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PERSONALIDE N2 EUTAMAR

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ALVES FARIA
UNIALFA
GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
EUTAMAR MARIA DA CONCEIÇÃO
PSICOLOGIA DA PERSONALIDADE
LAURA ADRIANO MEKDESSI
TRANSTORNOS DE PERSONALIDADES
GRUPOS A, B E C
GOIÂNIA 2021
Transtornos de personalidade do Grupo A
Esquisito/excentricos
Transtorno de personalidade Paranóide
  
 
 
Definição 
 Colby (1981) – paranoia é um conjunto de estratégias que visam minimizar ou impedir vergonha ou humilhação. O indivíduo paranoide acredita que é inadequado, imperfeito e insuficiente . 
 Um padrão de desconfiança e suspeita difusa dos outros, de modo que suas motivações são interpretadas como malévolas, que surge no início da vida adulta e está presente em vários contextos.
 Indicado por quatro (ou mais) dos seguintes:
1. Suspeita, sem embasamento suficiente, de estar sendo explorado, maltratado ou enganado por outros.
2. Preocupa-se com dúvidas injustificadas acerca da lealdade ou da confiabilidade de amigos e sócios.
3. Reluta em confiar nos outros devido ao medo infundado de que as informações serão usadas maldosamente contra si.
4. Percebe significados ocultos humilhantes ou ameaçadores em comentários ou eventos benignos.
5. Guarda rancores de forma persistente (i.e., não perdoa insultos, injúrias ou desprezo).
6. Percebe ataques a seu caráter ou reputação que não são percebidos pelos outros e reage, com raiva ou contra-atacar rapidamente.
7. Tem suspeitas recorrentes e injustificadas acerca da fidelidade do cônjuge ou parceiro sexual.
  Não ocorre exclusivamente durante o curso de esquizofrenia, transtorno bipolar ou depressivo com sintomas psicóticos ou outro transtorno psicótico e não é atribuível aos efeitos fisiológicos de outra condição médica.
 
Características do diagnostico
 O diagnóstico nem sempre é fácil, não percebem isso como um problema a ser enfrentado. 
 O pensamento no TPP não é rigorosamente delirante, mas demonstra um estilo cognitivo em que a percepção de ameaça é elevada e generalizada. 
 Não tem características psicóticas!!
Início da terapia : focar em objetivos pouco ameaçadores!
Enfoque terapêutico: redução da sensibilidade frente às críticas; treinamento de habilidades sociais.
Tratamento
1. Evocar confiança na terapia explorando a ambivalência, respeitando a autonomia e os limites emocionais do indivíduo, e não ficando na defensiva.
2. Explorar o impacto e a precisão de crenças inúteis sobre os outros em contextos interpessoais e sociais fundamentais, bem como trabalhar de modo colaborativo para desenvolver crenças alternativas mais funcionais.
3. Experimentar comportamentos e habilidades sociais mais adaptativos para apoiar crenças mais funcionais e reduzir a predominância de suspeita e desconfiança.
Transtorno de personalidade Esquizóide
 Um padrão difuso de distanciamento das relações sociais e uma faixa restrita de expressão de emoções em contextos interpessoais que surgem no início da vida adulta e estão presentes em vários contextos. 
 A principal característica dos indivíduos com transtorno da personalidade esquizoide (TPEz) é a ausência de relacionamentos interpessoais e a indiferença no que se refere a eles. 
Existe um padrão predominante de desapego dos relacionamentos sociais em todos os contextos. 
Esses indivíduos costumam ser retraídos e solitários, buscando pouco contato com os outros e obtendo pouca ou nenhuma satisfação dos contatos que têm, independentemente de seu foco.
Passam a maior parte do tempo sozinhos e optam por não participar de qualquer atividade que envolva contato com os outros.
Indicado por quatro (ou mais) dos seguintes:
 1. Não deseja nem desfruta de relações íntimas, inclusive ser parte de uma família.
 2. Quase sempre opta por atividades solitárias.
 3. Manifesta pouco ou nenhum interesse em ter experiências sexuais com outra pessoa.
 4. Tem prazer em poucas atividades, por vezes em nenhuma.
 5. Não tem amigos próximos ou confidentes que não sejam os familiares de primeiro grau.
 6. Mostra-se indiferente ao elogio ou à crítica de outros.
 7. Demonstra frieza emocional, distanciamento ou embotamento afetivo.
 Não ocorre exclusivamente durante o curso de esquizofrenia, transtorno bipolar ou depressivo com sintomas psicóticos, outro transtorno psicótico ou transtorno do espectro autista e não é atribuível aos efeitos psicológicos de outra condição médica.
