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LEGISLAÇÃO, BIOÉTICA E BIOSSEGURANÇA EM ESTÉTICA PROF.A MA. DANIELLY CHIERRITO Reitor: Prof. Me. Ricardo Benedito de Oliveira Pró-reitor: Prof. Me. Ney Stival Gestão Educacional: Prof.a Ma. Daniela Ferreira Correa PRODUÇÃO DE MATERIAIS Diagramação: Alan Michel Bariani Thiago Bruno Peraro Revisão Textual: Gabriela de Castro Pereira Letícia Toniete Izeppe Bisconcim Luana Ramos Rocha Produção Audiovisual: Heber Acuña Berger Leonardo Mateus Gusmão Lopes Márcio Alexandre Júnior Lara Gestão da Produção: Kamila Ayumi Costa Yoshimura Fotos: Shutterstock © Direitos reservados à UNINGÁ - Reprodução Proibida. - Rodovia PR 317 (Av. Morangueira), n° 6114 Prezado (a) Acadêmico (a), bem-vindo (a) à UNINGÁ – Centro Universitário Ingá. Primeiramente, deixo uma frase de Só- crates para reflexão: “a vida sem desafios não vale a pena ser vivida.” Cada um de nós tem uma grande res- ponsabilidade sobre as escolhas que fazemos, e essas nos guiarão por toda a vida acadêmica e profissional, refletindo diretamente em nossa vida pessoal e em nossas relações com a socie- dade. Hoje em dia, essa sociedade é exigente e busca por tecnologia, informação e conheci- mento advindos de profissionais que possuam novas habilidades para liderança e sobrevivên- cia no mercado de trabalho. De fato, a tecnologia e a comunicação têm nos aproximado cada vez mais de pessoas, diminuindo distâncias, rompendo fronteiras e nos proporcionando momentos inesquecíveis. Assim, a UNINGÁ se dispõe, através do Ensino a Distância, a proporcionar um ensino de quali- dade, capaz de formar cidadãos integrantes de uma sociedade justa, preparados para o mer- cado de trabalho, como planejadores e líderes atuantes. Que esta nova caminhada lhes traga muita experiência, conhecimento e sucesso. Prof. Me. Ricardo Benedito de Oliveira REITOR 33WWW.UNINGA.BR U N I D A D E 01 SUMÁRIO DA UNIDADE INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................. 5 1 - REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL ................................................................................................................ 6 2 - FEDERAÇÃO BRASILEIRA DOS PROFISSIONAIS ESTETICISTAS ................................................................... 6 3 - REGULAMENTAÇÃO ............................................................................................................................................. 7 3.1. LEI N0 12.592, DE 18 DE JANEIRO DE 2012 ....................................................................................................... 7 3.2. LEI N0 18.925, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2016 ................................................................................................. 9 3.3. LEI N0 13.643, DE 3 DE ABRIL DE 2018 ............................................................................................................ 9 3.4. REFERÊNCIA TÉCNICA PARA O FUNCIONAMENTO DOS SERVIÇOS DE ESTÉTICA E EMBELEZAMENTO SEM RESPONSABILIDADE MÉDICA - OBJETIVO ................................................................................................... 11 3.4.1. ABRANGÊNCIA ................................................................................................................................................ 11 LEGISLAÇÃO E REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO PROF.A MA. DANIELLY CHIERRITO ENSINO A DISTÂNCIA DISCIPLINA: LEGISLAÇÃO, BIOÉTICA E BIOSSEGURANÇA EM ESTÉTICA 4WWW.UNINGA.BR 3.4.2. DEFINIÇÕES ................................................................................................................................................... 12 3.4.3. LICENCIAMENTO ........................................................................................................................................... 13 3.4.4. ESTRUTURA FÍSICO FUNCIONAL ................................................................................................................ 13 3.4.5. ABASTECIMENTO E USO DE ÁGUA ............................................................................................................. 15 3.4.6. ESGOTAMENTO SANITÁRIO ......................................................................................................................... 15 3.4.7. SAÚDE OCUPACIONAL .................................................................................................................................. 15 3.4.8. PRODUTOS ..................................................................................................................................................... 16 3.4.9. EQUIPAMENTOS ............................................................................................................................................ 17 3.4.10. PROCEDIMENTOS ........................................................................................................................................ 17 3.4.11. DISPOSIÇÕES GERAIS ................................................................................................................................. 18 4 - CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................................................................. 19 5WWW.UNINGA.BR LE GI SL AÇ ÃO , B IO ÉT IC A E BI OS SE GU RA NÇ A EM E ST ÉT IC A | U NI DA DE 1 ENSINO A DISTÂNCIA INTRODUÇÃO Desde à antiguidade, a Estética está relacionada à beleza, arte e bem-estar. A profissão é simbolizada pela deusa Hígia, da saúde, limpeza e sanitariedade, associada à prevenção de doença e manutenção da boa saúde. Os raios solares que ultrapassam os corpos significam ozônio oxigênio nascente, aplicado na pele. O bastão em que duas serpentes entrelaçam é o caduceu, adornado com asas em sua parte superior, representando mudanças tecnológicas. As mãos cruzadas da deusa Hígia remete a união, força e determinação (Figura 1) (SINDETTERJ, 2018). Figura 1 - Símbolo da Estética do Brasil. Fonte: SINDETTERJ (2018). Com os avanços da profissão, acesso e descobertas de novas informações, foi necessária a elaboração de regras e condutas para orientar e respaldar os profissionais Esteticistas. Assim, o objetivo desta Unidade é fornecer uma visão ampla e específica da legislação e regulamentação de Estética, constituída por conceitos, definições, direitos adquiridos pelos profissionais, e funcionamento dos serviços de Estética. 6WWW.UNINGA.BR LE GI SL AÇ ÃO , B IO ÉT IC A E BI OS SE GU RA NÇ A EM E ST ÉT IC A | U NI DA DE 1 ENSINO A DISTÂNCIA 1 - REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL A República Federativa do Brasil é constituída de um Estado democrático de direito e tem como fundamentos a soberania, cidadania, dignidade da pessoa humana, pluralismo político, valores sociais do trabalho e da livre iniciativa. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário da União são independentes e harmônicos, sendo o primeiro responsável por formular o conjunto de leis que asseguram a justiça para os cidadãos, empresas e instituições públicas e privadas. Desta forma, o processo legislativo provê o sistema normativo do Brasil, a partir da elaboração de emendas à Constituição, leis complementares, leis ordinárias, leis delegadas, medidas provisórias, decretos legislativos e resoluções (BRASIL, 1988; CÂMARA DOS DEPUTADOS, 2018). 2 - FEDERAÇÃO BRASILEIRA DOS PROFISSIONAIS ESTETICISTAS A Federação Brasileira dos Profissionais Esteticistas (FEBRAPE) foi estabelecida em julho de 2003, com o intuito de congregar as Associações Profissionais de Esteticistas, e apoiar o Projeto de Lei nº 959/2003, o qual dispõe sobre a regulamentação das profissões de Técnico de Estética e de Terapeuta Esteticista (FEBRAPE, 2015c). Em 2005, a FEBRAPE em parceria com a Associação dos Esteticistas e Cosmetólogos do Espírito Santo (AECES) realizou o 1º Congresso dos Esteticistas em Vitória, Espírito Santo, sendo o último (5º Congresso) realizadoem agosto de 2015 em São Paulo. Desde então, a Federação intensifica suas atividades no Congresso Nacional em prol da regulamentação e reconhecimento das atividades desenvolvidas pela profissão, como exemplificado na Figura 2 (FEBRAPE, 2015b; FEBRAPE, 2015c; FEBRAPE, 2018b). Figura 2 - Representação de um dos trabalhos realizados pela Federação Brasileira dos Profissionais Esteticistas. Fonte: FEBRAPE (2018b). 