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IDADE-MEDIA

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http://historiaonline.com.br 
FRANCOS – AULA 11 
 
 Prof. Rodolfo 
 
Reino Franco: Séc. V-IX): 
Origem: conquistas germânicas na queda do Império Romano do Ocidente. 
• Consequências: fusão de elementos culturais romanos e germânicos. 
Heranças culturais germânicas: 
• Fragmentação política: ausência da noção de Estado (particularismo 
tribal). 
• Agricultura de subsistência / comércio reduzido. 
• Relação de Comitatus: origem da suserania e vassalagem. 
- Suserania e vassalagem: relação assimétrica (vertical) e militar (entre 
nobres). 
 
Dinastia Merovíngia (496-751): 
Origem: Conquista da Gália feita por Meroveu em 479. 
496: Clóvis, neto de Meroveu, se converte ao catolicismo. 
• Aliança: Reino dos Francos + Igreja Católica Apostólica Romana. 
- Objetivo do rei franco: legitimar, via religião, seu poder na região da 
Gália. 
- Objetivo da ICAR: obter proteção militar, influência política e terras. 
 
Características da Dinastia Merovíngia: 
Política: fragmentada (relação de suserania e vassalagem e divisão do reino 
entre os quatro herdeiros de Clóvis após a sua morte). 
- Major Domus: nobres com grande poder, administravam o palácio real. 
- Reis merovíngios: reis indolentes (não exerciam o poder de fato). 
Organização política do reino: condados. 
Séc. VII: fortalecimento dos Major Domus da casa de Heristal. 
- 679: reformas de Pepino de Heristal. 
- Major Domus: passou a ser um cargo vitalício e hereditário. 
- 732: Carlos Martel (Major Domus) vence os árabes em Poitiers. 
- 751: Pepino, o Breve, depõe o último rei merovíngio, Childerico III. 
- Fim da Dinastia Merovíngia e início da Dinastia Carolíngia. 
 
Dinastia Carolíngia (751-841): 
Política: aumento da legitimidade do poder real. 
- Nobreza: apoia a dinastia em troca de expansões territoriais. 
- ICAR: apoia a dinastia em troca terras e do benefício em suas terras. 
756: Pepino, o Breve conquista a Itália e concede o território à ICAR. 
768-814: Governo de Carlos Magno 
- Expansão territorial: aumento dos condados e criação dos ducados e 
marcas. 
- Capitulares: leis de Carlos Magno, fiscalizadas pelos missi dominici. 
- Renascimento Carolíngio: retomada da cultura greco-romana pelo Reino 
Franco a partir de ações da ICAR. 
- 800: início do Novo Império Romano do Ocidente: Carlos Magno é 
coroado imperador pelo papa Leão III (investidura papal). 
 
Declínio do Império Carolíngio (Séc. IX-X): 
814-841: governo de Luís, o piedoso. 
- ICAR: exerceu forte influência sobre o monarca. 
- Conflitos internos: disputa entre Luís e seus filhos pelo controle de 
territórios. 
- Conflitos externos: invasões (vikings/magiares/sarracenos). 
841-843: Disputas internas entre os herdeiros de Luís, o piedoso 
- Carlos, o calvo X Lotário X Luís, o germânico. 
- 870: morte de Lotário. 
- 877: com o apoio da ICAR, os feudos passam a ser direito hereditários, 
esvaziando o poder real sobre a nobreza. 
- ICAR: não sofreu divisão de terras, tornando-se uma das maiores 
proprietárias. 
 
