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Microbiologia parte 1

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Microbiologia 
Geral 
 
 Primeiras células vivas no planeta 
 Existem a bilhões de anos 
 Antes do surgimento de plantas e 
animais 
 Diversidade genética e fisiológica 
 
 
 Paul Ehrlich (1854-1915) “Pai da 
quimioterapia” 
 Conceito de “bala mágica” combater e 
destruir o 
 Patógeno sem prejudicar o hospedeiro. 
 Salvarsan = derivado do arsênico 
 Salvação contra a sífilis 
 
 
 
 Prevenção 
 Tratamento 
 Diagnóstico 
 Controle 
 
 
 99% das bactérias são benéficas, a 
maioria dos micro-organismos contribui 
de modo essencial na manutenção do 
equilíbrio dos organismos vivos e dos 
elementos químicos no nosso ambiente. 
 
 
 Base da cadeia alimentar marinha; 
 Papel fundamental na fotossíntese; 
 Degradação de matéria orgânica e 
incorporação de nutrientes no solo; 
 Reciclagem de elementos vitais: 
conversão de C, N, O2, S e F; 
 Biorremediação: eliminação de poluentes 
e resíduos tóxicos; 
 Tratamento de efluentes (esgotos, 
dejetos); 
 Controle de pragas: “inseticidas 
biológicos”; 
 Melhoramento vegetal: inserção de 
genes microbianos; 
 Digestão e síntese de vitaminas no 
intestino de animais e seres humanos; 
 Microbiota da pele de animais e seres 
humanos; 
 Indústria de alimentos: chucrute, picles, 
azeitona, molho de soja, manteiga, 
 Vinagre, bebidas alcoólicas, queijos, 
iogurte, pão, dentre outros; 
 IMPORTÂNCIA DOS MICRO-
ORGANISMOS 
 Síntese de produtos químicos: 
vitaminas, ácidos orgânicos, álcoois, 
drogas, etc.; 
 Produção de compostos: antibióticos, 
enzimas, vacinas, hormônios, dentre 
outros. 
 
 
 Existem mais micro-organismos em 
nosso corpo do que células humanas 
(100 trilhões). 
 Existem mais micro-organismos em 
nosso corpo que toda população do 
planeta. 
 Micro-organismos inativados ou 
atenuados são usados para fazer vacinas. 
 Estima-se que os micro-organismos 
produziram aproximadamente a metade 
do oxigênio encontrado na atmosfera 
 Cada grama de fezes contém 10 bilhões 
de micro-organismos 
 
 
 
 Estudo da diversidade dos organismos e 
suas relações. 
FILOGENIA: Relações evolutivas entre os 
organismos. 
TAXONOMIA: (taxis = arranjo, ordem; 
nomos = lei). Caracteriza, nomeia e 
posiciona os organismos em grupos, de 
acordo com suas relações naturais. 
 
  Espécie 
 Gênero 
 Família 
 Ordem 
 Classe 
 Filo 
 Reino 
 
 
 Subespécies 
 Subgênero 
 Subfamília 
 Superfamília 
 Subordem 
 Superordem 
 Infraclasse 
 Subfilo 
 
 Espécie eucariótica: Grupo de organismos 
intimamente relacionados que se 
reproduzem entre si. 
 Gênero eucariótico: 
 Espécies que se diferem entre si em 
certas características, mas são 
relacionadas pela descendência. 
 
 
 Espécies procariótica: Micro-organismos 
se reproduzem assexuadamente. 
 População de células com características 
similares. 
 Distintas de espécies de outros gêneros 
 
 
 
1) Como determinar a que espécie, gênero 
e família pertence uma bactéria? 
É difícil definir o que constitui uma 
espécie bacteriana. Muitas vezes são 
muito semelhantes dificultando essa 
identificação. 
2) Qual o critério usado para definir espécie 
bacteriana? 
 
Existe limitações práticas para a 
identificação 
Bactérias não possuem características 
morfológicas distintas, como eucariotos. 
 
A definição de espécies procariotos é 
problemática, pois: 
 É difícil definir o que constitui uma 
espécie bacteriana; 
 Existem limitações práticas para a 
identificação. 
 
 Bactérias não possuem 
características morfológicas 
distintas, como eucariotos. 
 
 
 A reprodução é assexuada e 
existe promiscuidade genética 
entre cepas. 
 