7WWW.UNINGA.BR LE GI SL AÇ ÃO , B IO ÉT IC A E BI OS SE GU RA NÇ A EM E ST ÉT IC A | U NI DA DE 1 ENSINO A DISTÂNCIA 3 - REGULAMENTAÇÃO 3.1. Lei no 12.592, de 18 de janeiro de 2012 Esta lei dispõe sobre o exercício das atividades profissionais de Cabeleireiro, Barbeiro, Esteticista, Manicure, Pedicure, Depilador e Maquiador. A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1o É reconhecido, em todo o território nacional, o exercício das atividades profissionais de Cabeleireiro, Barbeiro, Esteticista, Manicure, Pedicure, Depilador e Maquiador, nos termos desta Lei. Parágrafo único. Cabeleireiro, Barbeiro, Esteticista, Manicure, Pedicure, Depilador e Maquiador são profissionais que exercem atividades de higiene e embelezamento capilar, estético, facial e corporal dos indivíduos. Art. 1o A Os salões de beleza poderão celebrar contratos de parceria, por escrito, nos termos definidos nesta Lei, com os profissionais que desempenham as atividades de Cabeleireiro, Barbeiro, Esteticista, Manicure, Pedicure, Depilador e Maquiador. (Incluído pela Lei nº 13.352, de 2016) (Vigência) § 1o Os estabelecimentos e os profissionais de que trata o caput, ao atuarem nos termos desta Lei, serão denominados salão-parceiro e profissional-parceiro, respectivamente, para todos os efeitos jurídicos. (Incluído pela Lei nº 13.352, de 2016) (Vigência) § 2o O salão-parceiro será responsável pela centralização dos pagamentos e recebimentos decorrentes das atividades de prestação de serviços de beleza realizadas pelo profissional-parceiro na forma da parceria prevista no caput. (Incluído pela Lei nº 13.352, de 2016) (Vigência) § 3o O salão-parceiro realizará a retenção de sua cota-parte percentual, fixada no contrato de parceria, bem como dos valores de recolhimento de tributos e contribuições sociais e previdenciárias devidos pelo profissional-parceiro incidentes sobre a cota-parte que a este couber na parceria. (Incluído pela Lei nº 13.352, de 2016) (Vigência) § 4o A cota-parte retida pelo salão-parceiro ocorrerá a título de atividade de aluguel de bens móveis e de utensílios para o desempenho das atividades de serviços de beleza e/ou a título de serviços de gestão, de apoio administrativo, de escritório, de cobrança e de recebimentos de valores transitórios recebidos de clientes das atividades de serviços de beleza, e a cota-parte destinada ao profissional-parceiro ocorrerá a título de atividades de prestação de serviços de beleza. (Incluído pela Lei nº 13.352, de 2016) (Vigência) § 5o A cota-parte destinada ao profissional-parceiro não será considerada para o cômputo da receita bruta do salão-parceiro ainda que adotado sistema de emissão de nota fiscal unificada ao consumidor. (Incluído pela Lei nº 13.352, de 2016) (Vigência) § 6o O profissional-parceiro não poderá assumir as responsabilidades e obrigações decorrentes da administração da pessoa jurídica do salão-parceiro, de ordem contábil, fiscal, trabalhista e previdenciária incidentes, ou quaisquer outras relativas ao funcionamento do negócio. (Incluído pela Lei nº 13.352, de 2016) (Vigência) § 7o Os profissionais-parceiros poderão ser qualificados, perante as autoridades fazendárias, como pequenos empresários, microempresários ou microempreendedores individuais. (Incluído pela Lei nº 13.352, de 2016) (Vigência) 8WWW.UNINGA.BR LE GI SL AÇ ÃO , B IO ÉT IC A E BI OS SE GU RA NÇ A EM E ST ÉT IC A | U NI DA DE 1 ENSINO A DISTÂNCIA § 8o O contrato de parceria de que trata esta Lei será firmado entre as partes, mediante ato escrito, homologado pelo sindicato da categoria profissional e laboral e, na ausência desses, pelo órgão local competente do Ministério do Trabalho e Emprego, perante duas testemunhas. (Incluído pela Lei nº 13.352, de 2016) (Vigência) § 9o O profissional-parceiro, mesmo que inscrito como pessoa jurídica, será assistido pelo seu sindicato de categoria profissional e, na ausência deste, pelo órgão local competente do Ministério do Trabalho e Emprego. (Incluído pela Lei nº 13.352, de 2016) (Vigência) § 10. São cláusulas obrigatórias do contrato de parceria, de que trata esta Lei, as que estabeleçam: (Incluído pela Lei nº 13.352, de 2016) (Vigência) I - percentual das retenções pelo salão-parceiro dos valores recebidos por cada serviço prestado pelo profissional-parceiro; (Incluído pela Lei nº 13.352, de 2016) (Vigência) II - obrigação, por parte do salão-parceiro, de retenção e de recolhimento dos tributos e contribuições sociais e previdenciárias devidos pelo profissional- parceiro em decorrência da atividade deste na parceria; (Incluído pela Lei nº 13.352, de 2016) (Vigência) III - condições e periodicidade do pagamento do profissional-parceiro, por tipo de serviço oferecido; (Incluído pela Lei nº 13.352, de 2016) (Vigência) IV - direitos do profissional-parceiro quanto ao uso de bens materiais necessários ao desempenho das atividades profissionais, bem como sobre o acesso e circulação nas dependências do estabelecimento; (Incluído pela Lei nº 13.352, de 2016) (Vigência) V - possibilidade de rescisão unilateral do contrato, no caso de não subsistir interesse na sua continuidade, mediante aviso prévio de, no mínimo, trinta dias; (Incluído pela Lei nº 13.352, de 2016) (Vigência) VI - responsabilidades de ambas as partes com a manutenção e higiene de materiais e equipamentos, das condições de funcionamento do negócio e do bom atendimento dos clientes; (Incluído pela Lei nº 13.352, de 2016) (Vigência) VII - obrigação, por parte do profissional-parceiro, de manutenção da regularidade de sua inscrição perante as autoridades fazendárias. (Incluído pela Lei nº 13.352, de 2016) (Vigência) § 11. O profissional-parceiro não terá relação de emprego ou de sociedade com o salão-parceiro enquanto perdurar a relação de parceria tratada nesta Lei. (Incluído pela Lei nº 13.352, de 2016) (Vigência) Art. 1o B Cabem ao salão-parceiro a preservação e a manutenção das adequadas condições de trabalho do profissional-parceiro, especialmente quanto aos seus equipamentos e instalações, possibilitando as condições adequadas ao cumprimento das normas de segurança e saúde estabelecidas no art. 4o desta Lei. (Incluído pela Lei nº 13.352, de 2016) (Vigência) Art. 1o C Configurar-se-á vínculo empregatício entre a pessoa jurídica do salão- parceiro e o profissional-parceiro quando: (Incluído pela Lei nº 13.352, de 2016) (Vigência) I - não existir contrato de parceria formalizado na forma descrita nesta Lei; (Incluído pela Lei nº 13.352, de 2016) (Vigência) II - profissional-parceiro desempenhar funções diferentes das descritas no contrato de parceria. (Incluído pela Lei nº 13.352, de 2016) (Vigência) Art. 1o D O processo de fiscalização, de autuação e de imposição de multas reger-se-á pelo disposto no Título VII da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943. (Incluído pela Lei nº 13.352, de 2016) Art. 2o (VETADO). Art. 3o (VETADO). Art. 4o Os profissionais de que trata esta Lei deverão obedecer às normas sanitárias, efetuando a esterilização de materiais e utensílios utilizados no atendimento a seus clientes. 9WWW.UNINGA.BR LE GI SL AÇ ÃO , B IO ÉT IC A E BI OS SE GU RA NÇ A EM E ST ÉT IC A | U NI DA DE 1 ENSINO A DISTÂNCIA Art. 5o É instituído o Dia Nacional do Cabeleireiro, Barbeiro, Esteticista, Manicure, Pedicure, Depilador e Maquiador, a ser comemorado em todo o País, a cada ano, no dia e mês coincidente coma data da promulgação desta Lei. Art. 6o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 18 de janeiro de 2012; 191o da Independência e 124o da República (BRASIL, 2012, s.p.). 3.2. Lei no 18.925, de 15 de dezembro de 2016 Esta lei dispõe sobre o funcionamento de clínicas e consultórios de estética, em que a Assembleia Legislativa do Estado do Paraná aprovou e eu promulgo, nos termos do § 7º do art. 71 da Constituição Estadual, os seguintes dispositivos do Projeto de Lei nº 264/2016: Art.1º Dispõe sobre o funcionamento de clínicas e consultórios de estética. Art.2º As clínicas e consultórios de estética deverão contar com um responsável técnico durante os tratamentos e/ou procedimentos realizados com uso de aparelhos de eletrofototermoterapia. §1º Nos estabelecimentos que desempenham atividades não privativas da profissão de médico, não haverá necessidade de permanência de médico responsável. §2º O profissional graduado em ensino superior na área de estética (tecnólogo) é habilitado para responder tecnicamente por clínicas ou consultórios de estética. §3º O técnico em estética é legalmente habilitado para responder pelos trabalhos por ele desempenhados. Art.3º Os órgãos públicos de fiscalização não poderão exigir que o responsável técnico da clínica ou consultório esteja associado a entidade, conselho ou órgão de classe diverso de sua profissão. Art.4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Curitiba, em 15 de dezembro de 2016 (BRASIL, 2016). 3.3. Lei no 13.643, de 3 de abril de 2018 Esta lei regulamenta as profissões de Esteticista, que compreende o Esteticista e Cosmetólogo, e de Técnico em Estética. O Presidente da República Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1o Esta Lei regulamenta o exercício das profissões de Esteticista, que compreende o Esteticista e Cosmetólogo, e de Técnico em Estética. Parágrafo único. Esta Lei não compreende atividades em estética médica, nos termos definidos no art. 4o da Lei no 12.842, de 10 de julho de 2013. Art. 2o O exercício da profissão de Esteticista é livre em todo o território nacional, observadas as disposições desta Lei. Art. 3o Considera-se Técnico em Estética o profissional habilitado em: I - curso técnico com concentração em Estética oferecido por instituição regular de ensino no Brasil; II - curso técnico com concentração em Estética oferecido por escola estrangeira, com revalidação de certificado ou diploma pelo Brasil, em instituição devidamente reconhecida pelo Ministério da Educação. Parágrafo único. O profissional que possua prévia formação técnica em estética, ou que comprove o exercício da profissão há pelo menos três anos, contados da data de entrada em vigor desta Lei, terá assegurado o direito ao exercício da profissão, na forma estabelecida em regulamento. 