Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Fernanda Pereira Guimarães – 4º período Exame físico do aparelho respiratório Inspeção estática Observar as lesões elementares da pele durante a inspeção. Visão frontal ou tangencial para pesquisar abaulamentos ou depressões. Pontos de referência do tórax Face anterior: incisura supra esternal (fúrcula esternal), ângulo de Louis, ângulo de Charpy. Face posterior: C7, escápula e seu ângulo inferior e a extremidade livre da 12ª costela. Linhas de referência do tórax: Face anterior: linha médio esternal, linha hemi-clavicular Face lateral: linha axilar anterior, média e posterior Face posterior: linha vertebral e escapular Inspeção dinâmica Classificação do tipo de tórax de acordo com o seu formato. Normal ou elíptico, infundibuliforme ou tórax de sapateiro, em tonel (enfisema e bronquite), cariniforme ou tórax de pombo, tórax chato, em sino, cifótico ou cifo-escolíótico. Pectus excavatum (natureza congênita) Pectus carinatum (congênita ou adquirida - raquitismo na infância) → Observar a coloração da pele e o grau de hidratação, bem como se há presença de lesões. → Baqueteamento digital (Sinal de Schamroth) - hipóxia crônica. Tipo respiratório Torácica ou costal quando é caracterizada pela movimentação predominante da caixa torácica. Respiração abdominal ou diafragmática quando é caracterizada pela movimentação predominante da metade inferior do tórax e do andar superior do abdome. Frequência Normal 10-20 IRPM Taquipneia (F > 24 IRPM, com ritmo regular) Bradipneia (F < 10 IRPM, com ritmo regular) Apneia é uma parada respiratória Observar se há uso de musculatura acessória. Observar o sincronismo entre os movimentos respiratórios abdominais e torácicos. Ritmo respiratório - inspiração deve levar aproximadamente o mesmo tempo da expiração. Alterações no ritmo → Respiração de Cantani: → Respiração de Kussmaul: inspirações profundas seguidas de pausas e expirações curtas - Acidose diabética → Respiração de Biot: apresenta-se em duas fases, apneia seguida de movimentos respiratórios e inspiratórios anárquicos quanto ao ritmo e amplitude - Indica grave comprometimento encefálico. → Respiração de Cheyne-Stokes: fase de apneia seguida de incursões respiratórias aumentadas até chegar em um ponto máximo para depois decrescer e chegar a uma nova pausa - IC, hipertensão intracraniana, AVC, traumatismos cranioencefálicos. → Dispneia → Respiração suspirosa: movimentos inspiratórios de amplitude crescente seguidos de expiração breve e rápida - Ansiedade ou tensão emocional → Tiragem: depressão importante da musculatura intercostal ou da musculatura acessória durante a inspiração. É mais visível na parte lateral do tórax, resultado do aumento da pressão negativa durante a inspiração - Atelectasia subjacente. A tiragem pode ser supra clavicular, infra clavicular, intercostal ou epigástrica. Observe o uso de musculatura acessória: escaleno, trapézio e esternocleidomastoide. Onde o examinador deve estar?? Paciente de frente, examinador à direita. Paciente de costas, examinador à esquerda. Palpação Sensibilidade. Temperatura. Avaliar expansibilidade do ápice e das bases. Expansibilidade dos ápices pulmonares na face posterior: Examinador deve colocar as mãos espalmadas nas bordas internas da base do pescoço, polegares na coluna vertebral e os demais dedos nas fossas supraclaviculares. Durante a manobra pede-se ao paciente inspirar e expirar profunda e pausadamente com a boca entre aberta. Expansibilidade dos ápices pulmonares na face anterior: Examinador deve colocar as mãos espalmadas nas bordas internas da base do pescoço, polegares no ângulo manúbrio esternal e os demais dedos no dorso. Não esqueça de pedir ao paciente para inspirar e expirar profunda e pausadamente com a boca entre aberta. Expansibilidade das bases pulmonares na face posterior: o examinador deve colocar as mãos espalmadas no tórax, polegares nas linhas paravertebrais e os demais dedos recobrindo os últimos arcos costais. Expansibilidade das bases pulmonares na face anterior: o examinador deve colocar as mãos espalmadas no tórax, polegares no ângulo costal e os demais dedos recobrindo os últimos arcos costais. Frêmito Tóraco Vocal: vibrações das cordas vocais transmitidas à parede torácica. FTV aumentado (controverso. Alguns autores não consideram e referem como sopro glótica patológico (tubário) - consolidação (pneumonias e bronquites) FTV diminuído - derrame pleural ou pneumotórax. Examinador coloca a mão direita espalmada (face palmar do 2º,3º e 4º quirodáctilo) comparando a intensidade das vibrações com as regiões homologas, direita e esquerda, de cima para baixo. Paciente fala 33 Percussão Inicia-se a percussão pela parte posterior do tórax de cima para baixo, ficando o médico atrás e à esquerda do paciente. Os hemitórax devem ser percutidos separadamente. Depois faz-se a percussão comparativa entre os hemitórax Som claro pulmonar; Som timpânico; Som maciço; Submaciço Ausculta Deve ser feita de cima para baixa, comparando os hemitórax. Ao pedir para o paciente tossir durante a ausculta separam-se os ruídos permanentes dos eventuais. Sons pleuropulmonar normais Som traqueal: pescoço e região esternal. Expiração mais longa que a inspiração. Fernanda Pereira Guimarães – 4º período Som brônquico: áreas de maior calibre, audíveis na região próxima ao esterno, assemelha-se com o som traqueal. Expiração mais longa que a inspiração. Respiração broncovesicular: escápulas junto a coluna vertebral, principalmente a direita, onde se localizam os brônquios fonte. Tempo de inspiração se iguala ao de expiração. Murmúrio vesicular: é auscultado na maior parte do tórax, principalmente na periferia dos pulmões. Inspiração mais longa que a expiração. - Diminuição pode indicar pneumotórax, espessamento pleural, hidrotórax, etc. Sons anormais Descontínuos: estertores finos (pneumonia e congestão pulmonar) e grossos (indica presença de secreção viscosa e espessa - bronquite crônica) Contínuos: roncos (bronquite e asma), sibilos (bronquite e asma) e estridor (laringite aguda, difteria) Sopros → Atrito pleural (pleurite) Sopro anafórico Sopro cavitário ou cavernoso Sopro tubário (glótico patológico) Sons vocais Broncofonia - ausculta-se a voz sem nitidez (condensação pulmonar) Egofonia - broncofonia de qualidade nasalada e metálica, indica liquido sobre a condensação, podendo complicar para derrame pleural. Pectorilóquia fônica - ausculta-se a voz nitidamente - e afônica - ausculta-se a voz mesmo se cochichada.
Compartilhar