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Apostila Gestão de Custos - Faculdade MULTIVIX

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1
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Gestão de Custos
SUMÁRIO
GESTÃO DE CUSTOS
2
Gestão de Custos
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
A Faculdade Multivix está presente de norte a sul 
do Estado do Espírito Santo, com unidades em 
Cachoeiro de Itapemirim, Cariacica, Castelo, Nova 
Venécia, São Mateus, Serra, Vila Velha e Vitória. 
Desde 1999 atua no mercado capixaba, des-
tacando-se pela oferta de cursos de gradua-
ção, técnico, pós-graduação e extensão, com 
qualidade nas quatro áreas do conhecimen-
to: Agrárias, Exatas, Humanas e Saúde, sem-
pre primando pela qualidade de seu ensino 
e pela formação de profissionais com cons-
ciência cidadã para o mercado de trabalho.
Atualmente, a Multivix está entre o seleto 
grupo de Instituições de Ensino Superior que 
possuem conceito de excelência junto ao 
Ministério da Educação (MEC). Das 2109 institui-
ções avaliadas no Brasil, apenas 15% conquistaram 
notas 4 e 5, que são consideradas conceitos 
de excelência em ensino.
Estes resultados acadêmicos colocam 
todas as unidades da Multivix entre as 
melhores do Estado do Espírito Santo e 
entre as 50 melhores do país.
 
MIssão
Formar profissionais com consciência cida-
dã para o mercado de trabalho, com ele-
vado padrão de qualidade, sempre mantendo a 
credibilidade, segurança e modernidade, visando 
à satisfação dos clientes e colaboradores.
 
VIsão
Ser uma Instituição de Ensino Superior reconheci-
da nacionalmente como referência em qualidade 
educacional.
GRUPO
MULTIVIX
3
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Gestão de Custos
SUMÁRIO
BIBLIoteCA MuLtIVIX (dados de publicação na fonte)
As imagens e ilustrações utilizadas nesta apostila foram obtidas no site: http://br.freepik.com
José Tadeu de Almeida.
Gestão de Custos / De Almeida, José Tadeu. – Serra: Multivix, 2019.
FACuLdAde CAPIXABA dA seRRA • MuLtIVIX
Catalogação: Biblioteca Central Anisio Teixeira – Multivix Serra
2019 • Proibida a reprodução total ou parcial. Os infratores serão processados na forma da lei.
diretor executivo 
Tadeu Antônio de Oliveira Penina
diretora Acadêmica
Eliene Maria Gava Ferrão Penina
diretor Administrativo Financeiro
Fernando Bom Costalonga
diretor Geral
Helber Barcellos da Costa
diretor da educação a distância
Flávio Janones
Coordenadora Acadêmica da ead
Carina Sabadim Veloso
Conselho editorial 
Eliene Maria Gava Ferrão Penina (presidente 
do Conselho Editorial)
Kessya Penitente Fabiano Costalonga
Carina Sabadim Veloso
Patrícia de Oliveira Penina
Roberta Caldas Simões
Revisão de Língua Portuguesa
Leandro Siqueira Lima 
Revisão técnica
Alexandra Oliveira
Alessandro Ventorin
Graziela Vieira Carneiro
design editorial e Controle de Produção de Conteúdo
Carina Sabadim Veloso
Maico Pagani Roncatto
Ednilson José Roncatto
Aline Ximenes Fragoso
Genivaldo Félix Soares
Multivix educação a distância
Gestão Acadêmica - Coord. Didático Pedagógico
Gestão Acadêmica - Coord. Didático Semipresencial
Gestão de Materiais Pedagógicos e Metodologia
Direção EaD
Coordenação Acadêmica EaD
edItoRIAL
4
Gestão de Custos
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
Aluno (a) Multivix,
Estamos muito felizes por você agora fazer parte 
do maior grupo educacional de Ensino Superior do 
Espírito Santo e principalmente por ter escolhido a 
Multivix para fazer parte da sua trajetória profissional.
A Faculdade Multivix possui unidades em Cachoei-
ro de Itapemirim, Cariacica, Castelo, Nova Venécia, 
São Mateus, Serra, Vila Velha e Vitória. Desde 1999, 
no mercado capixaba, destaca-se pela oferta de 
cursos de graduação, pós-graduação e extensão 
de qualidade nas quatro áreas do conhecimento: 
Agrárias, Exatas, Humanas e Saúde, tanto na mo-
dalidade presencial quanto a distância.
Além da qualidade de ensino já comprova-
da pelo MEC, que coloca todas as unidades do 
Grupo Multivix como parte do seleto grupo das 
Instituições de Ensino Superior de excelência no 
Brasil, contando com sete unidades do Grupo en-
tre as 100 melhores do País, a Multivix preocupa-
-se bastante com o contexto da realidade local e 
com o desenvolvimento do país. E para isso, pro-
cura fazer a sua parte, investindo em projetos so-
ciais, ambientais e na promoção de oportunida-
des para os que sonham em fazer uma faculdade 
de qualidade mas que precisam superar alguns 
obstáculos. 
Buscamos a cada dia cumprir nossa missão que é: 
“Formar profissionais com consciência cidadã para o 
mercado de trabalho, com elevado padrão de quali-
dade, sempre mantendo a credibilidade, segurança 
e modernidade, visando à satisfação dos clientes e 
colaboradores.”
Entendemos que a educação de qualidade sempre 
foi a melhor resposta para um país crescer. Para a 
Multivix, educar é mais que ensinar. É transformar o 
mundo à sua volta.
Seja bem-vindo!
APRESENTAÇÃO 
DA DIREÇÃO 
EXECUTIVA
Prof. Tadeu Antônio de Oliveira Penina 
diretor executivo do Grupo Multivix
5
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Gestão de Custos
SUMÁRIO
LIstA de FIGuRAs
 > FIGURA 1 - Expressão gráfica de um ciclo operacional 21
 > FIGURA 2 - Diferenciação entre custos e despesas 24
 > FIGURA 3 - Perda de qualidade e desembolsos ineficientes 29
 > FIGURA 4 - Fatores de desperdício de recursos na organização 30
 > FIGURA 5 - Ciclo de vida de um investimento 39
 > FIGURA 6 - Elementos geradores de custos diretos 46
 > FIGURA 7 - Sequência do processo de acumulação de custos 60
 > FIGURA 8 - Dimensões de custos e suas características 78
 > FIGURA 9 - Estrutura de custeio por absorção 80
 > FIGURA 10 - Método ABC e direcionadores de custos 92
 > FIGURA 11 - Dicotomia entre estruturas de custo em uma empresa 102
 > FIGURA 12 - Rotinas de produção e geração de custos 104
 > FIGURA 13 - Expressão gráfica do custo-padrão e do custo real 109
 > FIGURA 14 - Expressão gráfica da variação de mão de obra 111
 > FIGURA 15 - Dimensões da análise de custo/volume/lucro 118
 > FIGURA 16 - Dimensões da empresa e efeitos sobre a gestão 118
 > FIGURA 17 - Margem de contribuição e seus diferenciais 125
 > FIGURA 18 - Expressões do ponto de equilíbrio 136
 > FIGURA 19 - Princípio da alavanca 149
 > FIGURA 20 - Aplicação da alavancagem na gestão 149
 > FIGURA 21 - Estrutura de gastos fixos para alavancagem 150
 > FIGURA 22 - Variáveis de influência sobre o preço de venda 
de um produto 159
6
Gestão de Custos
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
LIstA de GRÁFICos
 > GRÁFICO 1 - Estrutura de custos fixos em expressão gráfica 132
 > GRÁFICO 2 - Estrutura de custos variáveis em expressão gráfica 132
 > GRÁFICO 3 - Estrutura de custos totais em expressão gráfica 133
 > GRÁFICO 4 - Estrutura de receitas totais em expressão gráfica 133
 > GRÁFICO 5 - Ponto de equilíbrio em expressão gráfica 134
7
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Gestão de Custos
SUMÁRIO
LIstA de tABeLAs
 > TABELA 1 - Custos indiretos e quantidades produzidas 51
 > TABELA 2 - Distribuição de elementos de rateio em uma empresa 52
 > TABELA 3 - Critérios de rateio de custos indiretos 53
 > TABELA 4 - Dados contábeis de uma empresa 57
 > TABELA 5 - Depuração de custos de produção 58
 > TABELA 6 - Apuração do CIF 59
 > TABELA 7 - Distribuição de custos por volume produzido 61
 > TABELA 8 - Sistemas de produção e suas características 64
 > TABELA 9 - Relações de coprodutos 67
 > TABELA 10 - Elementos para elaboração de custos 
mediante custeio por absorção 85
 > TABELA 11 - Estrutura de custosde uma empresa 93
 > TABELA 12 - Cálculo de custos indiretos por produto 95
 > TABELA 13 - Cálculo de custos indiretos sobre uma 
determinada atividade 95
 > TABELA 14 - Custos totais de produtos selecionados 95
 > TABELA 15 - Expressões do custo-padrão de uma empresa 107
 > TABELA 16 - Expressões do custo real de uma empresa 108
 > TABELA 17 - Variações entre o custo-padrão e o custo real 108
 > TABELA 18 - Dados de operação relativos às empresas 
selecionadas (em R$ milhares) 152
 > TABELA 19 - Atualização de valores mediante aumento 
em vendas (em R$ mil) 152
 > TABELA 20 - Efeitos da alteração de custos fixos sobre 
os resultados gerais 154
 > TABELA 21 - Demonstrativo de resultados 156
8
Gestão de Custos
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
suMÁRIo
UNIDADE 1
UNIDADE 2
1 Custos: CoNCeItos, eLeMeNtos e CLAssIFICAÇão 17
INtRoduÇão dA uNIdAde 17
