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Petição ação obrigação de fazer comulado com danos morais

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jusbrasil.com.br
7 de Junho de 2021
Petição ação obrigação de fazer comulado com danos morais

Petição ação obrigação de fazer comulado com
danos morais.docx
DOWNLOAD COPIAR MODELO
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VAU cíVEL
DA COMARCA DE
XX)(X XXX XX XX)O(X, brasileiro, casado, produtor rural, inscrito no
CPF/MF sob o no 000.000.000-00, portador da cédula de idenfdade no
0000000, SSP/XX, residente e domiciliado à CEP xxxxportador da cédula
de identidade n o XXX)(XXXXXXX)O(, por seu procurador
xxxxx brasileiro, xxxxx OAB/XX no xxxx com escritório na Rua
XXX)O(XXXXXXXX, vem, respeitosamente, com fundamento na Lei 1 1
.795/08, no Código de Defesa do Consumidor, art 247 e seguintes do
Código Civil e nos arfgos 319 e 497 do Novo Código de Processo Civil, vem,
com o devido respeito ante a honrosa presença de Vossa Excelência,
apresentar a presente
AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER CC
PEDIDO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS
MORAIS E MATERIAIS E TUTELA DE
URGÊNCIA
em face de XXXXXXX LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no
CNPJ/MF sob o n o 000,00000/0000-00, estabelecida na Avenida
XXXXXXXX, n o 000, XXX XXXXXX, CEP - 00000-000, no esbdode
XXXX XXXIXX, neste ato representada por XXXXXXXXXXX, pelas razões
de fab e de direib a seguir:
O Aubr, por ser produtor rural, e necessitar de máquinas agrbolas para
uflizar na lavoura, resolveu na data de 07/06/2016, aderir ao consórcio
para aquisição de máquinas agrícolas, proposta n o 00000000, com valor
do bem de R$ 000.000 00 (xxxxxxxxxxxxxx e xxxxxxxxx mil e xxxxxx reais)
em 120 parcelas mensais no valor de R$ 0,000300 (xxxxx mil, xxxxxx e
xxxxxxx e xxxxxxx mil e xxxxxx e xxxxxx centavos), lhe obrigavam ao
pagamento mensal de prestações, que, ao final, ou mediante lance ou
sorteio, beneficiaria com valor acima, para a aquisição da máquina agrbola,
Após efetuar o pagamenb de 1 a (primeira) parcela, o Aubr foi contemplado,
no mês de após escolher as máquinas, fez os pedidos, as máquinas
chegaram, mais a xxxxxxxxx vem protelando até hoje o repasse do dinheiro,
sob a alegação de que o Requerente estava com restrição no nome. Ocorre
que esses fabs não procedem, pois a restrição foi imediatamente sanada
após o sorbio.
Como o Requerente é produtor rural, eshs máquinas são essenciais ao
planto da safra, que no Estado do Pará começa em meados de dezembro, e
já estamos quase na metade do mês, após adquirir bdos defensivos agrbolas
e sementes, está faltando as máquinas, por culpa exclusiva da
administradora do consórcio.
Se o consórcio não repassar o dinheiro imediatamenb, o Aubr vai ter sérios
prejuízos económicos, o que já inclusive começou a ocorrer, pois tem
sementes que já deveriam ter sido plantadas, Porbnto, a inercia da
administradora do consórcio esá causando sérios riscos ao Requerenb.
-
Após inúmeras bilhas de buscar uma solução com a XXXXXXXX sem obbr
nenhuma resposta, não restou outra alternafiva senão recorrer à digna
jusfça para solução do impasse produzido pela abusividade perpetada pela
empresa.
Eis a síntese narrada.
11- DA ANTECIPAÇÃO DE TUTELA DE
URGÊNCIA E EVIDÊNCIA ART. 300 E 311
DO CPC
Provado foi pelo Aubr que o mesmo FOI APROVADO PARA
FAZER PARTE DO GRUPO DE CONSÓRCIO pois este possuía todos
critérios inclusive NÃO POSSUINDO RESTRIÇÕES EM SEU CPF;
O Aubr trouxe à tona que comprovadamente bi contemplado no consórcio
para adquirir o bem, inclusive, conforme demonstra no extato de conta
anexo, pagou as Êxas para alienação do vebulo;
Sem maquinário necessário para início do planto da safra e confanb na
garanta do contrato firmado ente as partes, e após a escolha das máquinas
que melhor safsfazia as necessidades do Autor, agora está na eminência de
não consegu
fazer o planto, o que vai gerar prejuízos incalculáveis,
Após todo esse trâmite, o Autor vê agora frustrado mediante a morosidade
da Ré em liberar o crédito para pagamento das máquinas, fab esse contra a
lei e não expresso no contrato celebrado entre as partes,
3
Porém, acredita o Autor ainda na Justça, pois a terceira e melhor opção,
seria que se digne Vossa Excelência, depois de comprovado os fatos e
direito, conceder a tutela de urgência, que a Ré efetue o tâmite da concessão
da carta de crédib ao Autor, pois o não existente nenhum mofivo que
impeça tal liberação.
É claro que para a concessão desb insitub, é imprescindível a comprovação
do Fumus boni iuris e do Periculum in mora;
Desta forma, a 'fumaça do bom direito", se configura na demonstração da
probabilidade da existência do direito afirmado. Visível e claro que o CDC,
bem como o próprio Contrab que obriga as partas, garante o direito que o
Aubr busca.
