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PROCESSO DO TRABALHO 1. PRINCÍPIOS DO PROCESSO DO TRABALHO (1) Noções de princípios - Conceito de princípios – “princípios são as proposições básicas que fundamentam as ciências, informando-as e orientando-as. São as proposições que se colocam na base da ciência, informando-a e orientando-a. Para o Direito, o princípio é o seu fundamento, a base que irá informar e inspirar as normas jurídicas.” (Sérgio Pinto Martins) (2) Os principais princípios específicos do DPT - Protecionista: visa a proteção do hipossuficiente. - Gratuidade - Assistência judiciária gratuita - Celeridade processual - Oralidade - Concentração dos atos na audiência - Da informalidade ou da simplificação de procedimentos - Da busca da verdade real - Da indisponibilidade e irrenunciabilidade - Da conciliação - Da normatização coletiva (3) Princípio protecionista do empregado demandante – hipossuficiente Princípio Protecionista tem por finalidade igualar juridicamente empregado e empregador, em decorrência da hipossuficiência ostentada pelo trabalhador. É um princípio de direito que visa a proteção da parte considerada hipossuficiente. Profundamente relacionado com o fim a que se propõe o Direito do Trabalho, para os doutrinadores, como por exemplo, Eduardo Couture, é considerado como o princípio primeiro e fundamental. - “IN DUBIO PRO OPERÁRIO” - Havendo dúvida na interpretação da norma jurídica, deve-se aplicar, ou mesmo interpretá- la, em favor do operário (in dubio pro misero). - NORMA MAIS FAVORÁVEL - O operador do direito, ao aplicar uma norma, deve ter em mente aquela que mais favorece ao operário, seja na feitura da regra (legislador), no confronto entre regras concorrentes ou no contexto de interpretação das regras jurídicas, diz Alice Monteiro de Barros, que “esse princípio autoriza a aplicação da norma mais favorável, independentemente de sua hierarquia”, vale dizer, caso ocorra um confronto entre uma norma Constitucional e uma norma Ordinária e, em sendo esta mais favorável ao empregado, deverá esta ser aplicada. - CONDIÇÃO MAIS BENÉFICA - Com fundamento no art. 468 da CLT, tem sua finalidade voltada para a proteção de situações mais benéficas consolidadas. Assevera Maurício Godinho Delgado que “cláusulas contratuais benéficas somente poderão ser suprimidas caso suplantadas por cláusula posterior ainda mais benéfica”. Art. 468 - Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia. 2. CARACTERÍSTICAS DO PROCESSO DO TRABALHO (1) Relação com o Processo Civil - O Direito Processual é o gênero, do qual são espécies o Direito Processual Penal, Direito Processual Civil e o mais recente Direito Processual do Trabalho. - Condições para aplicação do princípio da subsidiariedade: OMISSÃO. Art. 8º, Parágrafo único/CLT - O direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho, naquilo em que não for incompatível com os princípios fundamentais deste. Artigo 769/CLT - nos casos omissos, do direito processual comum será fonte subsidiária do direito processual do trabalho, exceto naquilo que incompatível com as normas deste Título; Art. 889/CLT - aos trâmites e incidentes do processo da execução são aplicáveis, naquilo em que não contrariarem ao presente Título, os preceitos que regem o processo dos executivos fiscais para a cobrança judicial da dívida ativa da Fazenda Pública Federal.; Artigo 15/CPC - Na ausência de normas que regulem processos eleitorais, trabalhistas ou administrativos, as disposições deste Código lhes serão aplicadas supletiva e subsidiariamente. (2) Autonomia Em relação ao DPT constata-se a autonomia através da análise dos seguintes ângulos: a) desenvolvimento legal b) desenvolvimento doutrinário c) desenvolvimento didático d) autonomia jurisdicional e) autonomia científica Com relação a autonomia do DPT, temos duas correntes: a) a monista – que não crê na autonomia do DPT; e b) a dualista - que defende a autonomia do direito processual do trabalho. (3) Terminologia - Direito Processual do Trabalho (4) Existência de dissídios coletivos e jurisdição normativa - Poder normativo da Justiça do Trabalho. - Dissídios coletivos são ações para negociações de um grupo de trabalhadores que esgotaram todas as formas de obter o requerido. As decisões advindas deles, chamadas sentenças normativas, passam a vigorar como lei para eles. (5) Jus Postulandi – Art. 791/CLT/Súmula 425/TST - Direito de postular. Art. 791 - Os empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente perante a Justiça do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final. SÚMULA Nº 425 - JUS POSTULANDI NA JUSTIÇA DO TRABALHO. ALCANCE. O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho. CARACTERÍSTICAS DA JUSTIÇA DO TRABALHO 1. Origens históricas 2. Organização judiciária - A Justiça do Trabalho é composta por: (art.111 a 116 - CF): a) Tribunal Superior do Trabalho - TST. b) Tribunais Regionais do Trabalho – TRT c) Varas do Trabalho d) Órgãos Auxiliares da Justiça do Trabalho As duas alterações feitas na Constituição Federal foram: - EC nº 24 de 09/12/1994 - alterou o formato da Justiça do Trabalho, acabando com o modelo corporativo, excluindo os cargos dos juízes classistas (mandato de 3 em 3 anos), surgiram as varas do trabalho. - EC nº 45 de 2004 - ampliou a competência da JT. Art. 111-A. O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco anos e menos de sessenta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal, sendo: I um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94; II os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior. § 1º A lei disporá sobre a competência do Tribunal Superior do Trabalho. § 2º Funcionarão junto ao Tribunal Superior do Trabalho: I a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho, cabendo-lhe, dentre outras funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) II o Conselho Superior da Justiça do Trabalho, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do Trabalho de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema, cujas decisões terão efeito vinculante. § 3º Compete ao Tribunal Superior do Trabalho processar e julgar, originariamente, a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões. Art. 112. A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho. Art. 113. A lei disporá sobre a constituição, investidura, jurisdição, competência, garantias e condições de exercício dos órgãos da Justiça do Trabalho. Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: I as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; II as ações que envolvam exercício do direito de greve; III as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatose empregadores; IV os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição; V os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o; VI as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho; VII as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho; VIII a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a , e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir; IX outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei. § 1º Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros. § 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente. § 3º Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito. Art. 115. Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos, sendo: I um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94; II os demais, mediante promoção de juízes do trabalho por antigüidade e merecimento, alternadamente. § 1º Os Tribunais Regionais do Trabalho instalarão a justiça itinerante, com a realização de audiências e demais funções de atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários. § 2º Os Tribunais Regionais do Trabalho poderão funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo. Art. 116. Nas Varas do Trabalho, a jurisdição será exercida por um juiz singular. 3. Características específicas a) A Justiça do Trabalho da a efetividade ao direito do trabalho; b) Todas as varas do trabalho estão no mesmo nível (grau); COMPETÊNCIA MATERIAL DA JUSTIÇA DO TRABALHO 1. Definição - Jurisdição é o poder que o juiz tem de dizer o direito nos casos concretos a ele submetidos, pois está investido desse poder pelo Estado. - Competência é a parte da jurisdição atribuída a cada juiz, ou seja, a área geográfica e o setor do Direito em que vai atuar, podendo emitir suas decisões. É o limite da jurisdição. 