 Acontece mutação ou 
recombinação genética nessa 
multiplicação de bactérias. 
 Não há nenhum consenso sobre 
definição de espécies bacterianas. 
 
 Duas cepas pertencem à mesma 
espécie quando apresentam 70% 
de hibridação DNA-DNA. 
 
 Corresponde a 95% de identidade 
nucleotídica média entre as cepas. 
 
 99% das espécies procarióticas 
presentes em ambientes naturais 
não são cultiváveis em laboratório. 
 
1. Como determinar a que espécie, gênero 
e família pertence uma bactéria? 
 
Taxonomia “polifásica” 
 
Método fenotípico: Características 
morfológicas, metabólicas, fisiológicas e 
químicas. 
Método genotípico: Aspectos 
comparativos no que se refere ao 
genoma (Proteínas< DNA, RNA). 
Método filogenético: Relações evolutivas 
utilizando dados de sequências 
moleculares. 
 
OBS: Bactérias Fastidiosa, bactérias de 
difícil cultivo. 
 
 
Amostras: matéria coletada 
 Coleta de fezes, sangue, urina... 
 
 
 CULTURA: micro-organismo que 
cresce e se multiplica em um 
recipiente contendo meio de 
cultura. 
 COLÔNIA: massa visível de 
células microbianas que formam 
partir de uma única célula / grupo 
de células do mesmo micro-
organismo. 
 CLONE / LINHAGEM: micro-
organismos da mesma origem 
clonal (geneticamente idênticos). 
 
 ESTIRPE / CEPA: isolado que já foi 
bem caracterizado e sobre o qual 
já se possui certo conhecimento. 
ISOLADO 
 
 Cultura pura: quando é só um 
micro-organismo 
 
 Cultura mista: quando há mais de 
um micro-organismo na mesma 
placa. 
 
 Colônias coalescentes, quando há 
uma quantidade muito grande e as 
bactérias se juntam, e é 
necessário fazer uma separação. 
 
 Cultura proveniente de uma coleção de 
culturas reconhecida nacional ou 
internacionalmente, acompanhadas de um 
certificado contendo a descrição de suas 
características fenotípicas e genotípicas e 
outras informações relevantes. 
 
 PATOTIPO: grupamento de micro-
organismos que tem um poder 
patogênico similar. 
 SOROTIPO / SOROVAR: cada um dos 
tipos antigênico que, apesar de diferentes, 
pertencem a mesma espécie. 
 BIOTIPO: subgrupo de um sorotipo/ 
sorovar baseado em propriedades 
bioquímicas ou fisiológicas. 
Diversidade taxonômica é igual a diversidade 
genética? 
Taxonômica: Família, espécie, classe e ordem. 
Genética: Cepas, sorotipos, variantes dentro das 
mesmas espécies. 
 
 
 Não são compostos por células 
 Não se reproduzem independentemente 
 Não se desenvolvem no meio de cultura 
 Patogenicidade: capacidade de causar 
doenças. 
 
1. Como determinar a que espécie, gênero 
e família pertence um vírus? 
 Tipo de ácidos nucleico DNA – 
RNA 
 Organização do genoma 
 Estratégia de replicação 
 Estrutura do vírion 
 
2. Qual o Critério usado para definir espécie 
viral? 
 Sequência do genoma: Ex.: 
(AAAGGTA) 
 Hospedeiros naturais 
 Tropismo de tecidos e células, 
pré-direção, para determinados 
órgãos. 
 Forma de transmissão, oral, nasal, 
ocular... 
 Propriedades físico-químicos, 
(alguns testes). 
 Propriedades antigênicas: tudo que 
é reconhecido pelos anticorpos, 
membrana, espiculas... 
 
Critérios práticos para classificação em espécies: 
 Epidemiológicos e/ou clínico-patológicos 
 Respiratórios (ex: rinovírus, calicivírus) 
 Entéricos (ex: coronavírus, rotavírus) 
 Arbovírus (ex: vírus da febre amarela, 
vírus da dengue) 
 Oncogênicos (ex: retrovírus, 
papilomavírus) 
 
Grupos de vírus muito semelhantes entre si, 
mas que apresentam algumas diferenças que 
justificam a sua classificação como vírus 
diferentes. 
 Distintos de espécies de outros 
gêneros. 
 “Espécie de vírus é uma classe 
polythetic de vírus que constitui uma 
linhagem replicativa e ocupa um nicho 
ecológico particular”. 
 Classe polythetic: amplo grupo de 
critérios, sendo que nenhum dos 
critérios isoladamente é necessário ou 
suficiente. 
 