10WWW.UNINGA.BR LE GI SL AÇ ÃO , B IO ÉT IC A E BI OS SE GU RA NÇ A EM E ST ÉT IC A | U NI DA DE 1 ENSINO A DISTÂNCIA Art. 4o Considera-se Esteticista e Cosmetólogo o profissional: I - graduado em curso de nível superior com concentração em Estética e Cosmética, ou equivalente, oferecido por instituição regular de ensino no Brasil, devidamente reconhecida pelo Ministério da Educação; II - graduado em curso de nível superior com concentração em Estética e Cosmética, ou equivalente, oferecido por escola estrangeira, com diploma revalidado no Brasil, por instituição de ensino devidamente reconhecida pelo Ministério da Educação. Art. 5o Compete ao Técnico em Estética: I - executar procedimentos estéticos faciais, corporais e capilares, utilizando como recursos de trabalho produtos cosméticos, técnicas e equipamentos com registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); II - solicitar, quando julgar necessário, parecer de outro profissional que complemente a avaliação estética; III - observar a prescrição médica ou fisioterápica apresentada pelo cliente, ou solicitar, após exame da situação, avaliação médica ou fisioterápica. Art. 6o Compete ao Esteticista e Cosmetólogo, além das atividades descritas no art. 5o desta Lei: I - a responsabilidade técnica pelos centros de estética que executam e aplicam recursos estéticos, observado o disposto nesta Lei; II - a direção, a coordenação, a supervisão e o ensino de disciplinas relativas a cursos que compreendam estudos com concentração em Estética ou Cosmetologia, desde que observadas as leis e as normas regulamentadoras da atividade docente; III - a auditoria, a consultoria e a assessoria sobre cosméticos e equipamentos específicos de estética com registro na Anvisa; IV - a elaboração de informes, pareceres técnico-científicos, estudos, trabalhos e pesquisas mercadológicas ou experimentais relativos à Estética e à Cosmetologia, em sua área de atuação; V - a elaboração do programa de atendimento, com base no quadro do cliente, estabelecendo as técnicas a serem empregadas e a quantidade de aplicações necessárias; VI - observar a prescrição médica apresentada pelo cliente, ou solicitar, após avaliação da situação, prévia prescrição médica ou fisioterápica. Art. 7o O Esteticista, no exercício das suas atividades e atribuições, deve zelar: I - pela observância a princípios éticos; II - pela relação de transparência com o cliente, prestando-lhe o atendimento adequado e informando-o sobre técnicas, produtos utilizados e orçamento dos serviços; III - pela segurança dos clientes e das demais pessoas envolvidas no atendimento, evitando exposição a riscos e potenciais danos. Art. 8o O Esteticista deve cumprir e fazer cumprir as normas relativas à biossegurança e à legislação sanitária. Art. 9o Regulamento disporá sobre a fiscalização do exercício da profissão de Esteticista e sobre as adequações necessárias à observância do disposto nesta Lei. Art. 10. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 3 de abril de 2018; 197o da Independência e 130o da República (BRASIL, 2018). 11WWW.UNINGA.BR LE GI SL AÇ ÃO , B IO ÉT IC A E BI OS SE GU RA NÇ A EM E ST ÉT IC A | U NI DA DE 1 ENSINO A DISTÂNCIA Após a lei ser sancionada e publicada, a FEBRAPE declarou nota pública para esclarecer possíveis dúvidas relacionadas à nova lei. Os aspectos relatados pela Federação estão expostos no Quadro 1 (FEBRAPE, 2018c): Esteticistas diplomados podem exercer a profissão e suas atividades Pessoas que fizeram cursos livres terão que comprovar, através de documentação que exerceram a profissão de Esteticista por 3 anos. Os documentos são: Nota fiscal de equipamentos e cosméticos, contrato de trabalho, carteira assinada, carnê do INNS como Esteticista, declarações de cliente com firma reconhecida Todos os cursos superiores de Estética terão equivalência Não é possível exercer a profissão de Esteticista sendo formado em outra área da saúde e com pós-graduação de Estética e Cosmetologia Quadro 1 - Esclarecimentos sobre a Lei nº 13.643, de 3 de abril de 2018. Fonte: FEBRAPE (2018c). 3.4. Referência Técnica para o Funcionamento dos Serviços de Estética e Embelezamento sem Responsabilidade Médica - Objetivo Estabelecer o padrão mínimo de funcionamento para os estabelecimentos que realizam serviços de estética e embelezamento sem responsabilidade médica. 3.4.1. Abrangência Este Regulamento é aplicável a todo estabelecimento que realiza atividades de cabeleireiro, barbearia, depilação (exceto depilação a laser), manicure e pedicure, podologia, estética facial, estética corporal, massagem relaxante, banho de ofurô, drenagem linfática, massagem estética e outras atividades similares. 12WWW.UNINGA.BR LE GI SL AÇ ÃO , B IO ÉT IC A E BI OS SE GU RA NÇ A EM E ST ÉT IC A | U NI DA DE 1 ENSINO A DISTÂNCIA 3.4.2. Definições Alvará sanitário/ Licença sanitária Ambiente Sala Área Área de processamento de artigos Artigos Artigo de uso único Artigo Descartável Limpeza Desinfecção Esterilização Documento expedido pelo órgão sanitáriocompetente Estadual, Municipal ou do Distrito Federal, que libera o funcionamento dos estabelecimentos que exerçam atividades sob regime de vigilância sanitária Espaço fisicamente determinado e especializado para o desenvolvimento de determinada(s) atividade(s), caracterizado por dimensões e instalações diferenciadas. Um ambiente pode se constituir de uma sala ou de uma área Ambiente envolto por paredes em todo seu perímetro e uma porta Ambiente aberto, sem paredes em uma ou mais de uma das faces Local onde são realizadas lavagem, preparação, desinfecção ou esterilização de instrumentos utilizados nos procedimentos Compreendem instrumentos de naturezas diversas, acessórios de equipamentos e outros. Exemplos: pinças, alicates, tesouras, espátulas, pincéis, pentes, escovas É o produto que, após o uso, perde suas características originais ou que, em função de outros riscos reais ou potenciais à saúde do usuário, não deve ser reutilizado É o produto que, após o uso, perde suas características originais e não deve ser reutilizado e nem reprocessado Consiste na remoção de sujidades visíveis e detritos dos artigos, realizada com água adicionada de sabão ou detergente, de forma manual ou automatizada, por ação mecânica, com consequente redução da carga microbiana. Deve preceder os processos de desinfecção ou esterilização Processo físico ou químico que elimina a maioria dos microrganismos patogênicos de objetos inanimados e superfícies Processo físico ou químico ou físico-químico que elimina todas as formas de vida microbiana, incluindo os esporos bacterianos 13WWW.UNINGA.BR LE GI SL AÇ ÃO , B IO ÉT IC A E BI OS SE GU RA NÇ A EM E ST ÉT IC A | U NI DA DE 1 ENSINO A DISTÂNCIA Qualquer efeito não desejado, em humanos, decorrente do uso de produtos sujeitos à Vigilância Local que permite a exposição a fatores de risco para a saúde, presente em ambientes e processos de trabalho Pessoa física designada em estatuto, contrato social ou ata, incumbida de representar, ativa e passivamente, nos atos judiciais e extrajudiciais a pessoa jurídica Evento adverso Local insalubre Responsável legal Quadro 2 - Definições da Referência técnica para o funcionamento dos serviços de estética e embelezamento sem responsabilidade médica. Fonte: ANVISA (2009). 3.4.3. Licenciamento Os estabelecimentos objetos desse Regulamento Técnico devem possuir alvará/licença sanitária, expedido pelo órgão sanitário competente. 3.4.4. Estrutura físico funcional 1. Os estabelecimentos de que trata este Regulamento estarão sujeitos às normas gerais e específicas de edificações, sejam federais, estaduais e municipais vigentes; às normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) em sua especificidade; às normas técnicas específicas de engenharia e arquitetura, com a adoção de procedimentos que garantam a segurança do trabalhador e do usuário. 2. Os serviços de estética e embelezamento não poderão utilizar suas dependências para outros fins, nem servir de passagem para outro local. 3. As instalações prediais de água, esgoto, energia elétrica, proteção e combate a incêndio, telefonia e outras existentes, deverão atender às exigências dos códigos de obras e posturas locais, assim como às normas técnicas pertinentes a cada uma das instalações. 4. As instalações elétricas deverão possuir fiação embutida, tomadas com indicação de voltagem e quadro de força devidamente identificado com acesso desobstruído. 5. Estes estabelecimentos deverão ter identificação externa visível, entrada com acesso fácil; portas de acesso com mínimo de 0,80 m de vão livre; adequações aos portadores de necessidades especiais conforme legislação vigente. 6. O ambiente destinado à recepção/sala de espera, deverá ser de fácil acesso, com ventilação e iluminação que garantam conforto térmico ao usuário. Neste ambiente, deverá ser disponibilizado ao usuário água potável e copos descartáveis, além de coletor para lixo com saco plástico. 7. As instalações sanitárias destinadas ao público deverão ser separadas por gênero, com piso de material liso, resistente, antiderrapante e de fácil higienização, paredes também de material liso, resistente, impermeável e de fácil higienização. Estas instalações deverão ser providas de pia lavatório com suporte para toalha de papel e dispensador de sabão líquido, vaso sanitário com tampa, recipiente coletor de lixo com saco plástico, tampa e acionamento por pedal. Quando albergada em shopping/centros comerciais, as instalações sanitárias destinadas ao público, poderão ser as coletivas do local albergante. 14WWW.UNINGA.BR LE GI SL AÇ ÃO , B IO ÉT IC A E BI OS SE GU RA NÇ A EM E ST ÉT IC A | U NI DA DE 1 ENSINO A DISTÂNCIA 8. As paredes e teto do estabelecimento deverão ser revestidos ou pintados com material liso, resistente e impermeável, piso de material antiderrapante, resistente, impermeável e de fácil higienização. 9. Todos os ralos instalados nos estabelecimentos deverão ser de fecho hídrico e tampa escamoteável. 10. A iluminação e ventilação deverão ser natural e/ou artificial de forma a proporcionar adequadas condições de segurança e conforto. 11. Para a realização de procedimentos de estética e embelezamento, os estabelecimentos deverão possuir área mínima de 10m², com largura mínima de 2,50m, para o máximo de 02 cadeiras (5m² por cadeira). 12. Os sanitários/vestiário de funcionários, deverão ser separados por gênero, providos de vaso sanitário com tampa, pia lavatório com dispensador de sabão líquido e suporte para papel toalha, lixeira com tampa e acionamento por pedal e armário para guarda de pertences. 