2. Regramento constitucional a competência da Justiça do Trabalho está disciplinada no art. 114/CF, processar e julgar: [...] Súmula 363 - Compete à Justiça estadual processar e julgar a ação de cobrança ajuizada por profissional liberal contra cliente. - A competência para o julgamento do dissídio coletivo é do TST. COMPETÊNCIA TERRITORIAL E FUNCIONAL DA JUSTIÇA DO TRABALHO 1. Competência territorial - Regra geral – arts. 650-651/CLT - local da prestação dos serviços. Art. 650 - A jurisdição de cada Junta de Conciliação e Julgamento abrange todo o território da Comarca em que tem sede, só podendo ser estendida ou restringida por lei federal. Parágrafo único. As leis locais de Organização Judiciária não influirão sobre a competência de Juntas de Conciliação e Julgamento já criadas até que lei federal assim determine. Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro. - OJ-SDI-2-TST nº 149 - Competência. Conflito. Incompetência territorial. Hipótese do art. 651, § 3º, da CLT. Não cabe declaração de ofício de incompetência territorial no caso do uso, pelo trabalhador, da faculdade prevista no art. 651, § 3º, da CLT. Nessa hipótese, resolve-se o conflito pelo reconhecimento da competência do juízo do local https://www.legjur.com/legislacao/art/dcl_00054521943 https://www.legjur.com/legislacao/art/dcl_00054521943 onde a ação foi proposta. 2. Viajante - competência da localidade da filial ou agência que trabalha. Art. 651. […] § 1º Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da Junta da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a Junta da localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima. 3. Competência internacional – Cancelada a Súmula 207/TST. - Conflitos de leis trabalhistas no espaço. princípio da "lex loci executionis" (cancelada): A relação jurídica trabalhista é regida pelas leis vigentes no país da prestação de serviço e não por aquelas do local da contratação. - Utiliza-se a competência do lugar que for mais benéfico ao trabalhador. 4. Foro de eleição – (arts. 78/CCB e 62 e 63/CPC). Art. 78. Nos contratos escritos, poderão os contratantes especificar domicílio onde se exercitem e cumpram os direitos e obrigações deles resultantes. Art. 62. A competência determinada em razão da matéria, da pessoa ou da função é inderrogável por convenção das partes. Art. 63. As partes podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro onde será proposta ação oriunda de direitos e obrigações. §1º A eleição de foro só produz efeito quando constar de instrumento escrito e aludir expressamente a determinado negócio jurídico. §2º O foro contratual obriga os herdeiros e sucessores das partes. §3º Antes da citação, a cláusula de eleição de foro, se abusiva, pode ser reputada ineficaz de ofício pelo juiz, que determinará a remessa dos autos ao juízo do foro de domicílio do réu. §4º Citado, incumbe ao réu alegar a abusividade da cláusula de eleição de foro na contestação, sob pena de preclusão. 5. Competência em dissídio coletivo – TRT ou TST. O dissídio coletivo é instaurado quando não ocorre um acordo na negociação direta entre trabalhadores ou sindicatos e empregadores. Ausente o acordo, os representantes das classes trabalhadoras ingressam com uma ação na Justiça do Trabalho. Numa situação comum, a competência é do TRT, conforme dispõe o art. 678, inciso I, da CLT: “Aos Tribunais Regionais, quando divididos em Turmas, compete, ao Tribunal Pleno, especialmente, processar, conciliar e julgar originariamente os dissídios coletivos”. Em casos excepcionais, a competência para o julgamento do dissídio coletivo é do TST, conforme o disposto no artigo 2º da Lei 7.701/88: “Compete à seção especializada em dissídios coletivos, ou seção normativa, originariamente, conciliar e julgar os dissídios coletivos que excedam a jurisdição dos Tribunais Regionais do Trabalho”. 6. Competência funcional – arts. 652-653/CLT. Art. 652. Compete às Varas do Trabalho: a) conciliar e julgar: I - os dissídios em que se pretenda o reconhecimento da estabilidade de empregado; II - os dissídios concernentes a remuneração, férias e indenizações por motivo de rescisão do contrato individual de trabalho; III - os dissídios resultantes de contratos de empreitadas em que o empreiteiro seja operário ou artífice; IV - os demais dissídios concernentes ao contrato individual de trabalho; V - as ações entre trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o Órgão Gestor de Mão-de-Obra - OGMO decorrentes da relação de trabalho; b) processar e julgar os inquéritos para apuração de falta grave; c) julgar os embargos opostos às suas próprias decisões; d) impor multas e demais penalidades relativasaos atos de sua competência; f) decidir quanto à homologação de acordo extrajudicial em matéria de competência da Justiça do Trabalho. Parágrafo único - Terão preferência para julgamento os dissídios sobre pagamento de salário e aqueles que derivarem da falência do empregador, podendo o Presidente da Junta, a pedido do interessado, constituir processo em separado, sempre que a reclamação também versar sobre outros assuntos. Art. 653 - Compete, ainda, às Juntas de Conciliação e Julgamento: a) requisitar às autoridades competentes a realização das diligências necessárias ao esclarecimento dos feitos sob sua apreciação, representando contra aquelas que não atenderem a tais requisições; b) realizar as diligências e praticar os atos processuais ordenados pelos Tribunais Regionais do Trabalho ou pelo Tribunal Superior do Trabalho; c) julgar as suspeições argüidas contra os seus membros; d) julgar as exceções de incompetência que lhes forem opostas; e) expedir precatórias e cumprir as que lhes forem deprecadas; f) exercer, em geral, no interesse da Justiça do Trabalho, quaisquer outras atribuições que decorram da sua jurisdição. 7. Juízo cível - Nas comarcas em que não há uma vara do trabalho abrangendo suas demandas, é possível julgar no juízo cível. - Caso a parte decida recorrer, a demanda irá para para o TRT. Art. 112. A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho. PARTES 1. Conceito - Elementos da ação: partes, causa de pedir, pedido. - Conceito a) “As partes são as pessoas ou entes que se dizem titulares (ou “representantes” dos titulares) dos direitos ou interesses materiais deduzidos em juízo, geralmente coincidindo a titularidade material com a processual”. (Carlos Henrique Bezerra Leite); b) “As partes são o pólo ativo e passivo da relação jurídica processual. Vale dizer, partes são autor e réu” (Adalberto Martins) - Terminologia no Direito Processual do Trabalho: a) Na ação trabalhista: reclamante e reclamado. b) No dissídio coletivo: suscitante e suscitado. c) No inquérito para apuração de falta grave: excipiente e excepto. 2. Capacidade de ser parte Conceito – “Capacidade é a aptidão para ser sujeito de direitos e obrigações e exercer por si ou por outrem os atos da vida civil”. (Washington de Barros Monteiro). São duas as espécies de capacidade: a) capacidade de direito ou gozo, b) capacidade de fato ou de exercício - Capacidade no DPT: a) incapacidade plena: não pode ser contratado menor de 16 anos, exceto os menores aprendizes, a partir dos 14. b) incapacidade relativa: dos 16 aos 18, ou dos 14 aos 16, no caso do aprendiz, pode praticar alguns atos, mas não todos. Não pode trabalhar em local insalubre, noturno, por exemplo. c) capacidade plena de proteção ao trabalho do menor – arts. 402-441/CLT. 3. Legitimidade de parte (ad causam) ativa e passiva - A legitimidade das partes (legitimatio ad causam) é a titularidade ativa ou passiva da ação. - Quem detém o direito material (leg. ativa) e quem o lesou (leg. passiva). 4. Legitimidade ad processum - Legitimatio ad processum - é aptidão para o exercício pessoal de direitos e obrigações processuais, sob pena de invalidade do processo por ausência de pressuposto processual atinente à capacidade de estar em juízo (de ser parte, autor ou réu). - Pode ser em relação a idade, em relação aos indígenas, em relação às condições de saúde. - A assistência tem cabimento em favor dos relativamente incapazes (entre os 16 e os 18 anos), e, diferentemente da representação, o assistente pratica o ato ou negócio jurídico em conjunto com o assistido. Assim, só será válido o ato ou negócio jurídico quando ambos manifestarem sua vontade. - Os absolutamente incapazes, são aqueles representados (do nascimento até completar 16 anos), ou seja, têm sua vida dirigida pelo seu representante, que pode manifestar sua vontade em juízo, celebrar negócios em seu nome etc., desde que atendidos os pressupostos legais para fazê-lo e respeitados os interesses do representado. 5. Capacidade postulatória - Art. 791/CLT. Os empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente perante a Justiça do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final. §1º - Nos dissídios individuais os empregados e empregadores poderão fazer-se representar por intermédio do sindicato, advogado, solicitador, ou provisionado, inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil. §2º - Nos dissídios coletivos é facultada aos interessados a assistência por advogado. §3 - A constituição de procurador com poderes para o foro em geral poderá ser efetivada, mediante simples registro em ata de audiência, a requerimento verbal do advogado interessado, com anuência da parte representada. - Art. 792/CLT - O artigo 792 da CLT, que permite aos maiores de 18 anos e menores de 21 anos e às mulheres casadas pleitearem perante a Justiça do Trabalho sem a assistência de seus pais, tutores e maridos, foi revogado. Como a Constituição veda discriminação entre os sexos, na prática o dispositivo da CLT já não vigora. 