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Alterações de atenção mais observadas na neuropsicologia

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Alterações de atenção mais observadas na neuropsicologia. Pode escolher grupo etário para sinalizar principais alterações da atenção nas pessoas desse grupo etário.
Dentre as mais observadas das alterações atencionais está a mais famosa e mais comum, a Hipoprosexia, identificada pela diminuição global da atenção. Nesse estado acontece a perda básica da concentração seguido de uma acentuada fatigabilidade, inferindo diretamente na percepção e compreensão dos estímulos do meio sobre o indivíduo. Também é notável a dificuldade com a memória e nas demais funções psíquicas, como o raciocínio. Tal quadro é muito presente em processos reversíveis como na fadiga, astenia e também na depressão, pode ser encontrada em casos de embriaguez alcoólica, estados infecciosos, e esquizofrenias.
Já mais especificamente a Aprosexia se caracteriza pela ausência total da atenção, independente da intensidade e da quantidade de estímulos externos sobre o indivíduo. Geralmente esta é encontrada em casos complexos de oligofrenias, demências e distúrbios de consciência graves.
Ao contrário das outras duas alterações de atenção está a Hiperprosexia, classificada como o exagero da atenção, especialmente sobre determinados objetivos ou objetos e de maneira incansável. Podendo ser curiosamente observada em estudantes ou pesquisadores e também em muitos frenéticos por “games”, evidenciada por pequenos esquecimentos como “sair de chinelos para ir ao trabalho”.
Falando um pouco mais sobre as alterações da atenção, entramos em Distração, que por vezes é muito remetida a déficits, porém é um estado momentâneo bem comum, onde o foco da atenção está voltado para determinado objetivo, o que inibe resposta a outros estímulos que exijam atenção. Como por exemplo, quando nos concentramos ao assistir um filme e uma pessoa fala algo conosco, dificilmente prestamos a atenção. Diferente da distração, tem-se a Distraibilidade, considerada como patologia, que se caracteriza pela incapacidade de focar a atenção em um estímulo, alternando assim de estímulo a estímulo sem se aprofundar em nenhum.
Outra alteração da atenção é a Heminegligência, esta limita o processamento de estímulos captados por um dos lados do cérebro, devido a uma lesão cerebral unilateral (traumatismos, AVC), fazendo com que o lado oposto ao da lesão seja negligenciado. Tal alteração ocorre com mais frequência com lesões ocorridas no lado direito, negligenciando assim os estímulos ao lado esquerdo. 
Hipoprosexia é a diminuição global da potencialidade da atenção, com rápida e exagerada fatigabilidade, levando a uma compreensão dificultada. A falta total de atenção é chamada de aprosexia. Esta abolição total é encontrada nos casos de oligofrenias profundas, nos estados demenciais avançados e nos distúrbios graves da consciência. É necessário, no entanto, não confundi-la com certas formas de desinteresse, alheamento e indiferença. A distração não é indício de falta de atenção: o que ocorre é uma superconcentração ativa da atenção sobre determinados conteúdos ou objetos, com inibição concomitante de outros fatos. A distraibilidade, ao contrário, exprime instabilidade e mobilidade da atenção voluntária, com dificuldade ou incapacidade para se fixar ou se ater a qualquer coisa que implique esforço produtivo.
Milhões de itens [...] que são apresentados aos meus sentidos nunca ingressam propriamente em minha experiência. Por quê? Porque esses itens não são de interesse para minha pessoa. Minha experiência é aquilo que eu consinto em captar... Todos sabem o que é a atenção. É o tomar posse pela mente, de modo claro e vívido, de um entre uma diversidade enorme de objetos ou correntes de pensamentos simultaneamente dados. Focalização, concentração da consciência são a sua essência. Ela implica abdicar de algumas coisas para lidar eficazmente com outras. A atenção se refere, portanto, ao conjunto de processos psicológicos que torna o ser humano capaz de selecionar, filtrar e organizar as informações em unidades controláveis e significativas. Os termos “consciência” e “atenção” estão estreitamente relacionados. A determinação do nível de consciência é essencial para a avaliação da atenção (Cohen; Salloway; Zawacki, 2006). Assim, a atenção é um construto psicológico complexo que se refere a uma variedade de componentes, sendo eles, principalmente: 1) início da atividade consciente e focalização; 2) atenção sustentada e nível de alerta (vigilance); 3) atenção seletiva ou inibição de resposta a estímulos irrelevantes; e 4) capacidade de mudar o foco de atenção (set-shifting), ou atenção alternada.
Os motivos podem ser: falta de interesse (deprimidos e esquizofrênicos); déficit intelectual (oligofrenia e demência) ou alterações da consciência (delirium).

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