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PCC Estácio de Sá - Currículo e Teoria (pedagogia)

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
PROPÓSTA DE PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR – PCC 
CURRÍCULO: TEORIA E PRATICA – CEL0374 
 
 
 
 
 
JOSILENE DE LIMA RODRIGUES ALENCAR 
MATRÍCULA: 201908505214 
 
 
 
 
 
 
 
 
JOÃO PESSOA 
2021 
 
1. INTRODUÇÃO 
O presente trabalho tem como objetivo analisar o documento denominado 
Base Nacional Comum Curricular (BNCC), projeto no qual regulamenta as 
formas de aprendizagem e as estruturas a serem trabalhadas da educação 
básica da rede privada e pública garantindo o desenvolvimento a todos de forma 
igualitária. 
A educação passa pelos seus altos e baixos, mas é algo que deve ser 
analisado e investido de forma continua. O decorrer desse texto, é exemplificar 
sobre a necessidade da educação e a formação dos professores para dar 
continuidade aos planos que vem sendo modificados aos longos dos anos e o 
modo que eles vêm aplicando as habilidades e as competências no ensino. 
É importante ressaltar sobre o período em que vivemos no qual a educação 
foi mais atingida nesse período de pandemia. Nisso, foi realizada uma entrevista 
com uma professora do ensino básico privado e um professor em formação que 
está na pratica profissional no ensino público. 
Com isso foi realizado um parâmetro com a possibilidade de compreender e 
contextualizar melhor a educação e as normas da BNCC na pandemia. 
2. REFERÊNCIA TEÓRICA. 
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) tem como objetivo de definir os 
conjuntos de aprendizagens essenciais para o ensino no qual os alunos devem 
desenvolver ao longo do ensino básico. A definição desse base é justamente 
medir a qualidade do ensino para que seja alcançado de forma positiva para 
todos sem distinguir idade, etnia, gênero e renda. 
A Educação é um dos direitos necessários e importante para a sociedade, 
mas infelizmente, no Brasil, ainda é precária e não chega a todos. Segundo a ao 
Art.205 da Constituição de 1988, a educação é: 
Art. 205. “A educação, direito de todos e dever do Estado e da 
família, será promovida e incentivada com a colaboração da 
sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu 
preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o 
trabalho”. (BRASIL, 1988). 
 A sociedade brasileira, ainda sofre com a falta do incentivo a educação, 
isso aos devidos motivos como a pobreza, a falta de moradia, a precariedade 
social e as dificuldades de se manter no âmbito escolar, já que ainda existem 
uma parcela da população que não concluiu o nível básico. Essas dificuldades 
estão principalmente nas periferias e nas favelas brasileiras em que a taxa de 
analfabetismo e o baixo índice de escolaridade é maior. 
É fato que o acesso à educação além de ser direito, traz benefícios que 
servem para combater aos principais problemas sociais. Isso pelo motivo em que 
o desempenho de algumas nações com as altas taxas de escolaridades 
apresentam resultados positivos no âmbito da empregabilidade, saúde, 
crescimento econômico e redução da criminalidade. 
A precariedade da educação brasileira é histórica e as regiões Norte e 
Nordeste sempre apresentou os maiores índices. Mas a região Nordeste ainda 
apresenta um índice de 13,9%, quatro vezes maior do que as taxas estimadas 
nas outras regiões, segundo a PNAD Continua, 2019 Essas taxas são maiores 
em homens de 15 anos ou mais que na maioria são pretas ou pardas. 
Apesar das precariedades, algumas políticas públicas deram um 
condicionamento para acesso ao ensino, dentre elas as cotas, os serviços de 
transportes com taxa reduzida para estudantes, refeição escolar, cursos 
técnicos, preparatórios para vestibular na mesma unidade escolar e entre outros. 
Além disso, esses incentivos não atenderam apenas o alunado, mas também os 
professores e funcionários do espaço escolar como o Programa de Formação de 
Professores em Exercício (Proformação), Programa de Capacitação a Distância 
para Gestores Escolares (Progestão), Programa Pedagogia Cidadã e entre 
outros de grande importância na construção do espaço escolar. 
O acesso à educação percorre muito além do aluno, professor e o gestor, 
mas também a comunidade. Uma das causas da evasão escolar é a 
precariedade da comunidade e da família. Por isso, a comunidade deve ter 
assistência e participação no meio escolar. São trocas fundamentais e que 
ambas desempenham um papel importante no que se trata do direito a 
educação. 
Como forma de deixar mais igualitária e mais justa, a BNCC tem como 
objetivo acompanhar o progresso e o acesso aos direitos comuns ao longo das 
etapas e modalidades da educação básica para a sociedade. O ensino privado 
vem apresentando um melhor desempenho do que as escolas públicas, 
justamente por ter condições mínimas de estrutura e participação familiar. 
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES. 
A BNCC como projeto, é um documento importante para a orientação do 
professor para que atribua condições básicas do ensino. Nisso foi realizado uma 
entrevista com uma professora do ensino privado e um estagiário do ensino 
público da cidade de João Pessoa, ambos da área de Geografia do ensino 
fundamental II. 
Em uma conversa por meio de uma rede social devido ao período de 
pandemia que assola todo o país, a educação não deixou de ser afetada, 
inclusive, a precarização aumentou e em todos os níveis e estruturas, segundo 
os entrevistados. 
Caracterizando os entrevistados, a entrevista foi realizada com a professora 
de Geografia Analice Alves, professora do ensino fundamental e médio da rede 
privada. Com sua ajuda, obtive a entrevista com Mayrink Lima, que atua como 