6. Assistência judiciária - Assistência judiciária gratuita - além da dispensa do pagamento de custas e demais despesas, a efetiva defesa em juízo dos interesses dos necessitados por meio da prestação gratuita de serviços advocatícios, através da defensoria pública, de dativo nomeado e, no caso do Direito do Trabalho, do sindicato da categoria. - Lei 5.584/70 – altera dispositivos da Consolidação das Leis do Trabalho, disciplina a concessão e prestação de assistência judiciária na Justiça do Trabalho, e dá outras providências. - Requisitos à concessão da assistência judiciária – art. 790, §3º/CLT e art. 14, da CLT - Lei 1.060/50 – Estabelece normas para a concessão de assistência judiciária aos necessitados. - Reforma Trabalhista – art. 791-A, da CLT - Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos honorários de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa. 7. Sucessão processual - Art. 2º/CLT - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. - Reforma Trabalhista (art.2º, §3º, da CLT) - Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios, sendo necessárias, para a configuração do grupo, a demonstração do interesse integrado, a efetiva comunhão de interesses e a atuação conjunta das empresas dele integrantes - Art. 10/CLT - Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos adquiridos por seus empregados. - Art. 448/CLT - A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados. - Reforma Trabalhista (art. 448-A, da CLT, art. 10-A, da CLT) Art. 448/A - Caracterizada a sucessão empresarial ou de empregadores prevista nos arts. 10 e 448 desta Consolidação, às obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à época em que os empregados trabalhavam para a empresa sucedida, são de responsabilidade do sucessor. Art. 10-A - O sócio retirante responde subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas da sociedade relativas ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a modificação do contrato, observada a seguinte ordem de preferência: - Art. 843, §1º/CLT - É facultado ao empregador fazer-se substituir pelo gerente, ou qualquer outro preposto que tenha conhecimento do fato, e cujas declarações obrigarão o proponente. - Existe a responsabilidade ativa e passiva. 8. Substituição processual - Conceito – “substituição processual consiste numa legitimação extraordinária,autorizada pela lei, para que alguém pleiteie, em nome próprio, direito alheio em processo judicial”. (Sérgio Pinto Martins). - Art. 18/CPC – “Ninguém poderá pleitear, em nome próprio, direito alheio, salvo quando autorizado pelo ordenamento jurídico”. - Art. 195, §2º/CLT - Argüida em juízo insalubridade ou periculosidade, seja por empregado, seja por Sindicato em favor de grupo de associado, o juiz designará perito habilitado na forma deste artigo, e, onde não houver, requisitará perícia ao órgão competente do Ministério do Trabalho. - Art. 872, parágrafo único/CLT - Quando os empregadores deixarem de satisfazer o pagamento de salários, na conformidade da decisão proferida, poderão os empregados ou seus sindicatos, independentes de outorga de poderes de seus associados, juntando certidão de tal decisão, apresentar reclamação à Junta ou Juízo competente, observado o processo previsto no Capítulo II deste Título, sendo vedado, porém, questionar sobre a matéria de fato e de direito já apreciada na decisão. - Art. 8º, III/CF - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas; - Art. 511/CLT - É lícita a associação para fins de estudo, defesa e coordenação dos seus interesses econômicos ou profissionais de todos os que, como empregadores, empregados, agentes ou trabalhadores autônomos ou profissionais liberais exerçam, respectivamente, a mesma atividade ou profissão ou atividades ou profissões similares ou conexas. - Art. 513/CLT - São prerrogativas dos sindicatos: representar, perante as autoridades administrativas e judiciárias os interesses gerais da respectiva categoria ou profissão liberal ou interesses individuais dos associados relativos á atividade ou profissão exercida; DISTRIBUIÇÃO E CITAÇÃO a) Distribuição Conceito – “Distribuição é o ato pelo qual é designado o órgão jurisdicional no qual o processo terá seu desenvolvimento.” - Distribuição por dependência: Tratada no artigo 286, inciso I, do Novo CPC, ocorre em razão da conexão, ou continência com outra demanda já ajuizada. Art. 286/CPC: Serão distribuídas por dependência as causas de qualquer natureza: I - quando se relacionarem, por conexão ou continência, com outra já ajuizada; II - quando, tendo sido extinto o processo sem resolução de mérito, for reiterado o pedido, ainda que em litisconsórcio com outros autores ou que sejam parcialmente alterados os réus da demanda; III - quando houver ajuizamento de ações nos termos do art. 55, § 3º , ao juízo prevento. Parágrafo único. Havendo intervenção de terceiro, reconvenção ou outra hipótese de ampliação objetiva do processo, o juiz, de ofício, mandará proceder à respectiva anotação pelo distribuidor. b) Citação Conceito – “Citação é o chamamento do réu a juízo, para defender-se no processo”. - Art. 238/CPC - Citação é o ato pelo qual são convocados o réu, o executado ou o interessado para integrar a relação processual. - Art. 841/CLT - no Processo do Trabalho a citação é automática. Recebida e protocolada a reclamação, o escrivão ou secretário, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, remeterá a segunda via da petição, ou do termo, ao reclamado, notificando-o ao mesmo tempo, para comparecer à audiência do julgamento, que será a primeira desimpedida, depois de 5 (cinco) dias. - Art. 239/CPC – “ Para a validade do processo é indispensável a citação inicial do réu ou do executado...”. - Impessoalidade: é desnecessário que a citação se faça pessoalmente à parte ou a quem a represente, bastando que se efetive no endereço indicado pelo Autor (art. 841, § 1º, da CLT e a Súmula 16 do TST). - Formas de citação Art. 246/CPC - A citação será feita: I - pelo correio; II - por oficial de justiça; III - pelo escrivão ou chefe de secretaria, se o citando comparecer em cartório; IV - por edital; V - por meio eletrônico, conforme regulado em lei. PETIÇÃO INICIAL Conceito – “o veículo de manifestação formal da demanda é a petição inicial, que revela ao juiz a lide e contém o pedido da providência jurisdicional, frente ao réu, que o autor julga necessária para compor o litígio.” (Humberto Theodoro Júnior) - As condições da ação são legitimidade, interesse de agir e possibilidade jurídica do pedido. U - Utilidade N - Necessidade A - Adequação - Art. 791/CLT - Os empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente perante a Justiça do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final. - Jus postulandi - Súmula 425/TST - Art. 839/CLT – quem poderá apresentar a reclamação trabalhista. - Art. 840/CLT – A reclamação poderá ser escrita ou verbal. 2.1. Petição Inicial escrita - Art. 319/CPC - pressupostos de validade. Art. 319. A petição inicial indicará: I - o juízo a que é dirigida; II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu; III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido; IV - o pedido com as suas especificações; V - o valor da causa; VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados; VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação. § 1º Caso não disponha das informações previstas no inciso II, poderá o autor, na petição inicial, requerer ao juiz diligências necessárias a sua obtenção. § 2º A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta de informações a que se refere o inciso II, for possível a citação do réu. § 3º A petição inicial não será indeferida pelo não atendimento ao disposto no inciso II deste artigo se a obtenção de tais informações tornar impossível ou excessivamente oneroso o acesso à justiça. - Art. 840, §1º/CLT – a reclamação escrita deverá conter: §1o Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do juízo, a qualificação das partes, a breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, que deverá ser certo, determinado e com indicação de seu valor, a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante. - Art. 840/§1º, §2º e §3º CLT – REFORMA TRABALHISTA 2.2. Petição Inicial Verbal - Art. 840, §2º/CLT - Se verbal, a reclamação será reduzida a termo, em duas vias datadas e assinadas pelo escrivão ou secretário, observado, no que couber, o disposto no § 1º deste artigo. 