flauta – Não, por favor. Não quero fa zer papel de mulher. Minha barba está crescendo. Marmelo – Isso não tem a menor im portância. Vai representar com uma máscara. É só falar fininho. Fundilho – Se puder esconder o rosto, quero também o papel de Tisbe. Eu fa larei com uma voz monstruosamente de licada: (Exemplifica) “Thisne, Thisne!” – Ah, Píramo, meu amado, aqui está a sua Tisbe, sua querida dama! Marmelo – Não, não. O seu papel será o de Píramo. E o seu, de Tisbe. Fundilho – Está bem. Continue. Marmelo – Robin Faminto, alfaiate. Faminto – Aqui estou, Pedro Marmelo. Marmelo – Fará o papel de mãe de Tisbe. Tomás Focinho, funileiro. Focinho – Aqui, Pedro Marmelo. Marmelo – Será o pai de Píramo. Eu, o pai de Tisbe. Benfeito, o marceneiro, fará o papel de Leão. Creio que todos os papéis estão distribuídos. Benfeito – A parte do Leão está escrita? Quero logo o meu texto, porque tenho muita dificuldade em decorar. Marmelo – Não precisa de texto. Basta rugir. Fundilho – Ah, também quero representar o leão! Vou rugir de uma maneira assus tadora. O duque dirá: “Quero que ele ruja outra vez! Que ele ruja outra vez!” Marmelo – Se você representar de maneira tão terrível, a duquesa ficará com medo. As damas vão gritar de terror. Será o suficiente para sermos todos enforcados. TODOS, MENOS FUNDILHO – Enforcarão o filho de cada uma de nossas mães! Fundilho – Concordo, meus amigos. Se as damas ficarem fora de si de tanto susto, terão um motivo para nos enforcar. Mas eu adocicarei minha voz de maneira a rugir tão gentilmente quanto uma pombinha. Rugirei como um rouxinol! Marmelo – Você só pode representar um papel, apenas um, Fundilho. É o papel de Píramo. Píramo é um cavalheiro amável. Você deve representar Píramo. Fundilho– Gostei do elogio. Farei Píramo! Marmelo – Senhores, aqui estão os textos de cada um. Suplico, peço, imploro que decorem as falas! Amanhã de noite vamos nos reunir no bosque. Lá podere mos ensaiar em paz. Não faltem, por favor! Fundilho – Estaremos lá, para ensaiar com mais tranquilidade. Marmelo – Vamos nos encontrar junto ao carvalho do duque! Fundilho – Está certo! Todos saem. SHAKESPEARE, William. Sonho de uma noite de verão. Tradução e adaptação Walcyr Carrasco. São Paulo: Global, 2004. Figura 3 Cena da peça Sonho de uma noite de verão, de William Shakespeare, encenada em Edimburgo, Escócia, 2008. r o B B ie J a c K /c o r B is /l at in st o c K Professor: Aproveite a cena para exercitar a leitura dramática com os alunos. R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 112 5 O que você sabe sobre o autor desse texto? 6 Qual é o nome da peça que o grupo teatral está ensaiando? 7 Observe cartazes de três encenações diferentes da peça Sonho de uma noite de verão. Em seguida, pegue uma folha avulsa e crie sua sugestão de cartaz para esse espetáculo. Figura 4 Companhia Contigo Teatro, de Portugal. Figura 5 Grupo de Teatro da ART, de Portugal. Figura 6 Cia. Clã, de São Paulo. Globe Theatre, o teatro de Shakespeare Até meados do século XVI, não havia um local específico para apresen- tações teatrais na Inglaterra. Os espetáculos eram exibidos nos salões dos palácios ou em praças e pátios. O primeiro teatro inglês, The Theatre, foi construído em 1576 pelo ator James Burbage. Mas, em 1598, teve a licença cassada e foi demolido. Um ano depois, foi construído no mesmo local o Globe Theatre, do qual William Shakespeare era um dos sócios. r e p r o d u ç ã o r e p r o d u ç ã o r e p r o d u ç ã o Fique por dentro O autor do texto é William Shakespeare, considerado um dos dramaturgos mais importantes da história. A muito lamentável comédia e muito cruel morte de Píramo e Tisbe. Professor: Lembre os alunos das informações que devem constar em um cartaz: título, autor, companhia, local e data da apresentação. A rT e 113 O Globe Theatre podia abrigar mais de 2 mil espectadores. O telhado era de palha e a parte central ficava aberta. Shakespeare já escrevia as peças pensando na localização de cada cena nesse espaço, pois toda a estrutura do teatro era utilizada para as encenações. O público mais rico ficava nos três andares das galerias. O resto da plateia ocupava, em pé, o centro do teatro. Esse tipo de espaço para ence- nação ficou conhecido como teatro elizabetano, em homenagem à rainha Elizabeth I, grande in- centivadora dos espetáculos teatrais e patrocina- dora da companhia de Shakespeare. Figura 7 Globe Theatre, c. 1965, pintura de Ralph Bruce. Coleção