1.1 CUSTOS E OUTRAS IDENTIDADES: CONCEITOS BÁSICOS 18
1.1.1 CUSTOS 19
1.1.2 DESPESAS 22
1.1.3 PERDAS 24
1.1.4 DESEMBOLSOS 27
1.1.5 PREÇO 27
1.2 CLASSIFICAÇÕES DE CUSTOS 31
1.2.1 CUSTOS DIRETOS E INDIRETOS 32
1.2.2 CUSTOS FIXOS E VARIÁVEIS 34
1.3 INVESTIMENTOS: UM RÁPIDO OLHAR 38
CoNCLusão 42
2 sIsteMAs de PRoduÇão e MÉtodos de APuRAÇão de Custos 44
INtRoduÇão dA uNIdAde 44
2.1 CONCEITOS INICIAIS 45
2.1.1 CUSTOS DIRETOS 45
2.1.2 CUSTOS INDIRETOS 49
2.2 SISTEMAS DE PRODUÇÃO E PROCESSOS DE ACUMULAÇÃO 
DE CUSTOS 54
2.2.1 ATIVIDADE PRODUTIVA E APURAÇÃO DO CPV 54
2.2.2 SISTEMAS DE ACUMULAÇÃO DE CUSTOS E SUA 
OPERACIONALIZAÇÃO 59
2.2.2.1 SISTEMAS DE ACUMULAÇÃO DE CUSTOS 62
2.2.3 PRODUÇÃO EQUIVALENTE E PRODUÇÃO CONJUNTA 65
CoNCLusão 72
9
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Gestão de Custos
SUMÁRIO
suMÁRIo
3 MÉtodos de CusteIo 74
INtRoduÇão 74
3.1 MÉTODOS DE CUSTEIO: UMA ABORDAGEM INTRODUTÓRIA 75
3.2 CUSTEIO POR ABSORÇÃO 79
3.3 CUSTEIO VARIÁVEL 86
3.4 CUSTEIO POR ATIVIDADES 91
BIBLIoGRAFIA CoMeNtAdA 96
CoNCLusão 97
4 Custo-PAdRão 99
INtRoduÇão dA uNIdAde 99
4.1 CUSTO-PADRÃO: CONCEITOS E OBJETIVOS 100
4.1.1 CONCEITOS BÁSICOS 101
4.1.2 OBJETIVOS E CARACTERÍSTICAS DO CUSTO-PADRÃO 103
4.2 DIMENSÕES PRÁTICAS DO CUSTO-PADRÃO 106
CoNCLusão 113
5 ANÁLIse dAs ReLAÇÕes Custo/VoLuMe/LuCRo: eLeMeNtos 
CRÍtICos PARA A toMAdA de deCIsÕes 115
INtRoduÇão 115
5.1 RELAÇÕES DE CUSTO/VOLUME/LUCRO 116
5.2 ANÁLISE DO CONCEITO E SUAS APLICAÇÕES 117
UNIDADE 3
UNIDADE 4
UNIDADE 5
10
Gestão de Custos
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
suMÁRIo
5.3 MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO 121
5.3.1 PONTO DE EQUILÍBRIO 128
5.3.2 PONTO DE EQUILÍBRIO CONTÁBIL, ECONÔMICO E FINANCEIRO 135
5.4 MARGEM DE SEGURANÇA 141
BIBLIoGRAFIA CoMeNtAdA 143
CoNCLusão 144
6 ALAVANCAGeM eMPResARIAL 147
INtRoduÇão dA uNIdAde 147
6.1 ALAVANCAGEM EMPRESARIAL 148
6.2 ALAVANCAGEM OPERACIONAL 150
6.3 ALAVANCAGEM FINANCEIRA 154
6.4 RISCO E RETORNO 158
BIBLIoGRAFIA CoMeNtAdA 160
CoNCLusão 161
ReFeRÊNCIAs 162
ICoNoGRAFIA
UNIDADE 6
11
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Gestão de Custos
SUMÁRIO
ICoNoGRAFIA
ATENÇÃO 
PARA SABER
SAIBA MAIS
ONDE PESQUISAR
DICAS
LEITURA COMPLEMENTAR
GLOSSÁRIO
ATIVIDADES DE
APRENDIZAGEM
CURIOSIDADES
QUESTÕES
ÁUDIOSMÍDIAS
INTEGRADAS
ANOTAÇÕES
EXEMPLOS
CITAÇÕES
DOWNLOADS
12
Gestão de Custos
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
BIODATA DO AUTOR 
José tadeu de Almeida
Pós-doutorando em Ciência da Religião pelo Instituto de Ciências Humanas da 
Universidade Federal de Juiz de Fora (ICH-UFJF). Doutor em História Econômica 
pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (FFLCH-
-USP). Mestre em Desenvolvimento Econômico e graduado em Ciências Econômicas 
pelo Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (IE-UNICAMP). 
Pós-graduando (lato sensu) em Design Instrucional para Ensino a Distância (EAD) 
pela Universidade do Oeste Paulista (Unoeste). Empresário e autor de livros didáticos 
nas áreas de Ciências Humanas, Ciências Exatas e Ciências Sociais Aplicadas.
JUSTIFICATIVA 
A Gestão de Custos é um tema transversal: articula diferentes áreas de conheci-
mento, nas Ciências Humanas, Exatas e Sociais Aplicadas, explicitando temáticas e 
instrumentos que devem ser utilizados na rotina das empresas, como parte de uma 
metodologia de análise econômica. Assim sendo, esses instrumentos darão a você 
condições para que possa avaliar a situação financeira de empresas, no tocante aos 
desembolsos sistematicamente realizados. Em um contexto econômico de concor-
rência entre empresas, a Gestão de Custos se impõe como tarefa crucial para um 
administrador, um encarregado de Logística, um diretor, um gestor financeiro ou um 
encarregado de produção. Esta disciplina, portanto, contribui bastante com a sua 
vida profissional; e mesmo para sua vida pessoal, uma vez que diferentes fórmulas 
de cálculo e apuração usados nas empresas podem, consideradas as devidas propor-
ções, ser utilizadas também em seu espaço familiar.
13
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Gestão de Custos
SUMÁRIO
ENGAJAMENTO 
Antes de iniciar a disciplina, reflita e, se preferir, tome nota das suas ideias:
• Você tem conhecimento a respeito dos diferentes tipos de custo que compõem 
a estrutura de desembolsos e despesas de uma organização?
• Sabe diferenciar custos diretos e indiretos, fixos e variáveis, e entender como 
eles afetam o preço de venda de um bem?
• Você concorda com a ideia de que uma decisão de investimento também 
pode ser geradora de custos, que podem, aliás, ser irrecuperáveis para uma 
empresa?
• Você consegue conceber a ideia de que o montante de lucros gerados por 
uma empresa possa ter custos nele embutidos?
Perguntas como essas são comuns à área de Gestão de Custos, e devem ser conside-
radas de forma acurada, a fim de pensar estratégias adequadas para definir os méto-
dos de operação dos desembolsos de recursos a serem realizados por uma empresa 
em seu dia a dia. A existência de custos pressupõe uma relação intrínseca com o 
ambiente externo da organização; desse modo, é preciso considerar a empresa como 
um todo, na sua relação com fornecedores, clientes e o mercado.
APRESENTAÇÃO DA 
DISCIPLINA
Seja bem-vindo(a) à disciplina Gestão de Custos. Através dos estudos e elementos 
que serão apresentados nas diferentes unidades que a compõem, você terá condi-
ções de operacionalizar ferramentas utilizadas pelas empresas no contexto econômi-
co atual, e que são direcionadas para o controle dos diferentes tipos de custos que 
abrangem o funcionamento e a vida cotidiana de qualquer organização empresarial.
14
Gestão de Custos
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
Desse modo, o objetivo geral é oferecer meios para que você possa efetuar um levan-
tamento adequado dos diferentes tipos de desembolso que configuram a operação 
de uma empresa. Busca-se, ainda, ajudá-lo a conhecer e aplicar métodos de custeio 
– a forma que esses custos de produção são apurados.
Em uma primeira aproximação, é natural haver um certo estranhamento à ideia de 
haver uma ‘Gestão de Custos’. Ora, de acordo com a concorrência entre empresas, 
é coerente que uma organização procure baixar seus custos o máximo possível, de 
modo que uma teoria mais aprofundada sobre custos se mostraria desnecessária.
No entanto, você perceberá que, apesar de tal afirmação não ser de todo incorreta 
(uma empresa realmente necessita baixar custos a fim de manter suas condições 
de concorrência), há métodospara realizar esse processo de forma eficiente. Não se 
trata, portanto, de realizar cortes indiscriminados que, em muitas situações, começam 
erroneamente pelo corte de pessoal, retirando mão de obra qualificada da empresa 
em vez de focar outros elementos geradores de custos significativos.
Ao longo das unidades que compõem esta disciplina, será realizada uma abordagem 
transversal entre temas de Contabilidade, Gestão Financeira, Finanças das Empresas, 
Administração, Estatística e Ciências Econômicas, de modo a aprofundar seu conhe-
cimento sobre temas ligados à gestão de uma empresa, alavancando seu potencial 
de inserção no mercado e contribuindo para o desenvolvimento de sua vida profis-
sional.
Não se esqueça, por fim, que ‘a prática leva à perfeição’: participe, com os demais 
colegas, das discussões que serão realizadas nos fóruns; articule, ainda, a realização 
dos exercícios e leituras complementares recomendadas.
Bons estudos!
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FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Gestão de Custos
SUMÁRIO
OBJETIVOS DA DISCIPLINA
Ao final desta disciplina, esperamos que você seja capaz de:
• Classificar os diferentes elementos geradores de custos no interior de uma 
empresa, examinando suas características principais.
• Organizar métodos de custeio, em suas diferentes formas, para escolher as 
melhores políticas de Gestão de Custos para uma organização.
• Analisar as relações custo/volume/lucro para viabilizar a tomada de decisões 
de investimento e formação de preços.
• Avaliar os processos de alavancagem operacional de uma empresa, e de 
formação dos preços de venda de um produto.
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Gestão de Custos
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos 
que possa:
> Identificar os conceitos 
básicos relativos à Gestão 
de Custos, a partir da 
rotina das organizações 
empresariais.