Quanto ao Periculum in mora, tem base no perigo que o Autor corre em
perder bda sua safra se não iniciar o planto em no máximo uma semana, e
aos encargos de um "contrato de compra e venda" não pago, ou até mesmo
na devolução das máquinas, com perdas e danos materiais advindos do
fato, caso os efeibs da tutela não sejam antecipados.
O proÉssor Elpídio Donizetti Nunes assim define o presente requisito
genérico, in verbis:
"Por prova inequívoca entende-se a prova suficiente para levar o juiz a
acreditar que a parte é titular do direito material disputado. Trata-se de um
juízo provisório. Basta que no momento da análise do pedido de
antecipação,
todos os elementos convirjam no sentido de aparentara probabilidade das
alegações. " NUNES, Elpídio Donizetti. Curso Didático de Direito
Processual Civil. Belo Horizonte: Del Rey, 2004
Carreira Avim, discorrendo sobre o tema, asseverou:
"Prova inequívoca deve ser considerada aquela que apresenta um grau de
convencimento tal que, a seu respeito, não possa ser oposta qualquer
dúvida razoável,
ou, em outros termos, cuja autenticidade ou veracidade seja provável. "
ALVIM, J. E. Carreira. Ação Monitória e Temas Polémicos da Reforma
Processual. 2 a. Edição. Belo Horizonte: Del Rey, 1996
As tutelas jurisdicionais provisórias, como o próprio nome diz, são tutelas
jurisdicionais não definitvas, concedidas pelo Poder Judiciário em juízo de
cognição sumária, que exigem, necessariamente, confirmação posterior,
através de sentença, proferida mediante cognição exauriente.
As tutelas provisórias são o género, dos quais derivam duas espécies: tutela
provisória de urgência e tubla provisória da evidência. Uma, exige urgência
na concessão do Direib. A outa, evidência.
A titela de urgência exige demonstração de probabilidade do direito e
perigo de dano ou risco ao resultado úfl do processo (arfgo 300). A tutela da
evidência independe de tais requisitos, porque ela é uma titela 'hão
urgente" (artgo 311
Porbnto, uma primeira forma de disfingui-las é pensar sempre que uma
delas, a de urgência, depende da premência do tempo; já a outa, a da
evidência, não.
Começando pelas tutelas de urgência, é preciso dizer que elas ainda são
divididas em mais duas (sub) espécies: (1) tutela provisória de urgência
antecipada (ou safsfafva, como a doutrina vem denominando) e (2) titela
provisória de urgência cautelar,
No caso do autor, está evidenciada a caracbrização da tutela de urgência
anbcipada, pois o mesmo encontra-se em risco eminenb de perder toda a
sua safra se não houver a liberação da carta de crédib para pagamento das
máquinas, além disto, será obrigado pagar pela devolução das mesmas.
As titelas provisórias antecipadas asseguram a eÉtvidade do direito
material, Nas tutelas antecipadas, é preciso demonstrar para o juiz que,
além da urgência, o meu direito material estará em risco se eu não obfiver a
concessão da medida.
Por sua vez, as tutelas da evidência não Em uma classificação formalizada
em (sub) espécies. Porém, também é possVel perceber que a sua concessão
(disposh nos quatro incisos do arfgo 311 do NCPC), ocorre segundo dois
critérios bás icos: (1) quando o direit) (material) da parte que pleibia a
tutela é evidenÉ, daí o nome e (2) quando uma das partes está
manifestamenb problando o processo ou abusando do exercício do direito
de defesa, caso em que a tutela da evidência está vinculada não
necessariamenteà evidência do direito material pleiteado, mas à evidência
de que é preciso pôr um fim ao processo.
Nas tublas da evidência, eu preciso demonstrar para o juiz que,
independentemente da urgência, o meu direito é tão evidente, que o
caminho do processo pode ser encurtado. Ou então preciso demonstrar que
o meu ex adverso está problando tanto o processo, que a sua maior punição
será adiantá-lo, apressando os atos processuais que ele esá Entando
retardar.
Afinal, a maior sanção para quem obstaculiza o caminho do processo é
justamente pegar atalhos que levem mais rápido ao fm da estrada — isto é,
à sentença
Luiz Fux, iniciando a abordagem sobre o direib evidente, cita
como exemplos: o direito líquido e certo que autonza a concessão do
mandamus ou o direito documentado do exequente". Posteriormente, o
mesmo aubr pondera 'T...] não excluir a tutela da evidência qualquer que
seja a pessoa jurídica, quer de direito público
querde direito privado"
Luiz Fux esclarece o que é um direib evidente, da seguinte forma: [...]
demonstrável prima facie através de prova documental que o consubstancie
líquido e ceifo, como também o é o direito assentado em fatos
incontroversos, notónos, o direito a coibir um suposto atuar do adversus
com base em „manifesta ilegalidade", o direito calcado em questão
estritamente jurídica, o direito assentado em fatos conÉssados noutro
processo ou comprovados através de prova emprestada obtda sob
contraditório ou em provas produzidas antecipadamente, bem como o
direib dependente de questão prejudicial, direib calcado em fatos sobre os
quais incide presunção jure et de jure de existência e em direibs decorrentes
da consumação de decadência ou da prescrição.
O mesmo autor, discorrendo sobre o Ema da evidência, em rodapé
explicafvo, afirma: evidência é um critério à frente da probablidade".