13. As salas destinadas ao atendimento direto ao cliente (manuseio), deverão dispor de pia lavatório para higienização de mãos provida de dispensador de sabão líquido e suporte para papel toalha, coletor para lixo com tampa e acionamento por pedal e saco plástico, bancadas fixas ou móveis para apoio das atividades, com acabamento liso, impermeável, resistente, lavável, de fácil higienização. 14. O ambiente destinado ao processamento de artigos deverá dispor de pia com bancada para limpeza de materiais e bancada para o preparo, desinfecção ou esterilização de materiais. 15. Quando não houver sala para processamento de material, esta atividade poderá estar localizada em uma área dentro da sala de procedimentos, desde que estabelecida barreira técnica. 16. Os estabelecimentos deverão disponibilizar área específica para guarda de materiais esterilizados dotada de armário exclusivo fechado, limpo e livre de umidade, bem como área específica para materiais limpos e instrumentais não esterilizados, que deverão ser acondicionados em recipiente fechado, limpo e livre de umidade. 17. Nos estabelecimentos onde é exercida a atividade de podologia, o ambiente deverá ter área mínima total de 10m², com largura mínima de 2,5m² e área mínima de 5m² para cada cadeira adicional. Os compartimentos de atendimento deverão ser separados por divisórias de no mínimo 2m de altura. 18. O estabelecimento deverá disponibilizar local adequado para refeições, e não poderá ter comunicação direta com postos de trabalho, instalações sanitárias ou locais insalubres, tendo no mínimo piso revestido com material resistente, liso e impermeável; pia com bancada, armário para guarda de alimentos e utensílios, geladeira exclusiva para guarda de alimentos e equipamento para aquecimento de alimentos. 19. No caso de preparo de alimentos, o estabelecimento fica obrigado a instalar cozinha, de acordo com a legislação específica. 20. Deverá ser garantida a privacidade do cliente durante os procedimentos, devendo haver sala/box individual. 21. O DML (Depósito de Material de Limpeza) deverá ser dotado de tanque com profundidade superior a 35cm para higienização de materiais usados no processo de limpeza das superfícies dos estabelecimentos e para o descarte das águas servidas. 22. Quando o estabelecimento realizar processamentode roupas, deverá disponibilizar área exclusiva para lavanderia e dispor de máquina lavadora, sendo vetado a lavagem manual de roupas utilizadas por clientes. 23. Os estabelecimentos de que trata este regulamento, deverão dispor de equipamentos e mobiliário adequados, mantidos higienizados e em condições ergonômicas aceitáveis. Os móveis e equipamentos como cadeiras, armários, macas e colchões deverão ser revestidos de material resistente, impermeável e de fácil higienização. 24. Os serviços de cabeleireiro deverão ser dotados de no mínimo 01 (um) lavatório de cabelos, com água corrente e mecanismo ajustável de temperatura. 15WWW.UNINGA.BR LE GI SL AÇ ÃO , B IO ÉT IC A E BI OS SE GU RA NÇ A EM E ST ÉT IC A | U NI DA DE 1 ENSINO A DISTÂNCIA 25. A obrigatoriedade do ambiente dependerá da execução da atividade. (ANVISA, 2009, s.p.) 3.4.5. Abastecimento e uso de água 1. Os estabelecimentos de que trata este Regulamento deverão ser providos de reservatório de água potável, com capacidade suficiente à sua demanda diária, devendo ser limpo e desinfectado a cada 06 (seis). A limpeza e desinfecção deverá ser registrada em formulário específico contendo data, método de lavagem, produto utilizado e assinatura do responsável pelo procedimento. 2.O reservatório de água potável deve ser isento de rachaduras, com tampa, permitindo o fácil acesso para inspeção e limpeza, além de possibilitar o esgotamento total. 3. A água de abastecimento deverá atender aos padrões de potabilidade previsto na legislação pertinente, confirmados através de análises bacteriológica e físico- química a serem realizadas anualmente. (ANVISA, 2009, s.p.) 3.4.6. Esgotamento sanitário 1. O esgoto sanitário a as águas residuárias deverão ter como destinação final a rede coletora de esgotos ou sistemas individuais de esgotamento sanitário, sendo vetado o lançamento no sistema de coleta de águas pluviais. 2. O sistema de caixas de gordura e de passagem deverão ter manutenção periódica, evitando incrustações ou extravasamentos. 3. Para escoamento da água de lavagem de pisos, o estabelecimento deverá dispor de sistema de ralos instalados em pontos estratégicos, com fecho hídrico e tampa escamoteável, devidamente interligado ao sistema de esgotamento sanitário. (ANVISA, 2009, s.p.) 1. Todos os resíduos sólidos produzidos no estabelecimento deverão ser acondicionados em sacos plásticos com simbologia de substância infectante quando se tratar de lixo contaminado ou sacos sem simbologia, para lixo comum. Este acondicionamento se dará em recipientes coletores providos de tampa, de material liso e resistente, sem arestas, de forma a permitir a adequada lavagem diária. 2. Sobras de ceras para depilação e outros produtos químicos deverão ser descartados de acordo com legislação específica. 3. Os resíduos perfurantes ou cortantes deverão ser acondicionados previamente em recipiente rígido, estanque, vedado e identificado pela simbologia do produto infectante. 4. Os resíduos sólidos deverão ser depositados, após embalados, em local apropriado, protegidos contra acesso de roedores e outros animais, fora da área de atendimento, enquanto aguardam o recolhimento. 5. Não será permitido o acúmulo, em locais impróprios, de detritos que possibilitem a proliferação de vetores. 6. Os estabelecimentos de que trata este Regulamento deverão instituir rotinas de desratização. (ANVISA, 2009, s.p.) 3.4.7. Saúde ocupacional 1. Os proprietários dos estabelecimentos deverão capacitar e manter registro atualizado de treinamento dos funcionários contendo data, carga horária, nome e formação do instrutor, conteúdo, nome e assinatura do funcionário. 16WWW.UNINGA.BR LE GI SL AÇ ÃO , B IO ÉT IC A E BI OS SE GU RA NÇ A EM E ST ÉT IC A | U NI DA DE 1 ENSINO A DISTÂNCIA 2. Os estabelecimentos de que trata este Regulamento Técnico deverão elaborar e tornar disponíveis aos funcionários Manual de Procedimentos Operacionais, contendo rotinas de procedimentos técnicos, biossegurança e medidas de controle de transmissão de doenças. Este Manual deverá ser atualizado anualmente. 3. Os profissionais dos estabelecimentos de que trata este Regulamento devem comprovar conhecimento básico em controle de infecção, processamento de artigos e superfícies, biossegurança e gerenciamento de resíduos, com carga horária mínima de 20 horas, realizado por profissional habilitado. 4. Os profissionais que realizam procedimentos onde são utilizados materiais perfurocortantes devem ser vacinados contra hepatite B e tétano sem prejuízo de outras que forem necessárias. 5. O mobiliário deverá estar em condições ergonômicas adequadas e permitir a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto e segurança. 6. Deverão ser disponibilizados equipamentos de proteção individual (EPI) aos funcionários (óculos, máscaras, luvas e jalecos), de acordo com as funções exercidas em número suficiente, de forma que seja garantido o imediato fornecimento ou reposição. 7. Fica proibido aos funcionários, o ato de fumar, o uso de adornos durante os procedimentos, bem como a guarda e consumo de alimentos em locais não destinados para este fim. 8. Os trabalhadores que utilizarem objetos perfurocortantes devem ser os responsáveis pelo seu descarte, sendo vetado o re-encape de agulhas. ANVISA, 2009, s.p.) 3.4.8. Produtos 1. Todos os produtos de interesse à saúde em uso ou armazenados no estabelecimento deverão obrigatoriamente estar dentro do prazo de validade e obedecer a legislação específica quanto ao registro no órgão competente. 2. Os produtos químicos, saneantes e domissanitários que forem submetidos a fracionamento ou diluição deverão ser acondicionados em recipientes devidamente identificados, de forma legível, por etiqueta com o nome do produto, composição química, sua concentração, data de envase e de validade, e nome do responsável pela manipulação ou fracionamento. 3. O fracionamento a que se refere o item anterior deverá ser de acordo com as especificações contidas no rótulo do fabricante. 4. É vetado o procedimento de reutilização das embalagens de produtos químicos. 5. As ceras para depilação devem ser fracionadas em porções suficientes para cada cliente, sendo vetado a reutilização de sobras de ceras ou de qualquer outro produto químico. 6. Os estabelecimentos que oferecem serviços de cabeleireiros e congêneres ficam obrigados a afixarem em local visível ao público cartaz com os seguintes dizeres: Quadro 3 - Cartaz recomendado pela Referência técnica para o funcionamento dos serviços de estética e embeleza- mento sem responsabilidade médica. Fonte: ANVISA (2009, s.p.). “O FORMOL É CONSIDERADO CANCERÍGENO PELA OMS (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE). QUANDO ABSORVIDO PELO ORGANISMO POR INALAÇÃO E, PRINCIPALMENTE, PELA EXPOSIÇÃO PROLONGADA, APRESENTA COMO RISCO O APARECIMENTO DE CÂNCER NA BOCA, NAS NARINAS, NO PULMÃO, NO SANGUE E NA CABEÇA”. 17WWW.UNINGA.BR LE GI SL AÇ ÃO , B IO ÉT IC A E BI OS SE GU RA NÇ A EM E ST ÉT IC A | U NI DA DE 1 ENSINO A DISTÂNCIA 3.4.9. Equipamentos 1. Os estabelecimentos de que trata este Regulamento deverão dispor de todos os equipamentos necessários à realização das atividades propostas, mantendo-os higienizados e em condições de funcionamento e ergonomia adequados. 2. Os equipamentos e instrumentais deverão ser disponibilizados em quantidade suficiente para atender a demanda do estabelecimento respeitando os prazos para limpeza, desinfecção ou esterilização dos mesmos. 