> Interpretar os diferentes 
tipos de custos, a fim de 
compreender a forma 
pela qual eles devem ser 
gerenciados.
> Avaliar a distinção 
existente entre custos 
e despesas, de modo 
a propor soluções de 
gestão adequadas à 
realidade da empresa 
em seu mercado.
UNIDADE 1
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Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Gestão de Custos
SUMÁRIO
1 CUSTOS: CONCEITOS, 
ELEMENTOS E CLASSIFICAÇÃO
A questão do custo é inerente ao funcionamento de uma empresa. Nas Ciências Contá-
beis, organizam-se receitas e despesas; na Microeconomia, têm-se lançamentos de 
receitas e custos para a formação da taxa de lucro. Na Administração de Empresas, esses 
conceitos são, a seu modo, organizados de forma unificada, a fim de estimar as condi-
ções de crescimento de uma organização e viabilizar a sua sustentação a longo prazo.
No entanto, é preciso ir além da realidade mais comum aos custos da empresa, que 
é a necessidade de desembolsos para a sua cobertura. Um item de custo apresen-
ta informações importantes sobre o produto ou serviço que a empresa transaciona; 
esses custos são importantes para determinar o preço de venda, porém, a real condi-
ção de venda, ou seja, a possibilidade de a empresa vender o seu produto mediante 
o preço determinado, depende diretamente das condições gerais do mercado.
Desse modo, a apuração dos custos de produção viabiliza a tomada de decisões por 
parte da empresa e cria condições para o seu efetivo gerenciamento. Essa apuração 
faz parte de uma contabilidade de custos, de modo a avaliar corretamente os tipos 
de despesa que compõem indústrias, empresas comerciais e prestadoras de serviços, 
ou seja, em todos os ramos de atividade.
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
A Gestão de Custos é um dos temas das Ciências Sociais Aplicadas que encontra 
mais aderências entre a vida pessoal e a vida profissional de um estudante ou um 
gestor. De fato, o noticiário econômico menciona constantemente o aumento do 
custo de vida das famílias; os reajustes de tarifas públicas impactam diretamente 
no preço de venda de itens básicos, e acabam por forçar readequações na cesta de 
consumo; há diferentes itens de despesa na atualidade que eram incomuns há algu-
mas décadas atrás (como Planos de TV, internet e telefonia, planos de saúde privados, 
seguros automobilísticos, etc.).
18
Gestão de Custos
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
Todos esses itens de discussão podem ser unificados de acordo com pontos em 
comum. O primeiro deles é o fato de envolverem desembolsos, ou seja, implicam 
despesas que devem ser honradas pelos seus contratantes, a prazos definidos. Dessa 
forma, mediante as receitas esperadas, cada agente econômico (empresas, famílias, 
poder público) deve organizar-se a fim de fazer frente aos seus custos operacionais e 
evitar descapitalização ou, ainda pior, um endividamento progressivo, situação esta 
que afeta uma parcela importante das empresas e, em especial, das famílias, no 
contexto econômico atual.
A partir dessa apresentação geral, nesta unidade serão apresentados alguns itens e 
conceitos mais importantes, relativos à Gestão de Custos. Expressões como ‘custo’, 
‘despesa’, ‘perdas’, ‘desperdício’ e ‘desembolso’ serão desenvolvidas, para que você 
possa classificar, analisar, e operacionalizar, processos de formação de custos que 
impactam diretamente nas decisões de investimento de uma organização.
1.1 CUSTOS E OUTRAS IDENTIDADES: CONCEITOS 
BÁSICOS
Para entender o processo de Gestão de Custos e os seus desdobramentos teóricos, 
é preciso discutir algumas terminologias mais utilizadas no cotidiano das empresas; 
elas resumem os processos de formulação e gerenciamento dos custos. Desse modo, 
a distinção entre custos e despesas, por exemplo, é matéria obrigatória.
Realizando uma recapitulação histórica, encontramos uma referência interessante a 
respeito dessa dinâmica, no texto bíblico:
Quem de vós, querendo fazer uma construção, antes não se senta para calcu-
lar os gastos que são necessários, a fim de ver se tem com que acabá-la? Para 
que, depois que tiver lançado os alicerces e não puder acabá-la, todos os que o 
virem não comecem a zombar dele, dizendo: Este homem principiou a edifi-
car, mas não pode terminar. (Lc 14, 28-30)
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Gestão de Custos
SUMÁRIO
1.1.1 CUSTOS
Um ‘custo’ corresponde ao montante de recursos que é utilizado durante o processo 
de produção/elaboração de um bem ou de um serviço; com essa utilização, a empre-
sa, ou o agente econômico, espera auferir (obter) algum tipo de utilidade ou benefí-
cio, seja no período imediato (produção/consumo), ou num momento futuro, após a 
conclusão das etapas produtivas e a venda desse bem (LINS; SILVA, 2017).
A utilidade é um conceito da Microeconomia, que mede (ainda que de modo 
abstrato) o grau de satisfação de um agente em relação a um bem ou servi-
ço. A maximização da utilidade (satisfação) é o objetivo constante do agente 
econômico.
Perceba que, embora possa parecer uma categoria abstrata – um ‘custo’ não é um 
produto, um bem, uma matéria-prima –, cada item consumido na produção de um 
bem representa um desembolso de recursos, logo, o custo assume expressão real a 
partir de cada um desses itens (que são denominados ‘itens de custo’).
Em uma empresa, um custo representa um certo investimento; trata-se de uma 
alocação de recursos da organização em alguma etapa do processo produtivo, a 
fim de gerar uma atividade transformadora, de criação de um novo bem ou serviço 
(CREPALDI; CREPALDI, 2018).
20
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A literatura econômicae administrativa denomina a indústria como o setor 
onde produtos e bens são, realmente, criados e transformados, mediante a 
conversão de matéria-prima em mercadorias acabadas. O setor de serviços, 
embora também ofereça soluções ao cliente, não realiza essa atividade trans-
formadora; no comércio, os bens são comprados e vendidos no mercado.
Um item de custo pode apresentar diferentes funções e atribuições ao longo do 
processo produtivo: em uma etapa, esses itens podem ser investimentos; e, em outra, 
determinam custos de produção.
No momento em que uma empresa realiza um investimento em matéria-
-prima, essa decisão é abrigada na contabilidade de custos como um custo 
de produção; contudo, o estoque de produtos acabados, gerado a partir da 
matéria-prima, irá se tornar fonte de receitas que, espera-se, sejam superio-
res aos custos de produção.
A decisão de produzir um bem e transacioná-lo envolve diferentes etapas, que em 
conjunto geram um ciclo operacional (HOJI, 2017). 
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SUMÁRIO
Um ciclo operacional inicia-se, na indústria, pela compra de matérias-pri-
mas, que são estocadas para serem transformadas em mercadorias prontas. 
Uma vez vendidas, essas mercadorias são pagas mediante os prazos conce-
didos pela empresa. O ciclo operacional se encerra quando as receitas de 
venda são, finalmente, percebidas.
Ao longo desse ciclo, são consumidos recursos para gerar um produto a ser vendido 
por um valor superior (espera-se) ao montante que foi efetivamente ‘sacrificado’ nas 
fases de produção (SANTOS, 2017).
FIGURA 1 - EXPRESSÃO GRÁFICA DE UM CICLO OPERACIONAL
Ciclo operacional
Compra de matéria-prima Venda de mercadoria pronta
Estocagem de mercadorias
$ para 
fornecedores
$ para a 
empresa
Prazo de pagamento
Recebimento de receita de venda
Fonte: Elaborada pelo autor.
Esse valor deve ser suficiente para permitir que a empresa tenha lucros; no entanto, 
se houver outros concorrentes, é preciso manter custos baixos para sustentar posição 
no mercado.
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O conceito de ‘concorrência’ pode abranger diversas classificações. Uma 
expressão desse conceito, no qual todas as empresas competem livremente, 
sem que uma empresa possa, sozinha, definir os preços de mercado, deno-
mina-se ‘concorrência perfeita’. Nesse modelo, as empresas não recebem 
lucros, uma vez que produzem itens iguais e com o mesmo preço, umas em 
relação às outras. 
Essa expressão é relativamente abstrata, uma vez que não há, como você 
pode imaginar, mercados no qual todas as empresas tenham as mesmas 
dimensões e práticas de negócio. 
O modelo que mais se aproximaria do ‘mundo real’ seria o de ‘concor-
rência monopolística’, onde as empresas produzem itens razoavelmente 
semelhantes dentro de um mesmo mercado, e cada empresa é responsá-
vel pela gestão da sua marca ou produto, de modo a auferir lucros com a 
sua atividade.
Assim sendo, todo item de custos envolve o uso de ativos que pertencem à empresa, 
sejam eles na forma de produtos (matérias-primas) ou recursos em espécie (dinhei-
ro), que são necessários à aquisição de outros bens e serviços de igual necessidade 
(CREPALDI; CREPALDI, 2018).
1.1.2 DESPESAS
Embora aparentemente semelhantes (e muitas empresas colocam-nos sob o mesmo 
‘guarda-chuva’ analítico), uma despesa distingue-se de um item de custo. Como apre-
sentado anteriormente, um custo diz respeito diretamente ao processo de produção.
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SUMÁRIO
Uma despesa, por sua vez, ainda que seja um recurso que também é utilizado pela 
empresa para viabilizar suas atividades, não está relacionada diretamente com o 
processo produtivo (LINS; SILVA, 2017). 
Em outras palavras, uma despesa é um recurso consumido através da aquisição de 
bens e serviços, com o objetivo de gerar receitas futuras à empresa; no entanto, a 
despesa está relacionada com atividades paralelas à produção de bens, mas que 
fazem parte da rotina da empresa, como despesas com telefone, seguros, pagamen-
tos a entregadores, alimentação de funcionários, etc.