“A classificação em subespécies, 
cepas, variantes e isolados não existe 
de forma oficial, embora sua 
importância seja reconhecida para o 
diagnóstico, para estudos biológicos e 
moleculares e também para a 
produção de vacinas. 
 
 ISOLADO: vírus que foi obtido por 
isolamento de uma determinada fonte 
de infecção. 
 CEPA: isolado que já foi bem 
caracterizado e sobre o qual já se 
possui certo conhecimento. 
OBS: Podem apresentar pequenas variações 
sem deixar de pertencer às mesmas categoriastaxonômicas. 
Exemplo: Vírus da doença de Newcastle (NDV) 
 
 
 Cepas lentogênicas ou vacinais: baixa 
virulência; 
 
 Cepas mesogênicas: virulência moderada, 
sinais respiratórios e nervosos; 
 
 Cepas velogênicas: alta virulência, 
devastadoras 
 
 
 
 Escrito em latim ou latinizado 
Exemplo: Homo sapiens 
Homem sábio 
Nome sublinhado ou itálico: 
 
 
 
 
 
 Sistema Binomial: 
 
 
 
 
 Em textos quando for a primeira vez 
mencionado é necessário escrever o 
nome completo depois podendo abrevia-
los. 
 
 
 
 
 
Abreviações dos vírus: 
 
 Bovino herpesvirus type 1  BOHV - 1 
 Aphtovirus  FMDV 
 Flavovirus  Flavovírus 
 
 
 
Introdução a 
bacteriologia 
 
 Tamanho 
 Forma 
 Estrutura 
 Arranjos 
 
 
 Diâmetro: 0,2 a 2,0 micrometros (µm); 
 Comprimento: 2,0 a 8,0 micrometros 
(µm). 
 
 Pleomórficas: Não possuem formas 
definidas, pode acontecer devido ao 
envelhecimento do meio de cultura. E 
algumas já são pleomórficas. 
 O que determina a forma de uma 
bactéria é a hereditariedade, isso já faz 
parte do genoma dela. 
 Diplococos 
 Estreptococos 
 Tétrade 
 Sarcinas 
 Estafilococos 
Estafilococos  Arranjo 
Staphylococos spp.  Gênero 
 
 Bacilo isolado 
 Diplobacilo 
 Estreptobacilos 
 Cocobacilos 
 Bacíl  Arranjo 
 Bacillus anthrois  Gênero 
 
 Vibrião 
 Espirilo 
 Espiroqueta 
Vibrião  Arranjo 
Vibrio Cholerae  Gênero 
 
 
 
 Capsula 
 Parede celular 
 Membrana plasmática 
 Capsula 
 Citoplasma 
 Ribossomos 
 Nucleoide contendo DNA 
 Plasmídeo 
 Flagelos 
 Fimbrios 
: 
 
 Divide o que está dentro da célula e 
fora; 
 Proteínas, lipídeos e carboidratos; 
 60% proteínas (periféricas e integrais) 
funciona como um poro para a célula, 
para a entrada e saída de moléculas na 
célula. 
 40% Fosfolipídios, parte interna apolar, 
repele água, e a parte externa é polar. 
 Glicoproteínas e glicolipideos. 
 Como se fosse um gel (como um 
mosaico). 
 Esteróis para deixá-la mais rígida. Ex.: 
Micoplasma. 
Função: 
 Permeabilidade seletiva: regular a 
passagem de água, moléculas e 
elementos; 
 Limitar o meio externo e o meio 
interno; 
 Manter a estabilidade do meio 
intracelular; 
 Produção de energia; 
 Biossíntese de componentes da parede 
celular; 
 Duplicação do DNA; 
 Secreção (enzimas, toxinas, 
bacteriocinas, β-lactamases). 
 
 
 Processo passivo: A favor do gradiente 
de [ ] sem gasto de energia (ATP) de 
concentração. 
 Difusão simples: através da 
bicamada lipídica. 
 Difusão facilitada: Facilitada através 
de um transportador não 
especifico. 
 Osmose: Através de uma 
bicamada lipídica (esquerda) e 
uma aquaporina (direita). 
 