EfetvamenÉ, as hipóteses descrihs permitem o deferiment) de uma tutela
com um grau de probabilidade tão alb que beira à "certeza".
Por sua vez, Rafael Augusto Paes de Almeida afirma que probabilidade é
menos que certeza e mais que verossimilhança. Assim, os direitos
evidentes, apresentados pelo aubr, são prováveis e, como afirma Piero
Calamandrei, passíveis de serem provados, Luiz Fux afrma também que,
quando o direito for evidente, o juiz pode conceder a tutela liminarmente e
que, em alguns casos, o legislador fixou presunção legal de evidência do
direito. O referido autor exemplifica: quando a lesão à posse data de menos
de ano e dia, e o direito à posse, assim evidenciado e lesado merece
proteção imediata"
Por bdo acima exposto, bem como as documentações acostadas nestes
autos, resta comprovado o direib do aubr as tutelas de urgência e evidência,
para assegurar seu direito a liberação de sua carta de crédito contemplada
para ser usado no plantio e colheita da safra, sob o risco de perder toda sua
produção agrícola.
Requer a Vossa Excelência, que determine imediatamente a
ADMINISTRADORA DE CONSÓRCIOS SICREDI LTDA, que libere
imediatamenb a carta de crédib no valor de R$ 000.000,00 (xxxxxxxxxx e
xxxxxxxxx ml e xxxxxxxx reais).
É da naureza do consórcio a concessão de crédib ao consorciado
contemplado (nas hipóteses de sorteio e lance vencedor). Quem passa a
integrar um consórcio, o faz exclusivamenb a fm de obter o direito de
utlizar um crédito.
Nesse contexto, a superveniência de dívida relafva às contribuições
vincendas configura situação mais do que previsível para a Administradora.
Assim sendo, as garantas - que não deverão ir além do razoável - devem ser
fixadas ab inito, previstas expressamente no contrab, sem que haja
nenhuma margem para futuras exigências arbitrárias, as quais podem
inclusive atrasar o exercício dos direibs do consumidor, causando-lhe
prejuízos.
A Administradora, portanto, no moment) em que recebe um novo
consorciado, deve exigir dele as garantas que julgar necessárias (sempre
dentro do razoável), considerando ainda que a concessão do crédib no
momento da contemplação estará garantida através da alienação fiduciária
do bem adquirido.
Não é concebível que, no momento de receber seu crédito, o consorciado
contemplado seja surpreendido com exigências descabidas e
desproporcionais que lhe dificulbm o gozo de seu direib, ou mesmo que este
crédito não seja liberado, por morosidade da administradora do consórcio.
CLÁUDIA LIMA MARQUES chama de cláusulas-barreira aquelas que:
"ao estabelecerem as condições para o exercício dos direitos do consumidor
ou para o cumprimento dos deveres contratuais, principais ou anexos, do
consumidor ou do fornecedor, impõem tantas dificuldades e exigências, que
além de constituírem verdadeiras cláusulas•surpresa, podem ser chamadas
de 'cláusulasbarreira' ou de impeditivas do exercício de direitos e deveres
contratuais". E exemplifica: "a 'barreira' ou a tentativa de impedir a
prestação pode voltar-se para a prestação do próprio fornecedor, quando o
contrato prevê que esta só será 'exigível' após determinadas e múltiplas
autorizações, papéis, provas, sem justificativa plausível, apenas para
dificultare desencorajar o consumidor a fazer valer sua própria (e principal)
pretensão". Contratos no Código de Defesa do Consumidor. São Paulo: RT,
4a ed.,
2002, pp. 916 e 921.
A jurisb afirma que "estas dificuldades excessivas, previstas ou autorizadas
contratualmente, impedem ou dificultam o cumprimenb de presbção
principal a contenb", e implicam em descumprimento dos deveres de
cooperação e de lealdade,
Não pode assim o consórcio condicionar a concessão do crédito ao
consorciado à apresenbção de documenbs que arbitrariamente exigir,
criando obrigações não previstas expressamente no contrab.
Ora, no caso em apreço restou inconfroversa a abusividade perpetrada pela
Ré, ao deixar de liberar a carta de crédib ao consorciado sem mesmo
informar por quais motvos não fez, o Autor NÃO POSSUI NENHUMA
RESTRIÇÃO EM NENHUM ÓRGÃO RESTRITIVO DE CRÉDITO.
Nesse sentdo:
"TJ-RS- Recurso Cível 71W5668991 Data de publicação: 25/02/2016
Ementa: RECURSO INOMINADO. AÇÂo DE
OBRIGAÇÃO DE FAZER REPARAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E
MORAIS. CONSÓRCIO. CONTEMPLAÇÃO.
ALEGADA DEMORA NA LIBERAÇÃO DA CARTA DE CRÉDITO. COMPRA
DE VEÍCULO. RESPONSABILIDADE DA ADMINISTRADORA DE
CONSÓRCIO VERIFICADA. A parte ré pede provimento ao recurso para
reformar a sentença. Relação de consumo que opera a inversão do ónus da
prova, nos termos do art. 60, inciso VIII, do CDC. Logo, cabia à parte ré
demonstrara razão efetiva para a não liberação da cada de crédito,
consoante o ah. 333 inciso II, do CPC, o que não se verifica nos autos.