O Sacro Império Romano Germânico: 
Características: 
- França Oriental: forte domínio da ICAR. 
- ICAR: tendia a tornar seu poder superior ao do Imperador. 
- Conflito interno: Imperador X Papa. 
Querela das Investiduras (séc. XI-XII): 
- Henrique IV X Papa Gregório VII. 
- Disputa pelo direito de nomear bispos (investiduras). 
- 1122: Concordata de Worms: assinada entre Henrique V e o papa Calisto 
II. 
- Reconhecimento do direito do Imperador de participar em seu território 
das investiduras de bispos devido ao caráter secular e espiritual da função 
episcopal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ALTA IDADE MÉDIA – AULA 12 
 
 Prof. Rodolfo 
 
A política na Alta Idade Média (séc. V-X): 
Características: 
- Fragmentada e descentralizada. 
- Causa: relação de suserania e vassalagem. 
“O vassalo do meu vassalo não é meu vassalo” 
- Ausência do monopólio do uso da força. 
 
A economia na Alta Idade Média (séc. V-X): 
Principal atividades: agricultura de subsistência. 
- Comércio: atividade secundária. 
- Uso de moedas: restrito (ausência de um poder político garantidor do 
valor). 
- Feudo: unidade produtiva de grande porte, voltada para a autossuficiência. 
 Trabalho: relação de servidão. 
 
 
 
A sociedade na Alta Idade Média (séc. V-X): 
Estamental: mobilidade restrita. 
- Critério de divisão: direito de nascimento. 
- Divisões: restrito 
• Clero: função intelectual (oratori). 
• Nobreza: função militar (belatori). 
• Servos: função produtiva (laboratori). 
• Vilões e ministeriais: homens livres. 
 
A ICAR na Alta Idade Média (séc. V-X): 
Poder econômico: grande proprietária de terras. 
Poder militar: terras = vassalos = exércitos. 
Poder político: religião exclusiva = tendência à universalização do poder. 
- Poder secular: econômico e militar (temporal). 
- Poder atemporal: espiritual. 
- Vácuo de poder: a ICAR ocupa o lugar de poder deixado vago pela queda do 
Império Romano do Ocidente. 
- Paz de Deus: intervenção da ICAR em disputas políticas. 
Poder intelectual: controle sobre a educação e legitimação social pela fé. 
• Teocentrismo + Dogmatismo + Fé. 
• Latim: língua universal. 
 
O clero na Alta Idade Média (séc. V-X): 
Tipos de clero: principais divisões do clero na Idade média. 
- Clero secular: atividades voltadas ao público em geral. 
- Clero regular: isolado do mundo externo em atividades monásticas. 
- Alto Clero: alta hierarquia administrativa da ICAR. 
- Baixo Clero: hierarquias inferiores da ICAR. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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BAIXA IDADE MÉDIA – AULA 13 
 
 Prof. Rodolfo 
 
A Baixa Idade Média (séc. XI-XV): 
Definição: período de transformações estruturais no Feudalismo Europeu. 
Causas: 
• Esgotamento econômico (fomes); 
• Cruzadas; 
• Retomada do comércio e da vida urbana; 
• Fortalecimento da camada social burguesa; 
Guerras e revoltas populares. 
 
“... Desde o século X (...) ocorre a verdadeira decolagem de uma nova Europa. É 
necessário compreender que quando Petrarca e os pensadores do 
Renascimento forjaram o nome “Idade Média”, só viam aí o tempo de uma 
passagem entre uma Antiguidade verdadeiramente viva e uma modernidade 
que começava a se impor – o termo “média” denegava, de certa forma, 
qualquer especificidade dinâmica a este período. Acredito, ao contrário, que a 
Idade Média foi um longo período criativo e dinâmico. Aliás, ainda sob os olhos 
criações artísticas que são os produtos e as testemunhas dele: música vocal e 
instrumental, pintura, arquitetura religiosa. O ‘tempo das catedrais’, como 
chamou Georges Duby, é admirado; a despeito disso, o encantamento não 
trouxe a mudança da imagem de Idade Média que ele deveria ter suscitado.” 
Jacques LE Goff, Homens e Mulheres da Idade Média, p. 13. 
 