 Processo ativo: Contra o gradiente com 
gasto de energia (ATP) concentração. 
 Uniport: Passagem de um cátion 
de dentro para fora; 
 Simport: 2 moléculas ao mesmo 
tempo para dentro da célula; 
 Antiport: Entra uma e saí outra. 
Ex: H+  H+ 
 Na+ Na+ 
 Translocação de grupo: 
Acontece uma alteração na célula 
e ela não consegue mais sair e 
permanece lá dentro. 
Glicose  Glicose 6 – P 
 
1. Porque um dano físico à membrana é 
potencialmente letal para a célula 
bacteriana? 
Quando lesiona ela perde a sua função 
como se fosse um pneu perde a sua 
função. 
 
 Ela não tem uma função definida, 
acredita-se que ele auxilia na divisão. 
 
 
 Reveste a membrana plasmática, 
podendo ser gram positiva ou gram 
negativa. 
 
Características: 
 Estrutura semirrígida 
 Manutenção da forma celular 
 Presente em quase todos os procariotos 
(exceto micoplasma). 
 Reveste a membrana citoplasmática das 
bactérias. 
 
Função: 
 Proteger contra ruptura; 
 Mantem a forma e confere a rigidez; 
 Ponto de ancoragem dos flagelos 
 Divisão celular; 
 Patogenicidade 
 Local de ação de alguns antimicrobianos; 
 Diferenciação bacteriana: coloração de 
gram (positiva ou negativa). 
 
 
 15 a 30 camadas de peptideoglicana 
 Ácido lipoteicoico: Álcool (glicerol ou 
ribitol) + fosfato. 
 Especificidade antigênica – 
reconhecidos pelos anticorpos 
 Crescimento celular 
 Como se fosse uma rede de pesca. 
1. Porque o peptideoglicano é tão 
resistente? 
Rede macromolecular, 90% da parede 
celular. Toda entrelaçada. 
É formado por carboidratos e proteínas. 
Lise osmótica – Quando ocorre o 
rompimento da parede celular, através 
de bactericidas. 
 
 
Características: 
 Ausência de tecidos. 
 Membrana plasmática + parede celular + 
membrana externa. 
 Parede celular formada por 
pepdeosglicanos em poucas quantidades 
(! e 2). 
 Entotoxina – Faz parte da parede, só é 
liberada quando se rompe. 
 Exotoxina: Liberada para o meio 
externo. 
 Proteína da membrana externa 6MP 
 Polissacarídeos O, Lipídeo A 
 Lipolissacarídeos (LPS). 
 
 
 
Qual é a mais suscetível a rompimento 
mecânico? 
Gram – negativa, porque o peptidoglicano é 
menos expeço. 
 
 
 
 Hidróxido de potássio 3% 
 Gram -: Forma um grude, como se 
fosse uma meléca. 
 Gram +: Não forma grude. 
 
 
 BAAR – Bactéria álcool ácido resistente. 
 Ácido micólico. 
 Corante (fucsina fenicada) 
 Aquecimento (fixação) 
 Descoloração (álcool, ácido) se for + não 
pode a cor 
 Corante (azul metileno) 
 Água destilada 
 
1. Por que a célula bacteriana precisa de 
parede celular? 
Para não explodir. 
 
Micoplasmas: não possuem parede celular. 
Membrana citoplasmática, resistente – esteróis. 
Resistente à antimicrobianos que agem na 
parede. 
 
Substância polimérica extracelular (SPE) 
 
Glicocálice: 
 Polímero viscoso e gelatinoso 
(polissacarídeos, polipeptídios ou ambos); 
 Aderido fracamente à parede celular: 
camada viscosa/mucosa/limosa; 
 Aderido fortemente à parede celular: 
cápsula 
Cápsula: 
 Fatores de virulência: ligação às células 
do hospedeiro e evasão do sistema 
imune (fagocitose, pH estomacal); 
 Formação de biofilme; 
 Resistência à dessecação; 
 Fonte de nutrientes. 
Exemplos: Bacillus anthracis, Streptococcus 
pneumoniae, Klebsiella pneumoniae 
 Proteção do sistema imune 
 Resistência à antimicrobianos 
 Resistência à desinfetantes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Bacilos e espirilos: comum 
 Cocos: raro 
 Longos e finos apêndices filamentosos 
(15 a 20 μm x 12 a 20 nm); 
 Movimento celular: rotação; 
 Velocidade muito elevada (100 μm/s); 
 Distância superior ao seu comprimento 
(3.000 x/min). 
 