A distinção entre custo e despesa é inerente ao modelo da empresa e ao 
perfil do mercado em que ela atua. Desembolsos para o pagamento de liga-
ções telefônica podem consistir em despesas para uma oficina mecânica; no 
entanto, em uma empresa de telemarketing – onde o atendimento telefô-
nico é a sua atividade-fim – esses mesmos desembolsos constituem-se, na 
verdade, em custos.
Em geral, as empresas no Brasil (especialmente as micro e pequenas empresas, e 
ainda mais, os microempreendedores individuais, os MEIs) não efetuam uma distin-
ção objetiva entre despesas e custos. Na verdade, na falta de uma gestão administra-
tiva eficiente, é comum que um empresário aloque todos os elementos que geram 
gasto de recursos sob uma única categoria, seja ela na forma de custo, ou de despesa 
(LINS; SILVA, 2017). 
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FIGURA 2 - DIFERENCIAÇÃO ENTRE CUSTOS E DESPESAS
Custos
Mão de obra
Matéria-prima
Lubrificantes e implementos
Encargos sobre produção
Encargos trabalhistas, etc.
Despesas
Servidor de internet
Manutenção predial
Aluguéis
Vigilância patrimonial
Fretes, etc.
Fonte: Elaborada pelo autor.
Essa prática dificulta a identificação de eventuais ‘gargalos’ onde a empresa possa 
estar efetuando gastos acima da média, levando-a a tentar economizar em outros 
setores, muito mais importantes.
A imobiliária Irmãos Camarinha Ltda. está estabelecida no mercado há 
alguns anos e presta serviços de aluguel e venda de imóveis. No caso dessa 
organização, podemos perceber que sua estrutura de custos é formada, 
essencialmente, a partir do pagamento de seus funcionários (com encar-
gos e impostos em anexo). Outros itens de desembolso importantes, como 
o pagamento de aluguel do prédio, serviço de monitoramento de alarmes e 
internet, são enquadrados como despesas.
1.1.3 PERDAS
Uma perda corresponde ao consumo involuntário de um bem ou serviço dentro de 
uma empresa; não se trata, portanto, de um consumo que a firma deseje realizar, 
ainda que possa em alguns casos ser inevitável, de acordo com as características 
da produção.
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SUMÁRIO
Há dois tipos de perdas em uma empresa, a saber (LINS; SILVA, 2017):
• Perdas normais: são inerentes ao funcionamento da organização e/ou ao 
processo de produção, tais como resíduos não aproveitados, sobras, rebarbas 
de material, etc. Tais perdas podem ser previstas e, em algumas situações, 
recuperadas pela empresa, ao menos em parte.
A operação de um torno, em uma ferramentaria, gera rebarbas de metal, que, 
embora sejam sucata (inaproveitáveis para a empresa), podem ser comer-
cializados junto a empresas de reciclagem, de modo a recuperar parte do 
prejuízo gerado pela não utilização (esperada) desses materiais. 
Situação semelhante ocorre em empresas de marcenaria, onde os resíduos 
de madeira (serragem) podem ser recolhidos para ser comercializados como 
substrato higiênico para roedores.
Na pecuária, as perdas com as partes menos nobres do boi (vísceras, ossos) 
são contabilizadas; no entanto, essas partes podem ser revendidas a empre-
sas fabricantes de ração animal.
• Perdas anormais: não são previstas pela empresa, tampouco desejadas pela 
mesma, como incêndios, inundações, raios, degradação de estoque e/ou de 
produtos vendidos, etc.
O cálculo das perdas deve serrepassado à formação do custo de produção. Se 
perda pode ser prevista, ela tem condições de ser quantificada, de modo que 
o produto final absorva os desembolsos realizados pelas perdas.
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Suponha que a empresa JKL, que fabrica panelas, recebe uma chapa de aço 
de 2,20 x 1,30m. Trata-se, portanto, de uma chapa retangular. Nessa chapa, 
são cortados discos para a fabricação do ‘fundo’ das panelas. Por mais que 
a empresa maximize o uso da chapa, haverá sobras, que são esperadas e, 
portanto, incorporadas ao custo de produção.
Se cada chapa custa R$ 700,00, e são produzidos vinte ‘fundos’ de panela 
com ela, já assomadas as perdas, cada ‘fundo’ tem um custo igual a 
700
20
35 00=R$ ,
No entanto, se uma perda anormal for registrada, a empresa deve incorporá-
-las ao resultado do período como despesas; ainda que parte dessa despesa 
possa ser amortizada através de alguma recuperação (revenda de sucatas, 
etc.) (CREPALDI; CREPALDI, 2018).
Um defeito na usinagem das chapas de aço da empresa JKL fez com que 
adquirisse uma chapa inviável para comercialização, pois oxidava com faci-
lidade. Embora esse prejuízo, de R$ 700,00, seja uma despesa, a empresa 
conseguiu revender a chapa como sucata, ao preço de R$ 140,00. Esse valor, 
portanto, reduz em 20% o total dos prejuízos assumidos como despesa (uma 
vez que, deduzido o valor da venda, a despesa total seria igual a R$ 560,00).
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1.1.4 DESEMBOLSOS
Os desembolsos correspondem aos pagamentos em espécie (dinheiro) relacionados 
à aquisição de bens e serviços indispensáveis ao funcionamento da empresa. 
Há desembolsos, nesse sentido, que ocorrem antes do recebimento dos bens adqui-
ridos (como sinal para a compra de matéria-prima, por exemplo); outros que ocorrem 
durante a entrada dos produtos comprados (como no caso da prestação de serviços 
diretos, como fretes e entregas); e por fim, outros que se sucedem à compra desses 
mesmos bens (tais como impostos a serem pagos e comissões sobre vendas a serem 
creditados em folha, por exemplo) (LINS; SILVA, 2017).
1.1.5 PREÇO
A definição do preço, em cenários de livre concorrência, independe da vontade do 
produtor: na verdade, é o consumidor que definiria o preço que está disposto a pagar 
por uma mercadoria, a partir da utilidade que ela lhe representa (LINS; SILVA, 2017).
Retomando o modelo microeconômico de concorrência perfeita, a utilida-
de é determinante para saber o quanto o agente econômico está disposto 
a pagar por um bem. Se ele considera que ele irá maximizar sua utilidade, 
estará, inclusive, disposto a pagar mais do que o preço de mercado para 
poder tê-lo – este preço é denominado ‘preço de reserva’, e é muito utilizado 
no setor de entretenimento: os primeiros ingressos de um show são vendi-
dos a preços altos para captar os fãs, e depois sofrem reduções para abranger 
o restante do público.
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Nessas circunstâncias, as empresas teriam de definir o preço a praticarem a partir 
do volume de mercado que teriam condições de ocupar. Ou seja, de acordo com 
o seu potencial de competitividade: caso a empresa consiga produzir de modo a 
vender com um preço atrativo, ela será competitiva; se não, será fatalmente expulsa 
do mercado (SANTOS, 2017).
Para elaborar o preço de venda, uma forma simples é a abordagem do custo-meta, 
que abrange uma taxa de lucro esperada e os diferentes custos de produção (LINS; 
SILVA, 2017).
A empresa GHJ fabrica baterias de automóveis. É sabido que os custos totais 
com matéria-prima, funcionários, impostos e outros encargos, quando distri-
buídos pela produção, giram em torno de R$ 120,00 por unidade. A polí-
tica da empresa é arbitrar uma margem de lucro de 30% sobre os custos, 
logo essa margem corresponde a R$ 120,00*0,3=R$ 36,00. Somando essa 
margem aos custos, tem-se que o preço de venda de baterias deve ser igual 
a R$ 156,00.
Uma segunda empresa, a YUI, está entrando no mercado e ainda não tem 
uma noção precisa sobre as margens de lucro que pode arbitrar, sabe, no 
entanto, que o seu custo de fabricação é igual a R$ 135,00 e os clientes não 
estão dispostos a pagar mais do que R$ 162,00 por uma bateria (empresas 
que praticavam preços maiores faliram).
Logo, o maior valor de lucro possível seria igual a 162 – 135 = R$ 27,00. 
Esse valor corresponde à seguinte margem de lucro:
M emarg , %= = =
27
135
0 2 20
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SUMÁRIO
Há dois itens intrinsecamente associados à formação de preços, quais sejam: quali-
dade e desperdício. Dentro do conceito de qualidade, abrigam-se as necessidades e 
expectativas dos clientes em relação a um determinado produto, em relação às suas 
características técnicas, condições de pagamento, políticas da empresa em relação a 
suporte pós-venda, etc. (PINHEIRO; CRIVELARO, 2014). 
Assim sendo, muitas empresas buscam implementar processos de melhoria de quali-
dade, a fim de evitar perdas na produção que gerem desembolsos desnecessários.
Dentre os fatores que podem ser geradores de perdas na produção e desembolsos, 
em decorrência de falta de qualidade, pode-se enfatizar:
• Manutenções corretivas decorrentes de mau uso ou imperícia.
• Trocas e devoluções.
• Geração de sucata e outros materiais inservíveis.
• Atendimento pós-venda ineficiente.
• Falhas geradoras de retrabalho, etc.
FIGURA 3 - PERDA DE QUALIDADE E DESEMBOLSOS INEFICIENTES
DESEMBOLSOSImperícia
Trocas e 
devoluções
Sucata e 
inservíveis
Ineficiência 
de pós-venda
Retrabalho
Fonte: Elaborada pelo autor.
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O segundo conceito, o de desperdício, remete diretamente aos gastos que a empresa 
realiza, e que não adicionam valor ao produto através de incrementos de qualidade. 
Justamente por esse fato, quando esses desembolsos são agregados ao preço final de 
venda de um produto, o encarecimento geral desse bem faz com que os consumido-
res potenciais afastem-se do produtor, gerando prejuízo ao mesmo.
Itens de desperdício, portanto, podem ser eliminados sem que a qualidade final do 
projeto seja alterada, mediante remanejamentos de alguns itens de custo e de orga-
nização interna da empresa (LINS; SILVA, 2017). Dentre eles, é possível mencionar:
• Gastos com auditorias externas independentes em função de falhas de gestão 
interna.