Tratamento 
 Como a terapia é, por natureza, um evento interpessoal, uma pessoa com TPEz provavelmente terá dificuldades para envolver-se em um relacionamento colaborativo.
 As crenças dos indivíduos sobre si mesmos e sobre suas interações com os outros apresentam o mesmo impacto no relacionamento terapêutico que têm em outras interações interpessoais.
 Aqueles com TPEz raramente buscam tratamento para suas dificuldades de mais longo prazo. 
Dificuldade quanto ao tratamento 
  Transtorno da Personalidade Esquizotípica 
Um padrão difuso de déficits sociais e interpessoais marcado por desconforto agudo e capacidade reduzida para relacionamentos íntimos, além de distorções cognitivas ou perceptivas e comportamento excêntrico. 
Presente em vários contextos, conforme indicado por cinco (ou mais) dos seguintes:
 1. Ideias de referência (excluindo delírios de referência).
 2. Crenças estranhas ou pensamento mágico que influenciam o comportamento e são inconsistentes com as normas subculturais (p. ex., superstições, crença em clarividência, telepatia ou “sexto sentido”; em crianças e adolescentes, fantasias ou preocupações bizarras).
 3. Experiências perceptivas incomuns, incluindo ilusões corporais.
 4. Pensamento e discurso estranhos (p. ex., vago, circunstancial, metafórico, excessivamente elaborado ou estereotipado).
 5. Desconfiança ou ideação paranoide.
 6. Afeto inadequado ou constrito.
 7. Comportamento ou aparência estranha, excêntrica ou peculiar.
 8. Ausência de amigos próximos ou confidentes que não sejam parentes de primeiro grau.
 9. Ansiedade social excessiva que não diminui com o convívio e que tende a estar associada mais a temores paranoides do que a julgamentos negativos sobre si mesmo.
 Não ocorre exclusivamente durante o curso de esquizofrenia, transtorno bipolar ou depressivo com sintomas psicóticos, outro transtorno psicótico ou transtorno do espectro autista.
Diagnóstico diferencial 
 O transtorno da personalidade esquizotípica pode ser distinguido de transtorno delirante, esquizofrenia e transtorno bipolar ou depressivo com sintomas psicóticos pelo fato de todos esses transtornos serem caracterizados por um período de sintomas psicóticos persistentes (p. ex., delírios e alucinações). 
Para que seja dado um diagnóstico adicional de transtorno da personalidade esquizotípica, o transtorno deve ter estado presente antes do aparecimento dos sintomas psicóticos e deve persistir quando tais sintomas estão em remissão.
A esquizotípica pode ser distinguida desses dois diagnósticos ( paranóide e esquizóide - distanciamento social )  pela presença de distorções cognitivas ou perceptivas e excentricidade ou esquisitice acentuada.
Tratamento
Tradicionalmente, aqueles com TPEt raras vezes chegam à
terapia sem um estímulo externo.
Eles geralmente são difíceis de engajar, devido aos aspectos
interpessoais da terapia que evocam todas as suas crenças.
ansiosas e paranoides no âmbito social.
Os próprios terapeutas tendem a ser objeto de suspeita e vistos
como uma fonte de ameaça.
O uso de questionamento socrático é mais importante no
processo de engajamento e terapêutico com aqueles para os
quais um componente de desconfiança e vigilância para perigo é
fundamental para suas dificuldades e interações interpessoais.
Transtorno de personalidade do Grupo B
 Dramaticos.
 Transtorno de Personalidade Antissocial Um padrão difuso de desconsideração e violação dos direitos das outras.
pessoas que ocorre desde os 15 anos de idade, conforme indicado por três (ou mais) dos seguintes:
Características do diagnostico
· 1. Fracasso em ajustar-se às normas sociais relativas a comportamentos legais,conforme indicado pela repetição de atos que constituem motivos de detenção.
· 2. Tendência à falsidade, conforme indicado por mentiras repetidas, uso de nomes falsos ou de trapaça para ganho ou prazer pessoal.
· 3. Impulsividade ou fracasso em fazer planos para o futuro.
· 4. Irritabilidade e agressividade, conforme indicado por repetidas lutas corporais ou agressões físicas.