2.3. Modalidade de Pedido - Arts. 322 e 324/CPC o pedido deve ser certo ou determinado. 2.4. Valor da Causa - §1º, do art. 840/CLT – Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do juízo, a qualificação das partes, a breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, que deverá ser certo, determinado e com indicação de seu valor, a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante. - Art. 291/CPC - A toda causa será atribuído valor certo, ainda que não tenha conteúdo econômico imediatamente aferível. - Art. 292/CPC - O valor da causa constará da petição inicial ou da reconvenção e será: Art. 2º, da Lei 5.584/70 - Nos dissídios individuais, proposta a conciliação, e não havendo acordo, o Presidente, da Junta ou o Juiz, antes de passar à instrução da causa, fixar-lhe-á o valor para a determinação da alçada, se êste fôr indeterminado no pedido. Art. 852-A/CLT - Os dissídios individuais cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo vigente na data do ajuizamento da reclamação ficam submetidos ao procedimento sumaríssimo. Parágrafo único. Estão excluídas do procedimento sumaríssimo as demandas em que é parte a Administração Pública direta, autárquica e fundacional. Art. 852-B/CLT Nas reclamações enquadradas no procedimento sumaríssimo: 2.5. Inépcia da petição inicial Art. 330, §1º/CPC considera-se inepta a petição inicial quando: I - lhe faltar pedido ou causa de pedir; II - o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o pedido genérico; III - da narração dos fatos nãodecorrer logicamente a conclusão; IV - contiver pedidos incompatíveis entre si. - Art. 284/CPC – Todos os processos estão sujeitos a registro, devendo ser distribuídos onde houver mais de um juiz. Súmula 263/TST - PETIÇÃO INICIAL. INDEFERIMENTO. INSTRUÇÃO OBRIGATÓRIA DEFICIENTE . Salvo nas hipóteses do art. 330 do CPC de 2015 (art. 295 do CPC de 1973), o indeferimento da petição inicial, por encontrar-se desacompanhada de documento indispensável à propositura da ação ou não preencher outro requisito legal, somente é cabível se, após intimada para suprir a irregularidade em 15 (quinze) dias, mediante indicação precisa do que deve ser corrigido ou completado, a parte não o fizer (art. 321 do CPC de 2015). 2.6. Aditamento à petição inicial Art. 329/CPC - O autor poderá: I - até a citação, aditar ou alterar o pedido ou a causa de pedir, independentemente de consentimento do réu; II - até o saneamento do processo, aditar ou alterar o pedido e a causa de pedir, com consentimento do réu, assegurado o contraditório mediante a possibilidade de manifestação deste no prazo mínimo de 15 (quinze) dias, facultado o requerimento de prova suplementar. Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo à reconvenção e à respectiva causa de pedir. 3. Jurisprudência: Súmula, Orientações Jurisprudenciais e Julgados a) Súmula: Súmula 263/TST - “Salvo nas hipóteses do art. 295 do CPC, o indeferimento da petição inicial, por encontrar-se desacompanhada de documento indispensável à propositura da ação ou não preencher outro requisito legal, somente é cabível se, após intimada para suprir a irregularidade em 10 (dez) dias, a parte não o fizer.” Súmula 425/TST - “JUS POSTULANDI NA JUSTIÇA DO TRABALHO. ALCANCE. O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho.” b) Orientação: “OJ EX SE – 41: VALOR DA CAUSA. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO. ALTERAÇÃO DE OFÍCIO. IMPOSSIBILIDADE. Não impugnado o valor da causa é vedada a sua alteração de ofício; nas situações em que não se fixou o valor na petição inicial é possível o magistrado fazê-lo (art. 2ª, da Lei 5584/1970)”. (TRT-9ª Região) c) Julgados: 1. “Ausência de citação válida – Nulidade – Inexistência. Na Justiça do Trabalho, a jurisprudência prevalente quanto à citação inicial do réu é no sentido de que não existe obrigatoriedade a que a notificação seja recebida pelo próprio empregador, exigindo, apenas, que seja encaminhada para o correto endereço da reclamada (Enunciado nº 16/TST). 2. Revelia – Confissão ficta – Prova. No processo do trabalho a revelia tem como consequência a confissão quanto à matéria fática, levando-se à admissão de fatos favoráveis ao autor. A confissão é, nesse sentido, forma de prova a admitir-se a verdade dos fatos em inicial alegados. À falta de impugnação aos documentos juntados com a exordial, a estes se atribui presunção relativa de veracidade e validade (artigos 302 e 348 do CPC).” (TRT 10ª R – 2ª T – RO nº 901.2003.016.10.00-3) 2. “Citação – Processo do trabalho. A citação no processo do trabalho é impessoal, bastando apenas que seja entregue no endereço da reclamada. Comprovado o recebimento da notificação no endereço correto, por oficial de justiça, reputa-se válida a citação, mormente quando admitido que a pessoa que a recebeu é empregado do grupo empresarial formado pela reclamada.” (TRT) 3. “Reclamação trabalhista. Descabimento. Não se aplicam às reclamações trabalhistas os rigorismos processuais exigidos na norma processual civil, já que a matéria vem expressamente regulamentada nos arts. 837, 839 e 840 da CLT.” (TRT/SP) 4. “Art. 284 do CPC. Petição que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento do mérito, ou que não preenche os requisitos dos arts. 282 e 283 do CPC, deverá ser emendada ou completada, incumbindo ao juiz conceder, para esse fim, prazo de 10 dias. Somente se a diligência for descumprida é que será declarada a inépcia (Inteligência do art. 284 do CPC).” (TRT/SP) 5. “Petição Inicial. Inadmissibilidade de alteração dos fatos ali lançados após contestado o feito. Manifestando-se sobre as alegações de defesa, é vedado ao autor alterar os fatos lançados no libelo.” (TRT/SP) AUDIÊNCIA Conceito – “A audiência consiste no ato praticado sob a presidência do juiz a fim de ouvir ou de atender às alegações das partes.” (Sérgio Pinto Martins) Tipos de audiência 1. Audiência UNA - audiência para garantir celeridade no processo, onde se juntam a conciliação e a instrução e são produzidos todos os atos de uma só vez, com sentença proferida ao final. 2. Audiência de justificação prévia - Realizada apenas quando for necessário formar o convencimento do juiz sobre alguma providência que ele deva tomar, especialmente relacionada à concessão de medidas liminares. Normalmente é realizada antes de se fazer qualquer outra audiência. 3. Audiência Inicial - Na inicial é feita apenas a tentativa de conciliação, recebida a defesa, marcada perícia (se for o caso) e designada nova data para colher as provas. 4. Audiência de Instrução - Passada a Inicial, é designada Audiência de Instrução, onde são produzidas todas as provas orais do processo. São ouvidas as partes (reclamante e reclamada) e suas testemunhas. Também é obrigatória a tentativa de conciliação. Ao final da audiência, é marcada uma data para julgamento. 5. Audiência revisional - É a audiência em que se pede para rever algo. Normalmente a empresa interpõe a ação revisional, pedindo a cessação do pagamento de algum adicional. Ex: a empresa pagava o adicional de insalubridade para o empregado porque armazenava tintas no setor, mas as tintas foram todas retiradas. Como a condição insalubre foi extinta, ela entra com a revisional para parar de pagar o adicional. 6. Audiência de consignação em pagamento - Quando o empregado se recusar a receber as verbas rescisórias, o correto é a empresa promover a ação de consignação em pagamento, depositando os valores em juízo. Será marcada uma audiência em que o juiz apura o ocorrido e o empregado terá a oportunidade de contestar os valores. 7. Audiência de julgamento - Normalmente é uma data fictícia designada para o juiz julgar o processo. Se a sentença for pela Súmula n.° 197, do TST, na data marcada ela já estará disponível. Se for pelo Diário Oficial, você será notificado da decisão. 