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8 - Can���� e M�l���ez��: ● Introdução: Estas leveduras unicelulares, agentes oportunistas de infecções, porém é associadas a desequilíbrios fisiológicos do sítio de colonização e uso prolongado de antimicrobianos. "Quando um animal apresenta uma infecção por esse fungos leveduriformes, deve-se fazer uma boa anamnese e uma grande investigação para o tratamento e controle e eliminação do agente. ● Candidíase ou candidose: É uma micose cutânea mucosa provocada por qualquer levedura do gênero Candida spp. - Agente etiológico: mais isolada é a espécie Candida albicans. Há mais de 200 espécies no gênero Candida. Candida albicans, é a espécie mais frequentemente implicada em doença animal, não tem estágio sexuado. Cresce de forma aerobica a 37°C em grande variedade de meios, incluindo ágar dextrose Sabouraud. As colônias são compostas de células ovais em brotamento, com variando entre 5 × 8 μm. Em tecidos animais, C. albicans pode exibir polimorfismo na forma de pseudo-hifas ou de hifas . Em alguns meios, faz os conhecidos como clamidósporos ou clamidoconídio. Elas são produzidas quando o ambiente é desfavorável. Habitat: Na microbiota da mucosa do digestório humano e animal. Algumas vezes isolado da pele. As espécies de Candida o correm em materiais de plantas e nos tratos digestivo e urogenital de animais e de humanos. Candida albicans é isolada de fontes ambientais do que as outras espécies de Candida, realizando adaptação a uma existência parasítica em vez de saprofítica. Epidemiologia: Depende de fatores predisponentes ligados ao hospedeiro e ao parasito. Clínica: As lesões são úmidas recobertas por uma pseudomembrana esbranquiçada e quando removida apresenta um fundo eritematoso. A Candidíase oral , é conhecida como sapinho, queilite angular, e pode formar balanopostite (uma inflamação conjunta da glande e prepúcio desencadeada por diversos fatores). A Candidíase vaginal apresenta manifestação cutânea na parte interna das coxas, etc. Exame direto de raspado cutâneo clarificado com soda 20%. Na imagem, podemos ver a presença de pseudohifas e blastoconídios (400x). Diagnóstico de candidíase cutânea. “Candida albicans, a principal levedura envolvida em doenças de animais, possui vários fatores de virulência presuntivos (Cutler, 1991).” O microrganismo possui moléculas superficiais parecidas na integrina que fazem a adesão a proteínas da matriz. A produção de proteases e de fosfolipases podem auxiliar a invasão tecidual. As alterações fenotípicas, que têm sido vistas em C. albicans, o que pode facilitar a evasão dos mecanismos de defesa do hospedeiro. Durante os estágios no início da infecção, os mecanismos fagocíticos eliminam a maioria das leveduras. Fosfolipases concentradas nas extremidades das hifas, podem aumentar o poder de invasão. A forma mucocutânea localizada da candidíase está associada ao crescimento excessivo de C. albicans residente na cavidade oral ou nos tratos gastrointestinal e urogenital. Os fatores predisponentes incluem defeitos na imunidade inata por células, doenças concorrentes, distúrbios da microbiota normal por uso prolongado de antimicrobianos e lesão da mucosa onde estavam localizados cateteres. A mucosa afetada fica espessa e hiperêmica e disseminação hematógena pode ocorrer após invasão vascular por hifas ou pseudo-hifas, produzindo lesões sistêmicas. Infecções oportunistas por espécies de Candida, que ocorrem, estão associadas à imunossupressão ou ao uso prolongado de antimicrobianas. O crescimento excessivo de espécies de Candid pode resultar em lesões localizadas na mucosa em regiões dos tratos digestivo e urogenital. Por exemplo, Aftas no esôfago e papo em frangos jovens podem estar associados à administração prolongada de antibióticos. Em cães e filhotes de gatos e em potros , leva a estomatite micótica. A Candida albicans tem sido associada em ulcerações gastroesofágicas em suínos e potros. Porém, raramente a candidíase disseminada pode ocorrer em suínos, bezerros, cães e gatos. E em bovinos, abortos espontaneos podem estar relacionado a essa especie de candida. Além disso, várias espécies de Candida têm sido isoladas de casos de mastite bovina. A Mastite micótica ocorre esporadicamente como consequência de preparações intramamárias contaminadas ou de grande contaminação ambiental. - Diagnóstico