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Neisseria Gonorrhoea (Gonococo) Biologia e Virulência Diplococos Gram-negativos fastidiosos com aparência de “grão de feijão” Aeróbias cresce melhor a 35°–37°C em atmosfera úmida suplementada com CO2 Apresentam a enzima catalase-positiva e citocromo c oxidase; produção de ácidos por oxidação da glicose ▪ Favorecem o diagnóstico Membrana externa com diversos antígenos: proteínas do pili, por, opa, Rmp, receptores de transferrina, lactoferrina e hemoglobina; lipo-oligossacarídeo; protease de imunoglobulina; β-lactamase Epidemiologia O ser humano é o único hospedeiro natural• Portadores podem ser assintomáticos, especialmente mulheres A transmissão é basicamente por contato sexual Quase 335.000 casos registrados nos Estados Unidos em 2012 (a verdadeira incidência deve ser no mínimo o dobro); cerca de 100 milhões de novos casos em todo o mundo A doença é mais comum em negros, pessoas com idade entre 15 e 24 anos, residentes no sudeste dos Estados Unidos, e pessoas com diversos parceiros sexuais Risco maior de doença disseminada em pacientes com deficiências nos componentes finais do sistema complemento Diagnóstico A gonorreia nos pacientes sintomáticos é diagnosticada pelo achado de gonococos em esfregaço corado de pus da uretra. O diplococo gram-negativo típico no interior de leucócitos fagocíticos é facilmente identificável Cultivo em Thayer-Martin. Esse meio seletivo consiste do ágar chocolate acrescido de vancomicina, colistina e trimetoprim, antibióticos aos quais o gonococo apresenta resistência natural, além do antifúngico nistatina Teste de ELISA que detecta N. gonorrhoeae no pus uretral ou em esfregaços cervicais, em cerca de 3 horas, com alta exatidão. Esse e outros testes rápidos utilizam anticorpos monoclonais contra antígenos de superfície dos gonococos Tratamento, Prevenção e Controle Ceftriaxona, juntamente com azitromicina ou doxiciclina, é atualmente o tratamento de escolha, embora altos níveis de resistência às cefalosporinas têm sido observados Para recém-nascidos, profilaxia com nitrato de prata a 1%; oftalmia neonatal é tratada com ceftriaxona Prevenção consiste na educação dos pacientes, utilização de preservativos ou espermicidas com 9- nonoxinol (apenas parcialmente eficaz), e acompanhamento dos parceiros sexuais dos pacientes infectados Vacinas eficazes não estão disponíveis As diretrizes para o tratamento da gonorreia requerem constante revisão, devido ao surgimento de resistência Para a gonorreia que afeta os tecidos cervicais, uretrais ou retais, a recomendação atual é, inicialmente, utilizar as cefalosporinas, como a ceftriaxona ou o cefixime. Biologia e Virulência Chlamydia Trachomatis ▪ Ciclo de vida – 2 fases (bifásico) o Corpo elementar (CE ou EB): inativo, tem parede celular, é extracelular o Corpo reticulado (CR ou RB): ativo, sem parede celular, é intracelular Pequenos bacilos Gram-negativos Parasita intracelular obrigatório de humanos (utiliza o ATP produzido pela célula hospedeira) Duas formas distintas: ▪ corpúsculos elementares infecciosos ▪ corpúsculos reticulares não infecciosos Fator de virulência: ▪ Antígeno lipopolissacarídeo (LPS) compartilhado por espécies de Chlamydia e Chlamydophila Proteínas principais da membrana externa são espécie-específicas Doenças humanas: ▪ Tracoma (conjuntivites) (sorotipos A,B, Ba e C) ▪ Linfo granuloma venéreo LGV (sorotipos L1, L2 e L3) ▪ Uretrites e cervicites sexualmente transmissíveis (sorotipos D-K) Infecta células epiteliais não ciliadas colunares, cuboides e de transição Previne a fusão do fagossomo aos lisossomos celulares Epidemiologia Cerca de 78 milhões de pessoas são contaminadas a cada ano. Mais de 60% dos pacientes com gonorreia têm entre 15 e 24 anos Doenças Efeitos patológicos do tracoma são causados por infecções repetidas Diagnóstico Cultura é altamente específica, mas relativamente insensível Testes de antígeno (imunofluorescência direta com anticorpos monoclonais conjugados à fluoresceína) Ensaio imunoabsorvente ligado à enzima (ELISA) Testes de amplificação molecular são os testes mais sensíveis e específicos disponíveis atualmente Tratamento, Prevenção e Controle Tratar LGV com doxiciclina ou eritromicina Tratar infecções oculares ou genitais com azitromicina ou doxiciclina Tratar conjuntivite ou pneumonia de recém-nascidos com eritromicina Práticas de sexo seguro e tratamento imediato do paciente e de seus parceiros sexuais ajudam a controlar infecções Treponema Pallidum Pallidum Morfologia e Fatores de Virulência Espiroqueta gram-nega1va (porém muito delgado para ser observado) Endoflagelo - Presença de LOS e outras adesinas Camada de fibronec1na protege contra a fagocitose Hialuronidase Mucopolisacaridase Metaloproteinase-1 Variação de Fase (gene TRP) Fase de latência (diminuição do metabolismo) Sífilis Primária Lesão pequena e ulcerada na genitália (cancro) Indolor e contém exsudato seroso infeccioso Em mulheres, o cancro pode passar desapercebido Lesão primária desaparece em algumas semanas e não deixa cicatriz Sífilis Secundária Duas a oito semanas após o cancro Erupções distribuídas pela pele e mucosas ▪ Palmar e plantar, principalmente Sintomas incluem: mal estar geral, febre, linfadenopatia e perda de tufos de cabelo Eventualmente ocorrem sintomas neurológicos Desaparecimento dos sintomas após 3 meses Sífilis Latente Não há sintomas Após dois a quanto anos de latência, a doença normalmente não é infecciosa No entanto, pode ocorrer transmissão materno-fetal nesta fase Sífilis Terciária ou Tardia A sífilis gomosa é caracterizada por lesões granulomatosas, denominadas gomas, em vários órgãos, principalmente na pele, membranas mucosas e ossos. Patologias cardiovasculares como os aneurismas aórticos torácicos são uma complicação conhecida na fase tardia da sífilis A neurossífilis também pode acometer 10% dos pacientes não tratados Sífilis Congênita Sífilis congênita, é transmissível através da placenta para o feto. O prejuízo do desenvolvimento mental e outros sintomas neurológicos estão entre as consequências mais graves. Esse tipo de infecção é mais comum quando a gestação ocorre durante o período latente da doença. A gestação durante os estágios primário e secundário mais comumente produz um natimorto. O tratamento da mãe com antibióticos durante os dois primeiros trimestres (6 meses) geralmente é capaz de prevenir a transmissão congênita Diagnóstico Evidenciação direta do agente ▪ Coloração com prata (campo aberto) ▪ Imunofluorescência direta (MABS) Provas sorológicas ▪ Poucos sensíveis no estágio primário ▪ Testes não treponemicos (triagem) o IgG e IgM contra cardiolipina o Principal teste não treponemicos (VDRL) ▪ Testes treponemicos o Utilizam T. pallidum pallidum como antígeno VDRL Teste inespecífico de aglutinação Detecta a presença de anticorpos anti-cardiolipina (um lipídio intracelular) É realizada por diluições seriadas
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