Limitou-se a afirmar que inexiste direito à liberação imediata da carta de
crédito. Sem justificativa plausível, tem-se porverossímil a narrativa da
inicial no sentido de que o autor apresentou mais de um fiador ao réu, que
foram negados, tal qual teria pleiteado a transferência do consórcio
opção que também restou negada pela pade ré. Não se
desconhece que o processo para liberação de crédito exige o cumprimento
de condições previstas no regulamento do consórcio, todavia o prazo de
cinco meses para a não liberação da cada de crédito sem justificativa
concreta extrapola os limites toleráveis para negócios da presente espécie.
Restou incontroverso nos autos que o autor foi contemplado em 17.06.2014,
cuja comunicação é do dia 19 (fl. 09), bem como que até o ingresso da
presente demanda, em 2108.2014 e na data da sentença 17.11.2014 não
houvera a liberação do crédito. Diante do contexto, está... caracterizado o
dever de indemzar. O quantum fixado na sentença R$ 2.000,00, não
compotta redução, pois adequado e proporcional às circunstâncias fáticas.
Manutenção também da parte da sentença que determinou a liberação da
carta de crédito, sob pena de multa de R$ 200,00 ao dia ao máximo de 30
dias, a qual se encontra em consonância com os parâmetros fixados por esta
Turma Recursai. SENTENÇA MANTIDA POR SEUS PRÓPRIOS
FUNDAMENTOS. RECURSO IMPROVIDO.
(Recurso Cível NO 71005668991, Primeira Turma
Recursal..."
Inegável que a Ré ao aprovar a ficha cadastal do Aubr efirmar o pacto,
acabou por gerar no mesmo a legífma expectafiva de que bastava ser
contemplado para obter o crédib, sem se fazer necessário mais nenhun•a
exigência, a não ser a de esbrem dia com as prestações.
Assim, a conduta do consórcio não se coaduna com o ordenamento jurídico
vigente, em especial com as normas consumeristas, uma vez que deveria
agir com transparência e boa-fé, restringindo a consumação do crédib causa
estanha à relação, causando entraves para a liberação do mesmo.
Neste passo, revelam-se importantes os ensinamentos de
CLAUDIA LIMA MARQUES:
'T...] a vontade das partes não é mais a única fonte de interpntação que
possuem os juízes para interpretar um instrumento contratual. A evolução
doutrinária do direito dos contratosjá pleiteava uma interpretação
teleológica do contrato, um respeito maior pelos interesses sociais
envolvidos, pelas expectativas legítimas das partes,
especialmente das partes que só tiveram a liberdade de aderir ou não aos
termos pré-elaborados. " (in CONTRA TOS NO CÓDIGO DE DEFESA DO
CONSUMIDOR, São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 1999, p. 227).
Conforme se comprova pelos documenbs em anexo, não pairam dúvidas
quanto a veracidade dos fatos supra alegados, sendo inequívoca a prova da
conbmplação da cota do consórcio contrahdo pelo Requerenb junb à
Requerida. Assim, tal prova foi produzida à exaustão.
Com efeib, cumpre destacar o significado da palavra contemplação, disposã
na "Biblioteca do Consorciado" disponibilizada pela Requerida, como
segue:
"CONTEMPLAÇÃO É a atribuição ao CONSORCIADO do direito de utilizar
o valordo CREDITO para compra de bem móvel ou imóvel".
Ainda neste senfdo, destaca-se também o teor do significado de
contemplado:
"CONTEMPLADO OU CONSORCIADO CONTEMPLADO E o
CONSORCIADO ao qual, porsorteio ou lance, for atribuido o direito de
utilizar o valor do CRÉDITO"
Portanto, havendo prova inequívoca da contemplação do Requerente,
JAMAIS a Requerida poderia negar a emissão da correspondente carta de
crédito e demais documenbs necessários.
Nesse sentdo também é o entendimenb dos nossos tibunais,
in verbis:
"TJ-RJ-APL 00210081020148190205 - Data de publicação: 11/07/2016
Ementa: APELAÇÃO. RELAÇÃO DE
CONSUMO. RECURSO INTERPOSTO COM FUNDAMENTO NO
CPC/2015. AÇÂo DE RESCISÃO CONTRATUAL
INDENIZATÓR/A POR DANOS MORAIS.
RESPONSABILIDADE OBJETIVA. CONSORCIO DE
VEICULO. CONTEMPLAÇÃO POR LANCE CARTA DE CRÉDITO NÃO
LIBERADA. ABUSIVIDADE DA CLÁUSULA CONTRATUAL LIMITATIVA.
ART. 51, INCISO W, DO CDC. FALHA NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO
CARACTERIZADA.