particular. Intrigas, suspense, romance, confusões e drama são elementos presen- tes nas obras do dramaturgo inglês. Essas características de seu enredo despertam a atenção dos espectadores tanto no teatro como no cinema. Romeu e Julieta e Hamlet são duas obras do dramaturgo que foram adap- tadas para o cinema e alcançaram grande sucesso. A primeira conta a histó- ria de dois jovens que não podiam ficar juntos por serem filhos de famílias rivais. A segunda narra a luta do príncipe da Dinamarca para destronar o tio usurpador e assassino e recuperar o lugar que pertencia a seu pai. 8 Com base nas capas dos DVDs, qual é o gênero dramático comum aos dois filmes? O que eles transmitem para você? 9 As capas dos DVDs despertam sua vontade de assistir a esses filmes? Por quê? Converse com os colegas e o professor. lo o K a n d l e a r n /t h e B r id G e M a n a r t li B r a r y /K e ys to n e Figura 8 Capa do DVD Romeu e Julieta (em inglês), filme dirigido por Franco Zeffirelli. Estados Unidos, 1968. Figura 9 Capa do DVD Hamlet, filme dirigido por Franco Zeffirelli. Estados Unidos, 1990. r e p r o d u ç ã o r e p r o d u ç ã o Leia as imagens Professor: Em 1646, o rei Carlos I perdeu o trono devido à Revolução Inglesa, e Oliver Cromwell fechou todos os teatros por considerá-los imorais. Professor: Ambas as obras são tragédias. As capas dos DVDs reforçam o clima de mistério e dramaticidade característicos desse gênero teatral. Professor: Aproveite a oportunidade para mostrar cenas desses dois filmes aos alunos e ampliar os conhe- cimentos deles sobre a obra do dramaturgo inglês. R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 114 Construindo uma maquete do teatro elizabetano Material caixa de papelão; tampa de caixa de sapato; cola quente, cola bastão, cola líquida; palito de sorvete; palito de dente; tinta guache; pincéis; palha seca ou recortes de revistas. Procedimentos 1 Observe com atenção a imagem do Globe Theatre, onde eram encenadas as peças de Shakespeare. 2 Utilize a tampa da caixa de sapato para o palco da encenação e o papelão para levantar as paredes do teatro. 3 Recorte a lateral da caixa de papelão (no sentido horizontal) e encaixe a tampa na estrutura da caixa, fixando-a com cola quente. 4 Para fazer o teto, utilize o próprio papelão como suporte e cubra-o com palha ou pequenos recortes de revistas. 5 Para juntar as duas partes, recorte mais um pedaço de papelão para servir como chão e suporte da estrutura. Faça dobras na parte de baixo para colar os papelões ou espete palitos de dente entre eles para fixar a estrutura. 6 Pinte a maquete com tinta guache. A rT e R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 115 Encenando Shakespeare Material texto teatral ou enredo de uma peça de Shakespeare; aparelho de CD. Procedimentos 1 Formem grupos de seis integrantes e escolham uma peça de Shakespeare para a atividade. Procurem e leiam um resumo da obra escolhida para conhecer sua estrutura dramática. 2 Pensem em como poderiam contar a história em, no máximo, cinco minutos. Como o tempo é curto, vocês poderão fazer um resumo do enredo e usar narradores ou bonecos como recursos de narração. O importante é que todos os integrantes participem de alguma forma da apresentação. 3 Reservem uma parte do tempo para os ensaios, utilizando os recursos disponíveis para a caracterização ou ambientação da peça. Façam uma pesquisa para encontrar CDs de música da época para reforçar a criação da atmosfera do espetáculo. 4 Façam um sorteio para a ordem de apresentação dos trabalhos. É fundamental que, no momento da encenação de um grupo, todos os outros permaneçam atentos ao desenvolvimento das cenas. 5 Ao término das apresentações, discutam as dificuldades e as contribuições trazidas pelos grupos. Professor: Peça aos alunos que tragam o enredo das peças ou providencie para eles algumas opções de trabalho. O tempo dessa atividade será estipu- lado pela forma como você a conduzirá. R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 116 r e p r o d u ç ã o r e p r o d u ç ã o Sugestões de leitura Michelangelo, de Mike Venezia. São Paulo: Moderna, 1996. Michelangelo Buonarroti foi um dos principais artistas do Renascimento. Escultor e mestre em arquitetura, pintura e poesia, deixou obras que até hoje impressionam tanto pelas soluções técnicas quanto pela beleza artística. Por meio de um texto informativo e descontraído, o autor narra a vida e a obra do artista