· 5. Descaso pela segurança de si ou de outros.
· 6. Irresponsabilidade reiterada, conforme indicado por falha repetida em manter uma conduta consistente no trabalho ou honrar obrigações financeiras.
· 7. Ausência de remorso, conforme indicado pela indiferença ou racionalização em relação a ter ferido, maltratado ou roubado outras pessoas.
· B. O indivíduo tem no mínimo 18 anos de idade.
· C. Há evidências de transtorno da conduta com surgimento anterior aos 15 anos de idade.
· D. A ocorrência de comportamento antissocial não se dá exclusivamente durante o curso de esquizofrenia ou transtorno bipolar.
· 
· A característica essencial do transtorno da personalidade antissocial é um padrão difuso de indiferença e violação dos direitos dos outros, o qual surge na infância ou no início da adolescência e continua na vida adulta. Esse padrão também já foi referido como psicopatia, sociopatia ou transtorno da personalidade dissocial. Visto que falsidade e manipulação são aspectos centrais do transtorno da personalidade antissocial, pode ser especialmente útil integrar informações adquiridas por meio de avaliações clínicas sistemáticas e informações coletadas de outras fontes colaterais (DICA PARA A CLÍNICA). 
· 
Tratamentos
· Reconhecer as qualidades de um paciente ajuda-o a embarcar em nossos esforços de mudança. Talvez a abordagem baseada em qualidades mais conhecida para indivíduos antissociais seja o modelo de boas vidas. Nele, o trabalho com pessoas antissociais para que abandonem comportamentos de alto risco (metas de evitaç ão) é conceitualizado apenas como uma parte do processo de mudança; ajudá-los a desenvolver caminhos comportamentais para uma vida digna de viver (metas de aproximação) é um componente igualmente importante. A estratégia é descobrir competências, realçá-las e utilizá-las para reduzir comportamentos de risco.
· Uma importante contribuição das abordagens de TCC baseadas em aceitação é o foco na exploração e na elucidação dos valores do paciente. Valores fornecem pontos de ancoragem para guiar futuras escolhas comportamentais, ajudando a reduzir escolhas que interfiram em valores centrais e aumentando planos de ativação comportamental conducentes a uma vida mais significativa.
· 
· Dica na terapia
· O terapeuta preocupado com a veracidade ou confiabilidade do autorrelato. tratamento anterior e/ou registros legais. Informações colaterais são particularmente úteis para determinar se e quanto das perspectivas do paciente sobre suas atividades criminosas ou outras atividades antissociais podem ser distorcidas. 
Transtorno de Personalidade Borderline
· Um padrão difuso de instabilidade das relações interpessoais, da autoimagem e dos afetos e de impulsividade acentuada que surge no início da vida adulta e está presente em vários contextos, conforme indicado por cinco (ou mais) dos seguintes:
· Características do diagnostico
· 
· 1. Esforços desesperados para evitar abandono real ou imaginado. (Nota: Não incluir comportamento suicida ou de automutilação coberto pelo Critério 5.)
· 2. Um padrão de relacionamentos interpessoais instáveis e intensos caracterizado pela alternância entre extremos de idealização e desvalorização.
· 3. Perturbação da identidade: instabilidade acentuada e persistente da autoimagem ou da percepção de si mesmo.
· 4. Impulsividade em pelo menos duas áreas potencialmente autodestrutivas (p. ex., gastos, sexo, abuso de substância, direção irresponsável, compulsão alimentar). (Nota: Não incluir comportamento suicida ou de automutilação coberto pelo Critério 5.)
· 5. Recorrência de comportamento, gestos ou ameaças suicidas ou de comportamento automutilante.
· 6. Instabilidade afetiva devida a uma acentuada reatividade de humor (p. ex., disforia episódica, irritabilidade ou ansiedade intensa com duração geralmente de poucas horas e apenas raramente de mais de alguns dias).
· 7. Sentimentos crônicos de vazio.
· 8. Raiva intensa e inapropriada ou dificuldade em controlá-la (p. ex., mostras frequentes de irritação, raiva constante, brigas físicas recorrentes).
· 9. Ideação paranoide transitória associada a estresse ou sintomas dissociativos intensos. 
· 
· 
· A característica essencial do transtorno da personalidade borderline é um padrão difuso de instabilidade das relações interpessoais, da autoimagem e de afetos e de impulsividade acentuada que surge no começo da vida adulta e está presente em vários contextos.
