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Medicina Veterinária Imunologia Rebeca Woset INATA: MEDIADORES PRÓ-INFLAMATÓRIOS E ANTIMICROBIANOS PONTO CHAVES As três principais citocinas pró-inflamatórias produzidas por células sentinelas são o fator de necrose tumoral α, a interleucina 1 e a interleucina 6. A estimulação de receptores do tipo toll (TLRs) e de outros receptores de reconhecimento de padrão (PRRs) ativa as células sentinelas e desencadeia a secreção destas citocinas. As células sentinelas e células danificadas produzem muitas outras moléculas que desencadeiam e mantêm a inflamação. Coletivamente, estas moléculas desencadeiam aumentos locais no fluxo sanguíneo, atraem células de defesa, como os neutrófilos, promovem maior permeabilidade vascular, levando ao edema tecidual, e matam microrganismos invasores. A inflamação aguda se desenvolve minutos após a lesão tecidual. O tecido danificado gera três tipos de sinal: Primeiro: as células rompidas liberam moléculas [DAMPs] que desencadeiam a liberação de citocinas, quimiocinas e enzimas por células sentinelas. Segundo: os micróbios invasores fornecem moléculas [PAMPs] que desencadeiam outras respostas de células sentinelas. Terceiro: a dor devida à lesão tissular faz com que os nervos sensoriais liberem peptídeos bioativos. Esta complexa mistura de moléculas coletivamente atrai leucócitos de defesa e, ao mesmo tempo, atua sobre os vasos sanguíneos, provocando maior fluxo sanguíneo local. PRODUTOS DE CÉLULAS SENTINELAS Macrófagos, células dendríticas e mastócitos são ativados quando PAMPs ou DAMPs se ligam a seus PRRs. Assim, sintetizam e secretam uma mistura de moléculas que desencadeiam a inflamação, inibem o crescimento microbiano e iniciam as primeiras etapas da imunidade adaptativa. As moléculas mediadoras são liberadas por células de sinalização e se difundem às células próximas, onde se ligam a receptores e desencadeiam suas respostas. As células do SI podem sintetizar e secretar centenas de diferentes proteínas que controlam as respostas imunes desta forma. Estas proteínas são denominadas citocinas e afetam diversos tipos celulares. CITOCINAS Quando expostas a agentes infecciosos ou a seus PAMPs, as vias de sinalização das células sentinelas ativam os genes que levam à síntese e secreção de TNF alfa, IL-1 e IL-6. O TNF-α é produzido bem no início da inflamação, a seguir, o IL-1 e, então IL-6. A céls sentinelas ativadas também secretam quimiocinas, essas quimiocinas atraem células de defesa aos sítios de invasão microbiana. FATOR DE NECROSE TUMORAL Α Produzida por células sentinelas em resposta ao estímulo de receptores do tipo toll. Pode também ser produzido por células endoteliais, linfócitos T, linfócitos B e fibroblastos estimulados. Produzido em forma solúvel ou ligada a membrana. O TNF-α solúvel liberado desta forma desencadeia a liberação de quimiocinas e citocinas das células próximas e promove a adesão, a migração, a atração e a ativação de leucócitos. Mais tarde facilita a transição da inata pra adaptativa por aumentar a apresentação de antígenos e a ativação de linfócitos T. Medicina Veterinária Imunologia Rebeca Woset INATA: MEDIADORES PRÓ-INFLAMATÓRIOS E ANTIMICROBIANOS Um aumento local na concentração de TNF-α provoca os sinais clássicos de inflamação, incluindo calor, aumento de volume, dor e rubor. O TNF-α circulante pode deprimir o débito cardíaco, induzir trombose microvascular e causar extravasamento capilar. Atua sobre neutrófilos e aumenta sua capacidade microbicida, atrai neutrófilos aos sítios de lesão tissular e aumenta sua adesão ao endotélio vascular. Estimula a fagocitose por macrófago e a produção de oxidantes. Ativa mastócito. Em altas doses pode causar choque séptico. Induz aumento da temperatura no hipotálamo. Destruição de céls tumorais. Principal mediador da inflamação aguda. INTERLEUCINA 1 Durante infecções graves, a IL-1 β circula na