3. Todos os equipamentos deverão possuir registro no órgão competente, sendo observadas suas restrições de uso. Os proprietários deverão instituir manutenção preventiva e corretiva de equipamentos, mantendo os registros atualizados. 4. Os equipamentos destinados à esterilização de materiais deverão ter registro para este procedimento no órgão competente. 5. A higienização dos aparelhosde ventilação artificial deverá atender as orientações do fabricante quando se tratar de aparelho individual ou seguir normas técnicas específicas para centrais de ar condicionado. 6. O estabelecimento deverá manter refrigerador exclusivo para guarda de produtos que necessitam ser mantidos sob refrigeração, com termômetro e registro diário de temperatura. É vetado o armazenamento em refrigerador de guarda de alimentos. 7. Os estabelecimentos de que trata este Regulamento deverão possuir equipamentos de proteção contra incêndio, dentro do prazo de validade de acordo com legislação específica. (ANVISA, 2009, s.p.) 3.4.10. Procedimentos 1. Os instrumentais deverão ser higienizados, desinfectados ou esterilizados de acordo com as finalidades propostas e a legislação pertinente. 2. As cadeiras, armários, macas, colchões, travesseiros e almofadas deverão ser revestidos de material impermeável, resistente, de fácil limpeza e desinfecção, mantidos em bom estado de conservação e higiene. 3. Os artigos utilizados em procedimentos estéticos e de embelezamento deverão ser submetidos aos processos de limpeza, desinfecção e esterilização, de acordo com o estabelecido em legislação específica e o Manual de Procedimentos Operacionais do estabelecimento. Estes artigos quando em contato com sangue ou secreções deverão ser esterilizados ou descartáveis. 4. Após os processos de limpeza, desinfecção e esterilização os artigos deverão ser acondicionados em recipiente limpo e protegido. 5. No processo de esterilização é obrigatório o acondicionamento dos artigos em invólucros adequados à técnica empregada, devendo constar na embalagem a data de esterilização. 6. Os estabelecimentos deverão realizar controle de qualidade do processo de esterilização de acordo com legislação específica. 7. As roupas limpas do estabelecimento deverão ser acondicionadas em sacos plásticos ou recipientes fechados, sendo trocadas a cada cliente. 8. O acondicionamento de roupas sujas deverá ser feito em recipiente plástico com tampa e identificado com a inscrição ROUPA SUJA. 9. Os materiais que entrarem em contato com o couro cabeludo (escovas, pentes, etc.) deverão ser limpos após cada cliente. 10. As lâminas para barbear são de uso único ficando vetado o seu reprocessamento, devendo ser descartadas como material perfurocortante. 11. É obrigatório a utilização de material descartável para proteção de macas e bacias de manicure e pedicure. Também são consideradas de uso único lixas para unhas e pés, palitos e espátulas de madeira e esponjas para higienização ou esfoliação da pele. (ANVISA, 2009, s.p.) 18WWW.UNINGA.BR LE GI SL AÇ ÃO , B IO ÉT IC A E BI OS SE GU RA NÇ A EM E ST ÉT IC A | U NI DA DE 1 ENSINO A DISTÂNCIA 3.4.11. Disposições gerais 1. O responsável legal responderá administrativamente por todos os atos praticados, por ele ou por seus funcionários, no interior de seu estabelecimento. 2. É vetada aos profissionais que realizam os procedimentos de estética e embelezamento a prescrição e administração de quaisquer medicamentos por qualquer via de administração (tópica, oral, injetável e outras) aos seus clientes. 3. Estes estabelecimentos deverão manter quadro de pessoal devidamente qualificado, em número suficiente para a perfeita execução das atividades. Deverão também instituir Programa de Capacitação de Recursos Humanos. 4. Os estabelecimentos terão prazo de 180 dias para atendimento das determinações deste Regulamento. (ANVISA, 2009, s.p.). Na página da FEBRAPE encontra-se disponível o Cadastro dos Esteticistas Brasi- leiros. Para preencher o formulário, acesse o link: https://docs.google.com/forms/ d/19qxSXLGGs_ZThWgTNgmsNwVZNLzSRDUS9Juzmwy1e3s/edit?usp=sharing. De acordo com as leis estudadas, o que compete ao Esteticista e Cosmetólogo, além das atividades permitidas ao Técnico Esteticista? Responsabilidade técnica de um Centro de Estética; Autorização administrativa e acadêmica; Atuação como consultor e assessor sobre cosméticos e equipamentos com registro na ANVISA; Elaboração de programa de atendimento; Avaliação da prescrição médica e soli- citação de avaliação médica. Diante do exposto, observamos que são diversas as áreas de atuação no mercado de trabalho dos profissionais Esteticistas após a conclusão do curso de graduação. Uma explicação sobre as mudanças com a publicação da Lei nº 13.643, de 3 de abril de 2018 pode ser vista no vídeo: O que mudou com a regulamentação da es- tética?! Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=PeFvgQDVJg0>. Acesso em: 27 ago. 2018. Esta lei expõe os requisitos necessários para ser um Técnico em Esteticista ou Esteticista e Cosmetólogo habilitado, ou seja, é direcionada a este profissional, estabelecendo critérios e características, assim como os deveres e condutas que devem ser respeitados na relação profissional-cliente. 19WWW.UNINGA.BR LE GI SL AÇ ÃO , B IO ÉT IC A E BI OS SE GU RA NÇ A EM E ST ÉT IC A | U NI DA DE 1 ENSINO A DISTÂNCIA Para mais informações sobre Abertura e funcionamento de Centros de Estéticas, acessar: Ideias de negócio - Centro de Estética, na página do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE). Disponível em: <http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ideias/como-mon- tar-um-centro-de-estetica,49187a51b9105410VgnVCM1000003b74010aRCRD>. 4 - CONSIDERAÇÕES FINAIS Nesta unidade foram abordados tópicos relacionados à legislação e regulamentação em Estética, como o cenário legislativo no Brasil referente a esta profissão, e definições e requisitos para funcionamento dos serviços que podem ser prestados. Neste contexto, destacamos a publicação e decreto da lei nº 13.643, de 3 de abril de 2018, a qual torna os profissionais atuantes desta área regulamentados. 2020WWW.UNINGA.BR U N I D A D E 02 SUMÁRIO DA UNIDADE INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................... 22 1 - CÓDIGO PENAL ................................................................................................................................................... 23 1.1. DAS LESÕES CORPORAIS ................................................................................................................................. 23 1.2. LESÃO CORPORAL DE NATUREZA GRAVE ..................................................................................................... 23 1.3. LESÃO CORPORAL SEGUIDA DE MORTE ....................................................................................................... 23 1.4. LESÃO CORPORAL CULPOSA .......................................................................................................................... 24 2 - RESPONSABIIDADE CIVIL ................................................................................................................................ 24 3 - CLASSIFICAÇÃO BRASILEIRA DE OCUPAÇÔES ............................................................................................. 25 3.1. TÍTULOS ............................................................................................................................................................. 25 3.2. DESCRIÇÃO SUMÁRIA ..................................................................................................................................... 26 LEGISLAÇÃO E REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO - PARTE II PROF.A MA. DANIELLY CHIERRITO ENSINO A DISTÂNCIA DISCIPLINA: LEGISLAÇÃO, BIOÉTICA E BIOSSEGURANÇA EM ESTÉTICA 21WWW.UNINGA.BR 3.3. FORMAÇÃO E EXPERIÊNCIA .......................................................................................................................... 26 3.4. CONDIÇÕES GERAIS DE EXERCÍCIO .............................................................................................................. 26 3.5. ATIVIDADES ......................................................................................................................................................26 3.6. RECURSOS DE TRABALHO .............................................................................................................................. 30 4 - CATÁLOGO NACIONAL DE CURSOS SUPERIORES DE TECNOLOGIA ............................................................ 31 5- CATÁLOGO NACIONAL DE CURSOS TÉCNICOS ............................................................................................... 32 6 - ÁREAS DE ATUAÇÃO .......................................................................................................................................... 34 7 - CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................................................................. 36 22WWW.UNINGA.BR LE GI SL AÇ ÃO , B IO ÉT IC A E BI OS SE GU RA NÇ A EM E ST ÉT IC A | U NI DA DE 2 ENSINO A DISTÂNCIA INTRODUÇÃO A Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos informou que a indústria da Estética cresceu em média 10%/ano nos últimos 20 anos, alcançando o faturamento de R$ 43,2 bilhões em 2014. Esta informação reflete nas competências e áreas de atuação conquistadas pelo profissional Esteticista, sendo reconhecidos e autorizados pelo Ministério da Educação, o curso Superior e curso Técnico em Estética (MEC, 2016a; 2016b; NUNES, 2017). Com os avanços e conquistas da profissão, a Estética firma-se no mundo do Direito, o qual permite legalmente suas atividades e tratamentos, assim como orienta e aponta suas obrigações, garantindo os direitos de nossa Constituição, como cidadania, segurança e dignidade da pessoa humana (BRASIL, 1988). Desta forma, esta unidade complementa a Unidade I, com foco nas responsabilidades, direitos e deveres atribuídos ao profissional Esteticista. Além disso, fornece uma visão geral das áreas de atuação e mercado de trabalho. 