· Indivíduos com o transtorno da personalidade borderline tentam de tudo para evitar abandono real ou imaginado. A percepção de uma separação ou rejeição iminente ou a perda de estrutura externa podem levar a mudanças profundas na autoimagem, no afeto, na cognição e no comportamento. Esses indivíduos são muito sensíveis às circunstâncias ambientais. Vivenciam medos intensos de abandono e experimentam raiva inadequada mesmo diante de uma separação de curto prazo realística ou quando ocorrem mudanças inevitáveis de planos.
Tratamento
· No tratamento, alguns transtornos precisam ser priorizados quando comórbidos com TPB. Os que mais se destacam são transtorno bipolar, depressão grave, transtornos psicóticos (outros que não seja psicose transitória relacionada a estresse, a qual se sobrepõe ao critério 9 do TPB), abuso de substância que exige desintoxicação (clínica), transtorno de déficit de atenção/hiperatividade e anorexia nervosa. Esses transtornos devem ser tratados primeiro.
· As principais metas terapêuticas dependem da possível duração do tratamento. Com tratamentos mais curtos, a meta geralmente restringe-se a reduzir as manifestações mais graves do TPB, tais como tentativas de suicídio e automutilação, outras formas de impulsividade autodestrutivas, abuso de substâncias e assim por diante. Tipicamente, muitos problemas persistem (mesmo quando o paciente não satisfaz formalmente o diagnóstico de TPB) e, portanto, o cliente deve ser encaminhado para tratamento mais extensivo se os meios disponíveis para isso estiverem disponíveis.
· DBT - Os terapeutas usam uma postura dialética, por um lado aceitando o sofrimento emocional e, por outro, mudando os precedentes do estresse e a maneira como o paciente tenta lidar com as emoções. 
· 
Transtorno de Personalidade Histriônica
· Um padrão difuso de emocionalidade e busca de atenção em excesso que surge no início da vida adulta e está presente em vários contextos, conforme indicado por cinco (ou mais) dos seguintes:
· 
· 1. Desconforto em situações em que não é o centro das atenções.
· 2. A interação com os outros é frequentemente caracterizada por comportamento sexualmente sedutor inadequado ou provocativo.
· 3. Exibe mudanças rápidas e expressão superficial das emoções.
· 4. Usa reiteradamente a aparência física para atrair a atenção para si.
· 5. Tem um estilo de discurso que é excessivamente impressionista e carente de detalhes.
· 6. Mostra autodramatização, teatralidade e expressão exagerada das emoções.
· 7. É sugestionável (i.e., facilmente influenciado pelos outros ou pelas circunstâncias).
· 8. Considera as relações pessoais mais íntimas do que na realidade são. 
Principais metas para o tratamento.
· A definição colaborativa de metas é um requisito importante para uma intervenção bem-sucedida. É crucial que as metas sejam específicas, concretas, compreensíveis e aceitáveis para o paciente. O objetivo fundamental para pacientes com TPH é aumentar seu senso de segurança emocional e fortalecer o esquema adulto saudável. O sucesso do tratamento pode ser determinado pela habilidade e capacidade do paciente de tolerar, em alguma medida, situações com baixa aprovação ou atenção, bem como demonstrar habilidades comunicativas esociais efetivas envolvendo moderação saudável, mais empatia pelos outros e maior autoconfiança no manejo de estresses interpessoais ou outras experiências avaliativas. 
Tratamento
· Estabelecer um relacionamento colaborativo é essencial para motivar o indivíduo com TPH a avaliar as próprias estratégias e modificá-las conforme necessário. 
· Como o tratamento do TPH leva algum tempo e os abandonos são frequentes, o desafio principal é manter essas pessoas em tratamento. Isso pode ser feito assegurando esforços estáveis e uniformes para fazê-las sentirem-se compreendidas e aceitas, bem como simultaneamente mantê-las motivadas a adotar a abordagem terapêutica que exige mudança.
· Cuidado: pessoas com TPH esperam um “terapeuta salvador da pátria” não assuma o papel de salvador, a pessoa tem que fazer a sua parte na terapia. a pessoa vai tentar manter o seu padrão de relacionamento original.
· O confronto empático delicado pode ajudar o cliente a ver como suas respostas interferem no progresso do tratamento. 