corrente sanguínea onde, em junta ao TNF-α, é responsável pelo comportamento doentio. Assim, atua no cérebro, provocando febre, letargia, mal-estar e falta de apetite; sobre as células musculares para mobilizar aminoácidos, o que provoca dor e fadiga; e sobre os hepatócitos, induzindo a produção de novas proteínas, denominadas proteínas de fase aguda, que auxiliam a defesa do corpo. Células produtoras: fagócitos mononucleares, neutrófilos, células epiteliais, células endoteliais. Sua produção é induzida por moléculas bacterianas e por TNF. Mediador de inflamação local, atua sobre endotélio aumentando a expressão de moléculas de adesão. Por si só não causa choque séptico mesmo em grandes quantidades. INTERLEUCINA 6 A IL-6 é uma glicoproteína produzida por macrófagos, linfócitos T e mastócitos. Sua produção é desencadeada por endotoxinas bacterianas, IL-1 e TNF-α. Afeta a inflamação e I. Adaptativa. Promove alguns aspectos da inflamação, principalmente em resposta a lesão tissular e infecções graves, uma vez que é o principal mediador da reação de fase aguda e do choque séptico. É um importante mediador da resistência antibacteriana. Regula a transição entre um processo dominado por neutrófilos, no início da inflamação, a um processo dominado por macrófagos. Receptor de IL-6 é encontrado em linfócitos T, neutrófilos, macrófagos, hepatócitos e neurônios. INTERFERON TIPO 1 2 tipos principais: INF -alfa e Interferon beta. Produzidos por fagócitos mononucleares (linfócito, macrófago, monócito e células sentinelas) / INF alfa e fibroblastos (INF beta em resposta a infecção viral. Agem inibindo a replicação viral e aumentando a expressão de MHC 1 na própria célula que o produziu e nas células vizinhas. QUIMIOCINAS Família de citocinas homólogas estruturalmente. Quimiotática, regulando a migração dos leucócitos para os tecidos. Medicina Veterinária Imunologia Rebeca Woset INATA: MEDIADORES PRÓ-INFLAMATÓRIOS E ANTIMICROBIANOS Atuam principalmente sobre neutrófilos, monócitos, linfócitos e eosinófilos. MEDIADORES INFLAMATÓRIOS A inflamação aguda provoca 5 sintomas: Dor, Calor, Rubor, Edema, Perda de função. Imediatamente após a lesão, o fluxo sanguíneo pelos pequenos capilares no sítio de injeção é reduzido. Isto dá aos leucócitos a oportunidade de ligação às paredes de vasos sanguíneos. Logo depois, os pequenos vasos sanguíneos da área danificada se dilatam, e o fluxo sanguíneo para o tecido lesionado aumenta muito. Enquanto os vasos sanguíneos são dilatados, também extravasam, de modo que o fluido passa do sangue para os tecidos, onde provoca edema e aumento de volume. Alterações nas células endoteliais que revestem as paredes dos vasos sanguíneos permitem a adesão de neutrófilos e monócitos. Os tecidos inflamados aumentam de volume devido aos extravasamentos de fluído dos vasos. Esse extravasamento é dado em 2 estágios: Primeiro: Há aumento de extravasamento causado por moléculas vasoativas produzidas por céls sentinelas, tecido lesionada e nervos. Segundo: Ocorre horas após o inicio da inflamação, quando os leucócitos começam a migrar. As células endoteliais e perivasculares se contraem de modo a se separarem e permitirem o escape de fluido pelos espaços intercelulares. Após a eliminação do agente invasor, o processo inflamatório é interrompido e o fluxo sanguíneo volta ao normal. MOLÉCULAS VASOATIVAS Histamina Expressa por células nervosas, células musculares lisas, células endoteliais, neutrófilos, eosinófilos, monócitos, células dendríticas e linfócitos T e B. Histamina provoca extravasamento vascular, levando ao escape de fluido para os tecidos e ao edema local. A histamina também regula positivamente a expressão de TLR nas células sentinelas. Degradada no fígado. Amplo espectro de ação. Prostaglandina Família de eicosanoides. Derivados de ácidos graxos. Vários efeitos biológicos.Contitutivos.
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