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3ª AULA Clinica Médica e Terapêutica de Grandes Animais 10/03/2021 Tendinites e Desmites em Equinos M.V. Paula K. A. Tokawa Especialização em Clinicas e Cirurgia de Equinos – FMVZ – USP Plano de Aula · Revisão · Patogenia · Sinais Clínicos · Diagnóstico · Tratamentos · Prognósticos Revisão · Tendões e ligamentos · Tecidos conjuntivos moles · Semelhantes · Propriedades ultraestruturais · Composição de matriz · Distinção básica · Tendões: músculo – osso · Bainhas tendineas · Ligamentos: osso – osso · Função · Tendões · Movimento – flexão X Extensão · Estabilidade – suporte a articulações · Absorção de choque · Armazenamento de energia – locomoção eficiente · Ligamentos · Estabilidade – suporte a articulações (mais fibroso) · Absorção de choque Anatomia Estrutural · Estruturas complexas – organizadas em subunidades · Epitendão · Mais externo – continuo ao endótendão · Endotendão · Mantem fascículos juntos – tecido conectivo · Elementos vasculares e neurais · Fascículos · Fibras · Fibrilas · Paratendão Suprimento de nutrientes · Difusão X Perfusão · Difusão · Liquido sinovial · Perfusão · Transição musculorendinea · Inserção óssea · Vasos intra e extra-tendineos (Paratendão ou mesotendão) Tendinites e desmites · Condição inflamatória · Tendinite – tendões · Desmite – Ligamentos · Alta incidência em atletas · Fatores predisponentes: · Treinamento inadequado – fadiga muscular/inicio precoce · Casqueamento/Ferrageamento impróprio · Natureza do solo · Má formação · Peso do animal Patogenia · Lesão por sobrecarga · Mais comum · Ocorre após uma fase de degeneração prévia · Não promove sinais de inflamação evidentes, nem processo de reparo e sim um enfraquecimento progressivo · Sobrecarga – supera a resistência dotecido · Ruptura na matriz – fibrilas, fibras, fascículos etc. · Trauma percutâneo · Região distal dos membros – Pouca cobertura Resposta a injúria – Fases de reparação · 3 estágios 1) Fase aguda inflamatória; · Inicio – resposta inflamatória substancial · Duração 1-2 semanas · Hemorrogia intratendinea, edema, aumento do aporte sanguineo (leucócitos e enzimas proteolóticas). 2) Fase subaguda de reparação: · Atingeseu pico em aproximadamente 3 semanas – sobrepõe a fase inflamatoria aguda; · Aumento Angiogênese e infiltração de fibroblastos no tecido danificado. · Formação de tecido cicatricial fibras de colágeno (Tipo III – Inicialmente) dispostos de maneira alcatória · Mais fraco do que o tecido original 3) Fase crônica de remodelamento Conversão (lenta) colágeno tipo III para I Vários meses Força do tecido original nunca é recuperada Exercício controlado – melhora o processo de remodelamento Melhor alinhamento das fibrilas de colágeno Resultado: melhor força mecânica do tecido Recorrência da Lesão · Comum após o reparo de tendões e ligamentos · Relatos de recorrência em 8-43% em cavalos de corrida; · Mesmo após remodelamento – elasticidade afetada. Lesões mais comus · Tendinites TFDS · Focal ou generalizada · Região do terço médio do metacarpo – mais comum. · Terço em interior de bainha tendinea – menos comum. · Desmite Ligamento Acessório do TDFS · Maior incidência em pôneis · Pode ocorrer associada à tendinite do TDFS · Claudicação menos severa · Volume restrito ao terço proximal do metacarpo · Desmite LSB · Pode ocorrer em qualquer região · Desmite na origem do LSB – geralmente restrita a esta região · Desmite em corpo/ramos podem ocorrer concomitantemente · Desmite em ramos – região intra-articular – pode levar a efusão da articulação MTC · Lesão severas – hiperextensão do boleto. · Tendinite TFDP · Geralmente região bainha tendinea – principalmente nos MPs. · Lesões focais ou periféricas. · Refletem efusão sinovial da bainha tendinea. · Desmites em logamentos