laboratorial: Exame direto: Pode ser visto pseudo-hifas e blastoconídios. Cultura: Colônia leveduriforme parecendo pingo de vela. - Características: Espécie C. albicans através da formação de clamidoconídios no meio “corn meal” e teste de filamentação na cultura no soro humano por 2 horas à 37°C. perfil bioquímico. Meios adequados para cultura e histopatologia incluem biópsia ou amostras de tecidos post-mortem e amostras de leite. Cortes de tecidos, corados pelos métodos de PAS ou prata-metanamina, podem esconder células leveduriformes em brotamento ou hifas. As culturas são realizadas aerobiamente a 37°C por dois a cinco dias em ágar dextrose Sabouraud com ou sem ciclo-heximida Candida sp. Colônia leveduriforme lisa (glabra) branca ou bege e reverso incolor. Na descrição macroscópica da colônia de Candida não utiliza o nome da espécie C. albicans, porque todas as espécies apresentam o mesmo tipo de colônia. Em alguns momentos o aspecto da colônia pode apresentar o centro cerebriforme ou pregueado. Em resumos, as características de C. albicans usadas para identificação presuntiva incluem: - crescimento a 37°C; - produção de clamidósporos em culturas submersas no ágar de farinha de milho (ágar-fubá) - produção de tubos germinativos dentro de duas horas quando incubados em soro a 37°C ; - crescimento em ágar dextrose Sabouraud contendo ciclo-heximida. ● Malassezia: As espécies de Malassezia, fica presente na pele de animais e na de humanos, são leveduras aeróbias, não-fermentadoras, urease-positivas, que crescem entre 35 e 37°C. Uma espécie Malassezia pachydermatis tem importância veterinária. As células de M. pachydermatis, em forma parecida de pegadas, com parede grossa e até 6,5 μm de comprimento, se reproduzem por brotamento monopolar sobre uma base larga. Malassezia pachydermatis pode ser encontrada na pele de mamíferos e na de aves, e junto a áreas ricas em glândulas sebáceas. A região anal, o canal auditivo externo, os lábios e a pele interdigital de cães pode ser colonizados por essa levedura O modelo de brotamento único é demonstrável em preparações microscópicas coradas com azul de metileno. Malassezia pachydermatis é o único membro do gênero que cresce em ágar dextrose Sabouraud sem suplementação de lipídeos. As colônias, que são opacas e de cor creme, têm uma superfície lisa. Malassezia pachydermatis está associada a duas condições clínicas: - otite externa - dermatite: geralmente em cães. A colonização e o crescimento do microrganismo nesses locais podem estar associados à imunossupressão e a outros fatores predisponentes. Quando as leveduras estão presentes em grande número, produzem excessiva secreção sebácea, característica de dermatite seborréica. Na otite externa, a produção de enzimas proteolíticas por M. pachydermatis resulta em lesão na mucosa do canal auditivo. A produção excessiva e a retenção de cera, leva a consequências da hipersecreção de glândulas ceruminosas, combinadas com atividade de M. pachydermatis e de outros microrganismos, contribuem para alterações inflamatórias. Exsudato inflamatório e restos necróticos acumulam-se no canal, e levando a dermatite seborréica canina que também resulta em infecções de pele secundárias, displasia epidérmica e uma desordem genética em terriers das colinas do oeste. Essa levedura é um dos vários microrganismos que contribuem para otite externa em cães. Essa doença ocorre com menos frequência em gatos. - Diagnóstico: O envolvimento de M. pachydermatis deve ser considerado tanto na otite externa como na dermatite seborréica canina. Exsudato do canal auditivo afetado deve ser levado a exames laboratoriais. Na dermatite grave, biópsiade pele deve ser considerada no diagnóstico. As leveduras características são aparentes em exsudatos corados com azul de metileno. Malassezia pachydermatis pode ser cultivada aerobiamente a 37°C por três a quatro dias em ágar dextrose Sabouraud contendo cloranfenicol. Os critérios para identificação dos isolados são: - aparência colonial; - crescimento sem suplementação de lipídios (consistente com M. pachydermatis); - aparência microscópica característica. Na otite externa, placas com ágar-sangue e ágar MacConkey devem ser inoculadas com exsudato para isolar patógenos bacterianos etiologicamente associados a M. pachydermatis.
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