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Conceito “Acontece quando os nervos que saem da medula espinhal e vão para os membros, chamados periféricos, sofrem alguma disfunção.” Como descrever a síndrome? • Síndrome deficitária o (sensitiva/motora/ambas) + (distal/proximal) + (simétrica/assimétrica) + (aguda/crônica). • Dissociação sensitiva: redução ou ausência das formas de sensibilidade conduzidas por fibras finas (térmica, dolorosa e tátil). • Distúrbio trófico: atrofia muscular após desenervação. • Fasciculações: movimentos involuntários de feixes de fibras musculares visíveis sob a pele, perceptíveis ou não, indicam irritabilidade do nervo motor ou do corpo celular dos neurônios motores. • Mielinopatia: desmielinização segmentar. • Mononeuropatia: lesão focal limitada a um nervo periférico. • Mononeuropatia múltipla: lesões de múltiplos nervos periféricos. • Monorradiculopatia: comprometimento de uma raiz nervosa. • Plexopatia: comprometimento de um dos plexos nervosos, em geral braquial ou lombos sacrais. • Polineuropatia: surge quando acontecem danos graves em vários nervos periféricos, normalmente simétrico e predomínio distal. • Polirradiculoneuropatia: lesão difusa de raízes e extremidades de nervos, músculos do tronco e nervos cranianos. • Polirradiculopatia: processo limitado às raízes nervosas, sem participação dos nervos periféricos. • Radiculopatia: mono ou polirradiculopatia. Deve-se designar se trata de uma ou mais e designar as raízes comprometidas. ✓ Dermátomos: uma área da pele inervada por uma única raiz sensitiva. ✓ Miótomo: grupo de músculos, inervados por nervos diferentes, oriundos de uma mesma raiz motora. Constituição • Nervos cranianos (à exceção do segundo); • Componentes simpático e parassimpático do SNA; • Raizes nervosas; • Nervos espinhais, periféricos, mistos, motores e sensitivos; • Gânglios da raiz dorsal; • Fibras nervosas sensitivas; • Terminações nervosas musculares; • Receptores de estímulos periféricos. Neurônios e Raiz nervosa • Células de schwann: produção de mielina para condução rápida, atuam mais em fibras grossas. • Células satélites: envolvem em camada única os neurônios mielínicos. • Raiz dorsal posterior da medula: completamente sensitiva, entra pelo corno posterior. Gânglio da raiz dorsal. • Raiz anterior da medula: sai do corno anterior da medula e emite a raiz motora. • O humano possui o total de 31 raízes. Plexo • Rede de nervos do sistema nervoso periférico e autônomo (motoras e sensitivas). • A junção das raízes forma os nervos espinhais, seguido de plexos e nervos periféricos. !!!!!!! Lesão no plexo: quadro agudo sensitivo e motor, a maioria das vezes acomete um único plexo de forma assimétrica. Qual a síndrome? o Síndrome sensitivo motora assimétrica distal/proximal; • Causas mais comuns: Traumáticas ou inflamatórias. Nervo dorSal poSterior S - sensitivo Junção de raizes Nervos espinhais Plexos Nervos perifericos Qual a síndrome? o Síndrome sensitivo distal simétrica crônica ou aguda. • Pode acometer único nervo ou vários nervos. • O sintoma é apenas no território do nervo. Fibras • Degeneração axonal (walleriana): o processo patológico está nos neurônios que originam os axônios. Eles não conseguem manter a integridade estrutural e funcional dos axônios. ➔ OCORRE POR TRAUMA. ➔ Recuperação após meses. • Desmielinização segmentar: degeneração de um segmento da bainha de mielina com preservação do axônio. Ex: Guillain-Barré. • Neuropatia axonal: diabetes afeta a parte interna do axônio, o guillain barre afeta a mielina. As doenças axonais são difíceis de tratar, diferindo da desmielinização. • Glanglionopatias: afeta o gânglio da raiz dorsal, com alteração puramente sensitivas, com perda da sensibilidade profunda; O Síndrome do cordão posterior da medula é diferencial, mas as ganglionopatias possuem alteração do arco reflexo e alteração de sensibilidade superficial (o que não faz parte do cordão