23WWW.UNINGA.BR LE GI SL AÇ ÃO , B IO ÉT IC A E BI OS SE GU RA NÇ A EM E ST ÉT IC A | U NI DA DE 2 ENSINO A DISTÂNCIA 1 - CÓDIGO PENAL 1.1. Das Lesões Corporais “Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem: Pena - detenção, de três meses a um ano” (JUSBRASIL, 2018a, s.p.). 1.2. Lesão Corporal de Natureza Grave § 1º Se resulta: I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias; II - perigo de vida; III - debilidade permanente de membro, sentido ou função; IV - aceleração de parto. Pena - reclusão, de um a cinco anos. § 2º Se resulta: I - Incapacidade permanente para o trabalho; II - enfermidade incurável; III - perda ou inutilização do membro, sentido ou função; IV - deformidade permanente; V – aborto. Pena - reclusão, de dois a oito anos. (JUSBRASIL, 2018a, s.p.) 1.3. Lesão Corporal Seguida de Morte § 3º Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente não quis o resultado, nem assumiu o risco de produzi-lo: Pena - reclusão, de quatro a doze anos. Diminuição de pena § 4º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço. Substituição da pena § 5º O juiz, não sendo graves as lesões, pode ainda substituir a pena de detenção pela de multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis: I - se ocorre qualquer das hipóteses do parágrafo anterior; II - se as lesões são recíprocas. (JUSBRASIL, 2018ª, s.p.) 24WWW.UNINGA.BR LE GI SL AÇ ÃO , B IO ÉT IC A E BI OS SE GU RA NÇ A EM E ST ÉT IC A | U NI DA DE 2 ENSINO A DISTÂNCIA 1.4. Lesão Corporal Culposa § 6º Se a lesão é culposa: (Vide Lei nº 4.611, de 1965) Pena - detenção, de dois meses a um ano. Aumento de pena § 7º No caso de lesão culposa, aumenta-se a pena de um terço, se ocorre qualquer das hipóteses do art. 121, § 4º. § 7º - Aumenta-se a pena de um terço, se ocorrer qualquer das hipóteses do art. 121, § 4º. (Redação dada pela Lei nº 8.069, de 1990) § 7º Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se ocorrer qualquer das hipóteses dos §§ 4º e 6º do art. 121 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 12.720, de 2012) § 8º Aplica-se igualmente à lesão culposa o disposto no § 5º do artigo 121. (Incluído pela Lei nº 6.416, de 24.5.1977) § 8º - Aplica-se à lesão culposa o disposto no § 5º do art. 121. (Redação dada pela Lei nº 8.069, de 1990) (JUSBRASIL, 2018a). 2 - RESPONSABIIDADE CIVIL Atualmente, nossa sociedade engloba a era do consumo de produtos e serviços em larga escala, o que está relacionado diretamente com a Estética. As atividades que podem ser desenvolvidas neste campo são associadas a novas tecnologias e serviços oferecidos, observando uma união de fatores relacionados ao cliente, atendimento, produtos aplicados, tratamento realizado e resultados (JESUS, 2016). Este conjunto de fatores implica em responsabilidades jurídicas, sendo importante o profissional saber buscar respaldo e sentir-se seguro. Neste contexto, quais são as preocupações que a relação profissional-cliente pode gerar? Uma vez que a relação profissional-cliente é considerada de consumo, torna-se regida pelo Código de Defesa do Consumidor, sendo assim, necessário que o profissional conheça seus direitos e deveres, para conseguir lidar com possíveis ações judiciais e consequências, como o pagamento de indenizações por efeito prejudicial de algum tratamento. Outra preocupação importante é o uso de aparelhos e produtos autorizados pelos órgãos fiscalizadores brasileiros, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), assim como garantir a manutenção dos aparelhos e validade de seus produtos e cumprimento das normas de abertura e funcionamento do estabelecimento de estética. Além disso, a elaboração dos contratos deve ser cautelosa e específica, para evitar possíveis dúvidas e questionamentos e resultar em contratos bem redigidos e formulados (JESUS, 2016). Em relação aos danos que podem ser gerados, estes são classificados em estéticos, materiais e morais, sendo que podem acontecer concomitantemente, de forma que uma ação judicial implique em valores diferenciados para cada dano ocorrido, ou seja, pagamento de um valor devido ao dano estético, outro valor para dano material e terceiro valor para dano moral, o que é observado nos seguintes artigos do Código Civil (JESUS, 2016; JUSBRASIL, 2018b): 25WWW.UNINGA.BR LE GI SL AÇ ÃO , B IO ÉT IC A E BI OS SE GU RA NÇ A EM E ST ÉT IC A | U NI DA DE 2 ENSINO A DISTÂNCIA Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes. Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem. O dano estético é uma nova modalidade aceita nos tribunais do Brasil, sendo definido como transformação negativa física de uma pessoa em consequência do fato. Por exemplo, após tratamento realizado, o indivíduo fica com manchas no rosto que não desaparecem, alterando assim, a beleza física da pessoa. Já o dano material é considerado quando o indivíduo é prejudicado financeiramente devido a fatos emergentes, ou seja, imediatos, ou a fatos que são desencadeados por efeitos posteriores, chamado de “lucros cessantes”. Um exemplo de dano emergente é quando o indivíduo fica com manchas no rosto e pescoço que não desaparecem, tornando-o irreconhecível após tratamento realizado e pago. Nesta mesma situação, considerando que o indivíduo trabalhe com desfiles e fotografias, o dano de“lucros cessantes” são as propostas de trabalho retiradas ou perdidas após a alteração de sua aparência. Por último, o dano moral ocorre quando o fato leva a abalo psicológico, transtornos, sofrimento. Considerando o exemplo anterior, o indivíduo pode ter consequências psicológicas e psiquiátricas e o fato ser enquadrado como dano moral (JESUS, 2016, s.p.). 3 - CLASSIFICAÇÃO BRASILEIRA DE OCUPAÇÔES A Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) é dividida em códigos e títulos, sendo específicos para cada área de atuação. O curso de Estética é enquadrado no código 3221 e título Tecnólogos e técnicos em terapias alternativas e estéticas (FEBRAPE, 2015a). 3.1. Títulos 3221-05 - Técnico em acupuntura - Acupuntor, Acupunturista, Técnico corporal em medicina tradicional chinesa. 3221-10 - Podólogo - Técnico em podologia. 3221-15 - Técnico em quiropraxia - Quiropata, Quiropraxista, Quiropráctico. 3221-20 - Massoterapeuta - Massagista, Massoprevencionista. 3221-25 - Terapeuta holístico - Homeopata (não médico), Naturopata, Terapeuta alternativo, Terapeuta naturalista. 3221-30 - Esteticista - Esteticista corporal, Esteticista facial, Tecnólogo em cosmetologia e estética, Tecnólogo em cosmetologia e estética facial e corporal, Tecnólogo em estética, Tecnólogo em estética corporal, facial e capilar, Tecnólogo em estética e cosmética, Técnico em estética. 26WWW.UNINGA.BR LE GI SL AÇ ÃO , B IO ÉT IC A E BI OS SE GU RA NÇ A EM E ST ÉT IC A | U NI DA DE 2 ENSINO A DISTÂNCIA 3.2. Descrição Sumária Aplicam procedimentos estéticos e terapêuticos manipulativos, energéticos e vibracionais. Os procedimentos terapêuticos visam a tratamentos de moléstias psico-neuro-funcionais, músculo-esqueléticas e energéticas; além de patologias e deformidades podais. Para tanto, avaliam as disfunções fisiológicas, sistêmicas, energéticas, vibracionais e inestéticas dos pacientes/ clientes. Recomendam a seus pacientes/clientes a prática de exercícios, o uso de essências florais e fitoterápicos com o objetivo de reconduzir ao equilíbrio energético, fisiológico e psico-orgânico; bem como cosméticos, cosmecêuticos e óleos essenciais visando sua saúde e bem-estar. Alguns profissionais fazem uso de instrumental perfurocortantes, medicamentos de uso tópico e órteses; outros aplicam métodos das medicinas oriental e convencional. 3.3. Formação e Experiência A formação requerida para os esteticistas é a de técnico de nível médio ou graduação em tecnologia; já para as demais ocupações exige-se formação em curso técnico de nível médio na área de atuação. O exercício pleno das atividades, para os esteticistas, ocorre após um período de aproximadamente dois anos de exercício profissional. No caso dos massoterapeutas e terapeutas holísticos, o exercício pleno das atividades ocorre em cerca de menos de um ano de experiência profissional; para os técnicos em acupuntura, quiropraxia e podólogos não há exigência de experiência anterior. A(s) ocupação(ões) elencada(s) nesta família ocupacional, demandam formação profissional para efeitos do cálculo do número de aprendizes a serem contratados pelos estabelecimentos, nos termos do artigo 429 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, exceto os casos previstos no art. 10 do decreto 5. 598/2005. 3.4. Condições Gerais de Exercício Atuam na área da saúde, serviços sociais e serviços pessoais. A grande maioria atua como autônomo, trabalhando por conta própria, de forma individual, embora os esteticistas também possam trabalhar em equipe. Executam suas funções em ambiente fechado, sem supervisão e em horário diurno, não obstante os esteticistas possam, também, trabalhar em horários irregulares. 