8. Audiência Oitiva de Testemunhas - Designada exclusivamente para a oitiva de testemunhas que foram indicadas por carta precatória (ou seja, aquelas que estão localizadas em cidade diferente da que tramita o processo). Art. 813 - As audiências dos órgãos da Justiça do Trabalho serão públicas e realizar-se-ão na sede do Juízo ou Tribunal em dias úteis previamente fixados, entre 8 (oito) e 18 (dezoito) horas, não podendo ultrapassar 5 (cinco) horas seguidas, salvo quando houver matéria urgente. § 1º - Em casos especiais, poderá ser designado outro local para a realização das audiências, mediante edital afixado na sede do Juízo ou Tribunal, com a antecedência mínima de 24 (vinte e quatro) horas. § 2º - Sempre que for necessário, poderão ser convocadas audiências extraordinárias, observado o prazo do parágrafo anterior. Art. 816 - O juiz ou presidente manterá a ordem nas audiências, podendo mandar retirar do recinto os assistentes que a perturbarem. Art. 360. O juiz exerce o poder de polícia, incumbindo-lhe: I - manter a ordem e o decoro na audiência; Presenças - Do empregado - Art. 843, §2º/CLT – hipótese de substituição. Art. 843 - Na audiência de julgamento deverão estar presentes o reclamante e o reclamado, independentemente do comparecimento de seus representantes, salvo, nos casos de Reclamatórias Plúrimas ou Ações de Cumprimento, quando os empregados poderão fazer-se representar pelo Sindicato de sua categoria. §2º Se por doença ou qualquer outro motivo poderoso, devidamente comprovado, nãofor possível ao empregado comparecer pessoalmente, poderá fazer-se representar por outro empregado que pertença à mesma profissão, ou pelo seu sindicato. - Do empregador - Art. 843, §1º/CLT / - confissão ficta / - Súmula 377/TST / - art. 2º, §2º/CLT / - condomínio / - massa falida §1º É facultado ao empregador fazer-se substituir pelo gerente, ou qualquer outro preposto que tenha conhecimento do fato, e cujas declarações obrigarão o proponente. Ausências - Art. 844/CLT – O não comparecimento do reclamante à audiência importa o arquivamento da reclamação, e o não-comparecimento do reclamado importa revelia, além de confissão quanto à matéria de fato. - REFORMA TRABALHISTA – Art. 846,§1º a §5º/CLT. Aberta a audiência, o juiz ou presidente proporá a conciliação. § 1º - Se houver acordo lavrar-se-á termo, assinado pelo presidente e pelos litigantes, consignando-se o prazo e demais condições para seu cumprimento. § 2º - Entre as condições a que se refere o parágrafo anterior, poderá ser estabelecida a de ficar a parte que não cumprir o acordo obrigada a satisfazer integralmente o pedido ou pagar uma indenização convencionada, sem prejuízo do cumprimento do acordo - Art. 732/CLT – Na mesma pena do artigo anterior incorrerá o reclamante que, por 2 (duas) vezes seguidas, der causa ao arquivamento de que trata o art. 844. - Súmula 122/TST – REVELIA. ATESTADO MÉDICO. A reclamada, ausente à audiência em que deveria apresentar defesa, é revel, ainda que presente seu advogado munido de procuração, podendo ser ilidida a revelia mediante a apresentação de atestado médico, que deverá declarar, expressamente, a impossibilidade de locomoção do empregador ou do seu preposto no dia da audiência. Características da audiência Art. 846 - Aberta a audiência, o juiz ou presidente proporá a conciliação. Art. 850 - Terminada a instrução, poderão as partes aduzir razões finais, em prazo não excedente de 10 (dez) minutos para cada uma. Em seguida, o juiz ou presidente renovará a proposta de conciliação, e não se realizando esta, será proferida a decisão. Parágrafo único - O Presidente da Junta, após propor a solução do dissídio, tomará os votos dos vogais e, havendo divergência entre estes, poderá desempatar ou proferir decisão que melhor atenda ao cumprimento da lei e ao justo equilíbrio entre os votos divergentes e ao interesse social. Art. 848 - Terminada a defesa, seguir-se-á a instrução do processo, podendo o presidente, ex officio ou a requerimento de qualquer juiz temporário, interrogar os litigantes. Art. 825 - As testemunhas comparecerão à audiência independentemente de notificação ou intimação. Parágrafo único - As que não comparecerem serão intimadas, ex officio ou a requerimento da parte, ficando sujeitas a condução coercitiva, além das penalidades do art. 730, caso, sem motivo justificado, não atendam à intimação. Art. 829 - A testemunha que for parente até o terceiro grau civil, amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes, não prestará compromisso, e seu depoimento valerá como simples informação. CONCILIAÇÃO Obrigatoriedade da tentativa de conciliação na abertura e no encerramento da audiência: a) Art. 846/CLT - antes da apresentação da defesa; b) Art. 850/CLT - após as razões finais. JURISPRUDÊNCIA A) Súmulas: 1. Súmula 9/TST - A ausência do reclamante, quando adiada a instrução após contestada a ação em audiência, não importa arquivamento do processo. 2. Súmula 16/TST - Presume-se recebida a notificação 48 (quarenta e oito) horas depois de sua postagem. O seu não recebimento ou a entrega após o decurso desse prazo constitui ônus de prova do destinatário. 3. Súmula 74/TST - “I - Aplica-se a pena de confissão à parte que, expressamente intimada com aquela cominação, não comparecer à audiência em prosseguimento, na qual deveria depor. II - A prova pré-constituída nos autos pode ser levada em conta para confronto com a confissão ficta (art. 400, I, CPC), não implicando cerceamento de defesa ou indeferimento de provas posteriores”. 4. Súmula 122/TST - “A reclamada, ausente à audiência em que deveria apresentar defesa, é revel, ainda que presente seu advogado munido de procuração, podendo ser ilidida a revelia mediante a apresentação de atestado médico, que deverá declarar, expressamente, a impossibilidade de locomoção do empregador ou do seu preposto no dia da audiência”. 5. Súmula 377/TST - “Exceto quanto à reclamação de empregado doméstico, ou contra micro ou pequeno empresário, o preposto deve ser necessariamente empregado do reclamado. Inteligência do art. 843, § 1º, da CLT e do art. 54 da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006. CANCELADA - Lei 13.467/2017 – Reforma Trabalhista. B) Orientação Jurisprudencial: OJ-SDI-1 245/TST - “Inexiste previsão legal tolerando atraso no horário de comparecimento da parte na audiência”. JULGADOS 1. “Audiência – Unicidade – Conseqüências. A audiência na Justiça do Trabalho é una, eventualmente dividida em sessões, quando se torna materialmente impossível manter a unidade. Em face dos princípios da celeridade e economia processuais, na medida do possível todos os atos processuais devem ser praticados na audiência, inclusive à vista de documentos juntos aos autos pelas partes. Não há qualquer dispositivo na CLT que obrigue o juiz a conceder vista de documentos fora da audiência.” (TRT) 2. “ Arquivamento – Art 844 da CLT. Conforme disposição contida nos artigos 843 e 844 da CLT, é imprescindível o comparecimento das partes à audiência inicial, independentemente da presença de seus representantes processuais. A regra é expressa ao preceituar que "o não-comparecimento do reclamante à audiência resulta no arquivamento da reclamação" (artigo 844/CLT) e o não comparecimento do reclamado importa em revelia e confissão quanto à matéria de fato. Não comparecendo o autor à audiência inaugural, escorreita a decisão primária que determinou o arquivamento do feito. Recurso conhecido e desprovido.” (TRT 10ª R – 3ª T – RO) 3. “ Confissão. O reclamante não comparecendo a audiência em que seria ouvido seu depoimento e de suas testemunhas, estando ciente de que sua ausência implicaria na pena de confissão, dá como verdadeiros os fatos narrados na contestação quanto à matéria fática. (Inteligência do Enunciado nº 74, do colendo TST).” (TRT - 7ª R) 4. “Atraso – audiência de instrução – Confissão presumida – Cerceamento de defesa – Não caracterização. Conforme acentua a OJ nº 245 da SDI-1 do TST, a legislação vigente não contempla a possibilidade de tolerância a atrasos das partes no comparecimento às audiências designadas, sendo certo que a indulgência com a impontualidade, que não tem amparo legal, não se confunde com a faculdade concedida pela lei ao magistrado para que até mesmo designe nova audiência, nas situações em que fique demonstrado um motivo efetivamente relevante para a ausência da parte, em consonância com o parágrafo único do art. 844 da CLT, o que não se deu no caso concreto”. (TRT 23ª R) 5. Atraso à audiência de instrução – Aplicação da pena de confissão ficta. Aplica-se a pena de confissão à parte que, expressamente intimada com aquela cominação, não comparecer à audiência em prosseguimento, na qual deveria depor (Súmula nº 74, I, do TST). (TRT 10ª R – 1ª T) RESPOSTA DO RÉU a) Modalidades São três as modalidades de resposta: a) exceção: tirar das mãos de determinado juiz ou vara de trabalho o processo; b) contestação; c) reconvenção: incidente processual no qual o Réu (Reconvinte) propõe uma nova ação contra o Autor (Reconvindo) dentro da mesma ação em que está sendo processado. Pode ser tanto proposta pela empresa como pelo trabalhador e é usada como forma de cobrança de dívidas trabalhistas. b) Exceções Conceito – “Exceção é uma defesa contra defeitos, irregularidades, ou vícios do processo, que impedem seu desenvolvimento normal, não se discutindo o mérito da questão”. (Sérgio Pinto Martins) - São três as modalidades de exceção: a) de suspeição: inimizade pessoal, amizade íntima, parentesco, interesse particularna causa; b) incompetência: está relacionado ao lugar, ao território e à própria Justiça. - material é absoluta: juiz pode