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Patologia óssea Osteogênese Imperfeita “Grupo heterogêneo de doenças hereditárias caracterizada pela osteopenia e fragilidade óssea” Doença óssea hereditária Prevalência mundial: 6 a 7 por 100.000 pessoas Autossomico dominante: COL1A1 e COL1A2 Formação e mineralização óssea Osso, dentina, esclera, ligamento e pele Colágeno tipo I anormal com baixa força de tensão. Osso quebradiço Gravidade varia de acordo com o tipo da doença Leve, moderada e grave: número de fraturas ósseas, graus de deformidade dos ossos longos e coluna vertebral, níveis de redução do crescimento e idade de diagnóstico Nos pacientes afetados, ambas as dentições estão envolvidas e demonstram translucência de azul a marrom. As radiografias revelam tipicamente obliteração pulpar prematura Osteogênese imperfeita tipo I número variável de fraturas ósseas, mínima deformidade óssea e crescimento normal. A maioria das fraturas ocorre durante os anos da pré-escola e são menos comuns após a puberdade. Osteogênese imperfeita tipo II extrema fragilidade de deformidades ósseas. Morte durante a gestação ou ao nascer. Esclera azulada, perda auditiva hiperextensibilidade articular Achados radiográficos: + Osteopenia + Deformidades nos ossos longos + Múltiplas fraturas + Aumento do número de ossos wormianos Achados orais: Dentes opalescentes Translucidez azul, amarela ou marrom Atrição grave: perda de dimensão vertical e perda dentária Obliteração pulpar Raízes dentárias estreitas Más oclusões classe III, mordida cruzada e mordida aberta Diagnóstico: Achados clínicos + radiográficos + histórico familiar Testes genéticos Alterações laboratoriais: vitamina D, cálcio, fósforo e fosfatase alcalina Tratamento e Prognóstico: Deformidades e fraturas de difícil manuseio O essencial no tratamento é fisioterapia, reabilitação e cirurgia ortopédica Moduladores da proteína morfogenética óssea, ativador do receptor do ligante do fator kappa B Terapia gênica Terapia com células-tronco Tratamento semelhante ao da dentinogênese imperfeita Prognóstico variável: grau da doença - Granuloma central de células gigantes Etiologia desconhecida Lesão reacional ou neoplasia benigna? Comportamento agressivo e localizado 2 a 80 anos de idade 60% antes dos 30 anos Mulheres 70% mandíbula linha média Lesões agressivas: dor, crescimento rápido, perfuração da cortical e reabsorção radicular. Não agressivas: exibem poucos ou nenhum sintoma, demonstram crescimento lento e não mostram perfuração da cortical ou reabsorção radicular dos dentes envolvidos na lesão Achados Radiográficos: Lesões uniloculares multiloculares Bem delimitadas Ausência de bordas corticais Tamanho variável: 5mm a 10 cm Diagnóstico diferencial: + Lesões uniloculares pequenas: granulomas periapicais ou cistos + Lesões multiloculadas: ameloblastomas Características Histopatológicas: Células gigantes multinucleadas Focalmente agregadas ou difusas Variação em forma e tamanho Estroma mononuclear de células ovoides a fusiformes Tratamento Prognóstico: Curetagem Em lesões recorrentes: curetagem adicional ou ressecção em bloco Injeções intralesionais de corticóides Taxas de recidiva: 11% a 49% características clínicas e radiográficas agressivas Prognóstico a longo prazo favorável - Querubismo Condição rara de desenvolvimento ósseo Traço autossômico dominante com expressividade variável Mutações Aumento da osteoclastogênese e osteoclastos hiperativos lesões ósseas líticas Remodelações ósseas rápidas + bactérias comensais 2 a 5 anos de idade Expansão indolor e simétrica da região posterior da mandíbula Lesões se desenvolvem em região de ângulo, ascendendo no ramo e no processo coronóide Envolvimento da região inferior e/ou lateral da órbita que desloca os globos oculares para cima e puxa a pálpebra inferior para baixo Envolvimento maxilar palato em V Comprometimento estético Falha da erupção, dificuldades na fala, obstrução de vias aéreas superiores, perda da visão e audição Achados Radiográficos: Multiloculações radiolúcidas bilaterais expansivas Reabsorção radicular e rompimento cortical Características Histopatológicas: Semelhante ao das lesões de células gigantes Achados clínicos + achados radiográficos diagnóstico Tecido fibroso vascular com número variável de células gigantes multinucleadas Hemorragia dispersa Estroma arranjado mais frouxamente do que na lesão de células gigantes Tratamento e Prognóstico: Regressão espontânea até a puberdade abordagem conservadora Persistência das deformidades faciais ou a continuidade da progressão da doença é possível Lesões agressivas Graves deficiências nutricionais- Curetagem, recontorno, ressecção parcial ou ressecção completa Deformidades faciais marcantes A terapia ideal para o querubismo não foi determinada. Cisto ósseo simples Cavidade vazia ou com fluido Ausência de revestimento epitelial Etiopatogenia desconhecida Teoria trauma-hemorragia cisto ósseo traumático hematoma intraósseo Qualquer osso do corpo Mandíbula: pré-molares, molares e sínfise 2ª década de vida Aumento de volume indolor Dor e parestesia pouco relatadas Radiografias de rotina Radiolucidez unilocular Bem delimitada 1 a 10cm Projeções em forma de cúpula Dentes envolvidos vitalidade (+) Não mostram reabsorção radicular Características Histopatológicas: Ausência de revestimento epitelial Tecido conjuntivo fibroso vascular Material amorfo, semelhante ao cemento pode estar presente Membrana de tecido conjuntivo vascular adjacente ao osso Diagnóstico: Achados clínicos + radiográficos + transoperatório Cavidade vazia com paredes lisas e brilhantes Tratamento e Prognóstico: Exploração cirúrgica e curetagem Prognóstico excelente Osteoma Neoplasia benigna composta de osso maduro compacto ou esponjoso Esqueleto craniofacial Adultos Corpo da mandíbula e côndilo Face lingual de pré-molares e molares mandibulares Localizações mandibulares menos comuns incluem o ângulo (particularmente na margem inferior), processo coronoide e ramo. Assintomáticos Solitários Crescimento lento Radiograficamente massas escleróticas circunscritas Características Histopatológicas: Os osteomas compactos são compostos de osso denso de aparência normal mostrando tecido medular mínimo Osteomas esponjosos são compostos de trabéculas ósseas e medula fibrogordurosa. A atividade osteoblástica pode estar levemente aumentada. Tratamento e Prognóstico: Pequenos não necessitam de tratamento acompanhamento Osteomas grandes e sintomáticos excisão conservadora Recidiva após excisão é rara
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