Transtorno de Personalidade Narcisista
· Um padrão difuso de grandiosidade (em fantasia ou comportamento), necessidade de admiração e falta de empatia que surge no início da vida adulta e está presente em vários contextos, conforme indicado por cinco (ou mais) dos seguintes:
· 
· 1. Tem uma sensação grandiosa da própria importância (p. ex., exagera conquistas e talentos, espera ser reconhecido como superior sem que tenha as conquistas correspondentes).
· 2. É preocupado com fantasias de sucesso ilimitado, poder, brilho, beleza ou amor ideal.
· 3. Acredita ser “especial” e único e que pode ser somente compreendido por, ou associado a, outras pessoas (ou instituições) especiais ou com condição elevada.
· 4. Demanda admiração excessiva.
· 5. Apresenta um sentimento de possuir direitos (i.e., expectativas irracionais de tratamento especialmente favorável ou que estejam automaticamente de acordo com as próprias expectativas).
· 6. É explorador em relações interpessoais (i.e., tira vantagem de outros para atingir os próprios fins).
· 7. Carece de empatia: reluta em reconhecer ou identificar-se com os sentimentos e as necessidades dos outros.
· 8. É frequentemente invejoso em relação aos outros ou acredita que os outros o invejam.
· 9. Demonstra comportamentos ou atitudes arrogantes e insolentes.
· 
Tratamento
· As principais metas do tratamento incluem ajudar a pessoa com TPN a (1) reconhecer modos desadaptativos de enfrentamento e enfraquecer seupredomínio; (2) construir habilidades de regulação de afeto, enfatizando tolerância a frustração transitória, imperfeição e emoções normais; (3) aumentar o respeito e a empatia pelos sentimentos, limites, autonomia e demora de gratificação social dos outros; (4) aumentar a sintonia com talentos e virtudes naturais, bem como a autoestima não contingente; e (5) aumentar o envolvimento e a reciprocidade apropriada no papel social. Todas essas metas servem ao propósito de construir um modo mais funcional ou adulto saudável de definir a si mesmo e relacionar-se com os outros de uma maneira menos competitiva e defensiva.
· O sucesso do tratamento pode ser determinado por evidência de autocuidado emocional adaptativo, padrões flexíveis, controle dos impulsos, reciprocidade social respeitosa e engajamento no papel social, conforme necessidades individuais. 
· A colaboração (relação terapêutica) é moldada lentamente com pacientes com TPN, por meio de lembretes de alavancagem terapêutica e confronto empático.
· Para efetivamente engajar a pessoa com TPN, é preciso fazer elogios e apoiar suas virtudes, coragem e vulnerabilidade, bem como notar (como um pai/mãe sadio) suas pequenas delicadezas e capacidade de reflexão à medida que forem surgindo ao longo do tempo. O terapeuta deve ouvir cuidadosamente, fazer um número limitado de perguntas que provoquem reflexão, oferecer calor humano por meio de observações apoiadoras e iniciar imediatamente feedback interpessoal de confronto para comportamentos desadaptativos quando eles ocorrem. 
· O confronto empático é necessário para fixar limites nos comportamentos e reações indisciplinadas, desrespeitosas ou impulsivas, quando apropriado, e lembrar o paciente com TPN das perdas que estão em jogo se ele abandonar a terapia. 
· 
· 
· Transtorno de personalidade do Grupo C
· Medrosos e ansiosos
· 
· Transtorno da Personalidade Evitativa
· 
· 
· Um padrão difuso de inibição social, sentimentos de inadequação e hipersensibilidade a avaliação negativa que surge no início da vida adulta e está presente em vários contextos, conforme indicado por quatro (ou mais) dos seguintes: 
· 1. Evita atividades profissionais que envolvam contato interpessoal significativo por medo de crítica, desaprovação ou rejeição.
· 2. Não se dispõe a envolver-se com pessoas, a menos que tenha certeza de que será recebido de forma positiva.
· 3. Mostra-se reservado em relacionamentos íntimos devido a medo de passar vergonha ou de ser ridicularizado.
· 4. Preocupa-se com críticas ou rejeição em situações sociais.
· 5. Inibe-se em situações interpessoais novas em razão de sentimentos de inadequação.
· 6. Vê a si mesmo como socialmente incapaz, sem atrativos pessoais ou inferior aos outros.
· 7. Reluta de forma incomum em assumir riscos pessoais ou se envolver em quaisquer novas atividades, pois estas podem ser constrangedoras.
