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2 casos clínicos e intervenção na Terapia Cognitivo Comportamental

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Avaliação de Intervenções em Terapia Cognitivo Comportamental
Alunos: Gabriela Siqueira, Gustavo Brito, Heitor Magalhães, Luiza Botrel e Maria
Clara Corrêa
Casos escolhidos: Brandon e Irene.
1) Planejamento de tratamento - Caso Brandon
Panorama geral do caso e 1a fase da intervenção:
- Brandon tem 12 anos de idade e tem dificuldade em interagir socialmente com as
pessoas ao seu redor, demonstrando interesse apenas quando o assunto é
carrinhos de brinquedo, que aparentemente é seu hiperfoco. Como foi relatado, não
participa de brincadeiras interativas, não consegue fazer amigos e tem dificuldade
em identificar deixas sociais. Demonstra desconfiança em quem é simpático com
ele e confia nas crianças mal-intencionadas que fingem interesse pelos seus
carrinhos de brinquedo. Ele falou pela primeira vez aos 11 meses e começou a usar
frases curtas aos 3 anos. Tem um histórico de sempre ter sido muito tímido,
ultimamente tem chorado durante as aulas e raramente fala alguma coisa. Além
disso, o comportamento de seu pai era parecido com o de Brandon, visto que os
dois são apegados à rotina e não têm senso de humor, como conta a mãe. O
menino apresenta interesses fixos e comportamentos repetitivos e também alguns
problemas na hora da fala.Além disso, ele se queixa de receber mensagens de texto
ofensivas de alguns colegas da escola.
Nesta etapa, ocorre a conceituação cognitiva do paciente, e serão definidos
os objetivos de tratamento que visam amenizar ou acabar com as crenças
disfuncionais relacionadas à queixa do paciente, que estão afetando seu
desempenho na escola, sua capacidade de comunicação social e provocando
reações emocionais.
Esses objetivos serão definidos junto ao paciente, mas no caso de esse paciente
ser uma criança e haver a suspeita de diagnóstico de TEA, os objetivos podem ser
definidos junto à família.
Esses objetivos podem ser:
● Evitar que novos episódios de ataque de raiva ocorram;
● Melhorar a capacidade de comunicação e criar uma abertura para fazer
amigos;
● Confiar mais nas pessoas que são simpáticas e não apresentam hostilidade;
● Criar estratégias de enfrentamento para as crianças mal intencionadas;
● Diminuir a inibição em sala de aula;
● Dessensibilizar o medo da escola.
Segunda fase:
Para cumprirmos esses objetivos vamos ter que identificar os pensamentos e
crenças inadaptativas e educar o paciente para ele conseguir identificar quando
essas crenças nucleares entram em ação. Para identificarmos esses pensamentos
e crenças, podemos listar em um papel esses pensamentos e crenças inadaptativas
à medida que eles vão aparecendo durante a sessão, a descoberta guiada é a
técnica mais frequentemente usada para identificar pensamentos automáticos
durante as sessões de terapia, através da técnica de Questionamento socrático, ele
é uma série de perguntas indutivas para revelar padrões disfuncionais de
pensamentos ou comportamentos. Iríamos identificar as crenças por trás da inibição
em sala de aula, a desconfiança dos colegas que tentam ser simpáticos e o medo
da escola. Poderíamos usar a técnica de exame das evidências: Solicitar para o
paciente a elaboração de uma lista das evidências a favor e contra a validade de um
pensamento automático. Logo em seguida será desenvolvido uma nova crença
nuclear mais adaptativa.
Quando o vínculo terapêutico já estiver bem estabelecido, serão usadas
técnicas para exposição, para que ele possa enfrentar o medo da escola, participar
mais da aula e se comunicar com outras crianças. será feito também prescrição de
tarefas de casa que o ajudaram a enfrentar os episódios de raiva e a lidar com as
crianças mal intencionadas. Este segundo poderá ser feito durante a sessão de
terapia um cartão de enfrentamento com as opções a se fazer quando viver essa
situação na escola, seja pedir ajuda a um adulto ou se afastar dessas crianças.
Terceira fase:
- As crenças nucleares de Brandon serão flexibilizadas ou modificadas através de
experimentações e questionamentos.
- É importante que o paciente entenda a natureza de suas crenças.
- Nesta fase, Brandon já passou pelo processo de funcionalidade e normatização,
portanto possui conhecimento dos seus pensamentos automáticos e como
consequência seus sintomas estão mais brandos. Ele já está mais engajado no
processo terapêutico. Deve haver a reestruturação cognitiva, modificando os
esquemas e pensamentos automáticos desadaptativos.
Quarta fase:
- É importante avaliar os ganhos que o paciente obteve durante o tratamento,
analisando suas emoções, sentimentos e estrutura cognitiva.