declarar de ofício. - territorial é relativa: deve ser arguida pela parte, com prazo de apresentação no prazo de 5 dias da citação do reclamado. c) de impedimento: invocada como matéria preliminar na contestação. - Art. 799/CLT – Nas causas da jurisdição da Justiça do Trabalho, somente podem ser opostas, com suspensão do feito, as exceções de suspeição ou incompetência. - Terminologia: a) excipiente: quem apresenta a exceção; b) excepto: a parte contra quem foi apresentada a exceção. - Procedimento CONTESTAÇÃO Conceito – “Contestação é a impugnação da pretensão do autor, a defesa do réu”. (Sérgio Pinto Martins) Ausência de contestação: revelia ficta e confissão. Só pode produzir prova o que for alegado na contestação. Caso não seja alegado, não poderão ser feitas perguntas sobre o assunto na audiência. Prazo: Art. 847/CLT - Não havendo acordo, o reclamado terá vinte minutos para aduzir sua defesa, após a leitura da reclamação, quando esta não for dispensada por ambas as partes. Parágrafo único. A parte poderá apresentar defesa escrita pelo sistema de processo judicial eletrônico até a audiência. Art. 336/CPC - Incumbe ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, expondo as razões de fato e de direito com que impugna o pedido do autor e especificando as provas que pretende produzir. Art. 341/CPC - Incumbe também ao réu manifestar-se precisamente sobre as alegações de fato constantes da petição inicial, presumindo-se verdadeiras as não impugnadas, salvo se: I - não for admissível, a seu respeito, a confissão; II - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considerar da substância do ato; III - estiverem em contradição com a defesa, considerada em seu conjunto. Preliminares: “são matérias prejudiciais de conhecimento de mérito da ação. Representam matérias de ordem processual, que impedem o exame do mérito da questão”. (Sérgio Pinto Martins) Não pode mais ajuizar nova ação no caso de perempção, litispendência e coisa julgada. Modalidades de preliminares: Art. 337/CPC – Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar: I - inexistência ou nulidade da citação; II - incompetência absoluta e relativa; III - incorreção do valor da causa; IV - inépcia da petição inicial; V - perempção; VI - litispendência; VII - coisa julgada; VIII - conexão; IX - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização; X - convenção de arbitragem; XI - ausência de legitimidade ou de interesse processual; XII - falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar; XIII - indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça. Preliminares de mérito a) Prescrição Existem 3 tipos de prescrição. A bienal, quinquenal e intercorrente. – Art. 7º, XXIX/CF - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho; – Art. 189/CCB - Violado o direito, nasce para o titular a pretensão, a qual se extingue, pela prescrição, nos prazos a que aludem os arts. 205 e 206. Súmula 153/TST - PRESCRIÇÃO. Não se conhece de prescrição não arguida na instância ordinária. Súmula 156/TST - PRESCRIÇÃO. PRAZO. Da extinção do último contrato começa a fluir o prazo prescricional do direito de ação em que se objetiva a soma de períodos descontínuos de trabalho (ex-Prejulgado nº 31). Súmula 268/TST - PRESCRIÇÃO. INTERRUPÇÃO. AÇÃO TRABALHISTA ARQUIVADA (nova redação) - A ação trabalhista, ainda que arquivada, interrompe a prescrição somente em relação aos pedidos idênticos. Súmula 308-I/TST - PRESCRIÇÃO QÜINQÜENAL (incorporada à OJ 204 da SBDI-1) - I. Respeitado o biênio subseqüente à cessação contratual, a prescrição da ação trabalhista concerne às pretensões imediatamente anteriores a cinco anos, contados da data do ajuizamento da reclamação e, não, às anteriores ao quinqüênio da data da extinção do contrato. II. A norma constitucional que ampliou o prazo de prescrição da ação trabalhista para 5 (cinco) anos é de aplicação imediata e não atinge pretensões já alcançadas pela prescrição bienal quando da promulgação da CF/1988. Súmula 362/TST – nova redação – decisão do STF. Art. 625-G/CLT FGTS. PRESCRIÇÃO (nova redação) - Res. 198/2015, republicada em razão de erro material I – Para os casos em que a ciência da lesão ocorreu a partir de 13.11.2014, é quinquenal a prescrição do direito de reclamar contra o não-recolhimento de contribuição para o FGTS, observado o prazo de dois anos após o término do contrato; II – Para os casos em que o prazo prescricional já estava em curso em 13.11.2014, aplica-se o prazo prescricional que se consumar primeiro: trinta anos, contados do termo inicial, ou cinco anos, a partir de 13.11.2014 Reforma Trabalhista – Art. 11/CLT - Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade. b) Decadência – Súmula 100-I/TST - art. 269, IV/CPC - Defesa de mérito i. formas: ii. oposição dos fatos pode ser: a) modificativo; b) extintivo; c) impeditivo. d) Reconvenção Conceito – “É a ação do réu contra o autor no mesmo processo”. (Amauri Mascaro Nascimento) Terminologia: a) reconvinte; b) reconvindo. Procedimento e) Compensação e retenção - Art. 767/CLT f) Reconhecimento do pedido - Art.487, III, “a”/CPC Jurisprudência a) Súmulas: 1. Súmula 18/TST - “A compensação na Justiça do Trabalho está adstrita à dívida de natureza trabalhista”. 2. Súmula 48/TST - “ A compensação só poderá ser arguida com a contestação”. 3. Súmula 156/TST - PRESCRIÇÃO. PRAZO. Da extinção do último contrato começa a fluir o prazo prescricional do direito de ação em que se objetiva a soma de períodos descontínuos de trabalho. 4. Súmula 153/TST - “ Não se conhece de prescrição não arguida na instância ordinária”. 5. Súmula 214/TST - “DECISÃO INTERLOCUTÓRIA. IRRECORRIBILIDADE. Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, as decisões interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão: a) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho; b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal; c) que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no art. 799, § 2º, da CLT”. 6. Súmula 362/TST – “FGTS. PRESCRIÇÃO. (Redação alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 09.06.2015) I - Para os casos em que a ciência da lesão ocorreu a partir de 13.11.2014, é quinquenal a prescrição do direito de reclamar contra o não recolhimento de contribuição para o FGTS, observado o prazo de dois anos após o término do contrato; II - Para os casos em que o prazo prescricional já estava em curso em 13.11.2014, aplica-se o prazo prescricional que se consumar primeiro: trinta anos, contados do termo inicial, ou cinco anos, a partir de 13.11.2014 (STF-ARE-709212/DF). CONTESTAÇÃO CLT Art. 847 - Será apresentada em audiência. Parágrafo único – através do processo judicial eletrônico até a audiência. CPC Art. 335 – Será apresentada no prazo de 15 dias. Art. 336 - Incumbe ao réu alegar toda a matéria de defesa, expondo as razões de fato e de direito com que impugna o pedido do autor e especificando as provas que pretende produzir. Art. 337 - Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar as preliminares. Art. 341 - Incumbe ao réu manifestar-se precisamente sobre as alegações de fato constantes da petição inicial, presumindo-se verdadeiras as não impugnadas. Art. 342 – Depois da contestação, regra geral, não se poderá fazer novas alegações. Art. 344 - Se o réu não contestar a ação, será considerado revel e presumir-se-ão verdadeiras as alegações de fato formuladas pelo autor.PRESCRIÇÃO DO FGTS – DECISÃO DO STF Em data de 18.02.2015, o SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL declarou a inconstitucionalidade dos artigos 23, § 5º, da Lei 8.036/1990 e 55 do Regulamento do FGTS aprovado pelo Decreto 99.684/1990, na parte que previa a prescrição trintenária. A inconstitucionalidade foi declarada com efeito 'ex nunc' (não retroativo), fixando para as ações cujo termo inicial da prescrição ocorra após a data do referido julgamento, aplica-se, o prazo de cinco anos. Já para os casos em que o prazo prescricional já esteja em curso, aplica-se o que ocorrer primeiro: 30 anos, contados do termo inicial, ou 5 anos, a partir desta decisão. Em face do novo entendimento do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, o TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO alterou o texto da Súmula Nº 362, nos seguintes termos: Súmula nº 362. FGTS. PRESCRIÇÃO. (Redação alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 09.06.2015) I - Para os casos em que a ciência da lesão ocorreu a partir de 13.11.2014, é quinquenal a prescrição do direito de reclamar contra o não recolhimento de contribuição para o FGTS, observado o prazo de dois anos após o término do contrato; II - Para os casos em que o prazo prescricional já estava em curso em 13.11.2014, aplica-se o prazo prescricional que se consumar primeiro: trinta anos, contados do termo inicial, ou cinco anos, a partir de 13.11.2014 (STF - ARE 709212/DF). PROVAS GENERALIZADAS Conceito – “Prova é a demonstração, segunda as normas legais específicas, da verdade dos fatos relevantes e controvertidos no processo”. (Manoel Antônio Teixeira Filho) - Art. 371/CPC Princípios Os principais princípios que formam a prova são: 1. princípio da concentração – garante que a tutela jurisdicional seja prestada no menor tempo possível, concentrando os atos processuais em uma única audiência. Art.361/NCPC, Art.365/NCPC a audiência é una e contínua. 