estagiário para concluir o curso de licenciatura em uma escola da rede pública 
da mesma cidade. Ambos descreveram o período “complicado, trabalhoso e com 
baixo rendimento” com as novas formas de ensino, que se trata do ensino 
remoto. 
Na entrevista, foi realizado uma pergunta de como estavam lidando com o 
ensino nessa nova modalidade remota e o processo de adaptação: 
“Diferente de alguns colegas, não tive tanta dificuldade na 
adaptação, mas sou uma minoria que não teve grandes 
dificuldades. Apenas tive com os recursos audiovisuais. 
Procurar softwares de gravação gratuito foi mais difícil que 
imaginava. Uns não funcionavam, outros travavam e tinha uma 
grande complexidade no manuseio.” - Fala da Professora 
Analice. 
“Como auxiliar foi tudo muito novo, foi o período em que eu 
estava tendo os primeiros contatos com o ensino. A dificuldade 
não era usar o computador, mas como usar o computador como 
ferramenta diária.” – Fala do professor, Mayrink Lima. 
Sobre a aplicação das habilidades e competência da BNCC foi respondido: 
“A metodologia em aplicar as normas da BNCC no período de 
aulas remotas, foram mais complexas. A própria disciplina exige 
uma interação sobre o espaço geográfico, no qual geralmente 
uso o ambiente escolar para fazer algumas análises. Mas no 
período remoto, exige a visualização de imagens, mapas, 
gráficos que ajudam, mas não são suficientes, pelo fato que 
temos a necessidade da interação dos alunos, o que não teve 
muita eficácia.” – Fala da professora Analice. 
Em relação ao método de ensinar, os professores relataram: 
“As aulas remotas em 2020 foram gravadas e os resultados não 
foram positivos. Apesar das atividades, não se tinha interação e 
muito menos a procura de orientações. Houve momentos em 
que marcava reuniões com os alunos, mas infelizmente o 
número de participantes eram insuficientes...” – fala da 
professora Analice. 
“A precariedade não estava só no material do aluno, mas 
também do professor que se sentiu a necessidade de comprar 
equipamentos no qual pudesse oferecer um melhor material ao 
aluno. Porém houve o encarecimento desses materiais e não 
recebemos ajuda financeira ou de material por parte da 
instituição de trabalho. Então, usávamos o que tínhamos e o que 
não tínhamos, improvisamos ou pedia emprestado” – falada 
professora Analice. 
“As aulas remotas no ensino publico seguia transmitida pelo 
Google Meet, elas não eram gravadas, pois precisa de um e-
mail institucional e para aderir, precisa ser pago, logo não 
tínhamos como arcar com os custos. A participação dos alunos 
foi precária e apesar de estar presentes, a procura por 
orientações e dúvidas era quase inexistente” – Mayrink Lima. 
Nessa entrevista foi possível observar as dificuldades sobre as habilidades e 
a competências da BNCC no período da pandemia. É notório que o ensino EaD 
apresenta ainda um déficit de usuários aptos tanto para o estudo como para a 
aplicação das metodologias. Teve poucos incentivos governamentais para 
melhorar a condição do aluno e professor para essa nova modalidade. Sendo 
todos pegos de surpresa em relação a metodologia, equipamentos e formas de 
acesso. 
O ensino básico brasileiro púbico e privado é na forma presencial, o que 
dificulta os avanços ou melhorias na modalidade remota. É necessária uma 
estrutura e projeto para que nos princípios emergenciais, essa modalidade seja 
um meio de manter a qualidade do ensino acessivo a todos. 
4. CONCLUSÃO 
Observando as dificuldades dos colegas, percebe-se uma deficiência sobre 
aplicar essa metodologia de forma virtual. Um dos principais motivos que levam 
essa dificuldade foi a falta de recursos dos alunos e professores e em seguida, 
a baixa participação e presença dos alunos. 
O ambiente do lar favorece um certo relaxamento e a experiência home office 
não é habitual do dia a dia dos estudantes do ensino básico seja ela de rede 
privada ou rede pública. A educação foi o mais afetado nesse período, não 
apenas no Brasil, mas as outras nações. É notório a importância do professor e 
o aluno nas salas de aula, em um ambiente escola para que haja estimulo, 
equipamentos, acesso a ambientes que contribua a sociedade seja crítica e 
construtiva. 
Portanto, ainda falta o preparo, os incentivos e a segurança para professores 
e alunos, para que haja uma troca positiva nesse momento. Apensar de um ano 
de aula remota, as aulas híbridas oferecem o mesmo desgaste e beneficia uns 
e outros não, além dos riscos sanitários. 
5. REFERÊNCIAS 
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Ensino Médio. Brasília: MEC. Versão 
entregue ao CNE em 03 de abril de 2018 2018. Disponível 
em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_vers
aofinal_site.pdf Acesso: 29 de maio de 2021. 
BRASIL. Constituição Federal de 1988. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.html Acesso: 26 
de maio de 2021. 
 
GATTI, B. A. Análise das políticas públicas para formação continuada no Brasil, 
na última década. Revista Brasileira de educação, v. 13, n. 37, p. 57-70, 2008. 
Disponível em: 
https://www.scielo.br/j/rbedu/a/vBFnySRRBJFSNFQ7gthybkH/?lang=pt. 
Acesso: 15 de maio de 2021. 
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Portal IBGE educa. 2021. 
Disponível em: https://educa.ibge.gov.br/jovens/conheca-o-
brasil/populacao/18317-educacao.html. Acesso: 15 de maio de 2021. 
 
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.html
https://www.scielo.br/j/rbedu/a/vBFnySRRBJFSNFQ7gthybkH/?lang=pt
https://educa.ibge.gov.br/jovens/conheca-o-brasil/populacao/18317-educacao.html
https://educa.ibge.gov.br/jovens/conheca-o-brasil/populacao/18317-educacao.html

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