- Nesta etapa acontece a incorporação de situações e experimentos que já
aconteceram com o paciente, a fim de identificar as crenças que foram alteradas.
- Deve-se prevenir as recaídas preparando o paciente para continuar seguindo os
ganhos obtidos nas fases anteriores.
- Analisar o término do tratamento para ver se a crença de Brandon foi realmente
flexibilizada ou mudada. Nessa etapa também será observado o repertório que o
paciente apresenta caso passe por uma situação semelhante e os sintomas
reapareçam.
2) Planejamento de tratamento - Caso Irene
Panorama geral do caso e 1a fase de intervenção:
A paciente (Irene Upton) relata depressão crônica, não sentiu respostas de
remédios psiquiátricos, já houve tentativas suicidas.
Irene Relata que sua irmã ja foi abusada pelo pai quando criança, e que nao guarda
recentimento do pai, portanto as crises suicidas sempre se apresentao depois de
visitas de seus pais, e Irene tambem relato ter dificuldades nas relações sexuais e
relacionamentos em gerais com outros homens. Teria que ser investigado a relação
entre o abuso da irma e a dificuldade nas relações sexuais e tendencias suicidas.
Irene diz não dormir bem, e conta ter reações extremamente aversivas ao simples
cheiro de álcool (seu pai era alcoólatra).
Irene conta também ter pensamentos obsessivos, conta e canta constantemente em
sua cabeça e checa portas e mecanismos de segurança.
Os Objetivos que poderíamos chegar juntamente a paciente podem ser:
● colocar a depressão em remissão
● diminuir ou acabar com pensamentos obsessivos
● dessensibilizar sentimos físicos aversivos ligados ao cheiro do álcool
● ser capaz de se relacionar com homens
● criar métodos de enfrentamento para evitar novas tentativas de suicidio
● investigar a relação das crises depressivas e as visitas familiares e
desassociar
● acabar com o sentimento de sempre estar triste, se possível em curto prazo
Segunda fase:
Para colocar a depressão em remissão precisamos de mudar as crenças
nucleares inadaptativas da paciente, isso levaria mais tempo, por tanto começamos
pelos pensamentos automáticos e posteriormente as crenças intermediárias.
Poderíamos começar com o sentimento de estar sempre triste, e através da técnica
de psicoeducação ajudar a Irene identificar esses pensamentos automáticos que
não condizem totalmente com a realidade. A técnica de questionamento socrático
também poderia ser usada neste momento. Para evitar novas tentativas de suicidio
poderiamos fazer um cartao de enfrentamento durante a terapia, onde ela listaria
motivos para viver, coisas ou pessoas que ela gosta, e atividades que ela poderia
fazer para se esquivar dos pensamentos suicidas. Poderíamos usar a técnica de
exposição para dessensibilizar a reação aversiva ao álcool, fazendo com que a
paciente, progressivamente, seja exposta ao cheiro do álcool. Para acabar com os
pensamentos obsessivos, principalmente de checagem, poderíamos usar do
questionamento socrático. Para a paciente poder conseguir se relacionar com
homens poderia ser usado a técnica de role play, onde ela faria o papel do homem
em uma hipotética conversa com ela mesma, e assim quem sabe poder criar
empatia e perder este receio com o sexo oposto.
Terceira fase:
- As crenças nucleares de Irene serão flexibilizadas ou modificadas através de
experimentações e questionamentos.
- É importante que a paciente entenda a natureza de suascrença, através da
psicoeducação.
- Nesta fase, Irene já passou pelo processo de funcionalidade e normatização,
portanto possui conhecimento dos seus pensamentos automáticos e como
consequência seus sintomas estão mais brandos. Ele já está mais engajado no
processo terapêutico. Deve haver a reestruturação cognitiva, modificando os
esquemas e pensamentos automáticos desadaptativos.
- Pode-se utilizar a técnica de role-play já que a paciente tem dificuldade em se
relacionar com homens.
- Pode-se utilizar também experimentos comportamentais, para que Irene possa
experienciar uma vivência escolhida pelos dois de uma forma diferente que ela
vivencia.
Quarta fase:
- É importante avaliar os ganhos que a paciente obteve durante o tratamento,
analisando suas emoções, sentimentos e estrutura cognitiva.
- Nesta etapa acontece a incorporação de situações e experimentos que já
aconteceram com a paciente, a fim de identificar as crenças que foram alteradas.
- Deve-se prevenir as recaídas preparando a paciente para continuar seguindo os
ganhos obtidos nas fases anteriores.
- Analisar o término do tratamento para ver se a crença de Irene foi realmente
flexibilizada ou mudada. Nessa etapa também será observado o repertório que a
paciente apresenta caso passe por uma situação semelhante e os sintomas
reapareçam.

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