AUSENCIA DE CUMPRIMENTO DO CONTRATO POR PARTE DO RÉU,
RESTITUIÇÃO DE PARCELAS PAGAS. POSSIBILIDADE. PRECEDENTES
DO STJ. DANO MORAL NÃO CONFIGURADO. A Ré não nega a
contemplação da Autora por lance, limitando-se a afirmar que a cada de
crédito deixou de ser liberada em decorrência da não comprovação do
preenchimento de requisitos tais como renda mensal e comprometimento
económico. Contudo, razão não lhe assiste. Com efeito, se a renda da parte
Autora era empecilho à liberação do crédito, deveria a Ré ter impedido a
contratação na origem, e não simplesmente negado o crédito após receber
as vantagens decorrentes do negócio. Assim, a cláusula que permite a
análise de créditos e preenchimento de requisitos legais é abusiva, pois ao
deixar de liberar a carta de crédito, mesmo com a contemplação por lance,
coloca o consumidor em desvantagem exagerada e é incompatível com a
boa-fé e com a equidade (art. 51, inc. IV do CDC), restando caracterizada a
falha na prestação do serviço. No tocante ao dano moral, assiste razão ao
banco Réu quanto a sua não ocorrência no caso concreto. Com efeito, o
inadimplemento contratual acarretou consequências meramente
patrimoniais, restando desprovida, in casu de maiores repercussões, além
de mero aborrecimento cotidiano, não tendo o condão, por si só, de
provocardor, angústia ou constrangimento capaz de ferir a moral e a
dignidade da parte não gerando assim dano moral indemzável. Merece,
pois, reforma a r. sentença para afastara condenação da Ré ao pagamento
de danos morais, restando prejudicado o recurso adesivo da parte Autora,
que visava a majoração dos danos morais e termo..
Nos termos do contrato, tendo atendido todos os requisitos que
culminaram com a contemplação, o Requerente Em o direito de receber seu
crédib, de utlizá-lo para a aquisição do bem móvel descrito no contrab ou
outros bens móveis compaweis com o objeb.
Entretanto, a Requerida se nega a fornecer os meios necessários para o
Requerente utlizar o crédito da cota contemplada, oque está causando
sérios prejuízos a Requerente.
Conforme podemos observar da imagem abaixo, a Requerido em seu
Regulamento Geral do Consórcio de Bens Móveis, Seção IV, 1 05, se
compromete liberar o valor da carta de crédito até 0 30 dia útil após a
contemplação, mais tal informação não procede, pois até hoje o Requerente
não recebeu sua carta de crédito.
Regulamento Geral de Consórcio • Bens Móveis
1. A CONTEMPLAÇÃO por LANCE somente se efetivará o pagamento
integral do LANCE vencedor ofertado, no prazo acima determinado.
2. • Os LANCES vencedores serão considerados pagamentos antecipados
de PRESTAÇÕES vincendas, e
SEÇÃO IV - CRÉDITO, CRITÉRIOS DE UTILIZAÇÃO E
DE AQUISIÇÃO DE BEM MÓVEL OU CONJUNTO DE BENS
105 • A ADMINISTRADORA colocará à dÉposiç¿o do CONSORCIADO
CONTEMPLADO CRÉDITO
poderão ser utilizados para: até 0 30 (terceiro) dia úti após a data da AGO
de sua CONTEMPLAÇÃO.
I - Quitar as PRESTAÇÕES vincendas, na ordem
Assim, tendo o Requerente cumprido com sua obrigação é absolutamenb
injustificada a inércia da Requerida em fornecer os meios para a uülização
do crédito da cota contemplada.
Independentemenb da conduta de má-fé pratcada pela Requerida em
relação ao cumprimento dos termos do contrato, mesmo dianb da inércia
da mesma em fornecer os meios necessários para a liberação do crédib da
cota contemplada, o Requerente mantém o cumprimento de suas
obrigações.
Desta forma, segue em anexo a comprovação do luxo de pagamenb dos
valores devidos no contrato subjudice, sendo que o contrab em questão não
possui qualquer obrigação pendente em relação a Requerente.
Tal conclua demonsta a boa-fé com que sempre agiu o Requerente, a qual
está sendo lesada de forma injusffcada pela Requerida.
A recusa da liberação do crédito é absolutamente injusfficada
caracterizando o desrespeito aos termos do contrato sub judice e hoje a
Requerente está impossibilitada de dispor de seu crédito por culpa única e
exclusiva da Requerida, não conseguindo honrar com as obrigações que
assumiu, contando com a ufilização do referido crédito da coa contemplada.
Desta forma, não há que se falar em mero dissabor nos transbrnos
suportados, aÉ então, pelo Requerente, sendo inequtvoca a caracterização
de dano moral indenizável, sendo cerb que, hoje, o Requerente enconta-se
impossibilitada de realizar o plantio de sua safra, mesmo encontrando-se
com bdas as obrigações contratuais cumpridas, ao contrário da conduta da
Requerida.
Aplicável ao presenb caso, a interpreãção teleológica do arfgo 186, do
Código Civil, obrigando a Requerida a reparar os danos causados ao
Requerente:
"Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou
imprudência, violar direito e causardano a outrem, ainda que
exclusivamente moral, comete ato ilícito".
O Doutor João Casillo Meste em direito pela Pontifcia Universidade Cablica
de São Paulo, assim discorreu:
"Basta a violação, a ofensa ao direito, para que a proteção juridica referente
à teparação imediatamente nasça, independentemente de outra cogitação".
O eminenb Professor Washington de Barros MonÉiro, com relação à
matéria de responsabilidade civil em decorrência de ab ilícib, faz o seguinte
comentário:
"...o direito à indenização surge sempre que o prejuízo resulte da atuação do
agente, voluntário ou não. Quando existe intenção deliberada de ofender, o
dolo, isto é, pleno conhecimento do mal e direito propósito de o praticar. Se
não houver esse intento deliberado, proposital, mas oprejuízo veio a surgir,
por imprudência ou negligência, existe a culpa strictu sensu".