• Despesas com estocagem.
• Capacidade ociosa de equipamentos, etc.
FIGURA 4 - FATORES DE DESPERDÍCIO DE RECURSOS NA ORGANIZAÇÃO
Desembolsos/desperdício
Capacidade 
ociosa
Estocagem 
excessiva
Falhas de 
gestão
Fonte: Elaborada pelo autor.
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SUMÁRIO
A capacidade ociosa é medida pela relação entre o volume efetivo de produ-
ção de um bem de capital (um produto direcionado à produção de outros 
bens, como máquinas e equipamentos industriais) e a capacidade instalada 
desse bem. Por exemplo, se uma máquina pode produzir oitocentos copos 
por hora, porém produz apenas seiscentos, há duzentos copos sem serem 
produzidos: a capacidade ociosa é igual a 200/800 = 25%.
Os desperdícios, assim como as perdas, oneram o processo produtivo, logo, as empre-
sas procuram reduzir a zero o montante desses desembolsos.
1.2 CLASSIFICAÇÕES DE CUSTOS
Como você pôde observar até o momento, os elementos geradores de custostêm 
diferentes origens, propostas e finalidades, e distribuem-se ao longo de toda a cadeia 
produtiva. É imperativo que a empresa realize uma taxonomia, ou seja, uma classi-
ficação das operações de desembolso costumeiramente efetuadas ao longo de seu 
ciclo operacional.
Essa classificação pode ser realizada tomando-se por base os objetos de custo ou o 
volume de produção. Neste tópico, discutiremos as formas pelas quais essa classifi-
cação é realizada, a partir de uma divisão entre custos diretos e indiretos, e também 
entre custos fixos e variáveis. Você poderá, desse modo, entender de que modo essas 
categorias representam os processos de desembolso de recurso nas empresas.
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1.2.1 CUSTOS DIRETOS E INDIRETOS
Os custos diretos e indiretos dizem respeito ao objeto de custo, ou seja, à forma pela 
qual se identificam esses custos nas etapas produtivas. Nesse sentido, um custo dire-
to é aquele que pode ser rápido e facilmente identificado, de acordo com uma medi-
da específica (horas de trabalho, quantidades de mercadoria ou matérias-primas, 
compra de materiais etc.).
Os custos indiretos, por sua vez, são aqueles que representam desembolsos para a 
organização, no entanto, sua identificação ao longo do ciclo operacional é mais difícil. 
Em outras palavras, todo custo que diga respeito às atividades da empresa, mas que 
não esteja ligado diretamente ao ciclo operacional (e, portanto, possa ser mensura-
do), corresponde a um custo indireto (SANTOS, 2017).
A elaboração de uma pizza tem custos diretos: lenha, horas de trabalho do 
pizzaiolo, ingredientes; todos esses itens podem ser quantificados em cada 
pizza produzida. No entanto, as despesas de telefone, aluguel do prédio, 
energia elétrica, embora associadas à produção, não têm condição viável de 
serem identificadas em relação a cada objeto produzido.
Uma solução para arbitrar um custo indireto é recorrer ao rateio, ou seja, fazer uma 
média ponderada dos desembolsos com esses custos indiretos em relação a cada 
atividade da organização.
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SUMÁRIO
Para o caso da pizzaria mencionada no exemplo anterior, pode-se fazer um 
rateio em relação a cada área da empresa: se o setor de atendimento ao 
cliente ocupa 5% da área total do estabelecimento, então, 5% dos desem-
bolsos com aluguel estão associados a essa área. Embora muito subjetiva, 
é uma medida que permite alocar os custos de acordo com a realidade da 
produção.
Naturalmente, é necessário que o gestor recorra ao bom senso para arbitrar a exis-
tência de custos diretos e indiretos: há vários itens de custo que podem ser tomados 
como diretos, como, por exemplo, os gastos para o pagamento de tarifas de energia 
elétrica. Uma empresa tem conhecimento do consumo das suas principais máqui-
nas, e se organiza para isso na forma de custos diretos, através de padrões de energia 
próprios (LINS; SILVA, 2017).
No entanto, a tarefa paralela de alinhar cada lâmpada, carregador de celular, forno 
elétrico ou bebedouro de uma empresa, para avaliar a quantidade de energia consu-
mida em cada setor, pode ser tão complexa (e envolver vários investimentos adicio-
nais), que esse custo acaba sendo tomado como indireto, e inserido nos preços de 
venda segundo critérios que são inerentes a cada organização.
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O sistema de classificação de custos diretos e indiretos é aplicado em dife-
rentes empresas e organizações, nos setores público e privado. Um exem-
plo pode ser encontrado no artigo de Valderilio Azevedo et al., denomina-
do “Custos diretos e indiretos do tratamento de pacientes com espondilite 
anquilosante pelo sistema público de saúde brasileiro”. Nesse trabalho, são 
demonstrados os custos diretos (exames, procedimentos, etc.) e indiretos 
(gastos com aposentadorias e pensões) relativos aos pacientes que apresen-
tam a enfermidade.
1.2.2 CUSTOS FIXOS E VARIÁVEIS
Uma segunda classificação dos custos toma por referência o volume de produção e 
o perfil de gasto envolvido, a fim de determinar se o custo pode ser diluído ao longo 
da produção de bens ou incorporado individualmente em cada unidade produzida 
pela empresa. Nessa classificação, observa-se a existência de custos fixos e variáveis.
Os custos fixos são assim classificados quando os desembolsos totais para a sua 
cobertura não varia de forma proporcional ao volume de itens produzidos, ou seja, 
eles correspondem a um montante fixo, que é amortizado nos bens produzidos à 
medida que se desenvolvem os ciclos operacionais (CREPALDI; CREPALDI, 2018). 
Se a empresa adquire uma máquina que produz um item, ou 5.000 itens, o custo 
total será o mesmo; mas esse custo será dividido ao longo de todos os itens que 
forem produzidos.
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Uma ‘frangueira’, isto é, uma máquina para assar frangos, tem condições 
de assar 70 frangos ao dia, em um ciclo de cinco horas de trabalho. Supo-
nha que o empreendedor pretende usar a máquina aos sábados e domin-
gos, durante cinquenta semanas, ao longo de quatro anos, e depois doar a 
máquina para uma instituição de caridade. O preço dessa máquina, à vista, é 
de R$ 2.800,00. Ou seja, tem-se:
70 frangos*2 dias*50 semanas=7.000 frangos por ano → 4 anos=28.000 frangos
Considerando que a máquina custa R$ 2.800,00 para ser adquirida, o custo 
fixo relativo a ela, para cada frango assado, é igual a: 
2 800
28 000
0 10.
.
$ ,=R
Ou seja, de acordo com a produção esperada de 28.000 frangos, observamos 
que cada frango assado deve incluir, no seu preço de venda, o valor de R$ 
0,10 para cobrir o custo da máquina, que é um custo fixo.
No entanto, se a produção for menor que a produção esperada, o custo da 
máquina deverá ser diluído da mesma forma, e, nesse caso, teremos um 
outro custo fixo, maior que o original: se, ao invés de produzir 28.000 frangos, 
o empreendedor assasse apenas 14.000, o custo fixo seria igual a: 
2 800
14 000
0 20.
.
$ ,=R
Ou seja, um volume menor de produção acaba implicando em custos fixos 
mais elevados.
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Observa-se, portanto, que o peso dos custos fixos, em cada unidade elaborada de um 
bem, acaba se reduzindo conforme a produção cresce. Caso haja uma alteração na 
capacidade instalada (uma mudança na capacidade de produção da empresa), os 
custos fixos acompanharão a mesma tendência, e devem ser reprogramados para a 
composição dos custos unitários de cada produto (SANTOS, 2017).
Os custos variáveis, como o nome indica, alteram-se à medida que o volume de 
produção também se altera, de modo que uma unidade a mais, ou a menos, que 
seja produzida, altera todo o custo de produção da empresa.
Nessa linha, um custo variável se observa quando a empresa necessita realizar desem-
bolsos para cada etapa do processo, agregando recursos à produção: esses recursos 
podem ser observados na forma de matérias-primas, pagamento de mão de obra, 
despesas com energia, etc. (PINHEIRO; CRIVELARO, 2014).
Observe que, em uma classificação, os desembolsos com energia elétrica 
representam um custo indireto. No entanto, o mesmo desembolso pode 
estar associado ao consumo de energia, ou seja, constitui-se como custo 
variável. Assim sendo, é imperativo que cada empresa eleja o método de 
classificação que lhe pareça mais conveniente.
Assim sendo, à medida que a produção aumenta, o montante de recursosconsumi-
dos com a cobertura dos custos variáveis também irá aumentar.
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Gestão de Custos
SUMÁRIO
A máquina de assar frangos, destacada em exemplos anteriores, apresenta 
um ciclo de produção onde cada queimador consome 140 g de gás por hora 
de trabalho. Sabendo-se que há cinco queimadores na máquina, o consumo 
é de 700 g/hora, o que corresponde a 3,5 kg (3.500 g) de gás a cada cinco 
horas trabalhadas. 
Esse é um custo variável, que se altera na medida em que há produção efeti-
va. Em outras palavras, o custo do gás é variável, uma vez que o gás somente 
será usado no momento em que os frangos são assados; logo, seu consumo 
varia de acordo com a produção. Se o consumo em cinco horas é igual a 3,5 
kg de gás, serão consumidos 7 kg a cada dez horas, e assim por diante.
 Se podem ser produzidos 70 frangos em cinco horas, logo, são consumidos 
cerca de 50 g de gás a cada frango assado. 
