Isolamento Absoluto

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Isolamento Absoluto 
Dentística 
O Isolamento é um conjunto de atividades 
realizadas na cavidade bucal com a finalidade de eliminar a 
umidade, proporcionar condições antissépticas para o 
tratamento dos dentes, conforme as indicações dos 
materiais a serem usados. A saliva pode impedir a 
desinfecção correta da cavidade bucal além de prejudicar os 
materiais utilizados durante os procedimentos 
restauradores. 
O isolamento reduz o tempo de trabalho e oferece 
segurança aos pacientes durante os procedimentos. 
 Absoluto: uso do dique de borracha; 
 Relativo: uso de absorventes. 
 
 
Vantagens: 
 Proteção do paciente (aspiração, deglutição e 
contaminação); 
 Condições adequadas para inserção e condensação 
dos materiais restauradores; 
 Assepsia; 
 Retração e proteção dos tecidos moles para melhor 
visibilidade do campo operatório. 
 
Desvantagens: 
Alergia á borracha; 
Respiradores bucais; 
Dentes parcialmente irrompidos; 
Pacientes asmáticos, com ou sem alterações psicológicas. 
 
Materiais: 
 
1. Dique de Borracha: é um lençol utilizado para 
promover o máximo vedamento da cavidade bucal 
impedindo que a saliva atinja os dentes e que os 
materiais utilizados durante o isolamento sejam 
deglutidos pelo paciente (por exemplos: grampos). Esta 
disponível em diferentes espessuras, podendo ser 
encontrado do mais fino (0,15 mm) até um grosso 
especial (0,35 mm). Além de apresentar cores claras ou 
escuras, sendo as escuras mais indicado, pois 
apresenta um contraste diferente do dente facilitando a 
visualização durante o procedimento. 
 
2. Arco ou porta dique: os mais conhecidos são o de 
Young e o de Ostby. O de Young tem o formato de U e 
é muito utilizado para restaurações, enquanto o de 
Ostby é mais utilizado para tratamentos endodônticos e 
possui um formato hexagonal. Ambos possuem 
prolongamentos que proporcionam o encaixe do dique 
de borracha. 
 
Fonte: Busato, 2005 
 
3. Perfurador: é responsável por perfurar o dique de 
borracha permitindo que o mesmo passe pelos dentes. 
Em sua parte ativa é composto por uma plataforma 
giratória com 5 ou 6 orifícios. Os orifícios menores são 
para os incisivos inferiores, e os orifícios maiores são 
para os molares. 
Fonte: Busato, 2005 
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4. Grampos: são utilizados para manter os lençóis de 
borracha em posição além de promover a retração dos 
tecidos gengivais; Possui diferentes formatos e 
numerações. 
 200 a 205 para molares; 
 206 a 209 para pre-molares; 
 210 e 2011 para dentes anteriores; 
 W8A e 14A para molares parcialmente erupcionados; 
 26 a 28 para molares com pouca retenção; 
 212 para molares com retração gengival em cavidades 
de classe V. 
a. Asas: projeções laterais e anteriores presentes 
em alguns grampos. Localizam-se juntos as 
garras e tem a função de prender o dique 
durante a sua inserção na cavidade bucal; 
b. Alça: presente em todos os grampos. Alguns 
possuem duas. Tem a função de impedir que o 
dique escape do dente, responsável pela 
memória elástica do grampo. 
c. Garras: tem a função de prender “agarrar” o 
grampo ao dente e ajuda a impedir que o dique 
solte do dente. 
 
 
Fonte: Busato, 2005 
 
5. Pinça porta-grampo: tem a função de apreender e 
abrir o grampo a fim de permitir seu posicionamento no 
dente. Assim como sua remoção ao final do 
procedimento. 
 
Fonte: Busato, 2005 
 
6. Lubrificantes: são substancias hidrossolúveis 
utilizadas para lubrificar o lençol de borracha, facilitando 
o deslizamento pela coroa dentária. Os da Hygenic e 
KY da Johnson e Johnson são mais indicados por 
quando entram em contato com a saliva se dissolvem 
facilmente permitindo que o lençol se adapte 
perfeitamente ao colo do dente. Lubrificantes como a 
base de manteiga ou vaselina devem ser evitados por 
serem oleosos, mas podem ser usados nos lábios do 
paciente. 
 
7. Caneta hidrográfica: utilizada para marcar as posições 
onde o dique ser perfurado, uma marcação para cada 
dente que será isolado. 
 
8. Fio dental: auxilia a passagem do lençol de borracha 
nas regiões interproximais além de promover a 
invaginação deste nos espaços sulculares e para 
estabilizar o isolamento através de amarria. 
 
Passo a Passo 
 
1. Preparação do lençol de borracha 
a. Incluir o maior número de dentes possíveis; 
 Dentes posteriores: incluir no mínimo dois 
dentes a distal daquele que vai ser tratado 
até o canino do lado oposto. 
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 Dentes anteriores: pré-molar de um 
hemiarco até o pré-molar do outro 
hemiarco. 
 
2. Posição do orifício no lençol de borracha: a 
distância entre os orifícios deve ser igual a 
distancia entre os eixos longitudinais dos dentes e 
seguir a mesma disposição destes no arco dental. 
Faça uma linha horizontal e outra vertical no centro 
do lençol. A linha vertical representa a linha sagital 
e deve ser marcada com 5 cm para a parte 
superior e 4 cm para a porção inferior. Com relação 
a linha horizontal deve marcar 3 cm para cada um 
dos lados. 
 
Fonte: Busato, 2005 
 
3. Perfuração da borracha: Leve o lençol juntamente 
com o arco até a boca e faça as marcações 
diretamente na boca. Remova da boca para fazer a 
perfuração. 
 
Fonte: Busato, 2005 
 
4. Preparo dos dentes para receber o lençol de 
borracha: testar os pontos de contato com fio 
dental e remover possíveis irregularidades 
presentes nos dentes. É ideal fazer uma profilaxia. 
A anestesia é mais indicada quando há retração 
gengival. 
 
5. Técnicas de coloração do lençol de borracha: 
Pode ser realizado de três formas: 1 Leva-se ao 
dente o conjunto do grampo preso na borracha 
junto com o arco. 2 Coloca-se o grampo ao dente, 
depois o lençol de borracha e por fim o porta-dique 
(arco). 3 Pode ser levado o lençol preso ao arco e 
em seguida colocar o grampo. O lençol deve ser 
lubrificado antes de ser colocado ao dente, de 
preferencia na face do dique que estará voltado 
para a face gengival. Após colocar todo o conjunto, 
é ideal fazer amarrias em torno de cada dente com 
fio dental, evitando que a borracha se desloque 
além de promover mais fixação da mesma na 
região cervical de cada dente. Esta amarria se dá 
pela amarração do fio dental através de um nó 
cirúrgico que não pode ser muito forte. 
 
 
 
Fonte: Busato, 2005