Com efeib, cumpre destacar o disposto na Carta Magna de 1988, a qual
garantu de forma clara e especÍfica, em seu artigo 50, inciso X, a
necessidade de se indenizar em caso de dano moral e material, o qual pede
vénia para transcrever:
"Art. 5, inc. X - "São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a
imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material
ou moral decorrente de sua violação".
No caso, não há que se cogitar a não caracbrização do referido dano, por ser
o Requerente produtor rural, uma vez que, inegável que ela está sofrendo
transbmos excessivos causados pela Requerida, considerando que, mesmo
encontando-se em dia com seu contab, mesmo solicitando a liberação do
crédito de forma expressa antes do ajuizamenb da presente açâo em face da
contemplação, mesmo dianb da comprovação da necessidade do crédito
para a aquisição das máquinas necessárias para o planto do safa, a
Requerida quedou-se inerte, não liberando a carta de
crédito em favor do Requerente, bem como se recusando a atender aos
procedimenbs de vinculação do bem a ser adquirido com o contrato de
consórcio.
Portanto, no caso em questão, o dano moral advém, principalmenb, dos
dissabores excessivos e injustificados suportados pelo Requerente, a qual,
apesar de esbr em da com o contab sub judice, enconta-se impossibilitada
de exercer o seu direib de utilizar do crédib em face da contemplação, o que
é inadmissível.
Com efeib, referida situação injusfifcável já foi objeb de apreciação do
Egrégio Tribunal de Justiça de São Paulo , sendo que o entendimento não
foi divergente da prebnsão da Requerente, como se revela:
"9172103-79.2008.8.26.omo Apelação Relator(a): Erson de Oliveira
Comarca: Ribeirão Preto Orgão julgador: IP Câmara de Direito Privado
Data do julgamento: 28/09/2011 Data de registro: 03/10/2011 Outros
números: 7218904900 Ementa: *OBRIGAÇÃO DE FAZER. Consórcio.
Contemplação. Entrega da capta de crédito. Sentença de procedência.
Fixação dos honorários. Valor ínfimo. Pretensão à alteração para o
equivalente a dois salários mínimos. Cabimento. Fixação em 15%do valor
da causa, equivalente a R$150,OO. Valoração do trabalho do advogado.
Fixação pelo S 40 do apt 20 do CPC em R$760,OO. Recurso provido. *
(Grifo da Requerente) 0010785-56.2008.8.26.0126 Apelação Relator(a):
Sebastião Junqueira Comarca: Caraguatatuba Órgão julgador: 19a Câmara
de Direito Privado Data do julgamento: 04/07/2011 Data de registro:
21/07/2011 Outros números: 00107855620088260126 Ementa:
OBRIGAÇÃO DE FAZER - Contrato de consórcio - Contemplação do bem
mediante sorteio - Recusa na emissão da carta de crédito Revelia -
Presunção de veracidade - Inteligência do art. 319 do CPC - Obrigação da
administradora em fornecer a carta de crédito reconhecida - Dano morai -
Cabimento - Prova decorrente da experiência comum - Inteligência do art.
335 do CPC - Indenização - Valor moderado - Fixação de multa para
cumprimento - Possibilidade (ad. 461, SS 30 e 40, do CPC) Decisão
mantida."
O dano moral, embora a dificuldade de avaliação de sua dimensão e valor,
não pode ser minimizado, deve o magistado considerá-lo com equidade.
Com relação à fixação do quantum a ser fixado em prol da Requerente,
tenha-se que o renomado civilista CAIO MÁRIO DA SILVA PEREIRA
ensina que, na reparação do dano moral, estão conjugados dois motvos ou
duas concausas, quais sejam:
"l - Punição do infrator pelo fato de haver ofendido um bem jurídico da
vitima, posto que é imaterial;
II - Por nas mãos do ofendido uma soma que não é o pretium doloris,
porém o meio de lhe oferecer a oportunidade de conseguir uma satisfação
de qualquer espécie, seja de ordem intelectual ou moral, seja mesmo de
cunho material, o que pode ser obtido "no fato" de saber que esta soma em
dinheiro pode amenizar a amargura da ofensa e de qualquer maneira o
desejo de vingança. "
Por outro lado, o dano moral não necessita de comprovação material, pois
ocorre na esfera psquica da pessoa.
De igual forma, o princípio da razoabilidade, inserto no art
1.059, Código Civil, para a fixação do lucro cessante, deve ser adotado pelo
juiz no arbitramento do dano moral.
É razoável tudo aquilo que é sensato, comedido, moderado, isto é, que
guarda uma certa proporcionalidade,
O magistrado, ao valorar o dano moral, deve arbitrar uma quanta que, de
acordo com o seu prudenb arbítrio, seja compatível com a reprovabilidade
da conduh ilícita e a gravidade do dano por ela produzido, servindo-lhe,
também, de norte, o princípio acima citado, de que é vedada a
transformação do dano em fonte de lucro.
Qualquer quanta a mais do que a necessária à reparação do dano moral
importará em enriquecimento sem causa, ensejador de novo dano.
Infui, ainda, o caráter punitvo da indenização à empresa promotora da
ofensa moral, negligente com o dever de diligência em seus negócios,
ocasionando transtornos e preocupações sem qualquer justificatva ao aubr.
Como a Requerente não prebnde enveredar por uma aventura jurídica, mas
sim obter indenização justa pelo dano sotido, requer que Vossa Excelência,
ao final, julgue procedenb o pedido de condenação da Requerida pelos
danos morais causados à Requerente, fixando o valor que entender devido.