Sabendo-se que um botijão de 13 kg (ou seja, com 13.000 gramas de gás) 
custa R$ 70,00, e sabendo-se que 50 g de gás correspondem a 0,38% desse 
botijão (uma vez que o resultado da divisão 50/13.000 é igual a 0,38%), logo, 
o custo do gás que deve ser alocado em cada frango é igual a:
R$ 70,00*0,38% ≌ R$ 0,27
Entenda, portanto, que o custo variável somente ocorre na presença de produção: o 
empresário somente desembolsa R$ 0,27 para assar um frango quando há produ-
ção de frangos. Essa é a diferença principal em relação aos custos fixos, que em geral 
remetem a itens de custo já contratados anteriormente à produção (na forma de 
compra de máquinas, pagamento de funcionários, etc.), e que precisam ser pagos, 
havendo produção ou não.
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Gestão de Custos
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Mediante o cômputo dos custos fixos e custos variáveis, a empresa pode estimar o 
custo total de um produto e, assim, arbitrando uma margem de lucro, obter seu 
preço de venda, conforme discutimos no início desta unidade (LINS; SILVA, 2017).
Suponha que, para produzir um frango assado, são necessários apenas três 
elementos: o próprio frango; uma máquina para assar; e gás de cozinha.
O frango tem o custo unitário de R$ 12,00 para o empreendedor. O custo da 
máquina é igual a R$ 0,20 para um ciclo de produção de 14.000 frangos; o 
custo do gás é igual a R$ 0,27.
Logo, o custo total, por frango, é igual a R$ 12,00 + 0,20 + 0,27 = R$ 12,27
Se o empreendedor quer obter 50% de lucro, deverá acrescentar uma 
margem de 50% sobre o custo total, para obter o preço de venda:
Preço de venda=custo total+margem de lucro=12,27+(0,5*12,27) ≌ R$18,40
1.3 INVESTIMENTOS: UM RÁPIDO OLHAR
Em uma primeira aproximação, pode parecer confusa a ideia de elencar a categoria 
dos ‘investimentos’ em conjunto com custos ou despesas. Afinal, uma empresa inves-
te com o objetivo de gerar mais receita.
No entanto, é importante lembrar que um investimento, embora tenha realmente 
essa finalidade – gerar mais receita mediante a ampliação da capacidade produtiva 
da empresa – representa um gasto no primeiro momento, ou seja, um desembolso 
de recursos (e que, normalmente, é de um valor importante) que irá adquirir bens e 
serviços a serem utilizados durante toda uma vida útil desses produtos, ou seja, ao 
longo de diferentes ciclos operacionais (HOJI, 2017). 
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Gestão de Custos
SUMÁRIO
FIGURA 5 - CICLO DE VIDA DE UM INVESTIMENTO
Vida útil
do investimento
Depreciação
Geração 
de receita
Criação 
de produto
Desembolso 
de capital
Decisão 
de investir
Fonte: Elaborada pelo autor.
Esses investimentos mencionados consistem, portanto, em investimentos produtivos: 
dizem respeito à ampliação da capacidade instalada de produção da empresa. 
Há uma outra categoria de investimento, ou seja, aquele que é realizado junto a insti-
tuições financeiras. Esse tem o objetivo de aumentar as reservas da empresa na forma 
de capital, de dinheiro, mediante aplicações em fundos de investimentos, ações, deri-
vativos e outras opções disponíveis no mercado financeiro.
O fator de arbítrio, ou seja, o fator que define se uma empresa realiza, ou não, uma 
decisão de investimento produtivo, é a taxa de juros praticada na economia. Se a taxa 
de juros que remunera investimentos financeiros for maior que os retornos esperados 
pela empresa, na forma de receitas geradas, a decisão de investimento mais acertada 
é aplicar o dinheiro no mercado financeiro (HOJI, 2017). 
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Gestão de Custos
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A taxa de juros é o fator de remuneração dos investimentos; no entanto, o 
agente econômico precisa estar atento à realidade do mercado e às suas 
características: juros altos simbolizam maior potencial de risco e de perdas 
mediante a decisão de investir.
O oposto ocorre quando as entradas de recursos esperadas são superiores à renta-
bilidade dos investimentos financeiros: nesse momento, é razoável que a empresa 
realize um investimento produtivo, em equipamentos e maquinário especializado.
Considere que uma empresa que produz fraldas descartáveis recebeu uma 
oferta para a compra de uma máquina que irá custar R$ 240.000,00. Com 
ela, a empresa espera fabricar (e vender) 100.000 fraldas mensais a R$ 0,70 
por unidade, com uma margem de lucro de 3% sobre cada fralda. A outra 
opção é investir o dinheiro da máquina no mercado financeiro a juros fixos 
de 1,2% ao mês.
Logo, a opção da compra da máquina trará um rendimento médio de:
100.000*0,70*0,03=R$ 2.100,00
E a opção de manter o investimento financeiro a juros de 1,2% a.m. gera um 
rendimento de:
240.000*0,012=R$2.880,00
Diante dessas opções, é coerente que a empresa mantenha o dinheiro apli-
cado em investimentos no mercado financeiro.
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Gestão de Custos
SUMÁRIO
BIBLIOGRAFIA COMENTADA 
Veja, a seguir, algumas indicações de obras que complementarão seu conhecimento 
sobre os assuntos abordados na disciplina.
HOJI, Masakazu. Administração financeira e orçamentária: matemática financeira 
aplicada, estratégias financeiras, orçamento empresarial. Atlas, 2017. 
Essa obra realiza uma importante articulação entre ferramentas de gestão financeira, 
particularmente utilizadas no dia a dia de empresas de diferentes portes e perfis de 
atuação. Trata-se de um manual importante à administração de uma empresa, por 
meio da definição e apresentação de conceitos que resumem as interfaces financeira 
e administrativa das empresas. O autor apresenta, nesse sentido, a importância do 
planejamento financeiro como forma de garantia do crescimento das organizações, 
sobretudo, no tocante à articulação de recursos para a produção, dentro do conceito 
de ciclo operacional, que está descrito no tópico 1.3, denominado “Fluxo de opera-
ções e cálculo do ciclo operacional”.
BRUNI, Adriano Leal; FAMÁ, Rubens. Gestão de custos e formação de preços. 6. ed. 
São Paulo: Atlas, 2012.
Os autores realizam uma ponte importante entre conceitos teóricos e suas aplica-
ções práticas, sobretudo, mediante o uso de calculadoras financeiras. São descritos 
diferentes exercícios, em diferentes graus de dificuldade, para o cálculo dos procedi-
mentos de Gestão de Custos, com uma abordagem simplificada, a fim de gerar uma 
boa síntese sobre os processos de finanças das empresas. Analise o primeiro capítulo, 
porém, mais especialmente o tópico 1.4, “definições e conceitos”. 
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Conforme as abordagens desta unidade temática, o conceito de ‘custo’ pode assumir 
múltiplos significados, sentidos e determinações, a depender do contexto em que é 
utilizado nas rotinas produtivas de uma organização. Há categorias de custos dire-
tos e indiretos; custos fixos e variáveis; despesas, perdas normais, perdas anormais, 
desembolsos e investimentos.
Todos esses referenciais analíticos, no entanto, convergem para um ponto em comum: 
a existência de gastos, de sacrifícios financeiros que obrigatoriamente têm de ser 
feitos pela empresa a fim de que a mesma possa financiar suas atividades. 
Vale destacar que, mesmo que certos desembolsos em princípio sejam absolutamen-
te indesejáveis (como no caso das perdas anormais e dos desperdícios), os mesmos 
podem se converter, de algum modo, em fontes de receita: a quebra de uma máqui-
na gera a necessidade de uma manutenção corretiva que, embora possa ter um custo 
significativo, recupera a sua capacidade produtiva, de modo a reduzir os custos de 
operação, especialmente os custos fixos, mediante a melhora da produtividade e a 
retomada da eficiência produtiva.
Portanto, é necessário que uma empresa apresente fórmulas de gestão que sejam 
eficazes, ou seja, que cumpram com seus objetivos, delineando adequadamente 
cada item de custo, a fim de determinar as margens de lucro e preços de venda 
que permitam que a empresa possa colocar seus produtos no mercado de forma 
competitiva.
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Gestão de Custos
SUMÁRIO
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos 
que possa:
> Demonstrar a diferença 
existente entre custos diretos e 
indiretos na produção de bens 
em uma empresa.
> Empregar cálculos para a 
apuração dos custos diretos e 
indiretos.
> Avaliar as relações existentes 
entre a Gestão de Custos e a 
Gestão de Estoques.
> Interpretar as diferenças 
existentes entre tipos de bens 
produzidos e suas relações de 
custo, na forma de coprodutos 
e subprodutos.
UNIDADE 2
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Gestão de Custos
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2 SISTEMAS DE PRODUÇÃO E 
MÉTODOS DE APURAÇÃO DE 
CUSTOS
Nesta unidade, será realizado um aprofundamento teórico e prático nos processos 
de apontamento e Gestão de Custos, de modo a compreender melhor os mecanis-
mos que viabilizam a formação dos preços de venda de um produto. Na verdade, o 
objetivo geral desta unidade temática reside em demonstrar como uma empresa 
pode operacionalizar e produzir diferentes tipos de bens, separando os seus custos 
de produção em custos diretos e indiretos, a fim de entender qual a contribuição de 
cada item, cada objeto gerador de custo, na determinação dos custos totais da orga-
nização. Esses itens, quando separados por setores específicos, também são conheci-
dos como centros de custo, e devem ser identificados com eficiência e precisão, para 
que a empresa evite desperdício de recursos e má alocação de fatores de produção, 
que possam comprometer as suas atividades.
Os elementos geradores de custo podem ser alocados sob diferentes categorias. Neste 
momento, estudaremos a distinção entre custos diretos e indiretos, bem como em 
relação aos custos de produção equivalente. Esses conceitos são usados para que a 
empresa conheça a realidade dos seus estoques de produtos, dos itens que estão em 
fase de elaboração, e dos produtos acabados, o que interfere diretamente nos resulta-
dos financeiros da organização, com efeitos diretos sobre a sua vida profissional.