 Atríqueas: não possuem flagelos 
 Peritriqueo: Possuem flagelos por toda a 
volta. 
 Monotriqueo e polar: 1 flagelo em 1 polo 
 Lofotriqueo: Vários flagelos em 1 polo 
 Anfitriqueo e polar: Ambos os polos 
Auxiliando no movimento dessas células 
bacterianas – fatores físicos e químicos. 
 
 
 
 
Vírus 
 
Virologia: Estudo dos vírus 
Vírus: Veneno ou fluido venenoso 
 
 
Adolf Mayer (químico): 1886 
 Doença do mosaico do tabaco (DMT) 
transmissível entre as plantas 
Dimitri Ivanovsky (botânico): 1892 
 Filtração da seiva de plantas doentes e 
inoculação em plantas sadias 
 Plantas sadias contraíram a doença: 
agentes filtráveis 
Martinus Beijerinck (naturalista e botânico): 1899 
 Princípio infeccioso vivo, mas fluido 
(contagium vivum fluidum) 
 Agente desconhecido: não cultivável em 
meios de cultura (≠ bactérias) 
 “Pai da virologia”: conceito de vírus 
 
Microscopia eletrônica: 1939 
 
Friedrich Loeffler e Paul Frosch: 1898 
 Primeiro agente filtrável dos animais: 
vírus da febre aftosa 
 
 
Teoria da Evolução Retrógrada 
 Descendentes de parasitas intracelulares 
que teriam perdido sua autonomia 
metabólica durante o processo de 
evolução. 
 Bagagem genética: manutenção da 
identidade e capacidade de replicação. 
Teoria da Origem Celular 
 Componentes celulares (plasmídeos ou 
RNA) que por recombinação teriam 
adquirido um invólucro proteico, 
tornando-se independentes 
 SERES NÃO VIVOS: não captam 
nutrientes e energia do ambiente, não 
tem metabolismo próprio, não se 
reproduzem e geram descendentes. 
 SERES VIVOS: se replicam eevoluem 
em resposta ao ambiente. 
 
 
“ENCONTRAM-SE NO LIMITE ENTRE 
SERES VIVOS E NÃO VIVOS” 
Fora da célula: não se reproduzem de 
forma autônoma. 
Dentro da célula: adquirem capacidade 
de replicação. 
 
 
 Composição molecular do genoma: DNA 
ou RNA 
 Similaridade de sequências: homologia 
 Expressão gênica: produção de 
proteínas virais 
 Estrutura do capsídeo 
 Presença ou ausência de envelope 
 Gama de hospedeiros 
 Patogenicidade 
 
 A classificação em subespécies, cepas, 
variantes e isolados não existe de forma 
oficial, embora sua importância seja 
reconhecida para diagnóstico, estudos 
biológicos e moleculares, e para a 
produção de vacinas. ” 
 
1. Oque é um vírus? 
 Parasita intracelular obrigatório. 
 Agente infiltráveis. 
 Micro-organismos acelulares 
 São visualizados em microscópio 
eletrônico. 
 Estão entre os menores agentes 
infecciosos que existem 
 Vírus: 12 a 400 nm 
 Vírus gigantes: mimivírus e 
pandoravírus (400 a 750 nm) 
 Bactérias intracelulares: 
rickettsias (300 a 600 nm) 
clamídias (200 nm) 
 
 
 
 
 
 
Esprecto do hospedeiro: 
Variedade da célula hospedeira que o vírus 
pode infectar. 
 