Segundo nosso Código Civil, ainda em pleno vigor, reza o arfqo 1 59:
"Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência, ou imprudência,
violardireito, ou causarprejuízo a outrem, fica obrigado a repararo dano",
não deixa dúvidas o direito do autor ao pedido em tela ora formulado.
Pelos documentos acostados, pode-se perceber que houve a contemplação
da carta de crédito, só que não houve a liberação desta carta de crédito ao
autor, que o réu de má-fé ao não liberar o crédito e nem mesmo dar uma
jusffcação plausível pela demora, tal afitude da Requerida esb prejudicando
o autor, pois até o presente momento não fez o plantio de sua safra. e como
trata-se de produtor rural muitas outras famílias dependem desta lavoura
para sobreviver.
Não se precisa de muito esforço para se ter em mente o que o grotesco fato
trouxe para ao autor, Também, os efeitos sobre o psiquismo, afetando todo
o comportamento, toda a rotina do autor, levando-a ao constrangimento
total, pois encomendou as máquinas e não possui condições de concluir o
negócio por conta exclusiva da Requerida.
O pânico, o medo, a humilhação, a angústia em ter que provar não implorar
ao vendedordas máquinas que aguarde um pouco mais a liberação da carta
de crédib, tido isso tem que ser abnuado.
A doutrina tem se encarregado de decifrar o dano moral em seus vários
aspectos com riqueza de elementos.
Segundo Minozzi, um dos Doutrinadores lãlianos que mais defende a
ressarcibilidade, Dano Moral "é a dor, o espanto, a emoção, a vergonha, a
aflição fisica ou moral, em geral uma dolorosa sensação provada pela
pessoa, atribuindo à palavra dor o mais largo significado". (Studio sul
Danno non Patri moniale, Danno Morale, 3a edição,p. 41).
Em adequadas lições, ensina o grande jurista luso, Professor Inocêncio
Galvão Telles que "Dano moral se trata de prejuízos que não atingem em sio
patrimôn@ não o fazendo diminuir nem frustrando o seu acréscimo. O
património não é afetado: nem passa a valer menos nem deixa de valer
mais". 'Há a ofensa de bens de caráterimateñal - desprovidos de conteúdo
económico, insusceptíveis verdadeiramente de
avaliação em dinheiro. São bens como a integridade fisica, a saúde, a
correção estética, a liberdade, a reputação. A ofensa objetiva desses bens
tem, em regra, um reflexo subjetivo na vítima, traduzido na dor ou
sofrimento, de natureza fisica ou de natureza moral". "Violam-se direitos ou
interesses materiais, como se se prafca uma lesão corporal ou um atenhdo à
honra: em primeira linha causam-se danos não patrimoniais, v.g., os
ferimentos ou a diminuição da reputação, mas em segunda linha podem
também causar-se danos patrimoniais, v.g., as despesas de tratamento ou a
perda de empregou. ('Direito das Obrigações, CoimbraEditora, 6a edição,
p. 375).
Nas palawas do Professor Arnoldo Wald, "Dano é a lesão sofrida por uma
pessoa no seu património ou na sua integridade fisica, constituindo, pois,
uma lesão causada a um bemjurídico, que pode ser material ou imaterial. O
dano moral é o causado a alguém num dos seus direitos de personalidade,
sendo possível à cumulação da responsabilidade pelo dano material e pelo
dano moral" (Curso de Direito Civil Brasileiro, Editora Revista dos
Tribunais, SP, 1989, p. 407).
Wilson de Melo Silva, em síntese, diz que "dano moral é o conjunto de tudo
aquilo que não seja suscetível de valoreconômico" (O dano Moral e sua
Reparação, Editora Forense, RJ, 1993, p. 13).
O Desembargador Ruy Trindade, diz que dano moral "é a sensação de abalo
a parte mais sensível do indivíduo, o seu espírito" (RT 613/184).
Para Carlos Alberto Bittar, "são morais os danos e atributos valorativos
(viftudes) da pessoa como ente social, ou seja, integrada à sociedade (como,
v.g., a honra, a reputação e as manifestações do intelecto)" (Tutela dos
Direitos da
-
Personalidade e dos Direitos Autorais nas Atividades Empresariais, Revista
dos Tribunais, SP, 1993, p. 24).
Esse é o entendimento do Tribunal de Justça do Distito Federal, in verbis:
"Responde por danos morais a administradora de consórcio que, após
cumprimento substancial do contrato, não libera o crédito do consorciado
contemplado em softeq alegando reprovação do cadastro. O autor ajuizou
ação de reparação de danos morais cumulada com obrigação de fazer contra
a administradora de consórcio que se recusou a entregar o respectivo
prêmo sob o argumento de que a análise de crédito do consorciado não
havia sido aprovada. Julgado procedente o pedido na Primeira Instância, a
ré apelou. Para o Relator, o fato de o consumidor ter quitado 54 do total de
72 das parcelas do contrato, mês a mês, sem qualquer advertência por parte
da operadora de consórcio quanto às irregularidades de seu cadastro fez
gerar para o consorciado a legítima expectativa de que, eventualmente,
seria contemplado com a cana de crédito para a aquisição do tão esperado
veículo. O Magistrado destacou, ainda, que, segundo o contrato, o veículo
adquirido pelo consorciado seria dado em garantia pelo pagamento do
restante da dívida. Assim, o Julgador entendeu que a conduta da
administradora do consórcio revelou-se desproporcional, abusiva,
arbitrária e impossibilitou a concretização dasjustas e legítimas
expectativas do consorciado, que adimpliu quase 70% do contrato e, ainda
assim, não recebeu o prémio que lhe era devido. Desse modo a Turma
manteve a decisão de Primeiro Grau." (Acórdão n. 946315,
20150110794997APC,
Relator Des. FLAVIO ROSTIROLA, 3a TURMA ciVEL, Data de Julgamento:
10/6/2016, Publicado no DJe: 9/6/2016, p.