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
A Gestão de Custos organiza os diferentes elementos geradores de custos em uma 
empresa a partir de diferentes categorias, de modo a melhorar a eficácia da sua 
administração. A excelência na Gestão, a redução dos custos, a criação de margens 
de lucro mais amplas, a disputa concorrencial por preços para favorecer a demanda, 
todos esses elementos são processos que incentivam a eficiência na atividade produ-
tiva, voltada para um objetivo: a melhoria de condições de concorrência e o cresci-
mento e melhora das variáveis financeiras.
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Gestão de Custos
SUMÁRIO
Na sequência de uma classificação inicial, que divide esses itens de desembolso em 
custos e despesas, é preciso aprofundar a discussão: como se calculam os custos 
de produção? Quais itens podem ser separados em custos diretos e indiretos? Esses 
métodos de gestão se aplicam a todas as empresas, independentemente dos produ-
tos que elas fabricam e do tipo de produção? Como você verá, os tipos de sistemas 
produtivos também acabam por condicionar métodos de determinação dos custos 
a eles associados.
2.1 CONCEITOS INICIAIS
Para entender como os custos são organizados e apropriados, é preciso apresentar 
alguns conceitos principais.
O primeiro deles é o de apropriação. Por essa expressão, entende-se o processo 
de coleta, de arrecadação das informações que sustenta e organiza os sistemas de 
custeio das empresas, ou seja, os sistemas de apuração de custos que permitem que 
os gestores determinem os preços de venda e as expectativas de receitas e despesas 
que são inerentes ao funcionamento da organização empresarial (SANTOS, 2017).
A forma pela qual os custos são apropriados, portanto, interfere diretamente nas 
decisões dos gestores da empresa; é válido, portanto, retomar esta classificação. 
2.1.1 CUSTOS DIRETOS
Os custos podem ser apontados ao produto na forma de custos diretos, que estão 
associados diretamente à atividade de produção de cada bem, sem a necessidade 
de um rateio, ou seja, de estabelecer proporções e porcentagens em relação a cada 
item produzido; são custos que apresentam uma natureza mais objetiva, e podem ser 
mensurados em termos de quantidades, tais como matérias-primas, componentes 
diversos, horas de trabalho de funcionários ou de máquinas, entre outros (CREPALDI; 
CREPALDI, 2018).
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Dessa forma, é possível separar os itens de custos diretos por categorias, tais como:
• Matérias-primas: são itens adquiridos pela empresa, podendo assim ser esto-
cados, e que serão transformados para a elaboração do produto final, tais como 
recursos naturais (madeira, pedras, etc.) ou itens previamente elaborados (teci-
dos, tintas, vidro, entre outros).
• Materiais secundários: tratam-se de produtos também adquiridos junto a 
terceiros, ou mesmo produzidos pela empresa; nesse caso, são produtos 
que não são as principais matérias-primas necessárias à produção, mas que 
podem ser identificados no produto, como botões, pregos e parafusos, fios, 
entre outros.
• Embalagens: prestam-se ao acondicionamento e armazenagem dos produ-
tos, para a formação de estoques e/ou para venda posterior.
FIGURA 6 - ELEMENTOS GERADORES DE CUSTOS DIRETOS
It
en
s 
de
 c
us
to
 d
ir
et
o
Matérias-primas
Materiais 
secundários
Embalagens
Fonte: Elaborada pelo autor.
É possível fazer uma outra separação dos custos diretos, a fim de obter a quantidade 
de materiais que é efetivamente utilizada na produção, melhorando a eficiência na 
gestão de estoques.
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Gestão de Custos
SUMÁRIO
Uma empresa precisa fazer uma gestão eficiente de seus estoques a fim de 
evitar desperdícios e/ou acúmulo excessivo de bens e matérias-primas. A 
Gestão de Estoques é uma área importante na Gestão Financeira, e se enqua-
dra também na Contabilidade de Custos à medida que representa um item 
de custo (dados os desembolsos que as empresas precisam fazer para consti-
tuir estoques de produtos,armazená-los, etc.).
Em geral, uma empresa que realiza a produção de bens, mediante o uso de suas 
matérias-primas e materiais secundários, efetua a compra de materiais, que são esto-
cados, e nem sempre utilizados plenamente na produção; alguma reserva de mate-
riais pode (e deve) ser mantida, por exemplo, para eventuais oscilações na demanda 
(LINS; SILVA, 2017).
É comum que uma empresa que já esteja consolidada no mercado se orga-
nize para momentos e etapas do ano em que a demanda por seus produtos 
é mais acelerada, acumulando estoques de matéria-prima ou contratando 
funcionários, por exemplo; isso acontece na indústria de bebidas durante os 
meses de verão, ou para as fábricas de velas de parafina, que se preparam 
para o Dia de Finados.
No caso da compra de materiais, a quantidade de itens que é realmente utilizada na 
produção pode ser calculada do seguinte modo:
Material consumido = estoque inicial + compras-estoque final
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O cálculo dos estoques deve ser feito a partir do custo de aquisição dos produtos 
necessários para formá-los, o que inclui eventuais despesas com transporte, seguros, 
controle de qualidade e outros itens que possam gerar desembolsos com a compra 
desses materiais e/ou serviços (CREPALDI; CREPALDI, 2018). 
Suponha que a empresa ABC produz artigos de plástico para cozinhas; sua 
meta é ter um custo máximo de R$ 0,60 por unidade produzida, e sua capa-
cidade de produção é de 10.000 peças ao mês.
Em março de 20X9, essa empresa adquiriu R$ 12.000 em matéria-prima, 
que se assomou a um estoque anterior desses recursos, com o valor acumu-
lado de R$ 14.000; como o mês de março apresentou uma alta demanda, 
todo o estoque foi consumido, uma compra adicional de material no valor 
de R$ 5.000 foi executada, e ao final do mês, sobraram apenas R$ 500 em 
produtos estocados. O valor do material consumido, portanto, é igual a:
Estoque inicial + compras-estoque final = 14.000+12.000+5.000-500 = 
R$ 30.500,00
Cabe, por fim, destacar que é necessário incluir, no cálculo dos estoques, os impos-
tos que são recuperáveis, tais como o Imposto de Circulação de Mercadorias e Servi-
ços (ICMS), e agregar o valor dos encargos a pagar que não geram recuperação, tais 
como taxas alfandegárias e impostos de importação, por exemplo. É preciso incluir 
as quebras de estoque que sejam previsíveis, como a perda de produtos com o trans-
porte e armazenamento. E, caso haja algum desconto ou abatimento, esse lança-
mento deve ser feito de modo a ser deduzido do custo de aquisição dos produtos e 
formação dos estoques (LINS; SILVA, 2017).
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Gestão de Custos
SUMÁRIO
Quando uma granja comercializa aves vivas, ela deve prever a porcentagem 
de animais que podem morrer durante a etapa de transporte, calculando 
essa quebra de estoque como parte do custo geral dos produtos transacio-
nados. O mesmo se aplica no setor agrícola para os grãos que caem dos 
caminhões durante o transporte, ao chocolate que derrete nas prateleiras, 
ao combustível que evapora nos reservatórios dos postos, entre outros casos.
2.1.2 CUSTOS INDIRETOS
A segunda categoria é a de custos indiretos, que, por sua própria condição, não 
podem ser avaliados de forma objetiva em relação aos bens produzidos pela empre-
sa; trata-se de itens geradores de desembolsos nas empresas, mas que não se identi-
ficam diretamente com a atividade-fim da empresa, ou seja, ao portfolio de produtos 
elaborados pela mesma. 
Pode-se mencionar como exemplos o pagamento de aluguéis, o salário de super-
visores, os serviços de manutenção predial e segurança, os gastos com iluminação, 
desembolsos para o pagamento do setor administrativo, etc. Nesse caso, é preciso 
realizar um rateio, isto é, uma proporção em relação aos produtos ou serviços gera-
dos pela empresa, para a incorporação ao preço de venda, realizando o somatório de 
todos os custos indiretos para se obter o indicador de Custos Indiretos de Fabricação 
(CIF) (CREPALDI; CREPALDI, 2018).
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Considere que a empresa HDH apurou seus custos de produção ao longo 
do mês de janeiro de 20X9. Essa empresa fabrica copos plásticos em três 
tamanhos: 300 mL (tendo sido produzidos 12.000 dúzias desse item), 
500 mL (8.000 dúzias) e 700 mL (4.000 dúzias).
Os desembolsos realizados, e que são correspondentes aos custos indiretos, 
são os seguintes:
• Mão de obra indireta (consultores, técnicos de manutenção externos, 
etc.): R$ 4.800
• Lubrificantes para máquinas: R$ 600
• Energia elétrica: R$ 3.600
• Depreciação de equipamentos: R$ 1.800
• Custos indiretos diversos: R$ 1.200
A partir da quantidade produzida, defina o rateio dos custos indiretos dos 
copos.
• O total de custos indiretos é igual a 4.800 + 600 + 3.600 + 1.800 + 1.200 
= R$ 12.000
• Quantidade total produzida: 144.000 + 96.000 + 48.000 = 288.000 
unidades
• Custo indireto por unidade = 12.000/288.000 = R$ 0,04167
A alocação dos custos em cada categoria de produtos, portanto, é demons-
trada do seguinte modo:
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SUMÁRIO
TABELA 1 - CUSTOS INDIRETOS E QUANTIDADES PRODUZIDAS
PRODUTO UNIDADES DE PROD. CUSTO UNITÁRIO CUSTO TOTAL
300 mL 144.000 0,04167 R$ 6.000
500 mL 96.000 0,04167 R$ 4.000
700 mL 48.000 0,04167 R$ 2.000
Fonte: Elaborada pelo autor.
É importante mencionar que uma solução possível para determinar os efeitos dos 
custos indiretos sobre a produção consiste na departamentalização, ou seja, na sepa-
ração da empresa por setores a fim de calcular os impactos de cada item de custo 
indireto sobre as diferentes atividades que condicionam a criação de produtos e 
serviços (SANTOS, 2017).