2. princípio da imediação – significa que a decisão jurisdicional só pode ser proferida por quem tenha assistido à produção de prova e à discussão da causa e que esta seja proferida o mais rápido possível após o término da audiência de discussão e julgamento. Arts. 765 e 848/CLT. 3. princípio da necessidade – não basta alegar é necessário provar. 4. princípio do contraditório e da ampla defesa – Art. 5º, LV, da CF. 5. princípio da unidade da prova - indica que todos os elementos probatórios devem ser considerados em seu conjunto, formando um todo unitário sujeito à apreciação livre do Magistrado. 6. princípio dispositivo - preconiza que o juiz não pode conhecer de matéria a cujo respeito a lei exige a iniciativa da parte. 7. princípio da igualdade – art. 5º, caput e inciso I/CF. 8. princípio da aptidão - possibilidade de o juiz inverter o ônus da prova tendo em vista a impossibilidade de o empregado produzir a prova e, em contrapartida, a maior aptidão do empregador em produzi-la. 9. princípio da distribuição dinâmica – quando o juiz decide pelo princípio da aptidão. Art. 373,§1º/CPC. 10. princípio da lealdade da prova - as partes devem proceder em juízo com lealdade e boa-fé, parte contrária e juiz (art. 114, CPC). Não se pode admitir provas obtidas por meios ilícitos. 11. princípio da oportunidade da prova - A prova deverá ser produzida no momento processual adequado, oportuno. 12. princípio da comunhão da prova - uma prova produzida passa a ser do processo, pouco importando se o responsável pelo requerimento ou determinação de sua produção tenha sido o autor, réu, ou mesmo o juiz de ofício. 13. princípio da legalidade Hierarquia quanto aos meios de prova Conceito – “Os meios de prova para a instrução do processo são as espécies de provas que serão produzidas em juízo”. (Sérgio Pinto Martins) - Art. 369/NCPC - serão admitidos todos os meios de prova desde que moralmente legítimos. São meios de prova: 1. Depoimento pessoal das partes - Art. 848/CLT. Art. 385/CPC. Súmula 74/TST. 2. Depoimento das testemunhas – art. 829/CLT e Art. 450/CPC. Súmula 357/TST. 3. Documentos - do autor: art. 787/CLT e do réu 434/CPC. Súmula 8/TST. Art. 400/CPC. – Art. 430/CPC – Art. 435/CPC. Art. 396/CPC. 4. Perícias – Art. 156/CPC - Art. 195, caput e §2º/CLT. Art. 790-B – REFORMA TRABALHISTA 5. Inspeção judicial – Art. 481/CPC Ônus probatório Quem deve provar? - Art. 818/CLT – REFORMA TRABALHISTA Art 818 - O ônus da prova incumbe: I - ao reclamante, quanto ao fato constitutivo de seu direito; II - ao reclamado, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do reclamante. - Art. 373/CPC - O ônus da prova incumbe: I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito; II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor. - A questão da prova da existência da relação de emprego - A questão da prova na equiparação salarial - Súmula 6-VIII/TST - É do empregador o ônus da prova do fato impeditivo, modificativo ou extintivo da equiparação salarial. Súmula 212/TST - DESPEDIMENTO. ÔNUS DA PROVA. O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao empregado. Fatos objetos de prova O que provar? A prova é, em regra, dos fatos. - Art. 374/CPC – fatos que independem de prova: notórios, afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária, admitidos no processo como incontroversos, em cujo favor milita presunção legal de existência ou de veracidade. - Art. 357/CPC – Não ocorrendo nenhuma das hipóteses deste Capítulo, deverá o juiz, em decisão de saneamento e de organização do processo: resolver as questões processuais pendentes, se houver, delimitar as questões de fato sobre as quais recairá a atividade probatória, especificando os meios de prova admitidos, definir a distribuição do ônus da prova, observado o art. 373, delimitar as questões de direito relevantes para a decisão do mérito, designar, se necessário, audiência de instrução e julgamento. - Fatos que são objeto de prova: o que não estiver delimitado no art 374 deverá ser objeto de prova. PROVAS EM ESPÉCIE Art. 369/CPC - As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, para provar a verdade dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz. a) depoimento pessoal - Meio de prova - Confissão – Arts. 389 e 390/CPC Art. 389. Há confissão, judicial ou extrajudicial, quando a parte admite a verdade de fato contrário ao seu interesse e favorável ao do adversário. Art. 390. A confissão judicial pode ser espontânea ou provocada. § 1º A confissão espontânea pode ser feita pela própria parte ou por representante com poder especial. § 2º A confissão provocada constará do termo de depoimento pessoal. - Arts. 848/CLT e Art. 385/CPC Art. 848. As partes poderão requerer a substituição da penhora se: Art. 385. Cabe à parte requerer o depoimento pessoal da outra parte, a fim de que esta seja interrogada na audiência de instrução e julgamento, sem prejuízo do poder do juiz de ordená-lo de ofício. - Art. 395/CPC - A confissão é, em regra, indivisível, não podendo a parte que a quiser invocar como prova aceitá-la no tópico que a beneficiar e rejeitá-la no que lhe for desfavorável, porém cindir-se-á quando o confitente a ela aduzir fatos novos, capazes de constituir fundamento de defesa de direito material ou de reconvenção. Espécies de confissão: a) confissão judicial Art. 390/CPC; b) confissão extrajudicial (Art.394/CPC):, quando feita oralmente, só terá eficácia nos casos em que a lei não exija prova literal. c) confissão real ou expressa: é a feita expressamente sobre os fatos alegados pela parte contrária; d) confissão ficta ou tácita é a que decorre da revelia (art. 319, CPC), da falta de impugnação específica dos fatos (art. 302), da falta de comparecimento ou recusa de depor (343, § 2º) ou da recusa de exibir documentopor determinação judicial (art. 359) - Súmula 74/TST. CONFISSÃO. I - Aplica-se a confissão à parte que, expressamente intimada com aquela cominação, não comparecer à audiência em prosseguimento, na qual deveria depor. II - A prova pré-constituída nos autos pode ser levada em conta para confronto com a confissão ficta (arts. 442 e 443, do CPC de 2015 - art. 400, I, do CPC de 1973), não implicando cerceamento de defesa o indeferimento de provas posteriores. III- A vedação à produção de prova posterior pela parte confessa somente a ela se aplica, não afetando o exercício, pelo magistrado, do poder/dever de conduzir o processo. b) prova documental Momento de produção: a) pelo autor – com a inicial - Art. 787/CLT e Art. 320/CPC b) pelo réu – com a resposta - Art. 845/CLT e Art. 434/CPC. - Súmula 8/TST - JUNTADA DE DOCUMENTO (mantida) - A juntada de documentos na fase recursal só se justifica quando provado o justo impedimento para sua oportuna apresentação ou se referir a fato posterior à sentença. - Art. 396/CPC; Art. 400/CPC; Art. 408/CPC; Art. 430/CPC; Art. 435/CPC; Art. 437/CPC; art. 443/CLT; art. 464/CLT; art. 830/CLT. - OJ/SDI-1/TST nº 36 - LEI Nº 11.419, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2006 – dispõe sobre a informatização do processo judicial, altera o CPC – PROCESSO ELETRÔNICO. c) prova testemunhal - art. 342/CP; art. 821/CLT; art. 852-H/CLT; art. 825/CLT; art. 829/CLT; art. 447/CPC; art. 443/CPC; art. 448/CPC; art. 456/CPC; art. 457/CPC; art. 458/CPC; - Súmula 357/TST / Súmula 41-TRT-9ª Região d) prova pericial - art. 156/CPC; art. 195, caput e §2º/CLT; art. 790-B/CLT; art. 479/CPC; Art. 480/CPC. e) inspeção judicial Art. 481/CPC. O juiz, de ofício ou a requerimento da parte, pode, em qualquer fase do processo, inspecionar pessoas ou coisas, a fim de se esclarecer sobre fato que interesse à decisão da causa. Súmulas Súmula 6-VIII/TST – “É do empregador o ônus da prova do fato impeditivo, modificativo ou extintivo da equiparação salarial”. Súmula 8/TST - “A juntada de documentos na fase recursal só se justifica quando provado o justo impedimento para sua oportuna apresentação ou se referir a fato posterior à sentença”. Súmula 74/TST - “ I - Aplica-se a pena de confissão à parte que, expressamente intimada com aquela cominação, não comparecer à audiência em prosseguimento, na qual deveria depor. II - A prova pré-constituída nos autos pode ser levada em conta para confronto com a confissão ficta (art. 400, I, CPC), não implicando