Metas para o tratamento
1. Ter como alvo a evitação cognitiva e emocional. Até que o paciente participe ativamente na terapia, o progresso será lento. O terapeuta ajuda o cliente a superar a evitação cognitiva e emocional durante e entre as sessões para que ele possa se tornar mais consciente dos pensamentos, dos sentimentos e do papel de manutenção que a evitação desempenha em seus problemas.
2. Trabalhar no desenvolvimento de habilidades. Pacientes com TPE muitas vezes necessitam desenvolver habilidades de autorreflexão, assim como habilidades interpessoais como autoexpressão, assertividade e negociação de conflitos.
3. Avaliar os pensamentos automáticos, os pressupostos subjacentes e as crenças centrais que mantêm os padrões evitativos. Desenvolver cognições alternativas que se baseiem mais na realidade e sejam mais funcionais, bem como que deem suporte à iniciação e à manutenção da intimidade e assertividade apropriada nos relacionamentos. 
Terapia
· Pacientes evitativos levam as mesmas crenças e os mesmos pressupostos sobre si próprios e os outros à situação de terapia. “Se eu confiar no aparente interesse e compaixão de meu terapeuta, vou me machucar”, “Se me concentrarmos problemas na terapia, ficarei muito sobrecarregado”, “Se revelar aspectos negativos de minha história e minha vida, meu terapeuta irá me julgar negativamente” e “Se tentar os novos comportamentos que meu terapeuta sugere, serei rejeitado” (J. Beck, 2005). Essas cognições interferem na capacidade do paciente de se envolver totalmente e beneficiar-se do tratamento se o terapeuta não explicitar e ajudar o indivíduo a avaliá-los. 
· Em última análise, a meta geral do tratamento é proporcionar ao paciente com TPE uma vida mais produtiva e gratificante, o que tende a incluir o estabelecimento de novos relacionamentos e um aumento no conforto com os relacionamentos existente.
· Transtorno da Personalidade Dependente
· 
· Uma necessidade difusa e excessiva de ser cuidado que leva a comportamento de submissão e apego que surge no início da vida adulta e está presente em vários contextos, conforme indicado por cinco (ou mais) dos seguintes:
· 1. Tem dificuldades em tomar decisões cotidianas sem uma quantidade excessiva de conselhos e reassegura mento de outros.
· 
· 2. Precisa que outros assumam responsabilidade pela maior parte das principais áreas de sua vida.
· 3. Tem dificuldades em manifestar desacordo com outros devido a medo de perder apoio ou aprovação. (Nota: Não incluir os medos reais de retaliação.)
· 4. Apresenta dificuldade em iniciar projetos ou fazer coisas por conta própria (devido mais a falta de autoconfiança em seu julgamento ou em suas capacidadesdo que a falta de motivação ou energia).
· 5. Vai a extremos para obter carinho e apoio de outros, a ponto de voluntariar-se para fazer coisas desagradáveis.
· 6. Sente-se desconfortável ou desamparado quando sozinho devido a temores exagerados de ser incapaz de cuidar de si mesmo.
· 7. Busca com urgência outro relacionamento como fonte de cuidado e amparo logo após o término de um relacionamento íntimo.
· 8. Tem preocupações irreais com medos de ser abandonado à própria sorte. 
Tratamento
· Meta do tratamento para TPD é (1) desafiar as crenças desadaptativas de ineficácia e vulnerabilidade por meio da discussão de estilos de criação de maneira separada das capacidades infantis; (2) compreender como as crenças desadaptativas e os comportamentos dependentes funcionaram durante a infância e que são desadaptativos na idade adulta; (3) desenvolver estratégias de regulação de afeto que também proporcionem experiências de autoeficácia; e (4) desenvolver estratégias para promover a independência e os relacionamentos sociais apropriados. 
· 
Terapia
· Como o indivíduo com TPD se empenhará em tornar-se o paciente ideal, existem diversas considerações a manter em mente ao iniciar e lidar com o relacionamento terapêutico. Carinho e paciência são essenciais, mas devem ser temperados com objetividade e foco terapêutico.
· No curso da interação e do diálogo terapêuticos, é muito importante encorajar a autonomia de pensamento e de comportamento do paciente. Este é o indivíduo que precisa que o terapeuta pare e pergunte antes de fazer sugestões: “O que você acha?”. 