Considere que a empresa ARF apresenta os seguintes dados, relativos à sua 
contabilidade de custos:
• Pagamento de aluguéis: R$ 12.000/mês (rateio: área ocupada por 
departamento)
• Depreciação de equipamentos: R$ 18.000/mês (rateio: valor das 
máquinas de cada departamento)
• Gastos administrativos: R$ 9.000/mês (rateio: número de funcionários)
• Mão de obra indireta: R$ 15.000/mês (rateio: horas de mão de obra 
indireta)
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A distribuição da empresa, para a elaboração dos critérios de rateio, é descri-
ta pela tabela a seguir:
TABELA 2 - DISTRIBUIÇÃO DE ELEMENTOS DE RATEIO EM UMA EMPRESA
GESTÃO USINAGEM TRANSPORTE POLIMENTO AFIAÇÃO TOTAL
Área 
ocupada (m²)
10 40 5 30 15 100
Valor das 
máquinas 
(R$)
30.000 360.000 120.000 90.000 60.000 660.000
Horas – mão 
de obra ind.
10 20 48 12 10 100
Nº de 
funcionários
6 15 3 8 4 36
Fonte: Elaborada pelo autor.
A partir das informações apresentadas, aponte o rateio de depreciação de 
equipamentos relativo ao departamento de polimento. Nesse caso, sabe-se 
que o critério a usar é o valor das máquinas, no total de R$ 660.000. O setor 
de polimento tem máquinas no valor de R$ 90.000.
Para o rateio, basta fazer uma regra de três simples:
Valor das máquinas → depreciação
Valor do departamento → X
Ou seja,
660.000 → 18.000
90.000 → X
X = R$ 2.454,54
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Gestão de Custos
SUMÁRIO
Essa forma é, na verdade, uma aplicação de porcentagem: se o valor das 
máquinas do departamento de polimento corresponde a 13,63% do total, 
logo, no rateio das perdas com depreciação, a perda correspondente ao 
setorde polimento corresponde a 13,63% do total (chegando ao mesmo 
resultado).
TABELA 3 - CRITÉRIOS DE RATEIO DE CUSTOS INDIRETOS
FONTE DO CUSTO INDIRETO CRITÉRIO DE RATEIO PARA CADA DEPARTAMENTO
Gastos prediais (aluguel, 
impostos, seguros)
Área ocupada pelo departamento
Iluminação da empresa Área ocupada, número de pontos de luz
Despesas administrativas e 
contábeis
Número de funcionários, horas-máquina
Material indireto Material direto (em cada setor)
Mão de obra indireta (técnicos, 
consultores)
Número de empregados, horas trabalhadas
Almoxarifado Custos dos materiais
Manutenção Horas-máquina trabalhadas
Alimentação e assistência de 
funcionários
Número de funcionários
Energia elétrica KWh consumido em cada setor
Fonte: Adaptada de CREPALDI; CREPALDI, 2018.
Toda unidade ou setor que gere algum tipo de desembolso dentro de uma empresa 
é chamado de centro de custos. Ou seja, trata-se de cada uma das subdimensões da 
empresa, que são responsáveis pela criação dos seus custos de produção. Vale dizer, 
não necessariamente um departamento consiste em um único centro de custos, 
podendo haver mais de um centro em cada um desses setores (LINS; SILVA, 2017).
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O setor de almoxarifado tem centros de custo relativos aos funcionários 
mobilizados; aos materiais consumidos no setor, como graxas e lubrificantes; 
à armazenagem de produtos; ao pagamento de aluguéis da área, se for o 
caso, entre outros.
2.2 SISTEMAS DE PRODUÇÃO E PROCESSOS DE 
ACUMULAÇÃO DE CUSTOS
Uma vez que os custos de produção foram apropriados, isto é, apontados e descri-
tos, é necessário processá-los a fim de gerar informações aos gestores de custos da 
empresa.
Esse processamento é entendido como uma etapa de acumulação de custos, que 
é realizada de acordo com sistemas que apuram os desembolsos relativos a cada 
centro de custos, a fim de se determinar o Custo dos Produtos Vendidos (CPV) em um 
período de tempo, que, por sua vez, corresponde a um ciclo de produção (CREPALDI; 
CREPALDI, 2018).
2.2.1 ATIVIDADE PRODUTIVA E APURAÇÃO DO CPV
O indicador CPV é formado a partir da soma de custos de produção e de estoques de 
produtos, de acordo com a fórmula:
CPV = EIPA + CPA – EFPA
Onde:
CPA = EIPP + CP – EFPP
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SUMÁRIO
Vamos deslindar essas variáveis, isto é, explicitar cada uma delas, utilizando exemplos 
de aplicação.
Para o cálculo dos Custos de Produção (CP), apuram-se os custos diretos, que são 
estimados em termos dos Materiais Diretos (MD) e da mão de obra direta (MOD); os 
custos indiretos são representados pelo CIF (SANTOS, 2017):
CP = MD + MOD + CIF
A empresa FGH desembolsou, no mês de fevereiro de 2019, um valor total 
de R$ 24.200, relativo aos seus custos de produção. Os custos com materiais 
diretos representaram 45% do total, e os custos de mão de obra somaram R$ 
8.470. Qual o valor dos custos indiretos?
De acordo com a fórmula, temos o seguinte:
CP = MD + MOD + CIF → 24.200 = 0,45*24.200 + 8.470 + CIF
∴ CIF = 24.200 – 10.890-8.470 = R$ 4.840,00
Caso não haja, no demonstrativo contábil da empresa, o valor dos Materiais Diretos, 
será preciso calculá-lo a partir de um indicador que apure o seu estoque inicial (EI), 
as compras realizadas durante o ciclo de produção (C), e o estoque final desses mate-
riais (EF):
MD = EI + C – EF
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Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
É preciso lembrar que nem sempre a quantidade total de unidades cuja produção foi 
iniciada num certo período fica realmente pronta nesse período; sendo assim, essas 
unidades estão em fase de produção, não estando ainda concluídas. E elas devem ser 
devidamente deduzidas dos custos de produção.
Assim, para chegarmos ao Custo de Produção Acabada (CPA), ou seja, à soma dos 
custos dos bens efetivamente produzidos em um certo período, é preciso agregar o 
valor do Estoque Inicial de Produtos em Processo (EIPP), ou seja, o volume de bens 
que a empresa começou a produzir nesse mesmo período, e deduzir o Estoque Final 
de Produtos em Processo (EFPP), que é o montante de bens cuja produção não foi 
concluída:
CPA = EIPP + CP – EFPP
Suponha que a empresa FJI fabrica seus produtos em regime contínuo, e, em 
junho de 2019, os custos de produção foram iguais a R$ 100.000. No mesmo 
mês, essa empresa começou a produzir bens com o valor de R$ 40.000; e, no 
dia 30, ainda tinha cerca de R$ 15.000 em produtos na esteira para serem 
terminados.
Assim, o Custo de Produção Acabada é igual a: 
CPA = EIPP + CP – EFPP = 40.000 + 100.000 - 15.000 = R$ 125.000
Por fim, ao longo desse ciclo de produção, além dos bens que “ficaram pelo cami-
nho”, ou seja, não foram completados, há também aqueles que foram produzidos até 
a sua etapa final, tornando-se produtos acabados (CREPALDI; CREPALDI, 2018). 
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SUMÁRIO
A empresa pode dispor de um Estoque Inicial de Produtos Acabados (EIPA), anterior 
ao ciclo, e um Estoque Final de Produtos Acabados (EFPA), para armazenagem ou 
para iniciar outro ciclo de produção. Esses estoques compõem, enfim, o Custo dos 
Produtos Vendidos:
CPV = EIPA + CPA – EFPA
Considere que a empresa “Rancho Mediano Ltda.” apresenta os seguintes 
dados relativos à sua contabilidade:
TABELA 4 - DADOS CONTÁBEIS DE UMA EMPRESA
Receitas de venda 360.000,00 
Mão de obra direta 110.000,00 
Mão de obra indireta 33.000,00 
Comissões de venda 7.200,00 
Despesas administrativas 10.800,00 
Depreciação geral 3.600,00 
Seguros 1.200,00 
Energia elétrica 2.400,00 
Matéria-prima 108.000,00 
Materiais indiretos 5.400,00 
Estoques
Matéria-prima (inicial) 36.000,00 
Matéria prima (final) 18.000,00 
Produtos em processo (inicial) 24.000,00 
Produtos em processo (final) 30.000,00 
Produtos acabados (inicial) 28.800,00 
Produtos acabados (final) 21.600,00 
Fonte: Elaborada pelo autor.
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Para elaborar o CPV, é preciso obter os custos do produto, separando-os 
das despesas (que no caso, são dadas pelas comissões de venda e despesas 
administrativas), obtendo-se a tabela a seguir:
TABELA 5 - DEPURAÇÃO DE CUSTOS DE PRODUÇÃO
Mão de obra direta 110.000,00 
Mão de obra indireta 33.000,00 
Depreciação geral 3.600,00 
Seguros 1.200,00 
Energia elétrica 2.400,00 
Matéria-prima 108.000,00 
Materiais indiretos 5.400,00 
Fonte: Elaborada pelo autor.
A segunda etapa consiste na obtenção dos Custos Diretos, separando-os dos 
indiretos.
No exercício, temos apenas o custo de mão de obra direta, sendo preciso 
ainda obter o custo do material consumido. Como ele não está disponível, 
deve ser calculado a partir dos estoques e compras realizadas no período:
MD=EI + C – EF = 36.000 + 108.000 – 18.000 = R$126.000
Os custos indiretos são expostos na tabela a seguir:
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SUMÁRIO
TABELA 6 - APURAÇÃO DO CIF
Mão de obra indireta 33.000,00 
Depreciação geral 3.600,00 
Energia elétrica 2.400,00 
Materiais indiretos 5.400,00 
TOTAL 44.400,00 
Fonte: Elaborada pelo autor.
Havendo calculado o custo da mão de obra, materiais diretos e custos indi-
retos, pode-se obter o Custo de Produção:
CP = MD + MOD + CIF = 126.000 + 110.000 + 44.400 = R$ 280.400

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