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Isolamento do Campo Operatório

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Isolamento do Campo Operatório:
· O isolamento do campo operatório tem como finalidade eliminar ou diminuir a umidade do meio bucal, controlar a contaminação e proporcionar mais conforto e segurança ao paciente. Se for possível isolar o dente, sempre haverá um controle maior, pois a cavidade bucal é rica em fluido salivar, e ele é rico em microrganismos, podendo ocorrer uma contaminação do local. Além da proteção do paciente (evitar deglutição de materiais e substâncias) e evitar contaminação do dente, o isolamento do campo operatório é importante para melhorar a visibilidade e o acesso, além de que o paciente não consegue fechar a boca completamente. Quando os dentes estão isolados com o dique de borracha, não há contaminação. O isolamento do campo operatório não é exclusivo da Odontologia, ele está presente em vários campos da área da saúde. 
· Há dois tipos de isolamento: o isolamento absoluto e o isolamento relativo (este último é utilizado quando não é possível fazer o isolamento absoluto; no entanto, ele não tem os mesmos benefícios que o isolamento absoluto).
 
· Isolamento absoluto: é indicado na maioria dos procedimentos odontológicos. Apresenta maior qualidade e longevidade do tratamento. É feito utilizando o dique de borracha. Toda a coroa do dente deve ser exposta no isolamento. 
· Isolamento relativo: é indicado quando há impossibilidade de realizar isolamento absoluto, em restaurações provisórias e para polimento de restaurações. É feito utilizando rolos de algodão.
· É importante realizar o isolamento absoluto, pois é necessário ter um campo livre de umidade, controle da contaminação microbiana, retração e proteção dos tecidos moles, proteção contra aspiração e deglutição de instrumentos e materiais, melhor visibilidade, condições adequadas para inserção e proteção do paciente em casos de remoção de amálgama. 
OBS 1: deve-se amarrar um pedaço de fio dental no grampo quando estiver fazendo o teste de grampos, para evitar a sua deglutição, caso ele caia na boca do paciente. 
OBS 2: o uso de amálgama está sendo evitado por conta da contaminação por mercúrio (meio ambiente).
· Materiais: para fazer um isolamento absoluto, é necessário uma tesoura, fio dental, tira de lixa (caso haja excesso de restauração), sugador, guardanapo de papel, lubrificante hidrossolúvel (para ajudar o lençol a deslizar no dente), marcador permanente, espátula de ponta romba, godiva e lamparina (para fixar melhor o grampo?), lençol de borracha, arco porta-dique, perfurador de dique, pinça porta-grampo e grampo. 
· Lençol de borracha: é feito de látex natural. Apresenta cores e espessuras variadas. 
· Arco porta-dique de borracha: há três principais tipos, sendo eles o arco de Young, o arco de Ostby e o arco de Ostby dobrável. Tem a finalidade de manter o lençol liso e estendido. 
· Perfurador de dique de borracha Ainsworth): é utilizado o perfurador de Ainsworth. Ele possui orifícios de tamanhos diferentes, os quais apresentam funções diferentes. O menor é utilizado em incisivos inferiores. O segundo é utilizado para incisivos superiores. O terceiro é utilizado para caninos e pré-molares, tanto superiores quanto inferiores. O quarto é utilizado para molares. O quinto é utilizado para molares, mas somente quando for utilizada a técnica de isolamento em que é colocado o grampo primeiro, e depois o dique de borracha.
 
· Pinça porta-grampo (Palmer): ela tem a função de abrir o grampo e colocá-lo no dente. Há um jeito específico de pegá-la (apoiando na palma da mão), para que haja mais força na mão para abri-la. 
· Grampos: há vários formatos, e são divididos em dois grupos – com asas e sem asas (a asa é uma extensão do grampo; elas servem para facilitar a técnica que for utilizada; por exemplo, quando for levado o conjunto dique-grampo já juntos na boca). Os grampos têm a função de manter o dique de borracha em posição e afastam o tecido gengival. As partes constituintes do grampo são: asas (são projeções laterais que têm a finalidade de prender o dique durante a inserção), alça (está presente em todos os grampos e tem a função de impedir que o dique escape do dente), garras (também estão presentes em todos os grampos; tem a função de prender, “agarrar” o grampo ao dente).
· Os grampos com asas laterais são: 
1. 200 a 205 (molares);
 
2. 206 a 209 (pré-molares);
 
3. 210 a 211 (anteriores; possuem duas alças).
 