· Intervenção cognitiva: Monitoramento do humor, o debate racional e os experimentos comportamentais, podem ser valiosas para testar a validade e a utilidade das crenças desadaptativas associadas ao transtorno. 
· Intervenção comportamental: Um foco central na TCC para TPD é o desenvolvimento de habilidades comportamentais adaptativas. Os clientes são encorajados a abordar as coisas que temem, comportar-se de uma maneira mais assertiva ou corajosa e observar como os demais respondem isso é feito de uma forma GRADATIVA e SISTEMÁTICA.
· Regulação emocional: Pode ser bom desenvolver uma gama mais ampla de habilidades para tolerar humores negativos (p. ex., aceitação consciente), enfrentar situações estressantes (p. ex., resolução de problemas sociais, treinamento de assertividade) e lidar com humores negativos (p. ex., relaxamento, debate racional, TCC focada no esquema).
· 
· Transtorno da Personalidade Obsessivo-compulsiva
· 
· Um padrão difuso de preocupação com ordem, perfeccionismo e controle mental e interpessoal à custa de flexibilidade, abertura e eficiência que surge no início da vida adulta e está presente em vários contextos, conforme indicado por quatro (ou mais) dos seguintes:
· 1. É tão preocupado com detalhes, regras, listas, ordem, organização ou horários a ponto de o objetivo principal da atividade ser perdido.
· 2. Demonstra perfeccionismo que interfere na conclusão de tarefas (p. ex., não consegue completar um projeto porque seus padrões próprios demasiadamente rígidos não são atingidos).
· 3. É excessivamente dedicado ao trabalho e à produtividade em detrimento de atividades de lazer e amizades (não explicado por uma óbvia necessidade financeira).
· 4. É excessivamente consciencioso, escrupuloso e inflexível quanto a assuntos de moralidade, ética ou valores (não explicado por identificação cultural ou religiosa).
· 5. É incapaz de descartar objetos usados ou sem valor mesmo quando não têm valor sentimental.
· 6. Reluta em delegar tarefas ou trabalhar com outras pessoas a menos que elas se submetam à sua forma exata de fazer as coisas.
· 7. Adota um estilo miserável de gastos em relação a si e a outros; o dinheiro é visto como algo a ser acumulado para futuras catástrofes.
· 8. Exibe rigidez e teimosia. 
· Um padrão difuso de preocupação com ordem, perfeccionismo e controle mental e interpessoal à custa de flexibilidade, abertura e eficiência que surge no início da vida adulta e está presente em vários contextos, conforme indicado por quatro (ou mais) dos seguintes:
· 
· O sucesso do tratamento é evidente na redução da tensão ou da dor e da angústia, junto com uma maior flexibilidade na aplicação de normas, bem como melhora na produtividade, no manejo do tempo e nos relacionamentos pessoais.
· 
Tratamento
Metas relevantes e práticas são classificadas na ordem em que serão trabalhadas, pois é difícil – e muitas vezes improdutivo – tentar manejar várias delas ao mesmo tempo. Dois critérios a usar na classificação de objetivos são a importância de cada problema para o paciente e com que facilidade pode ser solucionado. Muitas vezes, é bom obter êxito rápido no início da terapia para aumentar a motivação e a confiança do cliente no processo terapêutico. Depois de estabelecer as metas, é importante identificar os pensamentos automáticos e os esquemas associados a eles
· A meta geral da psicoterapia com pacientes com TPOC é ajudá-los a alterar ou reinterpretar os pressupostos subjacentes problemáticos para que os comportamentos e as emoções mudem. Em geral, o terapeuta cognitivo está disposto a aceitar as queixas dos clientes como elas se apresentam. Assim, quando um paciente inicialmente se queixa de ansiedade, dores de cabeça ou impotência, este costuma ser o problema abordado. 
Principais metas
1. Educar o paciente sobre o papel do perfeccionismo na produção e manutenção dos sintomas apresentados.
2. Auxiliar o indivíduo na testagem da diferença entre seguir regras e rotinas há muito estabelecidas e avaliar flexivelmente o que funciona e o que não funciona para ele.
3. Ajudar o cliente a avaliar os pensamentos automáticos, os pressupostos subjacentes e as crenças centrais que mantêm o perfeccionismo e a rigidez.
4. Ligar essas metas gerais à produtividade/vida profissional e aos relacionamentos pessoais do paciente compulsivo, com desfechos pessoais significativos tomados como metas específicas de tratamento.
Bibliografia

Outros materiais