3.5. Atividades As atividades atribuídas pelos Esteticistas foram divididas em grupos conforme procedimentos e finalidades, conforme os Quadros a seguir: 27WWW.UNINGA.BR LE GI SL AÇ ÃO , B IO ÉT IC A E BI OS SE GU RA NÇ A EM E ST ÉT IC A | U NI DA DE 2 ENSINO A DISTÂNCIA A.1 Selecionar técnica, tipo de terapia e recurso de trabalho A.2 Selecionar estímulos A.3 Planejar procedimentos A.4 Localizar áreas de desequilíbrio energético A.5 Preparar paciente/cliente A.6 Selecionar pontos de acupuntura A.7 Aplicar energia vibracional A.8 Tonificar energia A.9 Escoar estagnação energética (sedar) A.10 Desobstruir circulação energética A.11 Desintoxicar organismo A.12 Corrigir desequilíbrios energético- psico-orgânicos, fisiológicos, bioquímicos, enzimáticos e hormonais A.13 Palpar estruturas articulares e ósseas A.14 Palpar estruturas musculares e sistema tegumentar A.15 Aplicar estímulos manipulativos A.16 Estimular integração emocional A.17 Estimular alinhamento, consciência corporal, reorganização neuro-energética e vibracional A.18 Corrigir subluxações quiropráxicas A.19 Normalizar movimentos articulares (ativo, passivo e jogo articular) e nervos comprimidos ou irritados (fluxo nervoso) A.20 Equilibrar tônus muscular A.21 Reposicionar vísceras e outros órgãos A.22 Estimular movimento crâneo-sacral A.23 Aplicar agulhas, moxabustão e ventosas A.24 Aplicar radiações frequenciais de luz A.25 Aplicar procedimentos em pré e pós cirúrgicos A.26 Aplicar técnicas de eletroterapia (pré e pós cirúrgica, tratamentos facial, corporal e capilar) A.27 Aplicar técnicas de revitalização, prevenção e manutenção facial, corporal e capilar A.28 Aplicar técnicas de maquiagem A.29 Aplicar técnicas de limpeza de pele A.30 Aplicar técnicas de micropigmentação A.31 Aplicar técnicas de depilação A.32 Aplicar técnicas de design de sobrancelha Quadro 1 - Atividades do grupo A - Aplicar procedimentos terapêuticos e/ou estéticos. Fonte: (FEBRAPE, 2015a). 28WWW.UNINGA.BR LE GI SL AÇ ÃO , B IO ÉT IC A E BI OS SE GU RA NÇ A EM E ST ÉT IC A | U NI DA DE 2 ENSINO A DISTÂNCIA B.1 Aplicar emolientes, medicamentos, cosméticos e cosmecêuticos B.2 Tratar afecções e infecções cutâneas e anexos B.3 Tratar lâminas ungueais (unhas) B.4 Tratar queratoses B.5 Efetuar curativos C.1 Realizar avaliação do cliente/paciente C.2 Avaliar sinais e sintomas C.3 Analisar exames C.4 Tomar medidas antropométricas e energéticas C.5 Identificar subluxações quiropráxicas C.6 Avaliar micro-sistemas do paciente/cliente C.7 Avaliar estado bioenergético, emocional e vibracional do paciente/cliente C.8 Analisar biomecânica C.9 Avaliar tecidos moles C.10 Avaliar sistema muscular (força, temperatura e tônus) C.11 Avaliar sistemas neuro-músculo- esquelético C.12 Avaliar sistemas cardiorrespiratório, circulatório, digestório, gênito-urinário C.13 Avaliar condições eletromagnéticas do paciente/cliente C.14 Recomendar exames complementares C.15 Encaminhar paciente a outros profissionais C.16 Identificar disfunções inestéticas facial, corporal e capilar B.6 Preparar moldes e modelos para órteses B.7 Confeccionar órteses corretivas e de proteção de unhas B.8 Colocar órteses de unhas (unicorteses) B.9 Colocar órteses de contenção articular B.10 Realizar massagem relaxante Quadro 2 - Atividades do grupo B - Realizar tratamento e correção podológicos e/ou estéticos. Fonte: (FEBRAPE, 2015a). Quadro 3 - Atividades do grupo C - Avaliar disfunções. Fonte: (FEBRAPE, 2015a). 29WWW.UNINGA.BR LE GI SL AÇ ÃO , B IO ÉT IC A E BI OS SE GU RA NÇ A EM E ST ÉT IC A | U NI DA DE 2 ENSINO A DISTÂNCIA D.1 Agendar consultas/atendimentos D.2 Cadastrar cliente/paciente D.3 Estabelecer contrato com cliente/paciente D.4 Controlar estoque D.5 Treinar pessoal E.1 Higienizar local de trabalho E.2 Usar EPI E.3 Esterilizar instrumental E.4 Trabalhar com postura ergonômica E.5 Armazenar produtos E.6 Descartar material e/ ou produtos com validade vencida Y.1 Ouvir paciente/cliente Y.2 Explicar técnicas e procedimentos Y.3 Informar paciente/cliente sobre sua condição Y.4 Orientar sobre postura estática e dinâmica Y.5 Orientar paciente/cliente sobre medidas preventivas Y.6 Recomendarexercícios Y.7 Recomendar palmilhas e calçados Y.8 Recomendar essências florais Y.9 Indicar fitoterápicos Y.10 Conduzir visualização criativa Y.11 Ministrar aulas, cursos e palestras Y.12 Registrar informações técnicas Y.13 Produzir relatórios Y.14 Frequentar feiras, congressos Y.15 Prescrever cosméticos, cosmecêuticos e óleos essenciais Y.16 Prestar consultoria E.7 Acondicionar materiais perfurocortantes para descarte E.8 Acondicionar lixo contaminado para incineração E.9 Efetuar assepsia do local E.10 Efetuar antissepsia no paciente/cliente E.11 Paramentar cliente/paciente D.6 Administrar finanças D.7 Providenciar manutenção da clínica/ espaço terapêutico/estético D.8 Divulgar serviços D.9 Arquivar cadastro de cliente/paciente D.10 Adquirir produtos/equipamentos Quadro 4 - Atividades do grupo D - Administrar clínica/espaço terapêutico/estético. Fonte: (FEBRAPE, 2015a). Quadro 5 - Atividades do grupo E - Trabalhar com segurança. Fonte: (FEBRAPE, 2015a). Quadro 6 - Atividades do grupo Y - Comunicar-se. Fonte: (FEBRAPE, 2015a). 30WWW.UNINGA.BR LE GI SL AÇ ÃO , B IO ÉT IC A E BI OS SE GU RA NÇ A EM E ST ÉT IC A | U NI DA DE 2 ENSINO A DISTÂNCIA Z.1 Demonstrar coordenação motora fina Z.2 Demonstrar percepção sensorial Z.3 Demonstrar percepção intuitiva Z.4 Trabalhar em equipe multi e interdisciplinar Z.5 Demonstrar capacidade de trabalhar sob pressão Z.6 Demonstrar autoconhecimento Z.7 Demonstrar empatia Z.8 Demonstrar capacidade de escuta Z.9 Demonstrar habilidade manual Z.10 Demonstrar visão holística Z.11 Demonstrar condicionamento físico Z.12 Demonstrar senso estético Z.13 Demonstrar capacidade de persuasão Z.14 Demonstrar liderança Z.15 Demonstrar criatividade Lavatório Magnetos Fibras, gesso, silicone e eva Micropore e esparadrapo Lupa Pinças, bandejas, tesouras Equipamento de proteção individual Microcâmera Aparelho de alta frequência Ativador (martelete) Agulhas de acupuntura, agulhas de insulina Compressas e bolsas térmicas Esferas Pedras e cristais Avental, lençol e papel descartável Podoscópio Suportes de posicionamento Carretilha Estufa e autoclave Medicamentos, cosmético fitoterápicos e cataplasmas Pedígrafo Aparelho de laser Maca Produtos químicos Posturômetro Algodão e álcool Moxas Quadro 7 - Atividades do grupo Z. Demonstrar competências pessoais. Fonte: (FEBRAPE, 2015a). 3.6. Recursos de Trabalho Segundo a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), os recursos de trabalho necessários para os profissionais Esteticistas desenvolverem suas atividades estão dispostos no Quadro 8. 31WWW.UNINGA.BR LE GI SL AÇ ÃO , B IO ÉT IC A E BI OS SE GU RA NÇ A EM E ST ÉT IC A | U NI DA DE 2 ENSINO A DISTÂNCIA Alicates e tesouras Negatoscópio Bisturi e lâminas Ataduras gessadas Gaze, algodão Luvas de procedimento/ dedeira Balança Brocas, fresas, lixas Bandagem Aparelhos eletroterápicos Palmilhas e calços Aparelhos elétricos para estimulação Ventosas Martelo de sete pontas Martelo de reflexos Quadro 8 - Itens de recurso de trabalho. Fonte: (FEBRAPE, 2015a). 4 - CATÁLOGO NACIONAL DE CURSOS SUPERIORES DE TECNOLOGIA Curso Superior de Tecnologia em Estética e Cosmética Carga horária Perfil profissional de conclusão 2000 horas Identifica, seleciona e executa procedimentos estéticos faciais, corporais e capilares, utilizando produtos cosméticos, técnicas e equipamentos específicos. Aplica técnicas de visagismo e maquiagem. Utiliza equipamentos específicos para cada procedimento estético. Elabora e aplica programa de avaliação do cliente submetido a procedimentos estéticos. Propõe e participa de estudos científicos para o desenvolvimento de novas tecnologias na área de tratamentos estéticos inovadores, bem como para a avaliação de novos produtos, procedimentos, protocolos e sua aplicabilidade. Planeja, organiza e gerencia empresas da área de estética e cosmética. Avalia e elabora parecer técnico em sua área de formação. 32WWW.UNINGA.BR LE GI SL AÇ ÃO , B IO ÉT IC A E BI OS SE GU RA NÇ A EM E ST ÉT IC A | U NI DA DE 2 ENSINO A DISTÂNCIA Infraestrutura mínima requerida Ocupações CBO associadas Campo de atuação Possibilidades de prosseguimento de estudos na pós-Graduação - Biblioteca incluindo acervo específico e atualizado - Laboratório de informática com programas e equipamentos compatíveis com as atividades educacionais - Clínica-escola - Laboratório de química - Laboratório de citologia e histologia - Laboratório de esterilização - Laboratório de estética capilar - Laboratório de estética corporal - Laboratório de estética facial e maquiagem 3221-30 - Esteticista: Tecnólogo em Estética e Cosmética. - Agências de modelos - Casas de repouso - Clínicas e Centros de estética - Empresas de produtos cosméticos - Estâncias hidrominerais - Salões de beleza - Institutos e Centros de Pesquisa - Instituições de Ensino, mediante formação requerida pela legislação vigente Pós-graduação Interdisciplinar na área de Saúde e Ciências Biológicas, entre outras. Tabela 1 – Curso superior em estética. Fonte: Ministério da Educação (2006a, s.p.). 5- CATÁLOGO NACIONAL DE CURSOS TÉCNICOS Curso Superior de Tecnologia em Estética e Cosmética Carga horária Perfil profissional de conclusão 1200 horas Avalia as condições da pele, seleciona e executa procedimentos estéticos faciais e corporais. Utiliza técnicas manuais, equipamentos, tecnologias e produtos cosméticos. Trata da promoção, proteção, manutenção e recuperação estética da pele. Avalia e seleciona as técnicas e os cosméticos mais apropriados de acordo com as características pessoais do cliente. Seleciona e adota procedimentos de higiene e profilaxia dos instrumentais. 