florentino. As ilustrações, também assinadas pelo autor, enriquecem e ampliam a leitura da obra. Sonho de uma noite de verão, de William Shakespeare. Tradução e adaptação de Walcyr Carrasco com ilustrações de Odilon Moraes. São Paulo: Global, 1996. Trata-se de umacomédia cujo tema é o próprio teatro. Adaptada para o público jovem, a história é contada em uma linguagem que aproxima a poesia do dramaturgo inglês dos jovens de hoje. As ilustrações ajudam a deixá-la ainda mais emocionante e engraçada, características também presentes na adaptação do texto. PROFESSOR ESPECIALISTA ARTE Francione Oliveira Carvalho Bacharel em Artes Cênicas pela Faculdade de Artes do Paraná e em Dança Moderna pelo Curso Permanente de Dança Moderna da Universidade Federal do Paraná. Doutor e mestre em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Autor, diretor teatral e professor do Ensino Superior. Diretoria de Conteúdo: Beatriz Elias (diretora); Ana Paula Castellani, Flávia Romero, Inês Mendonça, Lia Carolina Rossi, M. Estela Heider Cavalheiro e Vinícius Moisés (gerentes de projeto) Back office: Tassini Souza Edição de conteúdo: Alessandra Garcia, Aline Souza, Ana Paula Figueiredo, Beatriz Carneiro, Carlos Roberto Junqueira Yamazaki, Edinaldo Andrade, Ligia Cantarelli, Ligia Cortez, Luci Kasai, Luísa da Rocha Barros, Marco Antônio C. Fioravante e Reginaldo Dias Design: Edson Ikê Iconografia: Rafael Galvão (coordenador), Tiemy Hasimoto e Walkyria Arruda Preparação, revisão e checagem: Marise Leal (coordenadora); Renata Tavares (assistente); André Annes Araujo, Carolina Vicente, Denis Cesar da Silva, Gabriel Kolyniak, Luisa Soler e Rinaldo Milesi Produção: Nagib Mattara Filho (gerente) e Cristiano Galan (coordenador) Plataforma digital: Natasha Bin (gestora de conteúdo), Ingo Aleksander Vollbrecht (programador) Programação: Bruno Raphael Pereira Publicação: Raquel Bortoletto (coordenadora); Adailton Brito, Caroline Almeida, Celso Scotton, Edilson Pauliuk, Felipe Lamas, Guilherme José Ferreira, Marina C. Nievas e Norberto Silvestre Colaboraram nEsta EDIção Elaboração de conteúdo e revisão técnica: Ana Cíntia Amorim Albuquerque (HIS), André de Freitas Barbosa (POR), Célia Menin (POR), Célia Riccio (CIE), Denise Curi (QUI), Fabiana de Luca (ESP), Fábio Marson Ferreira (MAT), Maria das Graças Leão Sette (POR), Hélina Fernanda Soares (GEO), Jarimar Aparecida Jesus (GEO), Larissa Calazans (MAT), Lilian Martins (CIE), Luiz Carlos Parejo (GEO), Márcia Antônia Travalha (POR), Marco Antônio Costa Fioravante (FIS), Miroslava de Lima (GEO), Nara Raggiotti (GEO), Renata Rosenthal (QUI), Roberta Bueno (CIE), Rodrigo Morozetti Blanco (MAT), Teca Alencar de Brito (Arte – música), Teresa Chaves Barros Silva (HIS) e Washington Eik (FIS) Edição de conteúdo: Andréia Szcypula (CIE/MAT), Arlete Sousa (CIE), Carolina Amaral de Aguiar (GEO), Célia Menin (POR), Claudemir D. de Andrade (ESP), David Medeiros (HIS/POR), Fabio Pagotto (GEO), Guilherme Conte (Arte), Inês Mendonça (GEO/Arte), José Gabriel Arroio (Arte), José Paulo Brait (Arte), Karlo Gabriel (CIE/HIS/MAT), Letícia Scarp (CIE), Maria Fernanda Neves (CIE/MAT), Mariana Albertini (MAT), Marise Leal (POR), Naiara Raggiotti (POR), Renata Lara de Moraes Boim (GEO), Renato Potenza (CIE), Roberta Bueno (CIE), Robson Edgar Rocha (GEO), Todotipo Editorial (Arte), Vanderlei Orso (HIS), Viviane Campos (HIS), Wagner de Souza Santos (ESP); Eliana Gagliardi e Heloisa Amaral (PDH – habilidades emocionais, intelectuais e de estudo) e Angela Moreira Leite (PDH – habilidades matemáticas) tradução: Luciano Menezes Reis (PDH) Projeto gráfico: Tyago Bonifácio; Signorini Produção Gráfica (Arte) Publicação: Camila Pinto de Castro, Christof Gunkel, Formato, Sammartes e Vicente Valenti Junior; Signorini Produção Gráfica (Arte e PDH) Ilustrações: Conexão Editorial, Estúdio Manga, Jótah, Manzi, Mauro Souza, Selma Caparroz e Vicente Mendonça Cartografia: Allmaps, Selma Caparroz Foto de capa: Jeffrey L. Rotman/Corbis/Latinstock Bureau: Américo Jesus (coordenador); Alexandre Petreca, Everton L. de Oliveira, Hélio P. de Souza Filho, Marcio H. Kamoto (pré-impressão); Arleth Rodrigues, Fabio N. Precendo, Marina M. Buzzinaro, Rubens M. Rodrigues (tratamento de imagens) Todos os direitos reservados. santIllana Rua Padre Adelino, 758 – Belenzinho São Paulo – SP – Brasil – CEP 03303-904 Vendas e atendimento: Tel. (11) 2602-5510 Fax (11) 2790-1501 www.uno-internacional.com 0800 55 16 11 2013