que estabilizam articulações · Colateriais · Em casos severos pode levar a subluxação/luxação Sinais Clinicos · Variável – grau de inflamação, tempo evolução · Claudicação · Aumento de volume · Aumento de temperatura local · Sensibilidade local Diagnóstico · Exame físico · Inspeção · Repouso: presença de ferida, aumento de volume, postura do paciente, ângulo das articulações · Movimento: claudicação, grau de extensão articular · Palpação · Isolar regiões de aumento de volume, edema, calor e/ou sensibilidade. · Exames Complementares · Severidade e local da lesão · Porcentagem aproximadamente de fibras acometidas · Padrãp das fibras · Cronicidade · Prognostico · Monitoramento · Exame radiográfico · Avaliação de regiões de inserção (enteses) · Presença de mineralização distrófica · Exclusão de lesões de origem óssea · Termografia · Ressonancia magnetica · Lesões de tecidos moles - casco Tratamentos · Objetivos · Inflamação · Previnir danos adicionais · Promover organização da reparação tecidual · Tentando evitar formação de tecido cicatricial – sem elasticidade · Estimular granulação · Casos de perda de continuidade. · Anti-inflamatorios · Sistêmicos · AINEs · Mais indicados · Corticosteróides · APENAS nas primeiras 24-48h · Inibe fibroplasia/reparo · Locais · AINEs · DMSO · Controvérsias – enfraquecimento tecido normal · Intralesional · Indicado a partir do 3º dia após lesão · Antes – pode induzir aumento de hemorragia · Objetivo · processo de cura – promovendo componentes . necessários · inflamação · Maximizar as chances reparação de melhor qualidade. · Força e elasticidade adequadas · chance de recorrência de lesão. · Ácido Hialurônico, PSGAG, Células tronco, PRP, ACS, APS, etc. · Crioterapia · Lesão inflamatórias agudas · Anti-inflamatorio e analgésico · Promove vasoconstrição, da atividade enzimática, mediadores inflamatórios, reduz a condução nervosa. · Aplicação várias vezes ao dia- máx. 30 min – evitar vasodilatação reflexa. · Hidroterapia fria X pacotes de gelo · Compressão · Lesão inflamatórias agudas · Bandagem Robert Jones · inflamação e edema · pressão hidrostática intersticial · Repouso · Lesões inflamatórias agudas · Limita aplicação de carga nos tecidos danificados · Casos severos – aplicação de tala/gesso · Reabilitação · Mobilização passiva · Exercício controlado · Manutenção da função de deslizamento · Promoção de remodelamento das fibras de colágeno · Aumento gradual – baseado em monitoramento US · Ferrageamento corretivo · Antes – casqueamento adequado · Ferradura ideal X Estrutura lesionada · Objetivos · Objetivo – reduzir a tensão sobre a lesão · Acompanhamento profissional especializado · Terapias alternativas · Terapia extracorpórea de ondas de choque – ESWT · Promover analgesia · Mecanismo de ação não esta claro · Comumente usado para tratamento lesões de origem LSB · Uso para tendinopatias é controverso · Ultrassom terapêutico · vascuçarização e proliferação fibroblástica · Laserterapia – baixa frequência · Estimula proliferação celular, efeito biomodulatório na circulação e analgesia. · Campo eletromagnético · Controvérsias · Contra-irritantes – cauterização química/térmica · Nenhuma comprovação! · Cirúrgico Prognóstico · Bom – vida; · Reservado a ruim – retorno a atividade atlética de alta performance; · Fatores a serem consideradas. · Severidade da lesão, · Qualidade da cicatrização/remodelamento. · Intensão do uso do animal: Conclusão · Conhecimento anatômico · Fases de reparação X tratamento · Diagnostico – SC + imagem · Tratamento longo – reparação do tecido Lesões em coluna cervical e toracolombar em equinos M.V. Paula K. A. Tokawa Especialização em clinica e Cirurgia de Equinos – FMVZ – USP Anatomia – Esqueleto Axial Movimento
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