 
A Fome Feudal (séc. XI – XIII): 
Causas: 
• Fim das invasões, das guerras carolíngias e das pestes = crescimento 
demográfico. 
• Agricultura: técnicas rudimentares, baixa produtividade. 
Consequências: 
• Imediatas: expulsão de parte dos servos dos feudos = homens livres. 
 Aumento de impostos nos feudos = revoltas camponesas / fugas de servos. 
 Migração populacional para cidades e vilas = expansão da burguesia. 
• Mediatas: desenvolvimento de novas técnicas (arado, moinhos hidráulicos). 
 Necessidade de novas terras: expansão para o Leste (SIRG / Rússia). 
 Movimento Cruzadista. 
 Crescimento das cidades (“renascimento urbano”). 
 
Cruzadas (séc. 1096-1270): 
Origem: Concílio de Clermont-Ferrand (1095 / Papa Urbano II). 
Objetivos: 
• Religiosos: expansão da fé católica / conquista de Jerusalém. 
 Reunificação do catolicismo após o Cisma do Oriente (1054). 
 Indulgência Plena: estímulo para a participação de servos e homens 
livres. 
• Territoriais: conquista de novas terras (demanda da “pequena nobreza”. 
 Pressão populacional. 
• Comerciais: 
 Burguesia italiana: comércio pelo Mediterrâneo = 4ª Cruzada (1202-04).Cruzada “comercial”: financiada por Veneza. 
 1204-1261: formação do Império Latino do Oriente. 
 Rotas marítimas + rotas terrestres = expansão do comércio pelo 
 continente. 
 
O “renascimento” comercial: 
Características: 
– Expansão do uso de moedas (comércio com o Oriente). 
– Cobrança de juros (usura). 
– Crescimento das viagens. 
– Necessidade de poderes políticos mais centralizados. 
Movimento Comunal: na ausência de poderes mais centralizados, os 
comerciantes começam a desenvolver maior autonomia em relação aos 
poderes locais (clero e nobreza). 
– Cartas de Franquia: proteção Real aos burgos (cidades). 
– “O ar da cidade torna o homem livre”. 
Revolução Agrícola (séc. XIII): o contato com os árabes permite o aporte de 
novas tecnologias de irrigação e preparação do solo. 
– Desmatamento (novas terras) / abastecimento das cidades. 
 
 
 
 
 
 
O “renascimento” urbano: 
Características: 
– Crescimento das cidades (migração + produção agrícola + comércio). 
– Fixação das feiras nos burgos (praças). 
– Formação de novas cidades (nós-de-trânsito). 
– Formação das associações de artesãos e comerciantes (consequência dos 
movimentos comunais). 
• Corporações de Ofício + Ligas e Hansas = monopólio. 
 
A Grande Crise do século XIV: 
Causas: 
– 1315: Grande Fome (estiagens / assoreamento de rios). 
– 1337-1453: Guerra dos Cem Anos. 
– Enfraquecimento da nobreza + revoltas camponesas. 
– Fortalecimento dos exércitos reais como forma de proteger a nobreza. 
– 1347-1352: Peste Negra. 
 Origem: cidades italianas. 
 Consequências: 
▪ Surto de pânico religioso / fuga das cidades. 
▪ Crise do poder intelectual e da legitimidade da ICAR. 
 
As Revoltas Populares (séc. XIV): 
Causas: crise do século XIV (fome, guerra, peste e impostos). 
– Revoltas camponesas: 
• Jacqueries (França, 1358). 
• Watt Tyler e John Ball (Inglaterra, 1381). 
– Revoltas urbanas: 
 Jornaleiros (Flandres, 1323-1328). 
 Artesãos (Florença, 1342 e 1378). 
 
O século XV: 
Recuperação da crise do século XIV: 
– Ocorre mais rapidamente nas cidades. 
– Retomada do comércio. 
– Fortalecimento da burguesia em um contexto de enfraquecimento do 
clero e da nobreza.

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