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Esporotricose - @Laravet studies

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INTRODUÇÃO: 
 Esporotricose causa uma infecção micótica 
granulomatosa em pele de animais e seres 
humanos de curso variável subagudo a 
crônico 
 Causada por fungos patogênicos do gênero 
Sporothrix sendo o principal agente o S. 
schenkii 
 Considerada uma micose subcutânea 
cosmopolita freqüente na América Latina, 
principalmente Brasil 
 A ocorrência de casos em felinos e seres 
humanos é alta no Estado do Rio de Janeiro. 
Nos humanos, devido à arranhadura e 
mordedura de gatos domésticos infectados 
ETIOLOGIA: 
 Por muito tempo a esporotricose foi associada 
ao Sporothrix schenckii. 
 A partir dos anos 2000 outras espécies 
foram identificadas como causadoras de 
esporotricose: 
 Sporothrix brasiliensis: alta virulência, 
causa amplo espectro de manifestações 
clínicas 
 Sporothrix globosa: menos termotolerante, 
menor virulência 
 Sporothrix schenckii: segundo agente 
deste grupo de maior virulência. Causa 
quadros tradicionais de micose, mas 
associado a quadros mais severos em 
indivíduos imunocomprometidos 
 Outras espécies que já foram associadas 
à doença: S. chilensis, S. luriei, S. 
mexicana, S.pallida. 
 Taxonomia: divisão Ascomycota, classe 
Pyrenomycetes, ordem Ophiostomatales, 
família Ophiostomataceae 
 São fungos dimórficos que apresentam 
forma filamentosa composta por hifas e 
conídios no meio ambiente, que podem 
desenvolver forma leveduriforme entre 
35 e 37 °C 
 As leveduras são arredondadas, ovais e 
alongadas. Em laboratório formam colônias 
lisas e úmidas, de cor amarelada e aspecto 
cremoso. 
EPIDEMIOLOGIA: 
 É principal causadora de micose 
subcutânea na América Latina, 
principalmente Brasil 
 Pode causar infecções na espécie humana 
e em diferentes espécies domésticas e 
silvestres 
 Não é de notificação obrigatória, o que 
pode significar que o número de casos é 
subestimado 
 A esporotricose é disseminada por todo o 
globo, sendo de maior importância nas 
regiões de clima tropical e temperado. 
 Permanece como patologia importante no 
continente americano e africano, além do 
Japão e Austrália 
 
Esporotricose 
 
Esporotricose 
 
@Laravet.studies 
 Considerada doença ocupacional: floristas, 
jardineiros, agricultores, trabalhadores 
rurais 
 Transmissão zoonótica: mordedura, 
arranhadura, ou contato com exsudatos e 
soluções de continuidade de animais 
domésticos ou silvestres 
 Transmissão por contato com felinos 
doentes é importante, pois há grande 
quantidade de leveduras em suas lesões 
 
 É importante principalmente na espécie 
felina. 
 Alguns pesquisadores associam o felino 
como o único animal capaz de funcionar 
como reservatório do fungo 
 Cães: esporotricose associada a acidente 
traumático com gatos infectados. 
VIA DE TRANSMISSÃO: 
 Trauma em pele, e contato com material 
contaminado ou contaminação de soluções 
de continuidade 
 Via inalatória em humanos 
imunocomprometidos e felinos 
PATOGENIA: 
 Os fungos do gênero Sporothrix 
geralmente são termotolerantes a 35 °C, 
apresentando dificuldade de multiplicação 
a 37 °C. 
 Após alcançar o tecido subcutâneo, 
através de traumas dérmicos ou soluções 
de continuidade, são fagocitados por 
macrófagos 
 Seus fatores de virulência, em especial a 
melanina, o capacitam a resistir à 
fagocitose; as proteínas de adesão 
presentes na superfície da levedura lhe 
conferem a habilidade de aderir a 
glicoproteínas da matriz extracelular 
 A levedura pode ficar restrita à pele ou 
disseminar-se pelo tecido linfático 
adjacente, produzindo infecção 
linfocutânea 
 Pode entrar no organismo pela via 
respiratória, causando infecção no sistema 
respiratório. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS NOS ANIMAIS: 
 MANIFESTAÇÃO CUTÂNEA: lesão,fixa, 
linfocutânea ou, disseminada. Lesões 
ulceradas (únicas ou múltiplas), 
exsudativas, com bordas elevadas e 
crosta hemato-purulenta. Na forma 
linfocutânea observa-se nódulos 
subcutâneos e linfadenite regional 
 MANIFESTAÇÃO EXTRACUTÂNEA: 
manifestação pulmonar primária: espirros, 
lesões na mucosa e seios nasais 
 MANIFESTAÇÃO SISTÊMICA: perda 
de peso, lesões disseminadas em SNC e 
periférico, globo ocular, testículos, 
glândulas mamárias, rins, fígado, etc 
 CÃES: geralmente manifestação cutânea 
fixa, linfocutânea ou disseminada. Formas 
extracutâneas são raras. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS NOS HUMANOS: 
 Forma linfocutânea é a mais frequente 
 Quadros disseminados e extracutânea são 
associados a indivíduos em quadros 
imunocomprometidos (terapias 
imunossupressoras, transplantes, cirrose, 
tuberculose, diabetes, câncer, AIDS 
DIAGNÓSTICO: 
 Coleta de amostra por swabs do 
exsudato ou aspiração com agulha fina 
 Cultivo micológico: métodos diagnósticoS 
definitivoS 
 Citologia e/ou histopatologia 
 Diagnóstico sorológico: aglutinação em partículas de látex sensibilizado, Elisa, FC, IF 
 PCR 
TRATAMENTO: 
 Imidazóis e triazóis, associados a iodetos, administrados via oral, compõe o tratamento de escolha. 
O tratamento geralmente dura, no mínimo, 4 a 8 semanas após a involução das lesões. 
 Antibióticos podem ser associados para tratar infecções secundárias causadas por bactérias 
oportunistas. 
PROFILAXIA E CONTROLE: 
 Uso de calças, roupas com manga comprida, luvas e botas para manuseio de musgos, rosas, 
matéria( orgânica vegetal 
 Tutores de gatos doentes: 
 Não abandonar o animal, pois a contaminação ambiental ajuda a disseminar o patógeno 
 Uso de luvas para manuseio do animal doente 
 Uso de máscaras e óculos se o gato tiver quadro respiratório 
 Lavagem de mãos com soluções a base de clorexidina ou iodopovidona 
 Impedir acesso à rua dos animais 
 Evitar contato com animais errantes 
 Controle populacional por meio de castração dos animais errantes 
 Correto destino de carcaças de animais mortos (incineração)

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