cerceamento de defesa o indeferimento de provas posteriores.” Súmula 338/TST - “ I - É ônus do empregador que conta com mais de 10 (dez) empregados o registro da jornada de trabalho na forma do art. 74, § 2º, da CLT. A não-apresentação injustificada dos controles de freqüência gera presunção relativa de veracidade da jornada de trabalho, a qual pode ser elidida por prova em contrário. II - A presunção de veracidade da jornada de trabalho, ainda que prevista em instrumento normativo, pode ser elidida por prova em contrário. III - Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e saída uniformes são inválidos como meio de prova, invertendo-se o ônus da prova, relativo às horas extras, que passa a ser do empregador, prevalecendo a jornada da inicial se dele não se desincumbir”. Súmula 357/TST - “Não torna suspeita a testemunha o simples fato de estar litigando ou de ter litigado contra o mesmo empregador ”. Súmula 41-TRT-9ª Região – “INDEFERIMENTO DO PEDIDO DE ADIAMENTO DE AUDIÊNCIA - NÃO COMPARECIMENTO DE TESTEMUNHA - AUSENTE CERCEAMENTO DE DEFESA QUANDO A PARTE COMPROMETE-SE A TRAZÊ-LAS, CONSTANDO EXPRESSAMENTE A PENA DE PRECLUSÃO. Não configura cerceamento de direito de defesa o indeferimento do pedido de adiamento da audiência quando a parte compromete-se a trazer as testemunhas para serem ouvidas na audiência de prosseguimento da instrução, ou a apresentar respectivo rol para sua intimação, sob pena de preclusão”. Orientação jurisprudencial: OJ nº 36 SDI-1/TST – “ O instrumento normativo em cópia não autenticada possui valor probante, desde que não haja impugnação ao seu conteúdo, eis que se trata de documento comum às partes”. Julgados 1. “A confissão real obtida em Juízo, através de depoimento pessoal, é a melhor das provas e dispensa a exibição de qualquer documento que possa ter relação com o objeto da confissão”. (TRT) 2. “ Prova documental Valor. A prova documental prevalece à oral, eis que fornece os elementos convincentes e concretos. A prova oral pode até infirmar a documental, ou suprir a ausência dessa, mas, se a prova documental for autêntica e não impugnada, prevalece sobre a oral”. (TRT) 3. “Não existe norma que estabeleça que a prova testemunhal tem que prevalecer sobre a documental. Cabe ao julgador valorar as provas de acordo com o seu livre convencimento”. (TRT) 4. “ O momento oportuno para a impugnação de documentos juntados com a inicial é quando da contestação. Preclusa aquela oportunidade, não pode a ré contestar os documentos quanto à sua forma na fase recursal”. (TRT - 12ª R - 2ª T - Ac. nº 007325/95 - Rel. Juiz Prá Netto - DJSC 03.10.95 - pág. 69) 5. “ Documentos – Validade – Impugnação – Cópias não autenticadas. Documentos comuns às partes litigantes, em cópia não autenticada, somente padecem de invalidade quando impugnados em seu teor e a parte não exibe o original para conferência – aplicação do artigo 830 da CLT, em consonância com os princípios da celeridade e economia processual”. (TRT– 5a R – 1a T – Ac. no 6423/99 – Rel. Luiz Antônio Lazarim–DJSP 22.03.99–pág.113) 6. “ Prova documental - Oportunidade de sua juntada aos autos - Inteligência do art. 397 do CPC. Os documentos considerados pressupostos da causa, devem ser juntados aos autos, pelo Reclamante com a inicial, pela Reclamada na defesa, só se admitindo a juntada posterior quando os documentos se relacionem com fatos supervenientes, ou seja, fatos novos, a teor do que dispõe o art. 397 do CPC, de manifesta aplicação subsidiária no Processo do Trabalho”. (TRT - 2ª R - 6ª T - Ac. nº 02960500665 - Rel. Amador P. de Almeida - DJSP 16.10.96 - pág. 49) ENCERRAMENTO DA INSTRUÇÃO a) Atos procedimentais finais São utilizadas as seguintes denominações: a) razões finais – art. 850/CLT - art.364/CPC; b) memoriais; c) alegações finais; b) razões finais . Conceito – "Consiste na oportunidade conferida às partes no processo para a análise conclusiva das suas posições em face da prova produzida, com a indicação dos aspectos que considerem relevantes e capazes de influir no convencimento do juiz”. (Amauri Mascaro Nascimento) - Art. 850/CLT – Terminada a instrução, poderão as partes aduzir razões finais, em prazo não excedente de 10 (dez) minutos para cada uma. Em seguida, o juiz ou presidente renovará a proposta de conciliação, e não se realizando esta, será proferida a decisão. Parágrafo único - O Presidente da Junta, após propor a solução do dissídio, tomará os votos dos vogais e, havendo divergência entre estes, poderá desempatar ou proferir decisão que melhor atenda ao cumprimento da lei e ao justo equilíbrio entre os votos divergentes e ao interesse social. NULIDADES PROCESSUAIS Art. 278. A nulidade dos atos deve ser alegada na primeira oportunidade em que couber à parte falar nos autos, sob pena de preclusão. Art. 794 - Nos processos sujeitos à apreciação da Justiça do Trabalho só haverá nulidade quando resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo às partes litigantes. Art. 795 - As nulidades não serão declaradas senão mediante provocação das partes, as quais deverão argüi-las à primeira vez em que tiverem de falar em audiência ou nos autos. § 1º - Deverá, entretanto, ser declarada ex officio a nulidade fundada em incompetência de foro. Nesse caso, serão considerados nulos os atos decisórios. § 2º - O juiz ou Tribunal que se julgar incompetente determinará, na mesma ocasião, que se faça remessa do processo, com urgência, à autoridade competente, fundamentando sua decisão. Art. 796 - A nulidade não será pronunciada: a) quando for possívelsuprir-se a falta ou repetir-se o ato; b) quando argüida por quem lhe tiver dado causa. Art. 797 - O juiz ou Tribunal que pronunciar a nulidade declarará os atos a que ela se estende. Art. 798 - A nulidade do ato não prejudicará senão os posteriores que dele dependam ou sejam consequentes. a) Definição -“ Nulidade é a sanção pela qual a lei priva um ato jurídico de seus efeitos normais, quando em sua execução não são observadas as formas para ele prescritas.” (Alsina, citada por Amauri Mascaro Nascimento). b) Momento – art. 795, caput/CLT – As nulidades não serão declaradas senão mediante provocação das partes, as quais deverão argüi-las à primeira vez em que tiverem de falar em audiência ou nos autos. c) Refazimento – em razões finais é reiterado o pedido de nulidade processual. d) Proposta conciliatória final Da obrigatoriedade / nulidade - art. 831/CLT, - art. 846/CLT, - art. 850/CLT - Súmulas - Orientação jurisprudencial: 1. OJ nº 7 SDI-1/TST – PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO a) Tipos de procedimentos/ ritos - São três os tipos de procedimentos no processo do trabalho – a) rito ordinário b) rito sumário c) procedimento sumaríssimo b) rito ordinário - Ações com valor acima de 40 SM (R$1.100,00 – 01/2021) = R$44.000,00 Rito sumário - Ações com valor inferior a 2 SM (R$1.100,00 – 01/2021) = R$2.200,00 - art. 2º, §§ 3º e 4º da Lei 5584/1970 Procedimento sumaríssimo - Ações que não excedam a 40 SM (R$1.100,00 – 01/2021) = R$44.000,00 - Art. 852-A/CLT - Excluídas as demandas em que é parte a Administração Pública direta, autárquica e fundacional. – PARÁGRAFO ÚNICO, do art. 852-A/CLT. - Art. 852-B/CLT I- pedido deve ser certo ou determinado, com indicação do valor correspondente II- não é permitida citação por edital III- prazo máximo de 15 dias para apreciação – pauta preferencial §1º - o não atendimento dos incisos I e II importará no arquivamento da reclamação. §2 - obrigatoriedade de comunicar a mudança de endereço. - Art. 852-C/CLT – audiência UNA. - Art. 852-E/CLT – o Juiz tentará a conciliação. - Art. 852-F/CLT – na ata de audiência os registros serão resumidos. - Art. 852-G/CLT – decisão de plano de todos os incidentes e exceções. - Art. 852-H/CLT – todas as provas serão produzidas na audiência. §1º - manifestação sobre os documentos na audiência. §2º - testemunhas – no máximo duas – independentemente de intimação. §3º - necessidade de comprovar o convite. §4º - prova técnica. §7º - sentença no prazo de 30 dias. - Art. 852-I/CLT – sentença dispensa o relatório. - Art. 896-§9º/CLT – recurso de revista somente por contrariedade à Súmula do TST ou à Súmula vinculante do STF e por violação direta da CF. “OJ-SDI1-352 PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO. RECURSO DE REVISTA FUNDAMENTADO EM CONTRARIEDADE A ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL. INADMISSIBILIDADE. ART. 896, § 6º, DA CLT, ACRESCENTADO PELA LEI Nº 9.957, DE 12.01.2000. Nas causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo, não se admite recurso de revista por contrariedade à Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho (Livro II, Título II, Capítulo III, do RITST), por ausência de previsão no art. 896, § 6º, da CLT.”
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