· Os grampos sem asas laterais são: 
1. Grampo 212 (grampo cervical de Ferrier). É utilizado para gerar retração gengival. Ele é um grampo retrator, para pré-molares, caninos e incisivos;
 
2. Grampos 26 e W8A, utilizados em molares com pouca retenção.
 
· Para escolher um grampo, deve-se ficar atento ao formato do dente, às dimensões do dente, ao grau de erupção do dente, à posição do dente, e ao tipo de cavidade e acesso. 
· No isolamento absoluto, deve ser isolado no mínimo 4 dentes (um para distal e um para mesial) na região posterior. Em dentes anteriores, deve-se isolar de canino a canino, colocando o grampo nos pré-molares, sobre o dique de borracha, mas sem perfuração (a exceção é quando se vai trabalhar na distal do canino; sendo assim, deve-se perfurar os pré-molares). Quando for feito um trabalho na superfície oclusal, pode-se fazer o isolamento só no dente. 
· Amarrias: deve-se passar o fio dental (duas alças de fio dental dentro do grampo), dar um nó duplo e, depois, cortar o excesso para se fazer a amarria.
 
· Antes de fazer o isolamento, é importante fazer um preparo da cavidade bucal: profilaxia; verificação (teste) das áreas de contato com o fio dental; ajuste dos pontos de contato proximais (com tiras ou com brocas); teste do grampo selecionado (o grande deve estar preso a uma amarria feita com fio dental no teste do grampo selecionado).
· Deve-se colocar o grampo até a cervical (para que ele não pule), tomando cuidado para não colocar na gengiva do paciente. 
· Primeiro, deve-se passar o fio dental nas faces proximais dos dentes. Se o fio dental se romper, deve-se passar a lixa. Em seguida, é preciso fazer o teste do grampo (com o fio dental amarrado). Depois, a marcação deve ser feita no dique de borracha, antes de prendê-lo no arco (se possível, fazer uma linha vertical e uma horizontal para delimitar os quadrantes e facilitar a marcação; a linha vertical deve ficar alinhada com a linha média do paciente; a linha horizontal deve ficar na região do dente mais posterior que vai receber o grampo do isolamento) e, assim, perfurar o dique. A marcação pode ser feita diretamente na boca ou com carimbo ou cartão perfurado. 
 
· Técnicas de colocação do dique de borracha:
· 1ª: coloca-se o grampo selecionado, e depois, a borracha, que pode ou não estar adaptada ao arco (somente para grampos sem asa).
 
· 2ª: coloca-se o grampo sem asa com a borracha e leva-se ao dente; posteriormente é colocado o arco; (Técnica de Ingraham).
 
· 3ª: coloca-se a borracha, presa ao arco, no dente determinado e, posteriormente, o grampo (utiliza-se grampo com asa).
· 4ª: coloca-se o conjunto grampo-arco-borracha a um só tempo.
 
· Cuidados a serem observados em todas as técnicas: estabilização do grampo; passagem dos dentes nos respectivos orifícios; invaginação do lençol; confecção de amarrias; uso de sugador de saliva. 
· Casos especiais de isolamento: prótese parcial fixa; aparelho ortodôntico.
 
· Remoção do dique de borracha: para remover o dique de borracha, deve-se cortar a borracha interproximal, fazer a remoção do grampo, a remoção do lençol/arco e a limpeza dos lábios do paciente, além de lavar a boca com spray ar/água e massagear a gengiva.
· Isolamento relativo: é feito com o uso de rolos de algodão e auxílio do sugador. 
 
· Fios retratores: controlam a saída de fluidos sulculares e/ou hemorragias. Podem ou não estar embebidos em soluções químicas vasoconstritoras.

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