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Aula 04 - Epitélio escamoso pluriestratificado não queratinizado normal

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Aula 04 - Epitélio escamoso pluriestratificado não queratinizado normal 
♦ Epitélio da mucosa que reveste a vagina e a ectocérvice (porção ectocervical do colo) se organiza em 
epitélio de revestimento ou pavimentoso (função de proteção), pluriestratificado (várias camadas de células), 
escamoso (descamação de células achatadas na superfície), não queratinizado (normalmente não forma capa 
queratinizada na superfície). 
♦ Epitélio hormônio dependente, ou seja, sofre alterações paralelamente ao ciclo menstrual da mulher. Esse 
efeito hormonal faz com que o aspecto do epitélio se altere ao longo do ciclo. São dois os hormônios que 
influenciam: 
 • Estrogênio: responsável por aumentar a espessura do epitélio por promover a diferenciação celular 
a partir das células basais, ou seja, favorece a maturação dessas células e, consequentemente, aumenta a 
quantidade de células mais maduras. 
 - Crianças e idosas são desprotegidas, pois só possuem as células da camada mais profunda, 
isso ocorre devido aos baixos níveis do hormônio estrogênio nessas fases. 
 • Progesterona: promove a maturação deste epitélio a partir da segunda metade do ciclo. 
♦ O epitélio escamoso possui uma membrana basal que o separa do tecido conjuntivo. Em um 
processo maligno ocorre a destruição dessa membrana basal e invasão do tecido conjuntivo. Já nos 
processos inflamatórios não ocorre à invasão do tecido conjuntivo. 
 
 ♦ Existem 4 tipos de células características desse epitélio: Células escamosas basais, células escamosas 
parabasais, células escamosas intermediárias e células escamosas superficiais. 
 • Células escamosas basais: Células 
arredondadas (ou ovaladas), pequenas (menores que 
as parabasais), maior relação núcleo citoplasma, 
com núcleo vesicular (núcleo maior) e citoplasma na 
maioria das vezes baso lico (cianofílico ácido; de 
cor verde/azul escuro). São as células mais imaturas. 
Raramente observadas em esfregaços 
cervicovaginais. 
 • Células escamosas parabasais: Células 
arredondadas (ou ovaladas), maiores que as células 
basais. Relação núcleo citoplasma relativamente 
alta, porém é menor quando comparada com a 
relação núcleo/citoplasma das basais (principal 
diferença entre elas). Núcleo vesicular. Citoplasma 
na maioria das vezes baso lico (cianofílico ácido; 
de cor verde/azul escuro). Podem apresentar vacúolos. Tendem a ocorrer predominantemente em quadros de 
atrofia epitelial (pós-menopausa, pós-parto e pré-menarca), ou seja, característico de esfregaço de crianças e 
idosas. 
 • Células escamosas intermediarias: São células poligonais, com tamanhos variados), citoplasma 
amplo, que se cora na maioria das vezes basofilicamente (cianofílico ácido; de cor verde/azul escuro). 
Núcleo vesicular. São células mais maduras que as anteriores. Estão presentes em grandes quantidades na 2º 
fase do ciclo (pós-ovulatória) e na gravidez. O hormônio mais influente sobre essas células é a progesterona. 
Podem apresentar citoplasma eosinofílico (alteração degenerativa). Há um tipo especial de células 
intermediárias, que se apresenta com bordas dobradas, depósitos de glicogênio (fica alaranjado) e núcleo 
excêntrico, denominada célula navicular (formato de navio), particularmente evidente na gravidez. 
 • Células escamosas superficiais: São células com citoplasma amplo, poligonais e planas, 
relativamente transparentes e acid ilas (eosino licas básicas, de cor rosa). Núcleo picnótico e de cromatina 
densa/condensada (picnose nuclear). Aparecem como células isoladas e planas. Células encontradas na 1º 
fase do ciclo, tendo a maior concentração no período ovulatório. O hormônio presente é o estrógeno. Podem 
apresentar citoplasma basofílico (alteração degenerativa). 
 
♦ Padrões de esfregaço quanto ao trofismo: 
 • Es regaço eutr ico (ou tr ico): caracter stico de mulher adulta ciclando normalmente. Epitélio 
escamoso bem trabalhado pelo efeito hormonal, sendo vista poucas células profundas, predominando as 
intermediarias e as superficiais. Esfregaço normal. 
 • Esfregaço atrófico: Predomínio de células da camada mais profundas (basal e parabasal). Isso 
ocorre devido a baixa quantidade de estrógeno. Característico na infância (menina pré-menarca) ou pós-
menopausa, mulher castrada cirurgicamente. 
 • Esfregaço hipotrófico: presença de células parabasais, intermediárias e poucas superficiais 
(estrógeno). Característico do início da puberdade e perimenopausa. 
 
♦ Elementos não epiteliais de um esfregaço cérvico-vaginal 
 - Espermatozoides 
 - Hemácias: Células anucleadas. Geralmente observadas no período menstrual ou devido a trauma 
durante a coleta. 
 - Leucócitos: Células pequenas, com núcleo segmentado com lobulações. São encontrados e 
processos inflamatórios, embora possam ser observados em condições fisiológicas. 
 - Histiócitos: São células com citoplasma vacuolado, algo espumoso, contendo núcleo de cromatina 
fina, frequentemente excêntrico e ocasionalmente reniforme. Aparecem em esfregaços vaginais, em 
condições fisiológicas, principalmente na 1ª fase do ciclo menstrual. São células de limpeza que fazem 
fagocitose. 
 - Escamas córneas: Células escamosas mortas, anucleadas e eosinofílicas. São variantes de células 
superficiais anucleadas (células maduras que perderam o núcleo). São células queratinizadas (bem 
alaranjada geralmente). 
 - Núcleos desnudos: Núcleos isolados, sem citoplasma, devido a destruição celular exógena (citólise) 
ou endógena (autólise). 
 - Muco cervical 
 
♦ Microbiota 
 • A microbiota normalmente observada na vagina é constituída principalmente de Lactobacillus ou 
bacilos de Döderlein. 
 
♦ Depósitos citoplasmáticos 
 • Grânulos querato-hialinos: grânulos eosinofílicos (alaranjados/rosados) comumente observados em 
células escamosas superficiais. 
 • Grânulos núcleo-protéicos: grânulos escuros no citoplasma, composto por restos de material 
núcleo-protéico. 
 
♦ Processo de citólise 
 
 • Pode ser causada pela ação da progesterona ou de lactobacilos. 
 
 • Os lactobacilos irão consumir o glicogênio presente nas células intermediárias (destruição do 
citoplasma, presença de núcleos desnudos), convertendo o glicogênio em glicose e ácido láctico, 
ocasionando a acidificação da vagina. 
 
♦ A melhor fase para a coleta é aproximadamente 6 dias após o período menstrual.

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