posterior). • Avaliação clínica neurológica: síndrome e topografia). • Eletroneuromiografia: topografia da lesão; ✓ Lesões desmielinizantes: baixa velocidade de condução. ✓ Lesões axonais: perda da amplitude. • Biopsia de nervos (em desuso); - continua tendo importância na hanseníase, porém n]ao é a primeira escolha. • Avaliação genética; • Avaliação da CPK. ➔ Imagem • RNM de musculatura proximal; • RNM de cintura pélvica; • US de nervo ➔ Líquor • Líquor – avaliação de inflamação • Perda de força: distal/proximal, simétrico/assimétrico; • Anestesia/hipoestesia: alteração das fibras finas; • Alteração cinético-postural: sinal de Roomberg, marcha talonante, teste de posição segmentar, alteração vibratória; • Arreflexia/hiporreflexia: dependendo dos nervos acometidos; apenas em fraqueza excessiva muscular; • Atrofia/hipotrofia muscular: perda de volume do músculo; • Perda de tônus: flacidez. Polineuropatias Conceito • Surge quando acontecem danos graves em vários nervos periféricos, podendo ser axonal ou desmielinizante, normalmente simétrico e predomínio distal. Etiologia • Adquiridas de fase aguda - EX: Guillan-Barré • Adquiridas de fase Crônica – neuropatia diabética, vasculites • Hereditárias - EX: charcot marie Conceito • Síndrome deficitária motora de característica distal ascendente aguda • Consiste em um dos mais frequentes subtipos de polineuropatia periférica aguda. • Causa mais comum e frequente de para tetraparesia flácida, arreflexia, aguda. • No geral, é uma tetraparesia progressiva ascendente (começa dos pés – cabeça). Tempo de evolução • Progressiva: evolui no máximo em até 4 semanas (NADIR) e não piora mais. Quadro clínico • Distribuição simétrica, quadro bilateral. • Pode ter envolvimento de nervos cranianos periférico, sobretudo da musculatura facial. • MAIS COMUM A PARTE MOTORA na pratica. • Quadro agudo com fraqueza de forma ascendente pé-cabeça, sem reflexo, sem tônus muscular. Obs: maior diagnóstico diferencial é MIELITE, pois a medula também faz quadro neuromuscular de paraparesia flácida aguda, porém com alteração ESFINCTERIANA! ➔ Nervo facial acometido: Desvio da rima labial, dificuldade para franzir a testa e fechar o olho. (não é paralisia de BELL) unilateral ou bilateral. ➔ Danificação da musculatura bulbar: disfagia, disartria, dislalia, dispneia e insuficiência respiratória quando atinge musculatura diafragmática. Obs: por isso os pacientes são monitorados na UTI. Polineuropatia AXONAL DESMIELINIZANTE • Rara disfunção autonômica e quando tem, altera pressão e frequência cardíaca, mas não é COMUM! Etiologia • Infecção previa 4 semanas antes da doença; principalmente viral de IVAS, infecção intestinal pelo Campylobacter jejuni; • Vacinação, HIV, alterações virais que causam quadro inflamatório agudo. • Doença desmielinizante, causa destruição da parte mais externa do nervo, porém, existe forma axonal (mais grave – atrofia significante) associada com diarreia; • Campylobacter jejuni leva o paciente até o quadro de polineuropatia AXONAL aguda. • Vias áreas levam ao quadro desmielinizante. • Autoimune; • Inflamatória com geração de anticorpos; Exames • Eletroneuromiografia – Não está presente no PS. - Informa se é axonal ou desmielinizante. • Líquor - Disposição no PS; - Dissociação proteína citológica ou albumina citológica; - Citologia normal de 0 a 5; na doença temos citologia normal. - Proteína normal 40-45, na síndrome pode ter mais de 100. Obs: 7 a 10 dias o líquor pode ser normal, então não afasta diagnostico, repete o exame enquanto realiza otratamento. Nada impede seu tratamento pois a clínica é soberana. Obs: o HIV (outros vírus também) pode aumentar a citologia não fazendo o padrão clássico de dissociação proteína citológica. • Anticorpos - Não são feitos, mas existem. Tratamento • Internação na UTI em caso suspeito ou líquor confirmado. • Imunoglobulina ou plasma Felix o Preferencia para imunoglobulina pois tem mais disponibilidade. o 