283/291.)
Segundo Maria Helena Diniz, "Dano moral vem a ser a lesão de interesses
não patrimoniais de pessoa fisica ou jurídica, provocada pelo fato lesivo"
(Curso de Direito Civil Brasileiro, Editora Saraiva, SP, 1998, p. 81). Dessa
forma, verifica-se que o conceito de dano moral é indefinido como se viu
pelas diferenças aponbdas em cada um dos conceibs anbriormente
esposados,
Posição do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais:
" TJ-MG AC 10407110030969001 Data de publicação: 19/12/2013 Ementa:
AÇÁo DE RESSARCIMENTO. DANOS MORAIS E MATERIAIS.
INSCRIÇÃO INDEVIDA NOS
CADASTROS DE RESTRIÇÃO AO CRÉDITO. VALOR DA
INDENIZAÇÂO. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS EXTRAJUDICIAIS. A
presunção de veracidade dos fatos alegados pelo Autor, em face da revelia
do Réu, não é absoluta, mas relativa, podendo ceder a outras circunstâncias
constantes dos autos, de acordo com o princípio do livre convencimento do
Juiz. Mostra-se negligente e imprudente a conduta do réu que encaminha o
nome do autor, para a inscrição em registros restritivos do crédito, a
exemplo do SPC e do SERAS4, quando inexistente a dívida indicada, face à
negociação da divida e pagamento tempestivo das parcelas pactuadas. Já se
tomou assente na jurisprudência, especialmente na do Colendo Superior
Tribunal de Justiça, que o dano moral prescinde de prova. A
responsabilização do agente causador do dano moral opera-se por força do
simples fato da violação ("danun in re ipsa"). O simples fato de tero autoro
seu nome inscrito, indevidamente, em cadastms restritivos do crédito, já é
suficiente, por si só,
para lhe causar o dano moral. Apresentam-se como princvios norteadores
para a quantificação do dano moral, o princípio da razoabilidade e, ainda, o
princípio que veda o enriquecimento ilícito, deles não podendo se divorciar
o Julgador. "
O réu não apenas privou o autor do uso e gozo do imóvel, quando precisou
requerer o financiamenb, como também poderá usar o registo e solicitar
financiamentos com base em uma propriedade que não lhe pertence. É,
portanto, mister que seja o requerido condenado a indenizar o proprietário
em montante correspondente ao que este auferiria caso fivesse conseguido
o financiamento soliciãdo, impedido de fazer por culpa do invasor.
O fab em questão gera em desfavor do requerido a obrigação de indenizar o
requerente pelos danos materiais incidentes sobre os prejuízos causados ao
aubr pela demora no planto de sua safra, bem como os danos morais.
Existe o risco de perderbda a safra, prejudicando o autor e diversas Émilias
que dependem do trabalho para sobreviver.
Desta forma, os danos morais devem ser fixados em R$ 0000000000
("000000000000 por bdos os incómodos sofridos pelo autor, por causa
das atitudes ilegais do réu.
Quant) aos danos materiais devem ser fixados em R$ 000000000000
("0000000000000, em visa dos prejuízos gerados com o planto tardio ou
de modo incorreb da safa, por culpa exclusiva da Ré, bem como dos
prejuízos causados com a perda desta safra no valor de R$ 000000000
por ser questão de jusfiça.
Anb ao exposto, REQUER-SE a Vossa Excelência:
1. A concessão da antecipação de tutela para que a SICREDI, libere
imediatamente a carta de crédito contemplada;
2. Que seja designada audiência de conciliação ou mediação na forma do
previsto no artigo 334 do
NCPC;
1. A condenação da Ré no pagamento de indenização por danos morais e
materiais no valor de R$
DE
1. Citação da Ré no endereço mencionado acima para contestar, no prazo
legal, sob pena de confissão e revelia;
2. A produção de todas as provas em direito admitidas, notadamente o
depoimento do Réu, sob pena de revelia e confissão, testemunhais,
documentais e periciais, assim como a posterior juntada de
documentos que se fizerem necessários ao deslinde da presente causa;
3. Que seja julgado procedente o pedido para condenar a ré ao
pagamento das custas judiciais e
honorários advocatícios na ordem de 20% sobre o valorda causa.
Dá-se à causa, o valor de R$ 00000000000
"Não somos nós responsáveis somente pelo que fazemos, mas também pelo
que deixamos de fazer" (John Frank Kennedy).
Nestes termos, Pede Deferimento.
xxnoooooooooo(, xx de dezembro de 20xx.
xxxxxxxxxxxx xxxx
OABNX 000.000-X
DOCUMENTQS DE INSTRUGÄQ
1,
23456-
00.000-000
Disponível em: https://presleyson.jusbrasil.com.br/modelos-pecas/1227495375/peticao-acao-
obrigacao-de-fazer-comulado-com-danos-morais

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