Tropismo: 
 Predileção por células, tecidos ou órgãos. 
 Interação especifica entre receptores 
presentes na superfície da partícula viral 
e da célula hospedeira. 
 Usam a maquinaria metabólica da célula 
hospedeira. 
 Induzem a síntese de estruturas 
especializadas na transferência do 
genoma para o seu metabolismo. 
 Pouca ou nenhuma enzima própria para 
o seu metabolismo. 
 Não se replicam sozinhos 
 Não possuem trRNA e rRNA; 
 
 
 Contém um único tipo de ácido nucleio: 
DNA ou RNA 
 Vírus com DNA fita simples ou dupla: 
linear ou circular 
 Vírus com RNA fita simples (polaridade + 
ou -) ou dupla: linear ou segmentado 
 Contém as informações genéticas para 
sua propagação 
 
 
 Função: rigidez, proteção e forma 
 Composição: subunidades proteicas 
CAPSÔMEROS 
 Organização dos capsômeros: 
característica para cada tipo de vírus 
 ICOSAÉDRICO 
 HELICOIDAL 
 COMPLEXO 
 
 
 
 Presente em alguns vírus: DNA 
ou RNA / icosaédrico ou helicoidal 
 Constituição: lipídeos, proteínas e 
carboidratos 
 Dupla camada lipídica: membranas 
celulares (fosfolipídios + 
colesterol) 
 Proteínas: proteína matriz + 
proteínas de superfície 
(glicoproteínas). 
 Projeções de glicoproteínas na 
superfície do envelope: 
ESPÍCULAS 
 Conjunto de glicoproteínas: 
peplômeros 
 Interações entre o vírion e a 
célula hospedeira 
 Ligação, penetração, fusão e 
disseminação 
 “Ancoragem” da célula hospedeira 
Liberação do vírion da célula 
Importantes antígenos virais 
 Ex.: Influenzavirus: alterações 
constantes nas espículas por 
mutações, dificultando a 
imunização permanente 
 
 
 Proteínas estruturais: estrutura física 
(capsídeo e envelope) 
 Proteínas não-estruturais (enzimas): 
processo de infecção e replicação 
 Transcrição do genoma 
 Processamento de proteínas 
 Regulação da expressão gênica celular e 
viral 
 Regulação do ciclo replicativo do vírus 
 Neutralização de mecanismos de defesa 
do hospedeiro 
 Transformação celular. 
 
Algumas enzimas importantes: 
 Lisozima: digestão de carboidratos de 
alto peso molecular, presentes 
em alguns bacteriófagos; 
 Polimerases de ácidos nucleicos: 
replicação do genoma viral e transcrição 
de RNA viral; 
 Neuraminidases: liberação das partículas 
virais da célula hospedeira. 
 Enzima transcriptase reversa: transcrição 
de uma cadeia de DNA a partir de um 
molde de RNA. 
 
 
 
 Podem ser classificados em tipos 
morfológicos diferentes, com base na 
arquitetura do capsídeo. 
 Vírus icosaédrico, helicoidal ou complexo. 
 
 
 O capsídeo tem forma de um 
icosaedro (20 faces triangulares e 12 
vértices) 
 Os capsômeros de cada face formam 
um triângulo equilátero 
 
 
 Rompimento do envelope 
 aparência típica de “ovo frito” 
 
 Lembram bastões longos, que podem 
ser rígidos ou flexíveis 
 O genoma viral está no interior do 
capsídeo cilíndrico e oco 
 
 
 
 Ex.: Influenza 
 
 
 Possuem estruturas adicionais e 
complexas 
 
 
Adsorção: Interação espeficica entre proteínas 
presentes na superficie viral e receptores da 
célula hospedeira. 
Penetração: entrada da partícula viral na célula 
hospedeira; 
Desnundamento: liberação do ácido nucleico 
viral por meio da desnaturação de proteínas do 
capsídeo; 
Biossíntese: material genético viral reprograma 
a célula hospedeira para fabricar componentes 
virais (transcrição, tradução e replicação); 
Montagem/ maturação: as novas partículas 
virais são montadas após replicação do ácido 
nucleico e síntese de proteínas virais; 
Liberação: as novas partículas virais são 
liberadas para infectar novas células e produzir 
mais partículas virais. 
 
1. Adsorção 
2. Penetração 
3. Desnudamento 
4. Biossíntese: transcrição/tradução 
5. Biossíntese: replicação 
6. Montagem/maturação 
7. Liberação 
 
 
Adsorção: 
Ligações nas células. 
 
Penetração: 
Fusão da membrana: vírus envelopado 
(proteína de fusão). 
Endocitose: Vírus envelopados e não 
envelopados. 
Pinicitose: Não envelopados e bacteriófogos. 
Translocação: não envelopados e bacteriófogos. 
 