33WWW.UNINGA.BR LE GI SL AÇ ÃO , B IO ÉT IC A E BI OS SE GU RA NÇ A EM E ST ÉT IC A | U NI DA DE 2 ENSINO A DISTÂNCIA Infraestrutura mínima requerida Possibilidades de certificação intermediária em cursos de qualificação profissional no itinerário formativo - Biblioteca e videoteca com acervo específico e atualizado - Laboratório de informática com programas específicos - Laboratório básico de anatomia humana - Laboratório de Estética - Esteticista Facial - Esteticista Corporal - Massagista - Depilador - Maquiador Campo de atuação Possibilidades de formação continuada em cursos de especialização técnica no itinerário formativo Campo de atuação - Clínicas de estética - Clínicas médicas - Hotéis - Academias - Navios - SPAs - Centros e Espaços de Beleza - Domicílio - Profissional autônomo - Especialização técnica em cosmetologia - Especialização técnica em massagem facial - Especialização técnica em massagem corporal - Especialização técnica em drenagem linfática - Especialização técnica em procedimentos estéticos diferenciados - Especialização técnica em técnicas de SPA - Especialização técnica em estética e visagismo Lei n0 12.592/2012. Ocupações CBO associadas 322130 - Esteticista. Tabela 2 – Técnico em estética. Fonte: Ministério da Educação (2006b, s.p.). 34WWW.UNINGA.BR LE GI SL AÇ ÃO , B IO ÉT IC A E BI OS SE GU RA NÇ A EM E ST ÉT IC A | U NI DA DE 2 ENSINO A DISTÂNCIA 6 - ÁREAS DE ATUAÇÃO Um estudo foi realizado sobre o segmento de serviços de estética no Brasil e mostrou que as diversas atividades estão relacionadas às seguintes denominações de áreas de atuação ou eixos (SEBRAE, 2017): - Serviços de Beleza - Serviços de Estética - Serviços de Bem-estar - Serviços de Saúde - Serviços de Imagem Pessoal, dentre outras (Ministério da Educação, 2006b, s.p.). As principais áreas de atuação da Estética são: capilar, facial e corporal. Cada área compreende técnicas e procedimentos específicos, apresentados na Tabela 1. CAPILAR Método avaliativo Tricograma Dermograma Cosmética capilar P.O.E. capilar Densidade da fibra Estética da argila Foto LED capilar Infra-red Vaporização ozônio Alta frequência Desincrustação IonizaçãoFACIAL Anamnese facial Limpeza de pele Ionização Desincrustação Cosmética facial Microcorrentes Eletro-foto LED Alta frequência Rádio frequência Eletroestimulação Acne simples Peeling físico e químico Manobras sedantes e estimulantes P.O.E. facial CORPORAL Testes corpóreo Esfoliação Ionização de grande superfície Ultrasom 3MHz Criolipólise Manobras sedantes e estimulantes Eletroestimulação Eletro-foto LED Cosmética corporal Drenagem linfática Endermo-Vácuo Termo-Estética P.O.E. corporal 35WWW.UNINGA.BR LE GI SL AÇ ÃO , B IO ÉT IC A E BI OS SE GU RA NÇ A EM E ST ÉT IC A | U NI DA DE 2 ENSINO A DISTÂNCIA Hidratação capilar Selagem capilar Nanotecnologia Drenagem linfática facial Revitalização facial Infra-red facial Banhos aromáticos Radiofrequência corpóreo Infra-red corpóreo O profissional Esteticista é capacitado para ser considerado um profissional da área da saúde, sendo exigido formação acadêmica, conhecimento teórico e prá- tico. Além disso, baseado em sua grade curricular, é importante ampliar e aper- feiçoar seus conhecimentos sempre que possível para exercer a profissão com dedicação, ética e responsabilidade. Tabela 3 - Atividades dos Esteticistas do Brasil. Fonte: NUNES (2017); FEBRAPE (2018a). Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o termo saúde é definido como “o estado de completo bem-estar físico, mental e social e não simplesmente a au- sência de doença ou enfermidade”. Considerando os tópicos abordados nas Uni- dades I e II, é notório o quanto a atuação do profissional Esteticista está relaciona- da à saúde e o quanto pode contribuir para cuidar e tratar do cliente. As atividades que podem ser desenvolvidas, de forma integrativa com equipe multidisciplinar, promove saúde e qualidade de vida. Para mais informações sobre direitos e deveres relacionados ao tópico Respon- sabilidade Civil, acesse o Código de Defesa do Consumidor na página do Instituto Brasileira de Defesa ao Consumidor. Disponível em: <https://idec.org.br/codigo-de-defesa-do-consumidor>. Uma explicação sobre a diferença entre Dano moral e estético pode ser vista no vídeo: Dano Moral e Dano Estético - Profª. Núbia de Paula. Disponível em: <ht- tps://www.youtube.com/watch?v=gVNQNU3m-MU>. Acesso em: 27 ago. 2018. É importante o profissional Esteticista conseguir distinguir estes danos, para que no exercício de suas atividades consiga evitá-los, e em casos necessários, saber seus deveres e direitos perante a Lei. 36WWW.UNINGA.BR LE GI SL AÇ ÃO , B IO ÉT IC A E BI OS SE GU RA NÇ A EM E ST ÉT IC A | U NI DA DE 2 ENSINO A DISTÂNCIA 7 - CONSIDERAÇÕES FINAIS Esta unidade retrata os aspectos legais relacionados à Estética, os quais garantem aos Esteticistas o exercício da profissão, e ressaltam a importância de uma conduta responsável. Para isso, o profissional deve cumprir com a legislação e regulamentação vigente, de forma que desempenhe suas atividades com dedicação, segurança e comprometimento com a saúde do cliente. 3737WWW.UNINGA.BR U N I D A D E 03 SUMÁRIO DA UNIDADE INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................... 39 1 - BIOÉTICA ............................................................................................................................................................. 40 2 - PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA ................................................................................................................................ 40 2.1. PRINCÍPIO DA AUTONOMIA ........................................................................................................................... 40 2.2. PRINCÍPIO DA BENEFICÊNCIA ...................................................................................................................... 40 2.3. PRINCÍPIO DA NÃO MALEFICÊNCIA ............................................................................................................. 40 2.4. PRINCÍPIO DA JUSTIÇA ................................................................................................................................... 41 3 - DECLARAÇÃO UNIVERSAL SOBRE BIOÉTICA E DIREITOS HUMANOS ........................................................ 41 3.1. DISPOSIÇÕES GERAIS ...................................................................................................................................... 41 3.1.1. ARTIGO 1O - ÂMBITO ....................................................................................................................................... 41 3.1.2. ARTIGO 2O - OBJETIVOS ................................................................................................................................. 41 3.2. PRINCÍPIOS ...................................................................................................................................................... 42 3.2.1. ARTIGO 3O - DIGNIDADE HUMANA E DIREITOS HUMANOS ..................................................................... 42 3.2.2. ARTIGO 4O - EFEITOS BENÉFICOS E EFEITOS NOCIVOS .......................................................................... 42 3.2.3. ARTIGO 5O - AUTONOMIA E RESPONSABILIDADE INDIVIDUAL .............................................................. 43 BIOÉTICA EM ESTÉTICA PROF.A MA. DANIELLY CHIERRITO ENSINO A DISTÂNCIA DISCIPLINA: LEGISLAÇÃO, BIOÉTICA E BIOSSEGURANÇA EM ESTÉTICA 38WWW.UNINGA.BR 3.2.4. ARTIGO 6O - CONSENTIMENTO ................................................................................................................... 43 3.2.5. ARTIGO 7O - PESSOAS INCAPAZES DE EXPRIMIR O SEU CONSENTIMENTO ........................................ 43 3.2.6. ARTIGO 8O - RESPEITO PELA VULNERABILIDADE HUMANA E INTEGRIDADE PESSOAL ..................... 44 3.2.7. ARTIGO 9O - VIDA PRIVADA E CONFIDENCIALIDADE ................................................................................ 44 3.2.8. ARTIGO 10O - IGUALDADE, JUSTIÇA E EQUIDADE ..................................................................................... 44 3.2.9. ARTIGO 11O - NÃO DISCRIMINAÇÃO E NÃO ESTIGMATIZAÇÃO ............................................................... 44 3.2.10. ARTIGO 12O - RESPEITO PELA DIVERSIDADE CULTURAL E DO PLURALISMO ..................................... 44 3.2.11. ARTIGO 13O - SOLIDARIEDADE E COOPERAÇÃO ....................................................................................... 44 3.2.12. ARTIGO 14O - RESPONSABILIDADE SOCIAL E SAÚDE ............................................................................. 45 3.2.13. ARTIGO 15O - PARTILHA DOS BENEFÍCIOS ............................................................................................... 45 3.2.14. ARTIGO 16O - PROTEÇÃO DAS GERAÇÕES FUTURAS .............................................................................. 45 3.2.15. ARTIGO 17O - PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE, DA BIOSFERA E DA BIODIVERSIDADE ..................... 46 3.3. APLICAÇÃO DOS PRINCÍPIOS ........................................................................................................................ 46 3.3.1. ARTIGO 18O - TOMADA DE DECISÕES E TRATAMENTO DAS QUESTÕES DE BIOÉTICA ......................... 46 3.3.2. ARTIGO 19O - COMITÊS DE ÉTICA ................................................................................................................ 46 3.3.3. ARTIGO 20O - AVALIAÇÃO E GESTÃO DOS RISCOS .................................................................................... 47 3.3.4. ARTIGO 21O - PRÁTICAS TRANSNACIONAIS ............................................................................................... 47 3.4. PROMOÇÃO DA DECLARAÇÃO ........................................................................................................................ 47 3.4.1. ARTIGO 22O - PAPEL DOS ESTADOS ............................................................................................................
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