2g/kg por dia durante 5 dias. o Plasma Félix 5 sessões, dia sim dia não. • NUNCA DÊ CORTICÓIDE. Retratamento • Não se retrata guillan barré. • Faz apenas o tratamento inicial. • O resto é sintomático com intensivista mesmo com piora clínica. Conceito • Síndrome deficitária motora sensitiva de característica distal ascendente crônica • MAIS COMUM A PARTE MOTORA, MAS O QUE DIFERENCIA É QUE TEM PARTE SENSITIVA > QUE NO GUAILLAN BARRÉ. • síndrome de origem inflamatória, potencialmente tratável quando diagnosticada corretamente. • associa-se muitas vezes com doenças virais, como vírus da imunodeficiência humana (HIV) e o vírus da hepatite C. Tempo de evolução • Confunde com guillian barré, o paciente pode ser até tratado como, melhorar e ir para casa, mas desde o início não era esse o diagnóstico. • Pode surgir após 8 semanas de tratamento para guillian barre ou até anos depois. Quadro clínico • Tetraparesia distal e proximal, simétrica hiporreflexia tendinosa profunda. • Muita alteração sensitiva (GB pode ou não) o paciente pode até parar de andar. • Evolução superior a 8 semanas. (DIFERENCIAL) Exames • Líquor - Dissociação proteína citológica • RNM DE PLEXO, RAIZES LOMBARES - Alteração inflamatória das raízes, POLIRRADICULONEUROPATIA (por isso o paciente tem alteração proximal, pois há lesão difusa de raízes e extremidades de nervos,) • Investigação de neoplasia o Hematológica o Solicita-se: Hemograma Eletroforese de proteína Radiografia de coluna total Cintilografia óssea Tratamento • Pulso terapia com corticoide ou o Primeira indução por 5 dias, 1g de prednilosona. o Retorno do paciente 1 vez por mês para pulsoterapia 1g de prednisona por 6 meses. o Reavaliação clínica, repete eletroneuromiografia, para definir o paciente apenas em acompanhamento ou continua com imunossupressor. o Se houver piora clínica, estende a pulsoterapia por mais 6 meses ou inicia imunossupressor. EX: azatioprina. o Não tem cura, doença autoimune com tratamento pelo resto da vida. • Plasma Félix ou o Caso de não resposta ao corticoide/imunossupressor. • Imunoglobulina Conceito • Síndrome sensitiva motora distal simétrica • grupo de neuropatias periféricas de transmissão hereditária. Apesar de ser uma doença rara, CMT representa uma das neuropatias mais comuns, afetando cerca de 2,8 milhões de pessoas ao redor do mundo. • Costuma manifestar-se na adolescência ou início da vida adulta e suas manifestações podem ser leves, moderadas ou graves. • A variação da intensidade é a grande responsável pela dificuldade diagnóstica, enquanto alguns membros da família tem a doença totalmente manifesta, outros tem formas muito leves ou subclínicas. Isto dificulta o raciocínio de doença hereditária para o médico e para o paciente. Além disto, outras neuropatias hereditárias podem se confundir com CMT complicando ainda mais o raciocínio diagnóstico. Etiologia • Principal gene é o PMP22. Quadro clínico • Quadro progressivo. • Fraqueza distal, pois tudo que é nervo tende a ser DISTAL. • Predomínio da fraqueza é na parte fibular, por isso o paciente tem o pé caído, marcha escarvante bilateral. • Pé cavo, dedos em martelo. • Arreflexia aquileu. • Nervos espessados e palpáveis. • Déficits proprioceptivos e parestesicos. • Poupa musculatura da cintura e tronco. Diagnóstico • Eletroneuromiografia • Avaliação por painel genético Tratamento • Suporte: evitar desgaste, retração de tendão, utilizar sapatos confortáveis, evitar que o paciente se machuque, evitar queda. • Medicamentoso: não. Conceito • Uma das principais complicações da diabetes, caracterizada pela degeneração progressiva dos nervos, pois a glicose é altamente tóxica. • Doença crônica, com vários anos de evolução. Quadro clínico • Polineuropatia distal simétrica o Em bota e luva o Formigamento, queimação, choque e perda de força. o Inicialmente, atinge fibras finas. o Axonal • Mononeuropatia múltipla o lesões de múltiplos nervos periféricos. o Pense em