Não envelopados: 
 
 
Envelopados: 
 
 
 Separação do ácido nucleico viral de seu 
envoltório proteico. 
 TRANSCRIÇÃO: produção de mRNA 
 TRADUÇÃO: leitura da informação 
genética contida no mRNA 
 Proteínas reguladoras da 
expressão gênica 
 Proteínas estruturais 
 Proteínas funcionais (enzimas) 
 REPLICAÇÃO: produção de novos 
ácidos nucleicos 
 Vírus de DNA: no núcleo 
 Vírus de RNA: no citoplasma 
 
 
 
Classificação de vírus baseada na relação entre 
o genoma viral e seu RNAm. 
 
 
 Local: 
 Citoplasma 
 Retículo endoplasmático 
 Aparelho de Golgi 
 Próximo a membrana dentro do núcleo 
 
 
 
Lise: o vírus rompe a membrana celular. 
Passagem para células vizinhas: atravessam 
a membrana de uma célula para a outra 
(tecidos epiteliais). 
Formação de sincício: fusão da membrana 
plasmática de várias células formando uma 
célula gigante multinucleada (proteína de 
fusão viral). 
Brotamento: o vírus brota da célula 
carregando a membrana. 
 
Local: 
 Membrana plasmática 
 Membrana nuclear 
 RER 
 Aparelho de Golgi 
 
 
 Utilizados como vetores de clonagem 
para inserir sequências de DNA. 
 Alternativa aos antibióticos para tratar 
infecções 
 Controle de infecções bacterianas em 
animais de produção. 
 
 
Matar bactérias é o que os fagos fazem de 
melhor 
 
 
Importância: 
 
Bacteriófagos 
 Utilizados como vetores de clonagem 
para inserir sequências de DNA 
 Alternativa aos antibióticos para tratar 
infecções 
 Controle de infecções bacterianas em 
animais de produção 
 Matar bactérias é o que os fagos fazem 
de melhor 
 Terapia gênica: tecnologia do DNA 
recombinante, vírus como vetores de 
informações genéticas. 
 Terapia oncológica: capacidade que 
alguns vírus têm de destruir 
preferencialmente células cancerosas e 
de poupar células normais. 
 Produção de vacinas 
 
 
 Cultivo de vírus animais em laboratório 
(in vivo /in vitro) 
 Em animais vivos 
 Em ovos embrionados 
 Em culturas de células 
 Cultivo de bacteriófagos em laboratório 
 Em meio líquido e sólido 
 Método da contagem da placa de 
lise: detecção e quantificação 
 
 
: 
 Isolamento e identificação de 
vírus 
 Inoculação em camundongos, 
coelhos e cobaias; 
 Observação de sinais clínicos; 
 Sacrifício; 
 Coleta e análise de tecidos; 
 Identificação de partículas virais. 
 Isolamento e identificação viral 
 Perfuração com injeção de suspensão 
viral ou tecido suspeito; 
 Morte do embrião, danos às células 
embrionárias ou formação de lesões 
típicas nas membranas. 
 Produção de vacinas 
 Ovo embrionado de galinha SPF 
 Livre de patógenos específicos 
 
 Destruição da monocamada celular 
(efeito citopático – ECP) 
 Linhagem celular. 
 
 
 Fezes 
 Fluidos (sangue,leite, sêmen, fluidos 
fetais, fluidos de lavados, fluidos 
vesiculares, descargas uterinas) 
 Swabs (cavidade bucal, cavidade nasal, 
olho, pele, vagina, pênis, cotilédones) 
 Tecidos (fígado, pulmão, rim, baço, 
linfonodos, coração, cérebro, músculo, 
intestino, pele) 
 
 Avaliação de lesões macroscopicamente 
e por histopatologia 
 Detecção de vírions ou ácido nucleico 
viral 
 Sorologia 
 
 Partículas proteicas infecciosas: NÃO 
SÃO VÍRUS 
 Glicoproteína PrPc convertida em PrPSc 
 Não contem ácido nucleico (sem 
material genético) 
 Causam doenças neurodegenerativas, 
fatais, de progressão lenta 
 Carneiros: scrapie (doença da coceira) 
 Bovinos: encefalopatia espongiforme 
bovina (EEB ou BSE) 
 Humanos: doença de Creutzfeld-Jacob 
(CJD) e kuru

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