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ESTÁCIO DE SÁ – UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
CAMPOS NORTESHOPING
GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
	
Amanda Maia da Silva - 201607083302
Beatriz Araújo de Lima – 201708383433
Bruna Ferreira de Sousa - 201607083272
PSICOLOGIA GESTÃO E RESPONSABILIDADE SOCIAL
RIO DE JANEIRO – RJ
2020
Música: Música de trabalho – Legião Urbana
“Sem trabalho eu não sou nada
Não tenho dignidade
Não sinto o meu valor
Não tenho identidade
Mas o que eu tenho
É só um emprego
E um salário miserável (...)”
Para dar início a este trabalho, é importante ressaltar a importância que tem o trabalho na vida do ser humano e de que forma isto é visto pelo mesmo, o texto que usaremos, traz grandes reflexões sobre saúde mental, visto que a atividade laboral é um dos fatores importantes no que diz respeito ao assunto, já que a falta desta atividade (aposentadoria e desemprego), pode trazer danos psíquicos, da mesma forma que o trabalho pode ser visto como o maior causador de abalos psíquicos no trabalhador. Ao ouvir a “Música de Trabalho” de Legião Urbana, é possível verificar a grande necessidade que o cidadão tem do trabalho em sua vida, para obter maiores recursos e subsistências, e o seu lugar na sociedade e na indústria, porem vemos o quanto o trabalho pode se tornar algo tão prejudicial e causar danos à saúde mental e física do “trabalhador em massa” descrito no livro A Loucura de Trabalho de Christopher Dejours. 
O trecho acima citado cria um link com uma parte do artigo “Dilemas do trabalho no capitalismo contemporâneo”, que fala especificamente sobre o capitalismo e como ele mostra diversas contradições. Quando é citado na música “sem trabalho eu não sou nada”, no texto é citado que ao mesmo tempo em que o trabalho é a fonte de humanização do trabalhador, esta, também é a fonte de desvalorização do trabalhador, de forma que o mesmo, quanto mais produz, quanto mais a sua produção aumenta em poder e extensão, menos valor o seu trabalho tem e este fato pode ser visto na frase “não sinto meu valor”, já que o objeto, como Marx se refere, é visto como alheio pelo trabalhador, já que o mesmo coloca toda a sua vida e energia no objeto, e o mesmo, ao final do processo, não é seu. Por fim, o maior link a ser estabelecido entre este texto e a música é o de que o capitalismo opera de forma predominante, fazendo com que o trabalhador perca sua dignidade.
E é onde estudamos a patologia causada pelo trabalho em excesso, as condições precárias fornecidas pelas indústrias e a luta dos trabalhadores para alcançarem seu espaço, e seus direitos, vemos a exaustão do homem dentro das fabricas e seus modos de treinamento, a música retrata que o homem ao chegar o fim do dia pensa no descanso de todas as suas lutas, pois apesar de todas as incansáveis horas trabalhadas o homem tenta esquecer seu sofrimento e da escassez de seus bens, aprendendo a sobreviver em um muito injusto onde poucas pessoas tem mais do que precisariam para viver uma vida digna enquanto os operários são a outra parte da população que apenas sobrevive um dia após o outro, gastando sua força braçal com trabalho pesado, com um serviço que não paga pelas condições e a visão pobre a qual o operário era visto dentro das indústrias. E quando falamos da Loucura do Trabalho, tratamos também da “loucura” que é imposta ainda nos dias atuais, pessoas que são obrigadas a fazer horas extras em cargos que não pagam o adoecimento físicas, emocionais e mentais a que essas pessoas são submetidas e as pressões diárias, seja para agradar os superiores, ou para evitar conflitos com a equipe a qual trabalha diretamente. Conforme consta no livro, não somente a loucura patológica em si, e sim o sofrimento no trabalho “um estado compatível com a normalidade”, o empregado acredita serem normais às condições impostas e por vezes só vem a perceber a gravidade da situação em que foi colocado após meses de pressões e desconfortos.
Música: Luta de classes – Cidade Negra
“… Mas eu quero te contar os fatos
Eu posso mostrar fotos pra você
É só ter um pouco mais de tato
Que fica claro pra você
Desde a antiguidade
As coisas estão assim, assim.
Os homens não são iguais, não são.
Não são iguais, enfim!”
Sob outro ponto de vista, temos a música do grupo Cidade Negra que reflete uma sociedade bem próxima quando diz que “...Desde a antiguidade homens não são iguais...” onde há uma importante desigualdade entre os trabalhadores de um mesmo país e de um mesmo período histórico ou até um diferente período histórico. Até hoje a grande mudança foi o modo de se trabalhar (toyotismo, fordismo), mas ao longo de todo o desenvolvimento do processo de trabalho no capitalismo, o que podemos observar é a perda progressiva do controle do trabalhador sobre o processo produtivo e, em conseqüência, a perda de controle sobre seu próprio trabalho. Também podemos pensar que, nos últimos anos, as perdas para a classe trabalhadora foram importantes não apenas do ponto de vista financeiro mas também de sua saúde física e psíquica. Os avanços científicos ocorridos em nome do progresso não conseguiram eliminar as formas de exploração carnal e mental dos trabalhadores, nas fábricas ou fora delas, como diz no texto do artigo “Dilemas do Trabalho no Capitalismo Contemporâneo”. O movimento operário desenvolveu sua ação para a melhoria das condições de vida como duração do trabalho, férias, aposentadorias, salários, mas a vivência e experiência dos cidadões condensa de alguma maneira os sentimentos de indignidade, de inutilidade e de desqualificação, pois se estuda, se qualifica (graduação, pós graduação, mestrado, entre outros) e a valorização salarial, física e psíquica não é atribuido ao trabalhador, mas sim ao empregador.
“… Mas veio o ideário
Da tal revolução burguesa
Veio o ideário, veio o sonho socialista.
Veio a promessa de igualdade e liberdade… Daí é que veio a história
Daí a história surgiu
Escravos na Babilônia,
Trabalhador no Brasil...”
Neste outro trecho da mesma música podemos ressaltar as inúmeras lutas contra “os maiores”. As lutas a favor do trabalhador deram origem ao feriado do 1º de maio dia Internacional do Trabalhador, onde muitas pessoas morreram e perderam pessoas próximas. As lutas representam o símbolo mundial das injustiças do capitalismo contra a classe trabalhadora como diz no texto “ 50 anos de profissão: Responsabilidade Social ou Projeto ético-Político?”. É triste pensar em que houve muitas lutas e perdas, mais que ainda não foi o suficiente.

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