hanseníase ou vasculite. • Plexopatia diabética o Comprometimento de um dos plexos nervosos, em geral braquial ou lombos sacrais. o Dor intensa em queimação, atrofia na coxa, quadro relativamente agudo. o Trombopatia • Neuropatia autonômica o Alteração de PA, alteração gastrointestinal, pois atinge sistema nervoso autônomo. OBS: todos pacientes com neuropatia devem ser analisados a glicose. Tratamento • Controle da glicemia, mesmo não revertendo, estagna a doença. • Acompanhamento com endócrino. • Encaminhar para fisioterapia. • Dor em ardência, em choque, queimação: TRATAMENTO MEDICAMENTOSO! o Fluoxetina, pregabalina, amitriptilina, gabapentina. ✓ Amitriptilina é o mais barato. Conceito • Mononeuropatia múltipla com características desmielinizantes, realiza comprometimento interfascicular do nervo. o Compromete fascículos de um único nervo, não afeta o nervo todo. Exames • Avaliação de dermátomos; • baciloscopia; • Eletroneuromiografia buscando comprometimento interfascicular. • Anticorpo ANTI PGL1. • Biopsia de nervo em ultimo caso. • Inflamação dos vasos do nervo periférico. • Sistêmicas ou primaria idiopática. Exames • FAM, PCR, VHS, P- ANCA, C-ANCA, CRIOGOBULINA. • SOROLOGIA PARA HEPATITE B E D. MONONEUROPATIAS • Compressão do nervo mediano do punho. Quadro clínico • Não é todos os casos que apresentam sintomas. • Em casos avançados, há atrofia e fraqueza para levantar o dedo. • Sinal de phalen Etiologia • Comumente associado à atividade manual. • Relação com doenças sistêmicas. • Gravidez. Exames • US para verificar o espessamento do nervo • Eletroneuromiografia para classificar e o ortopedista decidir se vai para a cirurgia. Tratamento • Cirúrgico; • Uso de órtese, imobilização juntamente com analgésicos para melhora da dor. • Compressão do nervo ulnar do cotovelo; • Comum em pessoas que apoiam o cotovelo em cima da mesa; • Pessoas que usam muito os braços, como os atletas jogadores de tênis. • Pode estar relacionada com hanseníase. Quadro clinico • Parestesia e dor nos dedos mínimos e anelar. • Dor distal; • No geral, é mais alteração de sensibilidade, mas pode ter fraqueza; Tratamento • Fisioterapia • Cirurgia para descompressão • Neuropraxia, o nervo tem uma desmielinização e com o passar dos meses há uma mielinização novamente; • Compressão ou traumática; • Possui mais fibras motoras que sensitivas. Quadro clínico • Não consegue estender o punho e nem os dedos; • Mão em gota. Tratamento • Fisioterapia Conceito • Pode tá relacionado com radiculopatia, lesões do ciático, tibial, fibular, fibular comum, profundo e superficial. • Consiste na incapacidade da realização de dorsiflexão do pé com perda de força muscular causada por uma lesão nervosa local. Quadro clínico ciático • Fraqueza na inversão, eversão e na flexão plantar Quadro clínico fibular • Dificuldade de levantar o pé, fazer dorsoflexão e para colocar o pé para fora (eversão). Flexão plantar e inversão estão normais!! • Acometimento do nervo facial (VII nervo craniano) emqualquer ponto de seu trajeto, que se inicia a partir de seu núcleo, localizado na ponte, e vai até as suas ramificações mais distais. Quadro clínico • Fraqueza em hemiface de progressão em até 48h até 5 dias; • Dor retroauricular na região mastoide acompanhando a fraqueza; Paciente voice: Dr. Fiquei com uma dor de ouvido intensa por algumas horas e meu rosto entortou. • Hiperacusia - hipersensibilidade a sons • Disgeusia – gosto metálico pois o nervo facial é responsável pela sensibilidade gustativa. Etiologias • Idiopática (paralisia de bell) Tratamento • Corticoide VO: prednisona 1mg/Kg/dia por 7 dias para acelerar o processo de recuperação; • Fisioterapia após o 1 mês; • Mascar chiclete, mexer a boca, etc. • Colírio para evitar lesão de córnea pois o olho não fecha. • Fecha com a gaze o olho ao dormir; • Recuperação completa ou quase em 85% dos pacientes entre 3 e 8 semanas.
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